Liga NOS 2019/20 [24ªJ] Sporting CP 2-0 Aves [08/03 | 17:30]

RÚBEN AMORIM: “O IMPORTANTE ERA GANHAR O JOGO”

Por Sporting CP
08 Mar, 2020

EQUIPA PRINCIPAL

Declarações do técnico após a vitória sobre o CD Aves

Após o triunfo por 2-0 sobre o CD Aves na estreia como treinador da equipa principal do Sporting Clube de Portugal, Rúben Amorim destacou o facto de a principal meta deste domingo ter sido alcançada.

“O importante era ganhar o jogo e conseguimo-lo. Tornou-se um jogo muito estranho com as duas expulsões e com as paragens. Até a equipa se sentiu estranha, o que é normal porque temos pouco tempo de trabalho. O jogo não tem muita história. Fizemos dois golos e agora temos de trabalhar muito”, disse o técnico na conferência de imprensa, continuando com a análise à partida.

“O jogo foi o que foi. Tornou-se fácil e complicado ao mesmo tempo. Sem problemas defensivos, mas com nove jogadores atrás da linha da bola complicámos o jogo. Só quem andou lá dentro é que sabe que estes jogos podem-se tornar mais difíceis”, frisou.

Sobre a substituição de Ristovski por Jovane Cabral, Rúben Amorim explicou que queria “um extremo em vez de um lateral” depois das duas expulsões do CD Aves. “Se o jogador ficou chateado ou não nem é questão. Quem manda é o treinador. (…) Não há problema ou caso nenhum”, acrescentou.

Em relação ao momento da equipa Leonina, Rúben Amorim assegurou que, neste momento, o mais importante é vencer. “A vida de treinador é ganhar. Podemos ganhar e não jogar bem e aguentamos algum tempo. Depois chegamos a um patamar em ganhar não chega e é preciso jogar bem. Hoje ganhámos. Jogámos bem? Não. O responsável sou eu. Os jogadores vão trabalhar comigo e vamos melhorar todos os aspectos do jogo”, considerou.

O treinador verde e branco justificou ainda a saída de Mathieu (“sofreu uma pancada onde já esteve lesionado”), elogiou Wendel (“é muito rápido a transportar a bola e este sistema dá-lhe liberdade para fazer isso”) e abordou eventuais objectivos para 2019/2020. “Os jogadores têm de pensar em trabalhar muito nos treinos e nos jogos. É um jogo de cada vez. Quando o processo estiver mais estabilizados logo teremos metas. Passo a passo vamos construir uma equipa que será forte no futuro”, garantiu.

Por fim, Rúben Amorim comentou a entrada e a exibição de Francisco Geraldes. “O Francisco é um jogador criativo. Se vai jogar mais no futuro ou não depende da semana que tiver. Como tivemos de tirar um central, o Battaglia desceu e ele entrou porque era um dos médios mais ofensivos que tínhamos no banco. É mais um a contribuir para a ideia do grupo”, referiu.

Mais um jogo de merda da nossa parte, valeu pelos três pontos.

«TIVEMOS PACIÊNCIA, ELES ESTAVAM MUITO FECHADOS LÁ ATRÁS»

SPORTING 19:50

Por
Redação

Emanuel Ferro era um técnico naturalmente satisfeito após a vitória do Sporting diante do Aves (2-0). O treinador-adjunto de Rúben Amorim elogiou a paciência do jogador e aproveitou para deixar uma palavra ao ex-treinador Jorge Silas.

« Foi um jogo influenciado pelas duas expulsões, com o adversário muito remetido ao trabalho defensivo. Tentámos manter o nosso plano de jogo, mas sentimos muitas dificuldades pelo tempo de jogo quebrado pelo adversário. Uma estratégia que temos que respeitar. Tivemos paciência, eles estavam muito fechados lá atrás. Desbloqueámos o jogo com o primeiro golo e depois o segundo foi fruto disso», disse, elogiando ainda o antigo técnico: «Gostaria de deixar uma palavra de apreço a Jorge Silas e demais equipa técnica. Foram importantes nesta fase do Sporting.»

Quanto ao esquema tático, Emanuel Ferro rejeita uma conotação defensiva.

