Tópico dedicado à manifestação organizada para este sábado, 11 de Fevereiro 2012.
[size=11pt][b]Vamos dizer não:
Ao despedimento por inadaptação sem modificação do posto de trabalho, decidido a bel-prazer do patronato;
À redução do valor das indemnizações para todos os trabalhadores;
À tentativa de destruição da contratação colectiva e a sua substituição por contratos individuais de trabalho
Ao trabalho gratuito com a redução dos dias de férias e feriados e à gestão, pelo patronato, das férias dos trabalhadores para impor as pontes, de acordo com os seus interesses;
Aos bancos de horas para pôr os trabalhadores a trabalhar mais e receber menos;
A redução em 50% do valor do trabalho complementar e a eliminação do descanso suplementar;
A fragilização da protecção social com a redução do valor do subsídio de desemprego.[/b]
Estas medidas alargam, ainda mais, o fosso entre pobres e ricos.
Os lucros líquidos das 20 empresas cotadas em bolsa entre os princípios de 2009 e meados de 2011 atingem os 20.628 milhões de Euros.
A saída do caos económico e financeiro passa pelo crescimento e criação de emprego e pela valorização do trabalho. Mais produção e respeito por quem trabalha.
[b]E o custo de vida não pára de aumentar:
Taxas moderadoras podem ir até aos 50 euros;
Consultas hospitalares a 10 euros e dos centros de saúde a 5 euros;
Alimentação com IVA de 23%;
Electricidade com aumentos de mais de 25% no espaço de um ano;
Telecomunicações com aumentos previstos de 3%;
Custo dos combustíveis com aumentos incomportáveis;
Aumento das rendas, facilitação dos despejos e aumento do IMI.
Numa altura em que estamos em contenção, com um défice brutal, como querem fazer face ao aumento da despesa? Medidas? Isso de mais rigor orçamental e controlo da despesa por partes dos políticos é uma gota no Oceano. A minha crítica não é negativa, eu vejo o poder do empregado enfraquecer, mais desprotegido, de flexisegurança só a flexi está implementada, mas… e o resto? É que só vejo aí medidas para aumentar o custo com o pessoal.
Essa dos “custos do pessoal” é um mito.
Nas empresas exportadoras, o peso médio do factor trabalho é de cerca de 15.5% isto significa que se as nossas empresas exportadoras conseguissem impor aos seus trabalhadores cortes salariais de 30%, como advoga a direita, o impacto desse corte na descida dos preços das exportações seria, apenas e em média, de 4,7% valor inferior à oscilação anual que se verificou, em 2010, em relação ao dólar, e muito menos significativo do que os custos energéticos suportados pelas empresas!
portanto os “custos do pessoal” não são o único factor a ter em conta e muito menos o mais importante para a competitividade das empresas :great:
além do mais medicas como o aumento do tempo de trabalho, a redução de salários e medidas que levem aumento do “custo de vida” só vão criar mais desemprego, são medidas recessivas e só ajudam a cavar uma cova maior!
Estes chulos vão ter de aprender que não adamos a dormir!
Eles cortam-me no subsidio e ele continuam a ter. Fiquemos calados
Eles cortam-me o passe e eles continuam a ter subsidio e transporte. Fiquemos Calados
Eles cortam-me no subsidio de horario incomodo e eles continuam a ter casa paga se foram de fora de lisboa. Fiquemos caldo
Eles cortam-me a ponto no carnaval e a assembleia fecha. Fiquemos Calado
Os gregos têm uma economia marginal que cresce já há alguns anos, o estado assumiu um peso brutal, face à riqueza produzida.
Uma pessoa conhecida que foi a Atenas, contou-me inclusive que, o ano passado com a banca-rota já no horizonte, existiam pequenos jardins públicos, na cidade, com 10 e mais trabalhadores, só para aquilo e que passavam o dia encostados à espera que acabasse o dia.
Eu se fosse contribuinte alemão, não admitia, que o tributo do meu trabalho, fosse directamente para sustentar esse tipo de situações, muito menos para tapar os buracos de uma população que se dedica a protestar, ao mesmo tempo que foge aos impostos sempre que pode, enquanto o pais afunda.
Agora tudo se queixa, mas há uns anos andava tudo a bater palmas aos cavacos, guterres e soares desta vida, que demagogicamente e sem consulta, nos enfiaram a cee/ue pela garganta abaixo, o euro, políticas sociais e desregulamentação bancária, enquanto acabavam com a indústria transformadora, pesca e agricultura, dando a entender que isso eram tudo coisas retrógadas, do tempo do salazar. Desbaratam subsídios a rodos, provenientes dos que produzem a sério, enquanto em Portugal se criava a utopia que o turismo aliado à terceriarização da economia era o futuro. São comidos de cebolada pela frança e alemanha, com a pac e nova pac e só meia dúzia de pessoas num país inteiro deu por isso, o resto queria era saber de clubismos partidários, de referendos mal-amanhados e ainda se davam ao luxo de ter sonhos húmidos com “as oportunidades” criadas pelo 25 abril.
