O que acho do Mitroglou.
Isto é assim. Não há cá nada de Hassans, nem de Klebers, nem o caraças. Um avançado minimamente em condições. Quando digo isto, visualizo alguém que seja intratável dentro de área. Intratável não no sentido de ser bom naqueles intangíveis, como sacrifício, coragem, nada disso. Intratável no remate. Intratável a tabelar fora, a servir de pivot, e ir buscar à frente. Correr para finalizar. Ser pró-activo. Sempre. Intratável no ataque à bola. No ataque à baliza. Balançar defesas com inteligentes desmarcações e procura do espaço vazio. Pah. Um ponta-de-lança. Eu sei que um Jackson é difícil (o Falcao não era tanto). Ou até mesmo um Jonas. Mas o porto não seria metade da equipa que é sem o Jackson. E mesmo o benfica, sendo o Jonas um jogador algo diferente/especial (caracteriza-se mais pelo posicionamento e superior qualidade técnica), é muito mais perigoso com ele em canto. O Jonas é melhor que os avanços deles todos juntos. É isto que eu espero. Um avançado destes, então no nosso campeonato, é fundamental para ganhar jogos. Não peço um Slimani. Até porque o Slimani, naquilo que talvez o valorizem mais -golos-, ele até está algo sobrevalorizado. Mas lá está. Dentro de área, por muito que o nível de eficácia na finalização não seja o desejável, impõe respeito. Movimenta-se. É sagaz no ataque à bola. É poderoso e intimida no jogo aéreo. Prende os dois centrais, muitas vezes. Não temos outro que faça isso. Por muito que muita boa gente ainda acredite no Montero versão Setembro 2013/Janeiro 2014.
O Mitroglou simboliza isto tudo.
Como nota adicional, os ‘meus’ nrs.9 eram: Facundo Ferreya, Léo Baptistão, e Montero/Rubio/Tanaka. Um dos 3. Eram 3, porque estava longe de imaginar que o Jesus seria nosso treinador. Mas por acaso o meu desejo foi sempre o 4-4-2, com ou sem Jesus.
Portanto, algo como: Teo, Mitroglou, Montero, Slimani e Ruiz … é muito melhor do que eu poderia imaginar ou esboçar. Muito mais. E mesmo que saia o Slimani, ou Montero, o balanço é francamente positivo. Tem é que vir o Mitroglou. Que é, de facto, “O” avançado.