«Os três defesas não indicam uma estratégia defensiva, pelo contrário. É um esquema mais ofensivo, que nos dá mais suporte ao nosso processo lá à frente. Depois com as alterações metemos jogadores com um cariz diferente, tendo em conta o que estava a ser a tendência do jogo. O Jovane é um lateral mais ofensivo que o Ristovski, o Geraldes desbloqueou situações do meio-campo. Acabámos por ter resultados disso», explicou, frisando a importância do triunfo: «Todas as vitórias são importantes e vamos ter sempre de lutar por elas.»

A Bola

Sporting CP 2-0 CD Aves: Golias derrota um David fragilizado

Por

Redação BnR

08/03/2020

A CRÓNICA: UM JOGO DE SENTIDO ÚNICO

Sob a nova orientação técnica de Rúben Amorim, os leões entraram confiantes na partida, a controlar o rumo dos acontecimentos e a reagir rapidamente à perda de bola, algo que raramente estava a ocorrer, dado que o Sporting CP não dava grande margem de manobra para os visitantes criarem perigo. O CD Aves sofreu uma contrariedade à passagem dos dez minutos: Rúben Macedo viu cartão vermelho direto, após uma entrada mais ríspida sobre Wendel.

A jogar com menos um, os visitantes já não tinham forma de causar qualquer perigo ao conjunto leonino e pior ficou com a expulsão de Luiz Fernando, depois de ter uma falta completamente desnecessária a meio-campo sobre Wendel. Percebendo que podia aproveitar as debilidades defensivas do Aves, Rúben Amorim colocou Jovane Cabral no lugar de Ristovski, o que veio trazer maior rapidez nas transições ofensivas.

Era uma questão de minutos até se concretizar o 1-0 verde e branco, mas o desacerto dos homens da frente imperava – o exemplo mais evidente disso foi Sporar, aos 44 minutos, em que tira bem o defesa adversário, mas o seu remate saiu por cima da baliza de Beunardeau -, o que fez com que as duas equipas fossem empatadas a zero para o intervalo.

No regresso para a segunda parte, a equipa avense demorou imenso tempo a voltar para o relvado, mas nem assim conseguiu adiar o inevitável, pois, aos 62 minutos, Wendel cruzou para a cabeça do esloveno Andraz Sporar, que marcou assim o primeiro golo da partida (1-0). Não foi preciso esperar muito para se gritar novamente golo em Alvalade. Aos 66 minutos, penalti assinalado contra o CD Aves por mão na bola de Afonso Figueiredo. Desta vez, foi Vietto que assinou o seu nome na lista dos marcadores do encontro e estava feito o 2-0 a favor dos leões.

Num jogo de sentido único onde Luís Maximiano foi (quase) um mero espetador e que ditou a primeira vitória de Rúben Amorim no comando dos leões frente a um CD Aves completamente fragilizado e a jogar com nove unidades. O Sporting CP faz 42 pontos e mantém a perseguição ao terceiro lugar, SC Braga. O CD Aves continua numa situação difícil no fundo da tabela classificativa e a esperança de ainda se manter na Primeira Liga começa a esfumar-se, rapidamente.

A FIGURA

Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Wendel – De um jogo onde pouco deu para alguém se destacar, escolhemos o médio brasileiro. Esteve nas duas jogadas que deram os dois vermelhos aos jogadores avenses, teve também influência direta para aquele que foi o primeiro golo da partida com uma bela assistência. Foi um elemento muito ativo ao longo de toda a partida e na tentativa de entrar na defesa coesa e muito baixa do CD Aves.

O FORA DE JOGO

Fonte: CD Aves

Luiz Fernando – O trinco teve uma expulsão completamente desnecessária ainda não estava decorrida a primeira meia-hora do encontro, o que obrigou os seus colegas a um esforço redobrado. Até estava a ser um elemento importante nas alturas de maior pressão leonina, mas a sua infantilidade deitou tudo a perder para o Aves em Alvalade.

ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

A grande curiosidade para o jogo da tarde em Alvalade era conhecer que sistema tático o novo técnico dos leões Rúben Amorim ia usar de início. A aposta foi num 3-4-3 com o trio defensivo a ser formado por Coates, Mathieu e Ilori, Wendel e Battaglia a formar a dupla de meio-campo e Sporar apoiado na frente de ataque por Plata e Vietto. A tarefa leonina ficou algo facilitada graças às expulsões no primeiro tempo de Rúben Macedo e Luiz Fernando, o que desequilibrou a partida a favor do Sporting CP.