Depois elegem um sócrates duas vezes, conseguem ter dois partidos de extrema-esquerda num parlamento que é uma autêntica “fábrica de sonhos para inglês ver”, um que defende a coreia do norte e outro que até pisca o olho à eta.
Depois, claro que a festa acaba e tudo já acha correcto manifestar-se, fingindo não ser parte do problema, olhando a democracia, que tantas alegrias lhe deu com desdém, como se esta não fosse um resultado daquilo com que tanto sonharam e daquilo que as tão lúcidas e importantes maiorias desse sistema escolheram durante 30 anos.
A autoridade moral acaba da Alemanha acaba quando ainda tem dividas com outros países. No caso com a Grécia.
Tens razão em parte, agora na televisão, nos jornais e restante comunicação social já se vê e ouve a queixar contra o que aconteceu em Portugal, mas essa luta contra estas medidas já se faz há vários anos, provavelmente não tinham era poder para aparecer na tv e nos jornais, se calhar eram muito “extremistas” e não convinha esta conversa na altura. E quem aparece agora a queixar-se, era quem antes estava do lado deles, dos Cavacos e Soaristas.
Nunca votei Sócrates, nem Passos Coelho, nem Cavaco, nem nada dessa corja. Era só o que faltava agora ter culpa no estado em que se encontra o nosso país.
Ri-me com os 2 partidos de extrema-esquerda no parlamento.
Sobre esta manifestação tem todo o meu apoio, a escravidão é o nosso futuro!
Em Portugal, mesmo nos tempos da Idade Média, eras capaz de em certos aspectos, teres mais direitos e liberdades do que agora…
O problema é que em Portugal, só quando tiveres um ambiente de negócios realmente liberalizado e competitivo, com o Estado de fora, limitando-se apenas a arbitrar, a fiscalizar e a regulamentar, deixando os restantes agentes do mercado concorrer livremente entre si, mas com regras, não selvaticamente como agora… é que talvez os patrões deixem de ter as desculpas do costume…
Não tenham dúvidas, que mesmo que o código do trabalho em Portugal seja o mais liberal e livre do mundo, os nossos patrões vão continuar a desculpar-se… Se lhes baixares os impostos directos e indirectos e os custos de contexto também (excepto os da energia), aí deixam de ter desculpas…
É que quando a Justiça regressar a Portugal, leia-se, voltar a funcionar a tempo e horas, dando-se ao respeito e fazendo-se respeitar, com procedimentos simplificados, o que implica menos legislação por dá cá aquela palha, logo mais estabilidade legislativa, o mesmo a nível fiscal, com o Estado a deixar de ser parte interessada em tudo o que seja negócio, deixando portanto de criar dificuldades para depois vender facilidades (uma espécie de rent-seeking/“corrupção de estado”), então pode ser que a coisa vá para a frente…
Mas tal não vai acontecer com este actual regime, que tem de acabar e dar lugar a outro… Infelizmente, tal não vai acontecer, a menos que seja do interesse dos irmãos de avental e das opus deis desta vida…
Apoio completamente e estarei presente :great: ( até às 6 e meia no máximo, que aí vou ter que me meter no café mais próximo que tenha sporttv :lol: )
Este (des)governo só tem efectuado medidas de austeridade duríssimas aos mesmos de sempre, tem destrúido ou cortado substancialmente muitos serviços públicos, e na verdade não vemos melhorias, muito pelo contrário. O défice foi “ajustado”, o desemprego aumenta, o dinheiro nos nossos bolsos diminui de mês para mês, e assim vamos nós. E também é tempo de apurar, prender, e multar todos os responsáveis que roubaram o dinheiro público, os contratos a compadres que lesaram o Estado, os desvios de fundos, fuga de impostos, etc. Esses é que foram os responsáveis pela situação em que se encontra o país, e esses é que deveriam pagar a crise que nos encontramos.
“extrema esquerda” :rotfl:
mas já pegaste nos programas dos dois partidos? :inde:
quem avisou das consequências do que se fazia no tempo do cavaco, Guterres etc?
enquanto se pagava para abaterem oliveiras, destruir frota pesqueira, se privatizavam empresas estratégicas e lucrativas para caírem nas mãos de uma meia dúzia de amigos dizia-se da esquerda que estavam ultrapassados, eram dinossauros,o socialismo era uma ideologia “demodé”, não eram modernos o suficiente. agora diz-se é que são coreanos ou da eta para meter medo e falam de tudo menos do que defendem realmente esses partidos para Portugal!
Convém que o pessoal veja de que lado está cada partido mas esta manif não é do partido A, B ou C é de todos os que são contra este roubo! :great:
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EDIT
Para algum pessoal greves e manifs só ao domingo e depois da missa! ah e de preferência dentro de um contentor…que é para não atrapalhar. :wall: