Morreu esta sexta-feira à tarde, no Porto, o escritor e jornalista Manuel António Pina. Galardoado em 2011 com o Prémio Camões, o mais importante da Língua Portuguesa, Manuel António Pina tem uma vasta obra de poesia e literatura infantil, sendo também autor de inúmeras peças de teatro e de livros de ficção e de crónica. O corpo do escritor estará em câmara ardente a partir do final da tarde deste sábado na Igreja do Foco.
[b]“A vontade que tenho era pôr um cinturão de bombas e rebentar com essa malta toda” [/b]
Tem um pensamento torrencial. É difícil não sucumbir ao encanto, ao humor, à inteligência e às histórias. Consegue defender o cepticismo da forma mais apaixonada, tornando-o quase o seu inverso. Não acredita em milagres, mas faz tudo para que eles aconteçam. A conversa começou pouco religiosa sobre a relação entre os intelectuais e os políticos. Já não me lembro da primeira pergunta, mas a primeira resposta foi a que se segue.