A entrada de Jovane Cabral pouco efeito surtiu logo de início, mas ao longo do jogo foi aparecendo e sendo solicitado mais vezes. Quem podemos destacar é, sem dúvida, Francisco Geraldes, que mostra estar motivado com o regresso do empréstimo do AEK Atenas e pretende mostrar serviço a Rúben Amorim e aos sportinguistas.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Luís Maximiano (5)

Tiago Illori (6)

Sebastián Coates (5)

Jeremy Mathieu (5)

Marcos Acuña (6)

Rodrigo Battaglia (6)

Wendel (7)

Stefan Ristovski (-)

Gonzalo Plata (5)

Luciano Vietto (6)

Andraz Sporar (7)

SUBS UTILIZADOS

Jovane Cabral (6)

Francisco Geraldes (7)

Rosier (-)

ANÁLISE TÁTICA – CD AVES

Face ao castigo de Jaílson, Nuno Manta Santos colocou Matos Milos a jogar no lado direito da defesa. Os avenses atuaram num 4-3-3 bastante compacto nos momentos defensivos, com o miolo defensivo a ser reforçado pelo trinco Luiz Fernando nas alturas de maior aperto leonino. Se a tarefa à partida já era difícil, pior ficou com a expulsão de Rúben Macedo ao minuto 11, o que levou Nuno Manta Santos a alterar o esquema tático para um 4-4-1 .

Quando se julgava que nada de mal podia acontecer, eis que Luiz Fernando comete uma falta desnecessária e vê o segundo amarelo e é expulso, hipotecando de vez qualquer esperança avense em somar pontos. Reduzido a nove unidades dos avenses começaram a jogar no sistema tático possível para as opções disponíveis em campo com cinco defesas e os restantes quatro jogadores à frente destes.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Beunardeau (6)

Mangas (5)

Buatu (5)

Afonso Figueiredo (4)

Diakhite (5)

Milos (5)

Rúben Oliveira (5)

Estrela (5)

Rúben Macedo (3)

Luiz Fernando (2)

Junior (5)

SUBS UTILIZADOS

Banjaqui (5)

Kevin Yamga (-)

Tshibola (-)

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Sporting CP

Não foi possível fazer pergunta ao treinador Sporting CP, Rúben Amorim.

CD Aves

BnR: Com dois expulsos e alguns jogadores importantes lesionados, vai ser, certamente, complicado preparar o próximo jogo contra o Belenenses SAD. Como se prepara um jogo com todas estas condicionantes?

Nuno Manta Santos: Primeiro de tudo é preciso fazer uma análise deste jogo ver aquilo que fizemos de mal e aquilo que fizemos de bem. Depois disto, temos de ver quais são os jogadores disponíveis e o próximo jogo é um daqueles que temos de ganhar. Por isso, temos de trabalhar durante toda esta semana, recuperar os atletas que estão lesionado e são possíveis de recuperar e preparar ao máximo possível esse jogo. É um jogo muito decisivo. Digamos que é um jogo de vida ou de morte para nós. A faltar ainda dez jornadas para o final, é um jogo que temos mesmo de ganhar.

Rescaldo de opinião de Guilherme Costa e João Pedro Barbosa

Bola na Rede

Rúben Amorim estreia-se a vencer ao serviço do Sporting

2020-03-08 19:25:00

Sporar e Vietto marcaram os golos da equipa leonina

Os golos dos futebolistas Sporar e Vietto deram hoje a vitória ao Sporting diante do Desportivo das Aves (2-0), em jogo da 24.ª jornada da I Liga, marcado pelas duas expulsões dos ‘avenses’ na primeira parte.

Foi necessário esperar pelo segundo tempo para os ‘leões’ darem um pontapé na crise. Sporar, aos 62 minutos, respondeu da melhor forma a uma assistência de Wendel, e, aos 68, Vietto, de grande penalidade, selou o resultado.

Com este triunfo, o Sporting, agora com 42 pontos, mantém-se no quarto lugar a quatro pontos do Sporting de Braga, terceiro, com 46, que nesta ronda levou a melhor sobre o Portimonense (3-1). Já o Aves continua a segurar a lanterna vermelha, com 13 pontos, a nove do Paços de Ferreira, antepenúltimo, com 22, e que esta noite defronta ao Vitória de Guimarães, sétimo, com 34.

