Mortos e feridos em confrontos no Saara Ocidental

Basicamente o Saara Ocidental é um Timor aqui ao lado. É um caso extremamente parecido com o de Timor em que o pais “colonizador” deixa a colónia ao abandono e de seguida é invadida pelo pais vizinho , apesar dos marroquinos terem sido mais espertos do que os indonésios . Os indonésios fizeram da invasão de Timor uma anexação militar enquanto os Marroquinos apenas deixaram passar as imagens da tal marcha pacifica de 500 mil marroquinos enquanto os tanques entravam “às escondidas por outro lado”. Não esquecer que tal como em Israel e nos States existe um muro que separa o Saara Ocupado e o Saara Livre ( pertencia à mauritania ) o único problema é que o Saara Ocidental livre é só deserto e o marroquino é o litoral que possuí todas as cidades.

A polícia marroquina passou ao assalto num acampamento sarauí nos arredores de El Aaiun onde viviam inúmeros militantes da independência do Sahara Ocidental. A intervenção das autoridades resultou em confrontos que provocaram a morte a pelo menos trêspolícias e um civil. Há o registo de dezenas de feridos.

Após a destruição do acampamento, que servia de protesto de milhares de pessoas em nome de melhores condições socioeconómicas, seguiu-se uma manifestação contra o governo, uma das maiores da última década.

Isto no mesmo dia em que estava prevista uma reunião mediada pela ONU em Nova Iorque para resolver o estatuto da antiga colónia espanhola anexada por Marrocos em 1975.

Rabat quer que o território fique oficialmente sob a sua soberania, a Frente Polisário exige a independência.

Os independentistas levaram a cabo acções de guerrilha até 1991 quando assinaram um cessar-fogo com as autoridades marroquinas.

http://pt.euronews.net/2010/11/08/mortos-e-feridos-em-confrontos-no-saara-ocidental/

[b][size=15pt]Marrocos: Jornalistas impedidos de viajarem para El Aaiun[/size][/b] [i]Companhia aérea marroquina Royal Air Maroc impediu hoje 12 jornalistas de órgãos de informação estrangeiros de viajarem de Casablanca para El Aaiun para cobrir confrontos.[/i]

A companhia aérea marroquina impediu hoje 12 jornalistas de órgãos de informação estrangeiros de viajarem de Casablanca para El Aaiun, onde se dirigiam para cobrir os confrontos que se sucederam ao desmantelamento de um acampamento de protesto sarauí.

Os jornalistas impedidos de viajar são um fotojornalista da agência Associated Press, uma jornalista da Rádio France International e outro do semanário marroquino “Actuel”, assim como nove espanhóis, correspondentes acreditados em Rabat da agência EFE, das televisões TVE e TV3, dos jornais “El Mundo”, “ABC” e “El Periódico de Catalunha” e da rádio Cadena Cope.

Aos nove jornalistas espanhóis a companhia apresentou como explicação que “o sistema informático da Royal Air Maroc anulou os bilhetes”, sem mais explicações, tendo-os impedido de comprar novas passagens.

Aos outros três jornalistas, a explicação apresentada foi que não podiam embarcar porque o voo “estava completo”, apesar de terem bilhetes válidos.
Jornalistas impedidos novamente de trabalhar

Esta situação ocorre pela segunda vez em duas semanas, já que no passado dia 25 de outubro a companhia anulou os bilhetes de sete jornalistas espanhóis que pretendiam também viajar para a principal cidade do Saara Ocidental.

Hoje, os jornalistas dirigiam-se a El Aaiun para cobrir os confrontos desencadeados pelo desmantelamento de um acampamento de protesto saarauí, montado há cerca de um mês nos arredores para protestar contra “a deterioração” das suas condições de vida.

Aos confrontos entre saarauís e as forças marroquinas, que se estenderam a El Aaiun, juntaram-se centenas de cidadãos marroquinos, segundo uma organização pró-marroquina no Saara Ocidental citada pela agência EFE.

“Várias centenas de civis juntaram-se aos agentes contra os ativistas”, disse o presidente da Associação Saara Marroquina, acrescentando que El Aaiun continua tensa e que os distúrbios fizeram vítimas civis, mas sem poder confirmar números.
Segundo a agência oficial marroquina MAP, “diversos cidadãos” manifestaram-se hoje em duas das principais zonas da cidade para “reiterar o seu apego à integridade territorial e condenar os atos de vandalismo levados a cabo em alguns bairros da cidade”. http://aeiou.expresso.pt/marrocos-jornalistas-impedidos-de-viajarem-para-el-aaiun=f614069

[b][size=15pt]Sarauís dizem que ataque causou "milhares de baixas"[/size][/b]

Fontes do Ministério dos Territórios Ocupados da autoproclamada República Árabe Sarauí Democrática (RASD) disseram hoje que a acção das forças marroquinas no acampamento próximo de El Aaiun e posteriores confrontos na capital do Saara Ocidental terão causado “milhares de baixas”.

