Jornal russo "Pravda.ru" escreve sobre Portugal

“Quem não está bem, que se mude”.

Certo, bem longe de Portugal, como todos os que podem, estão fazendo.
Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora.

Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável.

Jornal russo “Pravda.ru” escreve 4 páginas sobre Portugal

Thursday, 17 March 2011 at 08:36

"Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo
Governo liberal de José Sócrates, um caso de um outro governo de
centro-direita pedindo ao povo Português para fazer sacrifícios, um apelo
repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora,
historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.

E não é por eles serem portugueses…

Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e
irá descobrir que doze por cento da população é portuguesa, o povo
que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que
controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa
africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no
Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo Pérsico, a costa ocidental da
Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao
Japão… e à Austrália.
Esta semana, o Primeiro-Ministro José Sócrates lançou uma nova onda
dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA,
mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório
por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto
com o mundo real, um esteio na classe política elitista portuguesa no
Partido Social Democrata e Partido Socialista, gangorras de má gestão
política que têm assolado o país desde anos 80.
O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê?
Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia se deixou
ser sugado é aquele em que a agências de ratings, Fitch, Moody’s e
Standard and Poor’s, com sede nos Estados Unidos da América (onde
havia de ser?) virtuais fisicamente, controlam as políticas fiscais,
económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da
atribuição das notações de crédito.
Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de
inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto
forjado por uma França tremendo e com medo e apavorada com a Alemanha
depois que as tropas desta invadiram o seu território três vezes em setenta
anos, tomando Paris com facilidade, não só uma mas duas vezes, e
por uma astuta Alemanha ansiosa por se reinventar após os anos de
pesadelo de Hitler. A França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os
mercados para a sua indústria.
E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos por
motoristas particulares para transportar exércitos de “assessores”
(estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país
eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroën ou Renault. Eles são
Mercedes e BMW’s. Topo-de-gama, é claro.
Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD
(Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro), têm
sistematicamente atirado os interesses de Portugal e dos portugueses
pelo cano abaixo, destruindo a sua agricultura (os agricultores
portugueses são pagos para não produzir) e a sua indústria (desapareceu)
e a sua pesca (tem arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê?
O que é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total
de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza numa base
sustentável?

Aníbal António Cavaco Silva, agora Presidente, mas Primeiro-Ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando biliões através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do
desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores
políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente por ser considerado
“sério” e “honesto” (em terra de cegos quem tem olho é rei), como se isso
fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se
a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de
sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice
público em Portugal e o campeão de gastos públicos.

A sua “política de betão” foi bem concebida, mas como sempre, mal
planeada, o resultado de uma absurda, descoordenada e, às vezes
inexistente localização no modelo governativo do departamento do
Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses
investidos que sugam o país e o seu povo.

Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção
de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o
transporte interno e fomentando a construção de parques industriais
nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que
assentava no litoral.

O resultado concreto, foi que as pessoas, então, passaram a ter meios para
fugir do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques
industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas,
em muitos casos já fecharam

Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou
em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris, foram
encomendados Lamborghini, Maserati. Foram organizadas caçadas de
javali em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo de
Cavaco Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o
dinheiro foi desperdiçado. No segundo mandato, Cavaco Silva ficou
a observar os membros do seu governo a perderem o controlo e a
participarem.

Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu
próprio partido político. E ele é um dos melhores.

Depois de Aníbal A. Cavaco Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro
em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo excelente diplomata, mas abominável Primeiro-ministro José Durão Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da UE, “Eu vou ser Primeiro-Ministro, só
não sei quando”) que criou mais problemas com o seu discurso do que
resolveu, passou a batata quente para Pedro Santana Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha,
resultando em dois mandatos de José Sócrates: um Ministro do Ambiente
competente, que até formou um bom Governo de maioria e tentou
corajosamente corrigir os erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado
por interesses instalados.

Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este
Primeiro-Ministro, são o resultado da sua própria inépcia para
enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise
mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo
foram buscar três biliões de dólares de um dia para o outro para
salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi
produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos
de educação).

E, assim como os seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria,
demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus
ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que
obviamente serão contra-producentes. O Pravda.ru entrevistou 100
funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os
resultados:
“Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos”
(94%). “Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu
melhor para me reformar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país”
(5%) “Concordo com o sacrifício” (1%) Um por cento. Quanto ao aumento
dos impostos, a reacção imediata será que a economia vai encolher ainda
mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que
multiplicadas pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a
criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado
a intervir, e evidentemente enviar a economia para uma segunda (e no
caso de Portugal, contínua) recessão.

Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, obtém resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.

Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um
retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de
Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o
eleitorado das suas ideias e propostas.

Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de
punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, mandou os
interesses de Portugal pelo cano, pediu sacrifícios ao longo de décadas,
não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos.

Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem
se deveriam ter sido anexados há séculos, pela Espanha. Que
convidativo, o ditado português “Quem não está bem, que se mude”.

Certo, bem longe de Portugal, como todos os que podem, estão fazendo.
Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário
lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe
política abominável.

Timothy Bancroft-Hinc

Concordo com maior parte das coisas, mas apesar de tudo o tal povo fantástico é o mesmo povo que não sabe escolher os seus lideres políticos, que os escolhe por padrões totalmente ridículos e é o mesmo povo que quando sobe ao poder, quando se torna líder, fica exactamente igual àqueles que antes criticava e chamava de chulos. Enquanto esta mentalidade não mudar, é impossível haver melhorias.

O político português é o exemplo do chamado típico tuga, chico-esperto quando ganha poder.

Dizer que os problemas de Portugal se resumem aos políticos, é o mesmo que dizer que o Sporting tem andado mal exclusivamente por causa das arbitragens. E é o erro em que, arrisco-me a dizer, 90% da população, cai. O problema está sim, na mentalidade, maus costumes e “tradições” do povo, que levam como é obvio a que tenhamos a classe política que temos.

:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:

Não te esqueças que 40% da população portuguesa não vota. E Bem!

É por isso, provavelmente, que o país está no estado em que está.

:cartao: :cartao: :cartao: :cartao: :cartao:

Reformem a educação deste país de alto a baixo, aí está a solução do grande problema nacional.

Achas bem as pessoas não votarem? Devia ser OBRIGATORIO votar, e quem não o fizesse levava multa. Mas é mentalidade à tuga, dizem sempre mal mas quando é hora de fazerem qualquer coisa, tá a chover ou então é muito cedo e é domingo.

Não foi o Zé Milhazes que escreveu isto? :mrgreen:

Apenas me resta agradecer a Nightwish76, a abertura deste tópico com este texto. Nada mais verdade. :great:

Quem e que t^em para votar de jeito para votar? O ultrapassado PCP (lol)? O PS que só manda bocas ao PSD? o PSD faz o mesmo ao PS? Ou o BE e o CDS que só dizem que estão fartos do PS e do PSD? Boas escolhas não haja dúvida!!! :boohoo:

Tens mesmo 14 anos não é? senão comentarios desses não fazias…
Sabes qual é o partido que mais propostas apresenta na assembleia da republica?
sabes qual é o partido que apresentou um plano alternativo aos PECS?
Sabes qual é o partido que apresentou um plano que fazia as grandes empresas pagar esta crise e não o zé povinho?

Informa-te e não vás pela velha historia do comunismo é mau bla bla bla

Classe politica abominável, mas que eleição após eleição vai rodando no tacho pelo povo simpático.

falar de borla dá nisto

o ultrapassado PCP foi o que alertou que a destruição do aparelho produtivo nos traria para uma situação de crescimento negativo ou nulo e para o aumento do défice pelo aumento das importações
o ultrapassado PCP que quando davam vivas ao Euro avisou para o perigo que aí vinha.
o ultrapassado PCP que é o partido com mais propostas na AR, com propostas que traziam o TRIPLO das receitas do PEC, com propostas de crescimento económico, de defesa da industria, pescas e agricultura, de direitos no trabalho.

mas é isso, nem sequer votem e depois vão se queixar para o café.

Pravda… o Avante-Pai.

O artigo é bom a detectar sintomas, altamente tendencioso a apontar causas.

Faz uma alto branqueamento do socialismo/PS/etc e uma demonização de Cavaco Silva que não é brincadeira.

Quer dizer, escrevem que durante o governo de Cavaco Silva desperdiçaram-se milhões em betão, enquanto no pontificado socialista que está em vigor desde 1995 parece que os coitadinhos, eh pá, pronto converteram-se.

Não houve ninguém mais burguês, boyzista, apparatchik, esbanjador que toda a estrutura enraizada do Partido Socialista, o verdadeiro cancro deste país, mas contudo parece que apontam uma grande-angular ao período cavaquista e olham com um microscópio para os 16 anos de Socialismo (brevemente interrompidos) em Portugal.

O problema do PCP, do comunismo, do Pravda, do Avante, etc é sempre o mesmo:

Se é mau é porque é de direita,
Se é bom é de esquerda.
Se é de esquerda e é mau ja não é de esquerda.

