Parabéns, Naide!
Destes atletas é que nós precisamos!
Parabéns, Naide!
Destes atletas é que nós precisamos!
Grande Naide.
Haja alguem que dignifique o nome do clube.
Parece que, visto que o futebol não nos dá alegrias, temos de dar mais valor a estes atletas. Parabéns Naide. Pena o Rui Silva se ter lesionado, senão teríamos certamente mais uma medalha
Tudo isso, mas também não esqueçamos o seu treinador Abreu Matos, pois estes resultados não nascem de ‘geração espontânea’.
O talento ‘dá trabalho’ !
Parabéns ao Atletismo do Sporting e à Naide Gomes… Sra Campeã do Mundo!!!
Não é à toa que ela tem um rabinho tão torneadinho… :-X :-[
Espetacular Naide gomes :great:Para além da sua beleza ainda consegue saltar 7 metros!
Parabéns campeã!
É de facto uma atleta de grande nível mundial. O nosso atletismo está de parabéns.Somos somente o clube do mundo com mais conquistas e medalhas olímpicas!
Muitos parabéns para ela, o meu muito obrigado e… viva o atletismo do Sporting (enquanto o temos).
Deixar o meu contributo a uma atleta brilhante…
Parabéns Naide que conquistes muitos mais títulos, tens o talento e a vontade.
Excelente atleta.
Parabéns.
:dance: :dance: :dance:
CANAL 1 A DEUSA ESTÁ LÁ a ser entrevistada pelo Malato.
… What a woman :-[
SE fosse vermelha tinha tido honras de abertura em todos os telejornais…
PARABÉNS NAIDE
MAIS UM ORGULHO LEONINO
CAMPEÃ DO MUNDO
7 METROS DE BELEZA, ELEGÂNCIA E TÉCNICA EM VOO
PARABÉNS NAIDE! PARABÉNS SPORTING!
O desporto não é só futebol e a Naide é um exemplo para todos os desportistas!
ENTREVISTA DE NAIDE GOMES AO JORNAL PÚBLICO
“Um salto de sete metros ofuscou tudo. Foi o salto que lhe deu o título de campeã do mundo em pista coberta, fazendo dela, uma vez mais, figura de primeiro plano do desporto português. O que Naide Gomes viveu em Valência é uma parte da entrevista. As outras são o lado humano da atleta de 28 anos, as ambições para Pequim e a sua visão sobre a possibilidade de um boicote internacional aos Jogos Olímpicos, por causa das violações dos direitos humanos no Tibete. Mulher de convicções fortes e sorriso franco, Naide respondeu a tudo com o mesmo brilho com que arrebatou o ouro, há duas semanas. “
PÚBLICO - Como explicaria os sete metros de Valência a quem está fora do atletismo?
NAIDE GOMES - Para uma pessoa comum, no máximo da sua velocidade, não é fácil saltar cinco. Os sete exigem paixão, capacidades genéticas intrínsecas, motivação e disciplina, que tenho vindo a aperfeiçoar com o meu treinador e as outras pessoas que estão ligadas ao meu trabalho: massagista, fisioterapeutas, médicos, biomecânicos. Não me esqueço de ninguém.
Tem ideia de quantas atletas superaram a fasquia dos sete metros nos últimos anos?
Desde 2002 foram umas cinco, mais ou menos. Fiz sete metros nos Mundiais indoor, mas já tinha feito 7.01 ao ar livre. No ano passado, o meu sonho era ultrapassar essa fasquia e consegui.
Os sete metros chegam para vencer nos Jogos Olímpicos?
Se consegui sete metros em pista coberta, posso prever que, com mais trabalho, novos acertos na evolução da corrida e na colocação das cargas no momento do salto, vou melhorar. Sete metros não devem chegar.
Em que medida é que os Mundiais de Valência poderão ser uma amostra dos Jogos?
Se o nível de exigência é grande, nos Jogos será muito maior. Os Jogos Olímpicos são a festa dos atletas, a festa dos povos todos. A concorrência vai ser mais forte para corresponder à grandeza da prova.
Quais são as adversárias mais temíveis?
Há umas sete ou oito capazes de lutar pelas medalhas. Costumo consultar os rankings, quando nos encontramos em competição estou sempre a par das prestações que fizeram até ali. Medo nenhuma me mete.
As russas são as mais fortes?