Na estreia de Rúben Amorim no comando técnico, o Sporting apresentou-se com um esquema de três centrais, diversas vezes utilizado pelo seu antecessor Jorge Silas, mas hoje com uma variante. Em vez de 3-5-2, jogou em 3-4-3. De notar a preocupação dos jogadores do Sporting em não perder as respetivas posições, prejudicando muitas vezes as saídas rápidas para o ataque. Tornando assim o jogo muito pastoso ao longo de todo o encontro.

A vida começou a correr mal ao Desportivo das Aves logo aos 10 minutos. Rúben Macedo viu o cartão vermelho direto por falta sobre Wendel, após intervenção do videoárbitro (VAR). Na primeira decisão o árbitro portuense Manuel Oliveira tinha mostrado cartão amarelo, mas na visualização das imagens mudou de opinião.

Na sequência deste lance Luiz Fernando viu cartão amarelo por protestos, jogador que, aos 20 minutos, acabaria ser novamente admoestado por ter derrubado Wendel e, por consequência, foi expulso.

Com mais dois elementos que os comandados de Nuno Manta Santos, o Sporting fez a primeira alteração aos 25 minutos. Jovane Cabral rendeu Ristovski, que mostrou descontentamento pela substituição, para dar profundidade ao Sporting e maior velocidade na transição para o ataque.

O Aves recuou no terreno. Colocou todos os jogadores atrás da linha da bola. Fechou às sete chaves o caminho da baliza a cargo de Beunardeau. Aos 45 minutos, junto à marca de grande penalidade, Sporar recebeu a bola, mas atirou por cima. Já em tempo de compensação Vietto rematou à trave.

Na segunda parte, Rúben Amorim chamou Francisco Geraldes e deixou Mathieu no balneário. Battaglia assumiu o papel de terceiro central, mas o Sporting continuou com imensas dificuldades para encontrar espaços na linha defensiva. Espaço esse encontrado por Wendel, que serviu Sporar, aos 62 minutos, para fazer o 1-0, de cabeça.

No ataque seguinte, Jovane Cabral, na direita, cruzou para o coração da área, mas a bola foi cortada pelo braço de Afonso Figueiredo. Manuel Oliveira assinalou para a marca de grande penalidade. Luciano Vietto não perdoou e, aos 68 minutos, fez o 2-0.

O Sporting continuou a dominar, mas o melhor que conseguiu fazer foi um par de remates, de Vietto e Sporar, aos 82 e 89 minutos, que não conseguiram bater o guarda-redes Beunardeau.

Jogo realizado no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

Sporting – Desportivo das Aves, 2-0.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

1-0, Sporar, 62 minutos.

2-0, Vietto, 68 (grande penalidade).

Equipas:

  • Sporting: Luís Maximiano, Ilori, Coates, Mathieu (Francisco Geraldes, 46), Ristovski (Jovane Cabral, 25), Wendel, Battaglia, Acuña (Valentin Rosier, 78), Plata, Vietto e Sporar.

(Suplentes: Diogo Sousa, Rafael Camacho, Francisco Geraldes, Valentin Rosier, Cristian Borja, Jovane Cabral e Doumbia).

Treinador: Rúben Amorim.

  • Desportivo das Aves: Beunardeau, Mato Milos, Buatu, Afonso Figueiredo (Kevin Yamga, 76), Diakhite, Mangas, Luís Fernando, Macedo, Estrela (Tshibola, 85), Rúben Oliveira e Welinton Júnior (Banjaqui, 54).

(Suplentes: Aflalo, Pedro Delgado, Banjaqui, Reko, Tshibola, Bruno Morais e Kevin Yamga).

Treinador: Nuno Manta Santos.

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Luís Fernando (11 e 20) e Francisco Geraldes (88). Cartão vermelho direto para Macedo (10). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Luís Fernando (20).

Assistência: 26.272 espetadores.

Bancada

LUZ VERDE NA ESTREIA DE AMORIM

Andraž Šporar e Luciano Vietto apontaram os golos da vitória do Sporting CP, por 2-0, frente ao Desportivo das Aves

Duarte Pereira da Silva

Texto

8 de Março 2020, 19:39

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O Sporting CP recebeu e venceu o Desportivo das Aves, por 2-0. Apesar de ter ficado a jogar com mais dois jogadores desde os 20 minutos, os leões só inauguraram o marcador no segundo tempo. Andraž Šporar, aos 62 minutos, e Luciano Vietto, aos 65, apontaram os golos do triunfo verde e branco. Com este triunfo – o quinto consecutivo no Estádio José de Alvalade – o conjunto de Rúben Amorim soma agora 42 pontos e ocupa o quarto lugar da Liga NOS.

