…Paulo de Andrade dixit.
Numa entrevista ao jornal do Sporting, que pode ser lida no site do clube, PA começa a mostrar-se no reino do leão. A confirmar-se que o ano que passou correspondeu ao periodo de estudo da estrutura a que preside, PA aborda agora de uma maneira frontal e corajosa problemas de vária índole da gestão da SAD, desde a relação dos jogadores com a imprensa e os modos pouco respeitosos com que falam do clube, até ao problema, até aqui escondido, da relação de empresários gosmentos que pululavam na órbita do clube, de dentes sempre afiados para a comissãozita choruda.
Parece-me, pelo já visto, que se quebraram vários mitos, sendo o mais importante a correcção à idéia inicial que a estrutura sem Cácá seria o caos, e que as demissões seriam um sinal evidente de desagregação interna.
Afinal, pela forma liderante como se têm processado as conversas e negociações do defeso, e os recados que vão sendo mandados para dentro do balneário, concluímos que:
Primeiro, o tal vasto conhecimento do mercado detido por Carlos Freitas, parece não ser mais que uma extensa rede de interesses que uma seleccionada tertúlia de agiotas e gabirús fazia desfilar no seu gabinete, e cujas custas eram sempre os mesmos a pagar. A avaliar pelos discursos ressabiados muito têm eles a perder e o Sporting a ganhar com esta nova postura, o que, como indicador externo, é excelente.
Depois, a vida mansa dos “protegidos de Freitas”, detentores de prerrogativas especiais na atenção e deferências no tratamento recebido por parte dos corpos dirigentes (leia-se CF) parece ter os dias contados, o que, sublinhe-se, é meio caminho andado para a reposição de uma certa legalidade que andou arredia durante toda a época passada.
A minha grande dúvida, neste momento, reside em saber se Peseiro será capaz de ser o intérprete com coragem necessária e suficiente para dar corpo a esta política de pêlo na venta que (parece) se pretende implantar no balneário do Sporting.
Acho que, agora devidamente suportado pela sua administração, Peseiro deixará de ter, a partir de agora, qualquer desculpa para os inêxitos que se vierem a verificar.