Das russas espera-se sempre uma grande capacidade de superação, claro. A brasileira [Maurren Maggi] também vai apresentar-se muito bem, está motivada. Temos ainda a australiana [Bronwyn Thompson], que não saltou em competições este ano, e a africana [Karin Mey]… Depois é a portuguesa que vai estar em grande forma [risos]. Elas não vão para brincar e eu também não. Podem contar que vou vender cara a vitória. Lutarei até ao fim, porque sei que tenho condições para chegar aonde quero.
Os estudos biomecânicos efectuados pela Universidade do Porto reforçam essa segurança que tem quanto ao seu potencial?
Os dados recolhidos pela equipa de biomecânica do professor Paulo Colaço e do professor Filipe têm sido uma ajuda preciosa. São muitas filmagens, medições precisas da minha velocidade e de outros pormenores biomecânicos que interferem no meu desempenho. Ajudam a detectar situações que a olho nu nem eu nem o meu treinador veríamos no treino. Já me ajudaram, por exemplo, a corrigir a aceleração, alguns aspectos na aproximação à tábua de chamada, nomeadamente ao nível do pé. E vão continuar a ajudar. A conclusão principal, até agora, foi que o melhor está para vir. Que seja em Pequim.
Agora que é número um em pista coberta, e elogiada pelos especialistas maiores do salto em comprimento, como é que gere as responsabilidades?
É bom saber que estão de olho em mim. A pressão não é um fardo, é um estímulo grande para descobrir todas as minhas dimensões como atleta. Como disse, conto evoluir muito nos meses que faltam para os Jogos. Quero ficar mais rápida, mais solta, mais rigorosa na aproximação à tábua de chamada. Na época do Verão, vão surgir marcas melhores que as de Valência e eu espero estar nesse núcleo. A minha ideia é chegar aos Jogos entre as grandes favoritas, cheiinha de pressão.
Tem uma marca concreta para atingir no Verão?
Se ganhasse mais um centímetro, chegando aos 7,02 metros, já seria recorde nacional [risos]. Obviamente que pretendo saltar muito mais daqui para a frente. Sobretudo em Pequim. Entrar em promessas de marcas é sujeitar-me a críticas no caso de não as cumprir. As palavras não ganham; o trabalho árduo pode ganhar.
Há jogo psicológico entre saltadoras?
A regra é a camaradagem. Quando há algum jogo, não resulta comigo. Mesmo que elas façam má cara ou se ponham no meio da pista, como aconteceu no aquecimento em Valência, não me deixo influenciar. Estou lá para dar o meu melhor, não me deixo intimidar por ninguém. Consigo abstrair-me de quase tudo.
Alguém lhe disse na véspera que o ouro seria seu?
Muita gente do nosso grupo. Houve uma que acertou na marca e tudo. Foi a responsável da Adidas, que me patrocina. Dois dias antes, disse que o filho dela fazia sete meses no domingo e eu ia saltar exactamente sete metros. Na hora ri-me, disse-lhe para ter calma, pois ainda faltava passar a eliminatória. Mas aquilo ficou a matutar-me na cabeça. No fundo, sabia que ia mesmo ganhar [risos].
Problema num joelho afastou-a das provas combinadas
“O salto em comprimento foi a melhor escolha que podia fazer”
Como é um dia normal de treinos?
Sem trânsito, começo a treinar às 10h30 e termino às 12h40. Costuma ser no Jamor, outras vezes treino na pista de Sobreda, em Almada. Variamos o local de treinos para não ser muito monótono. Depois almoço, faço uma sesta e volto à carga às 16h30. Depois faço terapia das 18h às 20h30 e chego às nove da noite a casa. Só não treino ao domingo.
Ganhou medalhas em provas combinadas. O que a levou a optar pelo salto em comprimento?
Foi um problema na cartilagem de um joelho, daí a obrigação de fazer duas horas e meia de terapia por dia. Impedia-me de fazer algumas disciplinas, nomeadamente o salto em altura. O salto em comprimento era a modalidade em que mais me destacava. Uma limitação física acabou por ser favorável à minha carreira. O salto em comprimento foi a melhor escolha que podia fazer.
Como é que surgiu o atletismo na sua vida?
Foi cá em Portugal, nas aulas de Educação Física no sexto ano. Um professor [Mota Capitão] disse-me que tinha talento e podia ser uma atleta de topo. Incentivou-me, aceitei o desafio e entrei a sério aos 13 anos.
