… mais de um mês depois, aqui deixo as minhas palavras de apreço. :mais: :great:
#Allen Iverson

Obrigado!
:mais:
A NBA teve a tendência para menosprezar Allen Iverson - coff coff David Stern - pelas mais variadas razões: u[/u] mau comportamento. u[/u] má conduta fora do campo. u[/u] desrespeito pelos códigos indumentários. u[/u] album polémico … mas nós, os adeptos de basket, não nos esquecemos do que foi The Answer, do que ele (nos) mostrou dentro de campo, da facilidade que era marcar pontos, do espirito de “hero ball” tão característico e sobretudo, da luta, da garra, do querer, do desejo de ser o melhor todos os dias. Allen Iverson ensinou - quem quisesse ser ensinado - a ser destemido, e isso levou-o a ser quem foi: uma besta de qualidade única à qual nada era proibido. A NBA nunca quis fazer de Iverson um ícone - embora uma série de pessoas se identificassem com The Answer - mas que não se pense que ele não merecia outro tratamento, Iverson tinha um flow, um drible, uma skill inimitável, capaz de partir os tornozelos a Michael Jordan (no ano de rookie), capaz de atacar o interior com apenas 1.80m (?) e ser indefensável, capaz de transformar o jogo de basket num culto.
Era essa a sua forma de ver basket. Para ele o basket era uma religião, uma religião da qual era um extremo crente. Questione-se a sua vontade de ser profissional, de ir aos treinos, de respeitar as horas, de sair à noite, de fumar isto, de beber aquilo, mas que nunca se questione o que o basket significava para ele e o suor que ele deixava em campo cada vez que actuava. Iverson foi líder, em minutos, da NBA 7x (!). Born to play. É pena termos tão poucos exemplos, tão poucos momentos de verdadeira coroação de Iverson, tão poucos anos de real luta pelo anel mas aquele momento em 2001 (?) em que Iverson, depois de vir dois back-to-back Game 7’s, chega ao Staples Center e “rouba” um jogo aos indestrutíveis Lakers, foi das coisas mais belas e “one man show” que tenho memória. É uma pena que Allen Iverson nunca tenha tido uma boa relação com a NBA - e seus meandros - mas quem o acompanhou sabe que ele não é o “patinho-feio” que lhe fizeram crer. Iverson no album Jewels (que teve de ser editado por linguagem excessiva) criou um alter-ego capaz de soltar o verdadeiro Allen Iverson cá para fora, um AI que não esquece as origens, que sabe de onde veio, que sabe das dificuldades do seu bairro, que vomita a falsidade, que despreza a constante vontade que a imprensa tem em vê-lo falhar.
Compete-nos a nós, adeptos, não esquecer quem ele foi.
* sobre a roupa (http://sports.espn.go.com/nba/news/story?id=2195141) AI tem uma citação espectacular que ficou embelezada pelos efeitos da fotografia, mas vá, serve. :mrgreen: :great:

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[Remember Me]
Remember Me - A Tribute To Allen Iverson