Homenagem às leoas, Dolores Aveiro, Maria José Valério e Cantinho do Morais

Ainda antes do apito inicial, fruto do Dia Internacional da Mulher, houve tempo para uma homenagem às leoas verdes e brancas. Logo de seguida, uma pequena mensagem de melhoras a Dolores Aveiro que, recentemente, sofreu um AVC. Todavia, estava para vir um momento de alguma fricção entre os adeptos presentes no Estádio José de Alvalade. Quando Maria José Valério subiu ao relvado, foi assobiada por todo o estádio porque teceu rasgados elogios a Frederico Varandas. Perante a vaia de que foi alvo, a cantora não se rogou e afirmou “podem assobiar à vontade”.

Agressividade avense valeu duas expulsões nos primeiros 20 minutos
Indo ao que realmente interessa, ou seja, ao futebol jogado, Rúben Amorim, na estreia, manteve-se fiel às suas ideias e optou por um 3-4-3. Tiago Ilori, pela direita, Sebastián Coates, no meio, e Jérémy Mathieu, pela esquerda, formavam a defesa verde e branca. No entanto, no momento defensivo, o Sporting CP atuava com uma linha de quatro homens, com Mathieu a descair para a lateral esquerda e Stefan Ristovski a cobrir o corredor direito. Para a frente, Wendel e Battaglia pisavam zonas centrais do terreno. Luciano Vietto, à direito, Andraž Šporar, no meio, e Gonzalo Plata, pela esquerda, eram as setas apontadas à baliza do Desportivo das Aves.

O jogo começou com os comandados de Amorim a pressionarem alto e a terem mais bola, mas a não serem capazes de ferir os avenses. A bola circulava rápido, com Vietto e Plata, por dentro, a tentarem destabilizar as marcações da turma de Nuno Manta Santos. Contudo, aos dez minutos, Rúben Macedo entrou de sola sobre Wendel. Num primeiro momento, Manuel Oliveira optou por mostrar apenas o cartão amarelo ao extremo português, mas, depois de ter sido chamado à atenção pelo VAR, exibiu o cartão vermelho ao avense. Decisão correta da equipa de arbitragem. Luiz Fernando, por protestos, viu o cartão amarelo, que viria a sair-lhe bem caro pouco depois.

Porém, mesmo com menos um homem, a primeira grande ocasião de golo foi para o Desportivo das Aves. Aos 15 minutos, num lançamento em profundidade, Luís Maximiano, na tentativa de cobrir o espaço nas costas da defensiva leonina, falhou por completo o corte e a bola sobrou para Mato Milos, que rematou frouxo. Porém, a vida da equipa nortenha haveria de ficar ainda pior. Aos 20 minutos, Luiz Fernando travou um contra-ataque do Sporting CP e viu o segundo cartão amarelo e o respetivo vermelho. Novamente, decisão correta da equipa de arbitragem. Aos 25 minutos, decisão controversa de Rúben Amorim. Numa clara tentativa de atribuir mais poder de fogo ao ataque, o treinador leonino optou por retirar Stefan Ristovski do jogo e lançou Jovane Cabral. No momento da saída, o macedónio pareceu não compreender a substituição e foi direto para o balneário.

Com apenas nove elementos, o Desportivo das Aves recuou, ainda mais, as linhas e encurtou o espaço à turma de Alvalade. Em abono da verdade, deve dizer-se que os leões, mesmo com superioridade numérica, não estavam a ser capazes de criar qualquer situação de perigo. Naturalmente, perante uma exibição pouco ou nada conseguida, os adeptos manifestaram a sua insatisfação e os jogadores pareceram, em alguns momentos, afetados com os assobios e cânticos vindos das bancadas.

Porém, até ao intervalo, o Sporting CP dispôs de duas excelentes oportunidades para marcar. Primeiro, Andraž Šporar, que, após um ressalto, tirou um homem do caminho, mas, já dentro da grande área, rematou por cima. Logo de seguida, numa jogada coletiva bastante bem conseguida, Vietto, de longe, atirou com estrondo ao poste da baliza defendida por Quentin Beunardeau. Apesar destes dois lances de perigo, ao intervalo, o nulo prevalecia. Os rapazes de verde e branco tinham mais bola (73%) e mais remates (11 contra 2), mas tardavam em adiantar-se no marcador.

Sporar e Vietto trouxeram a tão desejada tranquilidade

Ao intervalo, certamente nada satisfeito com a prestação dos seus jogadores, Rúben Amorim voltou a mexer na equipa e lançou Francisco Geraldes para o lugar de Jérémy Mathieu. Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, Jovane Cabral rematou forte, mas Beunardeau respondeu com uma boa defesa. Não obstante esta situação, o Sporting CP continuava com grandes dificuldades em penetrar na defesa avense e a solução mais frequente acabavam por ser cruzamentos ou remates de fora da área.

Depois de muita insistência, os leões conseguiram (finalmente!) chegar ao golo. Aos 62 minutos, Wendel, no corredor esquerdo, cruzou com conta, peso e medida para Andraž Šporar, que, com um cabeceamento certeiro, fez o 1-0. Foi o terceiro golo do avançado esloveno com o leão rampante ao peito.

https://twitter.com/vsports_pt/status/1236731085209440258?s=20

Logo de seguida, aos 65 minutos, o Sporting CP voltou a marcar. No flanco esquerdo, Jovane Cabral cruzou, mas Afonso Figueiredo cortou a tentativa do extremo leonino com a mão e Manuel Oliveira não teve grandes dúvidas em assinalar grande penalidade. Na conversão, Luciano Vietto não facilitou e fez o 2-0. Foi o oitavo golo do argentino com a listada verde e branca.

https://twitter.com/vsports_pt/status/1236732089548095491?s=20

Até ao final, os leões limitaram-se a gerir o ritmo da partida e, apesar de terem disposto de algumas ocasiões para chegar ao 3-0, mas o marcador não voltou a mexer até ao apito final do árbitro.

Desta feita, e perante 26.272 leões e leoas nas bancadas, o Sporting CP venceu o Desportivo das Aves por 2-0 e voltou aos triunfos – o quinto consecutivo no Estádio José de Alvalade. Com esta vitória, os rapazes de verde continuam no quarto lugar da Liga NOS, com 42 pontos, e aproveitam os deslizes de Rio Ave e Famalicão, com 38 e 37 pontos, respetivamente.

Na próxima jornada, os comandados de Rúben Amorim deslocam-se até ao terreno do Vitória de Guimarães. A partida realiza-se dia 14 de março (sábado), pelas 20h30.

Leonino

Porcos e lampiões também “deslizaram” nesta jornada mas, de facto, Rio Ave e Famalicão é que são os nossos rivais.
Ao menos nisto são honestos!
Que bons tempos vivemos. Estamos muita fortes! :muscle:

Sporting-Desp. Aves, 2-0 (crónica)

Uma estreia obrigatória

Com a política a bater à porta de Alvalade, um jogador do Aves a bater em Wendel e outro a puxar-lhe os calções, Rúben Amorim teve uma estreia vitoriosa, embora bastante diferente daquela que, quase de certeza, estaria à espera.

As manifestações dos adeptos para a direção passaram das ruas para a bancada [em momentos], neste domingo, numa altura em que a equipa tinha de ser paciente, e tudo à volta não o é. Chegado aqui, o novo técnico também o tem de ser, para explicar, por exemplo, a Ristovski que fazia sentido dar mais velocidade e acutilância ao flanco, mesmo que houvesse apenas 24 minutos de jogo.

Num jogo marcado pelas duas expulsões no Desp. Aves, o Sporting pode, pelo menos, respirar um pouco durante a semana, fruto de uma vitória que demorou a chegar, mas que chegou.

Obviamente, 3X4X3

Quase não era preciso esperar pelo onze inicial para perceber que Rúben Amorim vem para jogar em 3x4x3. O passado do técnico assim o indicava e assim foi. O duelo com o Desp. Aves trouxe um leão com posse de bola até aos 11 minutos, altura em que o jogo começou a mudar. A primeira expulsão surgiu aí e antes da segunda aconteceu o único susto para os leões. Provocado por uma saída precipitada de Max.