Qual foi o momento mais feliz da sua vida?
Podia falar nas medalhas, mas não. Foi a mudança para Portugal. Mesmo muito nova, percebi que a minha vida ia mudar radicalmente e fiquei tão radiante que é impossível explicar.
Já imaginou o que seria se tivesse ficado em São Tomé?
As probabilidades de singrar no atletismo seriam nulas. Duvido que reparassem em mim como potencial atleta.
“Um boicote aos Jogos Olímpicos não faz sentido”
PÚBLICO - Tem 28 anos. Pequim pode ser o seu último grande momento?
NAIDE GOMES - Ainda faltam os Jogos de 2012 e disse num programa de televisão que gostava de saltar até aos 60 anos [risos]. Agora a sério: Pequim pode ser, realmente, o meu auge, mas conto ganhar outros certames importantes e, se possível, quero terminar a carreira em grande plano nos Jogos de Londres, quando tiver 32 anos.
Que clima espera encontrar?
Muito calor, humidade, muita poluição. Vamos com duas semanas de antecedência para nos adaptarmos. Será complicado para todos.
O Parlamento Europeu ameaça boicotar os Jogos por causa da violação dos direitos humanos no Tibete. Qual é a sua posição?
Como atleta, não me passa pela cabeça não ir a Pequim. Eu quero estar lá, é um objectivo com vários anos, não me imagino fora destes Jogos por causa de um boicote internacional. Mas é óbvio que o problema do Tibete me preocupa. Aliás, todas as questões relacionadas com direitos humanos, genocídios culturais dos povos, injustiças em geral, tocam-me muito. Espero que o diálogo e o bom-senso prevaleçam. É só isso que posso esperar, para bem dos tibetanos e dos atletas que se esforçam por um sonho olímpico.
Os atletas de alta competição podem ter um papel social e político activo nestas situações?
Podem ter uma consciência social activa, por que não? Eu gostaria de ter um mundo melhor e não fico indiferente perante situações de opressão e de carências. A minha maneira de ser é assim. Nas alturas certas, os atletas mediáticos podem dar um contributo cabal para fazer do mundo um lugar melhor. Mas, sinceramente, um boicote aos Jogos Olímpicos não faz sentido; não me parece ser a melhor estratégia.
Em Valência, ressentiu-se de uma hérnia abdominal. O problema incomoda-a a competir?
Tenho a hérnia há dois anos. De vez em quando ela sai, é incomodativa, mas por enquanto dá para controlar. Depois dos Jogos, poderei eventualmente ir à “faca”.
O que mudou na sua vida depois do ouro de Valência?
Além das entrevistas e dos autógrafos, que são em números mais expressivos, nada mudou. Sou a mesma a treinar, a mesma no contacto com as pessoas, a mesma a concentrar-me nos meus objectivos. O que vem por aí é muito duro.
Não há tempo para se deslumbrar e se pôr em bicos de pés?
E tombar para a frente? Não vale a pena. A humildade é a base da educação que recebi da minha mãe. A fama é efémera. Se não continuar a ganhar medalhas, as pessoas vão esquecer o meu nome.
Tem alguma teoria sobre o seu sucesso?
Acho que foi um dom de Deus e encontrei as pessoas e as ferramentas certas para o trabalhar. Desde os 13 anos que ando nisto, não foi sucesso repentino, foi degrau a degrau com empenho e sacrifício pessoal.
Que percentagem do êxito pertence ao seu treinador, Abreu Matos?
Sem o trabalho dele, sem a sabedoria dele, não chegaria até aqui de certeza absoluta, mesmo tendo o perfil genético e a garra que tenho. Ele está sempre a actualizar-se, é um dos melhores técnicos da actualidade e funcionamos como equipa. É uma parceria fantástica.
Já alcançaram o patamar que sonharam no início dessa parceria?
Falta a medalha de ouro olímpica.
Li a entrevista toda. Boa entrevista desta nossa campeã do mundo(!). Que seja uma Deusa do Olimpo em Pequim! :arrow:
Vamos ajudar para que a nossa menina de ouro seja eleita a atleta de Março…
http://www.european-athletics.org/index.php?option=com_content&task=view&id=4760&Itemid=208
Naide Gomes vai a frente com 27.4
Naide Gomes (POR) 27.4%