Muito boa tarde a toda a comunidade do Sporting, decidi iniciar a minha participação neste forum, para falar nas modalidades do nosso grande Sporting.
Muito se teem levantado a questão das modalidades em especial por causa da construção do pavilhão, que ao que parece não vai acontecer tão depressa, junto do nosso estádio. Primeiro nunca percebi exactamente o que se entende por modalidades amadores, o futsal ou o andebol que eu saiba não são amadoras, quanto fica ao clube a manutenção destas modalidades ditas amadoras. E além disso todos nos queremos que o nosso clube tenha muitas modalidades, mas quantas pessoas realmente acompanham o campeonato de andebol, ou de tenis de mesa, por exemplo, mais qual a média de espectadores destas modalidades? Fala-se muito em atletismo, mas quantos sportinguistas acompanham a modalidade do clube?
A questão do pavilhão não me parece importante, não acho que seja viável num futuro proximo, mesmo que a CML, autorize, onde vai o Sporting arranjar 10 Milhões para o construir, e além disso muito dificilmente vai conseguir rentabilizar o espaço.
Em suma caros colegas Sportinguistas, o nosso clube devia apostar nas modalidades, mas deviam ser realmente amadoras, e em especial nos escalões de formação, modalidades como o xadrez, o judo, o karaté, polo aquatico, bilhar, entre outras. O rumo do profissionalismo nas modalidades não me parece viável.
Saudações a todos e viva o Sporting
Caro dorian,
Eu não sei a que geração a que pertence, mas eu pertenço a uma geração onde o Sporting nada ganhava no futebol e o que restava aos adeptos para “comemorar” (ou afogar as mágoas) eram os sucessos em atletismo, futsal e ainda voleibol no início dos anos 90.
Negar a existência das “modalidades” (amadoras, semi-profissionais, ou outro nome que se queira dar) é negar a existência do Sporting e toda a sua tradição eclética. E se formos entrar pelo discurso da auto-sustentabilidade das mesmas, muito se pode falar, sobretudo tendo em conta que o futebol também não é auto-sustentável e para tal basta ver os sucessivos resultados financeiros da SAD.
Aborda o facto dos adeptos acompanharem pouco as modalidades, mas pode-se fazer a questão por outro lado: E o abandono a que elas foram deixadas? A “elitização” e sobrevalorização do futebol, desprezando o historial do nosso clube feito por parte dos dirigentes nos últimos 15 anos, desde a extinção à cabeça do hóquei e do voleibol, ao forçoso referendo entre o basquetebol e o andebol.
Falar do pavilhão e do dinheiro proveniente da CML como fonte do financiamento da construção do mesmo é uma clara ingenuidade e deturpação de factos. O pavilhão - a ser construído - será através de financiamento via Naming. Da mesma forma, é um sonho de muitos sportinguistas que esse dinheiro seja utilizado para o investimento na equipa de futebol profissional quando é quase certo que esses montantes estão destinados a abater o passivo bancário.
É certamente novo neste espaço de discussão e tem tempo de viajar um pouco pelos diversos tópicos e revisitar diversos debates. Caro não é o Andebol ou o Futsal, que juntos custam menos ao Sporting (basta ver o Orçamento Anual do Clube) do que o salário anual de um ou dois jogadores da equipa profissional de futebol. Caro não é o Ténis de Mesa, cujo orçamento ANUAL é inferior ao salário MENSAL de um jogador da equipa profissional de futebol e o orçamento anual é composto pelo que é distribuído pelo clube e as quotas captadas através de aulas leccionadas na modalidade. Existem jogadores nas camadas jovens do futebol que se calhar nunca serão nada no Sporting e que auferem de vencimentos superiores à grande maioria dos atletas do Sporting.
Sabe quanto paga uma atleta da ginástica? Ou da Natação? Ou do Hóquei em Patins? Dispendiosas não são as modalidades mas sim o Futebol e os sucessivos anos de má gestão que acabam por estrangular estas.
O Ecletismo é uma marca do Sporting Clube de Portugal e que sempre encheu de orgulho os Sportinguistas. Se há quem apenas goste de futebol, também há aqueles que vibram num qualquer pavilhão ou ginásio.
E isso é que representa o Sporting, o segundo clube do Mundo com mais títulos e pouco se deve ao Futebol…
Concordo com o Hugo Malcato.
Não consigo conceber um Sporting sem ser eclético, até porque essa é a imagem de marca do nosso Clube.
No futebol vamos ganhando alguma coisa, nas modalidades fomos simplesmente grandiosos, e esse estatuto tem que voltar a ser uma realidade.
Temos de vez que inverter o discurso de que as modalidades são altamente deficitárias e tal…
Carlos Lopes, Joaquim Agostinho, Fernando Mamede, António Livramento, Armando Marques, Manuel Brito, Toni Bessone Bastos, Naide Gomes, Obikwelu, Jorge Theriaga, etc… fizeram do nosso Sporting um clube tão grande como os maiores da Europa. Foi esse o sonho do Visconde que esses, tal como muitos outros das diversas modalidades souberam honrar.
Quem não tem empatia pelas modalidades que me perdoe mas renega e muito as raizes do Sporting Clube de Portugal.
Qualquer dia estão a dizer que quem cavou o buraco do passivo astronómico foram as modalidades… 
Já faltou mais meu caro, já faltou mais…
Isto ainda é mais giro quando se lembram do chavão «as modalidades têm de ser auto-sustentáveis» quando a modalidade mais deficitária do clube é o futebol :
Axo que seria importante um tópico, em que se coloca-se a modalidade, escalao, classificaçao actual, proximo jogo e onde…
Seria uma ideia… Em que o objectivo seria ajudar as pessoas a saberem onde jogam as modalidades e se podem ir apoiar… Que dizem? Eu sei que vai haver já comentarios a dizer “Porque nao fazes tu?”…
Mas se alguem estivesse interessado, poderia faze-lo… Abraços
Isso seria serviço público. :great:
“O rumo do profissionalismo nas modalidades não me parece viável.” …a questao é a seguinte , qual a base para esta afirmação ?
Se fosse analisar o que foi o trabalho no grupo Sporting em todos os seus quadrantes , talvez o dirigismo e futebol pudesse esse sim ser recambiado para o amadorismo , tal foi o desperdicio de recursos do Sporting nestes ultimos 15 anos.
Eu lembro que o andebol do Sporting esteve pelas ruas da amargura e no futsal até á 3-5 anos as pessoas ganhavam uma ninharia.
Caros colegas, obrigado desde ja por terem comentado o meu tópico.
A geração a que pertenço amigo Hugo Malcato, não que ache que isso tenha qualquer relevancia, mas nasci em 1981. A questão de afogar as magoas com as modalidades, sinceramente não conheço ninguem que se tenha tornado socio ou adepto do clube, por qualquer feito em qualquer modalidade, mas sendo eu do norte do pais, admito que tambem não ha muitos sportinguistas aqui. Para sportinguistas como eu longe do centro de decisão do clube, é complicado compreender como nos é dito não existir capacidade finançeira de reforçar, aquele que é o coração e pulmão do clube, a equipa de futebol profissional, a mesma que faz adeptos como eu fazerem 600 km s, gastar 60 euros em portagem, mais gasolina, refeição e muitas vezes uma directa para o trabalho na segunda feira de manha, para ir a Alvalade, e depois haver alavancas financeiras para construção de um pavilhão.
Pavilhão esse que sendo como é obvio o sonho de varios adeptos, meu tambem, muito dificilmente sera rentavel pois nem o proprio estadio de futebol o é. No entanto penso eu caros amigos, digam me se estou errado, que a questão das modalidades é mas sensivel aos adeptos da area de Lisboa, esses sim mais perto do raio de acção do Sporting, a quem é por razoes obvias é mais facil de as acompanhar.
Será que alguem me pode dizer, quantas gamebox modalidades foram vendidas? E quantas delas foram vendidas a pessoas fora da area de lisboa? Qual a média de espectadores do andebol ou futsal ? E os adeptos que vão ao pavilhão, qual a percentagem daqueles que são de outras zonas do pais, que não a área da grande Lisboa?
Na minha opinião devia se aproximar mais as modalidades dos nucleos, muitos deles ate tem pavilhões, porque não a equipa de andebol jogar sei la na figueira por exemplo, e a de futsal noutro sitio, e irem trocando, de modo a que mais sportinguistas se aproximem dessas modalidades e como tal do clube.
Por último bom natal a todos e viva o sporting.
Caro Dorian,
Sendo do Norte, onde manifestamente vão sendo cada vez menos os sportinguistas por aí, entendo que as modalidades lhe sejam menos sensíveis.
No entanto, creia que o nosso Sporting precisa e muito das modalidades para aglutinar no seio muitos jovens leões que não podem praticar as modalidades de que gostam no seu clube, tendo mesmo que ir para clubes rivais.
O crescimento do Sporting, mesmo em número de adeptos, passa e muito pelas modalidades, creia que é extremamente importante o ecletismo. Sem ele o nosso Clube poderá definhar de forma irremediável
Dorian,
Da mesma forma que diz que as modalidades interessam sobretudo aos adeptos de Lisboa, deve saber que um dos grandes “booms” que o Sporting teve em termos de simpatizantes está associada ao início da prática de ginástica ou de natação no nosso clube e a quantidade de pessoas que albergou.
Quando falei na geração em que nasceu, quis referir-me aos resultados a que tivemos a possibilidade de assistir. No meu caso, nascido em 1983, só vi o Sporting campeão pela primeira vez quando já estava prestes a comemorar os meus 17 anos. Pelo meio, foram outras as vitórias que me valeram naqueles momentos em que somos alvos de gozo devido à insignificância de algo supostamente maior, neste caso, o futebol. Tive a possibilidade de falar disto com um antigo atleta do SCP e ele afirmou que sentiu o mesmo e que o que lhe foi valendo foi o andebol, o basquetebol e o hóquei em patins.
Duvido que exista alguém que faça 600km para ir ver um jogo de andebol ou Futsal, mas conheço quem faça 100 ou 200. A mentalidade nacional centra-se no futebol desprezando outros desportos onde somos (ou fomos) melhores.
Quanto à sugestão que faz, tenho obviamente de manifestar-me contra, já que as modalidades também correm o país, tal como o futebol. Jogam em Aveiro, em Coimbra ou em Braga. Se calhar o que as modalidades precisam não é estar perto dos adeptos de “fora” mas sim de ter visibilidade e conseguir despertar o interesse das pessoas.
Não é a primeira vez que oiço alguém sugerir jogos em diversas zonas pois somos o Sporting Clube de Portugal. Mas há que ver o impacto que isso tem sobretudo nos orçamentos. No entanto, sou totalmente a favor de digressões, jogos contra filiais e núcleos sportinguistas, etc.
Caro dorian;
Começo pelo fim, pela questão do Sporting jogar em casa, mas fora. Sou contra. Quer queiramos, quer não, o Sporting é um clube de Lisboa, e é em Lisboa que é a sua casa. Da mesma forma que os índios de Carnide são de Lisboa e o FCP da cidade que lhe dá o nome. Logo, é nas suas cidades que deve ser a sua casa, independentemente da implantação nacional que qualquer um destes 3 nomes tem.
É apenas mais um motivo para justificar a urgência de rectificar o erro histórico da não construção do pavilhão. Mas não basta ao Sporting jogar em Lisboa (Loures nem conta); tem que jogar num pavilhão edificado no território que é seu por tradição histórica, que é o eixo Campo Grande/Lumiar, mais concretamente, nos terrenos junto ao estádio.
Quanto ao futuro pavilhão ser “rentável” ou não, lembro o forista dorian que os clubes não têm que ser rentáveis, são associações sem fins lucrativos. O pavilhão terá que ser é sustentável, ou seja, a despesa com a sua exploração deve poder ser coberta com as receitas geradas pelo Clube, seja através da publicidade, seja através da quotização, eventos, etc.
É um facto que as “modalidades” despertam menos paixões que o futebol. Mas é o nosso emblema que aqueles atletas trazem ao peito, e é dever de todo o verdadeiro Sportinguista apoiar as várias equipas quando estas jogam perto da sua área de residência (perto é relativo). Mas também é verdade que a grandeza e a história do nosso Clube foram construídas à custa de modalidades como o andebol, o atletismo e o hóquei, só para dar estes três exemplos (sem esquecer o ténis de mesa).
O problema, caro dorian, é que é “vendida” aos sócios a ideia de que as modalidades consomem recursos que poderiam ser utilizados no reforço da equipa de futebol, em especial por aqueles ditos “notáveis” futeboleiros que têm tempo de antena na comunicação social, mas que prestam um mau serviço ao Clube. É uma FALÁCIA! Basta parar para pensar um pouco e chegar-se-á à conclusão de que o futebol é o maior sorvedouro de dinheiro do Clube. Começa logo pelo dinheiro de todos nós, que vai 75% directo para a SAD. Depois são os actos de gestão danosa, com contratações de jogadores de qualidade duvidosa, em negociatas pouco transparentes. Os exemplos são muitos e conhecidos (Tiuí - Rentistas - Figuer - €€€). É dinheiro desbaratado a Lagardère. Rui Meireles saiu com meio milhão de euros no bolso, mais do que o orçamento do andebol para uma época! Só por má fé se pode dizer que o futebol seria mais forte com o dinheiro das modalidades. É FALSO! Não só não seríamos mais fortes, como o clube ficaria mais pobre – em títulos, em mística, em tudo!
Eu gosto de olhar para o Barcelona e sonhar. Mas se olho a norte, vejo um pavilhão espectacular inventado num lugar incrível; se olho para Carnide, vejo dois, feios, mas estão lá.
É sem pavilhão e sem modalidades que vamos ombrear com os nossos rivais?..
Boa tarde a todos,
Estou a fazer um trabalho quanto a orçamentos de modalidades “amadoras” e gostava de poder contar com a vossa colaboração.
Todos que souberem o orçamento de equipas de diversas modalidades, vão colocando neste post sff.
Podem indicar as modalidades que quiserem: Andebol, Futsal, Rugby, Voley, Hóquei, Basket, Ciclismo, Pólo Aquático, etc.
Por exemplo:
No Vitória de Guimarães, o orçamento para o Basket ronda os 300mil euros e do Voley é de 550mil euros.
SL
Hugo Malcato,
VAMOS A ELES.
À Octávio Machado: Tu sabes de quem eu estou a falar
A titulo de curiosidade, aqui ficam os números do FC BARCELONA ( 
), que vi no Relatório e Contas deles:
Basquetebol 20M
Andebol 7M
Futsal 3,5M
Hóquei 2,5M
SL
Esses números são incriveis, 20 M no basquetebol…