Bipolarização (nós somos bons, eles são maus), dogmatismo, autoridade moral. Não é ao acaso que se fala na “cassette”. :inde:

Sabes qual é o partido que não permite a visualização do seu arquivo, num acto pouco transparente pouco condizente inclusive com outros partidos comunistas?
Sabes qual é o partido que festeja sempre a Revolução de Outubro, um momento histórico de abominável totalitarismo que substituiu um regime ditatorial por outro?
Sabes qual é o partido que sempre defendeu uma democracia à União Soviética, que elogiou a Coreia do Norte e Cuba, e cujo jornal delirava com os ganhos de liberdade e economia dos ditos?
Sabes qual é o partido que formou um braço armado (ARA, cujos elementos foram treinados em Moscovo e Cuba) que se cingia, entre outros aspectos também muito democráticos e úteis à sociedade, a sabotar armamento que visava reforçar os soldados portugueses?
Sabes qual é o partido político que teve um papel dúbio numa tentativa de golpe de estado comunista no dia 25 de Novembro de 1975?
Sabes qual é o partido que descreve as FARC como um “movimento de liberdade e de justiça social”?
Sabes qual é o partido político que critica prémios Nobel destinados a combatentes do regime chinês, cujo partido comunista local é visitado regularmente pelo PCP?
Sabes qual é o partido político cujo líder da bancada parlamentar considera, ou considerava, coitado, a Coreia do Norte uma democracia?
Sabes qual é o partido político que tem nas suas fileiras uma deputada, jovem e instruída, dizem, que “nunca ouviu falar de gulags”?
Sabes qual é o partido político cujas bases ideológicas fundamentaram o Portugal económico do PREC - cujos malefícios foram parcialmente resolvidos com uma dupla entrada do FMI?
Sabes qual é o partido político que tem nas suas mãos como marionetas um dos maiores sindicatos portugueses?
Sabes qual é o partido político que teve um líder, o principal desde a “reorganização” do PCP, que elogiou a intervenção soviética na Checoslováquia, intervenção que colocou tanques soviéticos contra civis desarmados?
Sabes qual é o partido político que tem no seu role de pensadores principais um líder que criou uma organização sanguinária e assassina, que incentivou o massacre de “contra-revolucionários”?
Sabes qual é o partido político que imediatamente se sentiu perdido após Stalin, um líder conhecido pelos seus dotes democráticos, morrer e ser substituído?
Sabes qual é o partido político que “saúda calorosamente” o Partido Comunista Chinês, conhecido por não permitir nenhuma dissidência dentro do partido e responsável por dois dois maiores actos bárbaros da história da humanidade, a Revolução Cultural e o Grande Salto em Frente?
Sabes qual é o partido político que exclama diariamente contra a intervenção “imperialista” na Líbia, mas que não diz nada, por enquanto, sobre o que se está a passar na Síria - não, não é verdade, o Avante! já publicou um artigo que caracteriza os manifestantes sírios como, e passo a citar, “rebeldes financiados pelos EUA”?
Sabes qual é o partido político que, inclusive confirmado recentemente pelo secretário-geral, doutrinou elementos que combatiam as tropas portuguesas?
Sabes qual é o partido que sempre “defendeu o fim do colonialismo português”, mas que, em 1975, apoiou o envio de tropas cubanas para Angola, num tridente PCP-CUBA-ANGOLA (MPLA)?
Sabes qual é o partido político que enviou Otelo Saraiva de Carvalho, um terrorista da pior espécie que hoje usufrui de uma liberdade que retirou a muitos através da bomba, como missionário a Cuba, isto numa altura em que o país em questão era famoso no Ocidente pela revolução de Fidel e pelos famigerados “paredóns de Fidel” (esquadrões de fuzilamento)? - ah, mas a saúde é boa, por isso não faz mal…
Sabes qual é o partido político cujos elementos eram obrigados a pedir autorização ao CC para terem relações sexuais com as suas companheiras, conhecidas como “funcionárias” do PCP?
Sabes qual é o partido político que tem nas suas fileiras um líder de um sindicato (CGTP) que defende a “instabilização” da burguesia (classe média) como uma das medidas para Portugal?
Sabes qual é o partido político que ocupou, isto meses após o 25 de Abril, jornais e expulsou os seus jornalistas para que pudesse dominar a informação?

Posso continuar. A sério. Conseguiria colocar mais 20, pelo menos, perguntas cuja resposta é apenas uma: Partido Comunista Português. De democrata genuíno o PCP não tem absolutamente nada. O seu passado fala por si. Um passado de servidão a interesses ideológicos externos e de apoio a regimes comparáveis ao Nazi. Esta ultima afirmação não deixa margem para dúvidas. Aliás, o próprio PCP se presta a afirmá-lo. Visitem o site do PCP (www.pcp.pt) e leiam os comunicados do Comité Central. O facto de o PCP se sujeitar, nem poderia ser diferente, ao acto eleitoral não lhe confere uma dimensão democrática. Muitos outros partidos extremistas, nomeadamente os da extrema-direita que hoje sobem eleitoralmente por toda a Europa, são tão democráticos quanto o PCP. O PCP é tão democrático e transparente quanto o PNR, que também ele se sujeita ao acto eleitoral.

