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O jornalista Jorge Lopes faleceu, no domingo, soube-se esta terça-feira. O funeral do especialista em atletismo realiza-se esta terça-feira às 15:00 no cemitério do Alto de São João.
O jornalista Jorge Lopes morreu, no domingo, uma notícia que só foi conhecida esta terça-feira, data do seu funeral, que se realiza pelas 15:00 no cemitério do Alto de São João.
Ouvido pela TSF, o comentador Luís Lopes recordou o convívio de muitos anos com o seu companheiro de trabalho, «um grande profissional e um homem que se especializou em atletismo».
«Não era só um especialista puro em atletismo. Ele trabalhado na rádio com um trabalho muito apreciado antes de entrar para a televisão em matérias que não tinham nada a ver com desporto. Era muito apreciado como apresentador», lembrou.
Luís Lopes notou ainda a capacidade de Jorge Lopes ao «lidar com os correspondentes que estavam cá para os grandes eventos, quando havia grandes eventos em Portugal».
Para este comentador, Jorge Lopes tinha uma capacidade de trabalho fora do normal neste aspecto e por isso a morte deste jornalista é uma «grande perda para a RTP e para o desporto português».
«Para mim - não sou da família, como muita gente pensa, somos apenas amigos e conhecidos - é uma grande perda em termos pessoais», concluiu.
A causa da morte de Jorge Lopes, que vai ser cremado, não foi revelada.
Só abro este tópico porque é alguém que a maioria de nós, os que acompanham o Atletismo (e mais recentemente até o triatlo) pelo menos, conhece e era alguém que todos gostávamos de ouvir. Alguns de nós, eu por exemplo, aprendemos a ver Atletismo com os grande comentários do Jorge Lopes.
Sóbrio, conhecedor e capaz cativar o interesse pelo desenrolar das provas.
Uma perda para o jornalismo e para o desporto, em particular, mas não só, o atletismo.
Se os jornalistas do futebol tivessem aprendido alguma coisa com ele…
De facto é uma perda lamentável para o desporto, para o jornalismo e para quem como eu gosta de apreciar estas provas pela Tv, sempre com o intuito de poder aprender mais alguma coisa sobre o atletismo.
Era uma pessoa que mesmo nos momentos de alegria (entenda-se como vitórias de atletas portugueses nas grandes competições internacionais de atletismo) sabia manter a calma e tentava extrair dali algumas coisas com interesse que pudessem ser transmitidas a quem estivesse a ouvi-lo. Era alguém que eu apreciava ouvir sobretudo nos momentos de Olimpiadas porque em vez de cair na tentação de “exigir” medalhas aos nossos atletas ele tinha a calma e o conhecimento necessários para explicar que nas provas de atletismo existem muitas variáveis que poderiam ser determinantes no resultado final de uma prova.
Contrariamente à grande maioria dos comentadores de futebol, este senhor irá fazer falta a quem gosta de acompanhar o desporto!
Tristíssima notícia. Num estilo que se podia considerar pouco ortodoxo (em termos de imagem pouco cuidada - bigode farfalhudo, óculos largos - e tom de voz pouco apelativo), foi dos melhores comentadores desportivos de qualquer desporto que alguma vez passou pela TV Portuguesa, senão o melhor. A sua capacidade de comunicação derivava do seu conhecimento das várias especialidades, o que o levava a não enveredar pela conversa de encher chouriços tão cara à generalidade dos comentadores de futebol.
Gente desta devia ser eterna, mas como ninguém o é, resta-me agradecer tudo o que fez em vida pelo Atletismo, incutindo ou desenvolvendo o gosto pela modalidade em sucessivas gerações de telespectadores. Espero que tenha a ver uma homenagem merecida, tal como uma pista de atletismo com o seu nome.
Faço minhas as palavras do Angel Lion. E acreditem ou não, mas foi ele que pouco a pouco me fez ficar com interesse no atletismo em geral.
Obrigado Jorge Lopes
Emocionante momento na RTPN agora: no jornal da meia-noite, o Paulo Cerqueira (?) quase a esvair-se em lágrimas antes e depois da peça sobre o Jorge Lopes, assim como a Helena Lopes (?) após o final desta…
Continuo a não morrer de amores por Atletismo, mas sempre apreciei os seus comentários, e a sua voz era já parte integrante da trasmissão do espetáculo.
O jornalismo português fica sem dúvida mais pobre.