“As baixas contam-se por milhares e ainda que se desconheça o número total de mortos, há dados sobre essa ocorrência”, informou a agência de notícias do Saara Ocidental, SPS, citando fontes do Ministério dos Territórios Ocupados da autoproclamada República Árabe Sarauí Democrática (RASD).

A nota, citada também pela agência espanhola Europa Press, refere que os habitantes do acampamento hoje desmantelado foram separados em grupos e obrigados a regressar a El Aaiun.

“Na cidade de El Aaiun está a ocorrer uma batalha campal e o exército ataca os cidadãos que se manifestam nas ruas. Estão a disparar sobre a população com munições reais e com balas de borracha”, afirma a mesma nota.

As autoridades de Marrocos declararam hoje que a acção de desmantelamento do acampamento de Gdaim Izik, perto de El Aaiun, capital do Saara Ocidental, decorreu “dentro da legalidade”, tendo-se registado “alguns feridos dos dois lados”.

http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1705755&seccao=�frica

Já se estava a prever que isto ia acabar mal quando o exército marroquino cercou o acampamento dos sarauís na semana passada… Só espero que haja menos mortos que os anunciados pelas fontes sarauís mais alarmistas (pelo que tenho lido, acho que no máximo serão umas dezenas, Marrocos só confirmou 6 até agora).

As desculpas são quase certamente falsas, e se Marrocos não estivesse de consciência suja não impediria certamente jornalistas e deputados espanhóis (incluindo um eurodeputado) de viajar para El Ayun. Vamos ver qual vai ser a reacção da comunidade internacional, que tem andado a fechar os olhos sobre a questão do Saara Ocidental desde 1991.

Alvalade, era bom se adicionasses algo ao teu post inicial. Quando se inicia um tópico, convém ter algo mais do que uma citação. Se achas que este assunto é importante, deixa a tua opinião pessoal sobre ele…

Edit: Obrigado pela intervenção rápida Alvalade. Decidi mover o teu post para o primeiro, assim quem vier ler o tópico vê mais facilmente a informação. :great:

[b]"Portugal deve desempenhar um papel na questão sarauí"[/b]

A ‘Gandhi sarauí’, como é conhecida, diz temer uma guerra civil entre sarauís e marroquinos, depois de Rabat ter decidido ontem desmantelar à força o acampamento de protesto nos arredores de El Aiún. Há um ano iniciou uma greve de fome de 32 dias, no aeroporto de Lanzarote, até conseguir que a deixassem voltar a casa, sofrendo até hoje as suas sequelas

[youtube=425,350]http://www.youtube.com/watch?v=jjCWp8l1wrA&feature=player_embedded[/youtube]

não tenho opinião formada pois não conheço o assunto. mas deixo aqui um artigo que encontrei no Avante da semana passada

Mais de 20 mil saarauís chegaram, nos últimos dias, a um acampamento de protesto contra a ocupação marroquina, situado a 18 quilómetros da cidade de El Aiun. A afluência popular à iniciativa está a desnortear as autoridades de Marrocos, que pela primeira vez neste género de acção dispararam contra as comitivas de manifestantes que procuravam juntar-se aos compatriotas no campo, refere uma nota publicada no rebelion.org.

Sexta-feira da semana passada, pelo menos 41 pessoas ficaram feridas, e no domingo, um menor saarauí foi abatido e outros cinco foram baleados em consequência dos disparos da polícia marroquina. O hospital para onde foi transportado o corpo encontra-se cercado.

O assassinato do jovem ocorreu um dia depois do enviado especial da ONU ter terminado um périplo pelo território. No final da visita, Christopher Ross garantiu o reinicio das conversações oficiais entre Marrocos e a Frente Polisário, agendadas para 3 e 5 de Novembro, em Nova Iorque.

No acampamento, a situação é grave. O exército impede a entrada de comida, medicamentos e água, e, recentemente, levantou um muro de areia para impedir a entrada de mais saarauís.

As intimidações são permanentes, com voos rasantes de aeronaves sobre as tendas e repressão sobre os acantonados.
http://www.avante.pt/pt/1926/internacional/111075/