Ora, o cartão vermelho a Luiz Fernando alterou por completo o encontro. O Aves usou duas linhas de quatro jogadores e plantou-se em frente à área. Se já o era antes, seria agora também o Sporting a ter de desbloquear aquela muralha.

Como se disse, era preciso paciência para tal. Mas isso por si só não basta. O leão precisava de ser rápido e veloz nas combinações interiores e nas variações longas de flanco. Depois, com o interior congestionado, era preciso ganhar largura e tentar entrar também por ali. Foi por isso, parece-nos, que Jovane entrou por Ristovski pois o macedónio não é tão ágil e driblador com a bola como o colega.

Ainda assim, os dois melhores momentos surgiram no final da primeia parte. Uma ocasião desperdiçada por Sporar, um pontapé na trave de Vietto numa das raras vezes em que o Sporting teve de fazer uma transição rápida. No resto, facilmente ganhava a bola e continuava em processo ofensivo.

Segunda parte com Geraldes

Vai daí, saiu Mathieu e entrou Francisco Geraldes. Battaglia completava agora a linha de três, mas o Sporting dava mais habilidade e pensamento ao meio-campo e ao jogo interior. Era, por isso, preciso baralhar a defesa avense. Era preciso Plata aparecer em vários sítios, Vietto também e Sporar dar-se à tabela. Geraldes era melhor do que Battaglia para o entender.

Entre muita bola perdida no meio das pernas dos adversários, o leão chegou ao golo pela via aérea. Acuña abriu rápido -lá está, uma variação veloz de flanco – Wendel cruzou e Sporar desbloqueou o resultado num golo de ponta de lança.

O mais difícil no jogo estava feito e o 2-0 de Vietto apenas confirmou a estreia com vitória de Rúben Amorim. Como só se pode resolver uma coisa de cada vez, o novo técnico resolveu o Aves e pelo menos vozes de protesto serão apaziguadas por três pontos obrigatórios, sobretudo depois de o adversário ficar reduzido a nove.

Mais Futebol

Sporting Tático

4 min ·

:mag_right:Sporting 2 0 Aves

:pushpin:Wendel quis mostrar mais, na estreia de Amorim numa exibição cinzenta.

Jogo sem grande história. Sporting volta às vitórias e continua a perseguição ao Braga na luta pelo terceiro posto. Estreia cinzenta de Rúben Amorim numa exibição fraca da equipa num jogo estranho…

Desafio completamente condicionado e atípico por duas expulsões do adversário. O Aves abdicou da organização ofensiva e colocou nove jogadores atrás da linha do esférico expondo todas as debilidades do Sporting no último terço. É aqui que o Sporting tem de pensar reforçar seriamente o plantel na próxima época. Jogadores de desequilíbrios e decisão na frente de ataque. Além da falta evidente de qualidade no plantel, Rúben Amorim irá ter a missão espinhosa de recuperar mentalmente uma equipa que está no fundo do poço e hoje foi evidente, mais uma vez, essa falta de confiança gritante nos jogadores do Sporting. Falta alma, raiva, paixão e suor a estes jogadores. Falta deixar tudo em campo, falta sangrar pelo Clube, falta sacrifício e atitude a esta equipa e a grande missão do treinador do Sporting, neste momento, será nesse sentido de levantar uma equipa que já se deixou cair há muito tempo. Além disso, Amorim vai ter de mostrar capacidade de tentar afastar o balneário do contexto atual do Clube. De resto, foi uma exibição cinzenta, sem velocidade na circulação de bola e sem qualidade no último terço. Normal para quem tem apenas dois dias de treino e tenta assimilar um novo modelo de jogo.

Há muito trabalho pela frente e é preciso dar tempo ao treinador do Sporting e no próximo fim-de-semana Rúben Amorim terá o seu primeiro teste de elevada dificuldade, em Guimarães, onde não podemos perder pontos.

Em Guimarães será muito complicado e o resto do campeonato será uma dor de cabeça vamos estar sobre brasas.
Precisamos de chegar aos 62/65 pontos e para isso temos de jogar muito mais a bola.
Agora vamos ao trabalho.

Ok. Obrigado

1 Curtiu

Mal era não vencer em casa a pior equipa da liga portuguesa desta época, equipa essa que ficou reduzida a 9 jogadores logo nos primeiros 20 minutos. Ainda assim, foi uma exibição bem fraquinha por parte deste Sporting ridículo do vagandas croquette.

