«Não faltou polémica ao seminário organizado pelo Movimento Sporting Renovado num hotel de Lisboa. Dezenas de sócios estiveram reunidos mas houve um, Dias Ferreira, que deu um pouco mais de sal a uma conversa durante a qual já estava a ser mostrado descontentamento sobre a situação actual do clube.
Na sua intervenção, o dirigente assumiu a ruptura com os actuais corpos gerentes. Sob o olhar atento de uma mesa liderada por Subtil de Sousa, as críticas foram claras: “O facto deste encontro ter lugar fora de Alvalade é a demonstração de que algumas pessoas do clube não estão interessadas em debater abertamente os problemas”. Depois, deixou dúvidas: “Em nome do rigor e da transparência e com o objectivo do clube deixar de estar dependente da bola que bate na trave, construiu-se um monstro de contornos pouco nítidos e em que o rigor do amor ao Sporting foi substituído pelo rigor de chorudos ordenados para gestores de competência duvidosa”.
«Dias Ferreira criticou a criação de “sociedades sobre sociedades sem que os sócios percebessem o sentido”, e não hesitou em entrar na questão eleitoral: “Criou-se um ambiente de eleições antecipadas, mas não imediatas, em nome da estabilidade no futebol; é neste contexto de estabilidade que o vice-presidente substituto assume a presidência, dizendo que não será candidato. E depois vemos o presidente em exercício a dar o dito pelo não dito, dizendo que nenhum candidato apresentou um projecto”.
Daí aquilo a que chama “um grito de revolta”. “Não posso deixar passar em claro a posição do presidente da assembleia geral que, sem dizer quando são as eleições, apoia desde já um candidato. Assumo aqui a ruptura e digo-lhe que, mesmo neste contexto de parcialidade, e para tranquilidade da minha consciência, vou à luta, sejam as eleições em Setembro, amanhã ou em outro dia qualquer”, explicou.»
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