Um momento por que todos da minha geração já passaram (naqueles tempos em que viciava umas 4 horas seguidas): estou a jogar consola e os meus pais chamam-me para ir almoçar ou jantar. Um gajo grita, “esperem só 5 minutos”. Os pais, relutantemente, concordam. Mas passado 1 minuto, nem isso, já estão a chamar por mim novamente. E, quando recebia uma consola no Natal, ver a reacção estupefacta do meu avô português - velha guarda da velha guarda - perante os gráficos da consola.
…o primeiro Fifa (99) com o campeonato nacional…correr para casa para ver o Dragon Ball Z (e ficar super lixado com o tipo que me pedia para não perder o próximo episódio)…a internet arcaica que emitia uns sons todos marados…a televisão com a antena à antiga (preto e branco)…deixar os brinquedos no chão e alguém tropeçar neles…jogar com tazos todos massacrados…bollycao…os livros da Disney…caderneta dos Motoratos (a única que completei - mais ou menos, faltava-me um cromo)…dormir nos 45 minutos de viagem desde a estação de Sintra até ao Rossio quando acompanhava a minha mãe ao hospital…as lojas que deixavam alugar jogos de consola…dar quedas atrás de quedas de bicicleta…o moche…o quarto escuro…soldados de guerra de plástico (tinha centenas)…ficar 45 minutos no pátio no intervalo de 30 minutos (o intervalo mais esperado do dia)…apagar o quadro da sala com o estojo do colega…o jogo do sabão…