O emanuel ferro teve bem em tirar o ristovski para jogar mais ao ataque.
Quanto ao estagiário de luxo, é melhor explicarem-lhe como se coloca uma braçadeira.
Ok… está nisto só a uns meses, tem de se dar o desconto. Nivel II, tem desculpa para algumas falhas.

Naked

Mesmo sem ponta de brilhantismo, o Sporting venceu sem mácula um Desportivo das Aves reduzido a 9 aos 20 minutos de jogo, numa partida que teve como momento alto um atleta de pila ao léu. Sintomático.

Devia ser caso de estudo o facto de tantos e tantos adeptos leoninos quase se sentirem culpados pelo facto do adversário ter tido dos jogadores expulsos antes dos 25 minutos de jogo e ter sido marcado um penalti a favor do Sporting. Estamos tão habituados a que este tipo de faltas seja deixado passar em claro, com ou sem VAR, que, depois, achamos que estamos a roubar.

A verdade é que qualquer um dos lances foi bem ajuizado, tal como foi clara a vitória do Sporting, pese embora a dificuldade para desmontar a teia montada pelos nove avenses que ficaram em campo e que defenderam a sua baliza como puderam.

Na primeira parte salvou-se a bomba de Vietto à trave, depois daquele pontapé pateta de Sporar que mandou a bola para o topo do estádio. Isto num Sporting que surgiu com Eduardo e Pedro Mendes de fora da convocatória e com uma defesa a três, com Mathieu, Ilori e Coates. Ristovski e Acuña era mais alas do que defesa, Plata e Vietto surgiam perto de Sporar, na tentativa daqueles movimentos que arrastam os defesas e abrem espaço para os cruzamentos atrasados. No fundo, aquilo que Amorim mostrou em Braga e que, parece, tentará implementar em Alvalade.

O Sporting ia para o intervalo com 81%!!! de posse de bola, mas sem ideias e sem golos, mesmo depois de Jovane ter entrado para o lugar de um estupefacto Ristovsky. No recomeço, Mathieu deu o lugar a Chico Geraldes, Battaglia recuou para terceiro central e a equipa mostrou mais clarividência com a bola no pé. E foi dos pés de Wendel que surgiu o cruzamento para a cabeça de Sporar inaugurar o marcador, num golo logo seguido de outro, por mão de Afonso Figueiredo dentro da área que deu oportunidade a Vietto de fazer o 2-0.

Até ao final, para lá dos audíveis pedidos de demissão de Frederico Varandas, ficaram os 83% de posse de bola, numa partida onde mais de três mil se manifestaram e voltaram a convidar a direcção a ouvir os sócios, onde nem num jogo de mulheres a hora simpática se foi além da meia casa, onde uma senhora que devia merecer respeito foi usada de forma vergonhosa e onde o momento mais partilhado nas redes sociais foi aquele em que a pila de Wendel resolveu saltar dos calções, como que nos dizendo a todos que este Leão vai nu. De futebol e de tantas outras coisas…

Ficha de jogo
Sporting-Desp. Aves, 2-0
24.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa
Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)

Sporting: Maximiano, Ilori, Coates, Mathieu (Francisco Geraldes, 45′), Ristovski (Jovane, 24′), Wendel, Battaglia, Acuña (Rosier, 78′), Plata, Sporar, Vietto
Suplentes não utilizados: Diogo Sousa, Camacho, Borja, Doumbia
Treinador: Rúben Amorim

Desp. Aves: Beunardeau, Mato Milos, Buatu, Afonso Figueiredo (Yamga, 75′), Diakhite, Mangas, Luiz Fernando, Macedo, Estrela (Tshibola, 84′), Ruben Oliveira, Welington (Banjaqi, 54′)
Suplentes não utilizados: Aflalo, Pedro Delgado, Reko, Bruno Morais
Treinador: Nuno Manta Santos

Golos: Sporar (62′), Vietto (gp, 68′)
Ação disciplinar: cartão amarelo a Luiz Fernando (12′), a Francisco Geraldes (88′); cartão vermelho direto a Rúben Macedo (11′), por acumulação a Luiz Fernando (12′ e 20′)

A Tasca do Cherba

Não se percebe porque não tirou um dos 3 centrais em vez do Ristovski.

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