O que não falta por aí são provas da “qualidade democrática” do PCP ao longo da sua história. Como defendeu ferozmente - claro, a sua fundação insere-se na óptica do Internacionalismo, pelo que é compreensível o apoio da “sucursal” à “casa-mãe” - regimes sanguinários. O PCP não foi só conivente com regimes ditatoriais, apoiando as suas brutais práticas, até porque muitos dos seus elementos foram doutrinados (Álvaro Cunhal, por exemplo) em países que abertamente chacinavam o seu povo, como sempre procedeu de forma autoritária dentro do seu próprio partido - as famosas purgas ao bom estilo estalinista, por exemplo, e os estranhos suicídios, uma justificação na altura muito utilizada pela PIDE, de elementos seus que, só por acaso, estavam em desacordo profundo com o Comité Central.

Aproveito para citar uma frase do famoso historiador Tony Judt (como sabem, muito apreciado por socialistas):

The myth of the well-intentioned founders—the good czar Lenin betrayed by his evil heirs—has been laid to rest for good. No one will any longer be able to claim ignorance or uncertainty about the criminal nature of Communism"

E qual a razão que leva o PCP a boicotar a obra acima colocada, que estou presentemente a ler? Porque a mesma, um resultado de vários anos de investigação, coloca a nu o PCP e Álvaro Cunhal, que, apesar de algumas críticas, é muito elogiado na obra pela sua dimensão intelectual?

Palavras de Miguel Portas, ex-militante do PCP e deputado europeu pelo Bloco de Esquerda, para que não surjam dúvidas sobre a qualidade da obra e sua credibilidade e veracidade:

“Nos que fizeram a estrada da esquerda para o centro e a direita, Pacheco Pereira é, a vários títulos, a referência mais sólida. Porque, para lá da espuma dos dias, o seu objecto de trabalho é a história do "lado" que um dia deixou. E nesse trabalho tem o mérito de não ajustar contas. Investiga, indaga, colecciona, articula, veste a pele e ensaia respostas às interrogações que o tempo coloca. A sua biografia de Álvaro Cunhal é um notabilíssimo documento. Não é "a" história do PCP. [b]Mas é, seguramente, a melhor história que sobre o PCP até agora se fez. Pacheco Pereira historiador não merecia a triste nota que a Secção de Imprensa do PCP recentemente lhe dedicou, acusando-o de "uma pretensa investigação cujo objectivo é inocentar a PIDE e criminalizar o PCP"[/b]. [b]Esta e outras barbaridades sobre o "branqueamento do fascismo" constam dessa nota digna dos anos 50 e que prova, à saciedade, como o estalinismo renasce na Soeiro Pereira Gomes,[/b] mal se interroguem verdades sagradas, ou se investigue sobre os aspectos menos honrosos que a história de qualquer corpo humano inevitavelmente comporta.” ”Se em vez de notas como esta, o PCP abrisse os seus arquivos à investigação dos historiadores, faria bem melhor. Porque os comunistas portugueses não têm que se envergonhar da sua história. Partidos com histórias bem mais complexas, do ponto de vista do equilíbrio entre sombras e luzes, abriram os seus arquivos. O último a fazê-lo, bem recentemente, foi o Partido Comunista Francês.”

O Comunismo não é mau, a sua história toda é que é… :rotfl: :rotfl: :rotfl: :rotfl:

lol já faltavam as estórias da carochinha do daniel sobre os comunistas que comem criancinhas.

já sabemos que bom mesmo é o PSD,

um partido envolvido em dezenas de casos de corrupção e de casos mal explicados,
um partido de vira casacas,
um partido formado e composto por maçons, deputados na assembleia nacional no tempo do estado novo, de gente que de maoista passou a liberal convertido,
um partido que pela mão de sá carneiro apresentava um programa que proponha nacionalização de empresas em sectores chave ou até a reforma agrária e que agora pede que deixe de haver justa causa nos despedimentos.
um partido de gente que se faz esquecida das palmadinhas nas costas ao amigo ceausescu,
um partido cujos lideres abandonam o país a meio de uma crise em nome de um tacho maior,
Um partido que critica a URSS (que sem dúvida tb cometeu vários erros) mas que deu ámen a todas as invasões da NATO e EUA
Um partido que não dá uma palavra sobre os regimes ditatoriais que o capitalismo americano apoia e tem apoiado por todo o mundo
Um partido cuja líder, Manuela Ferreira Leite, vem propor que se “interrompa a democracia por 6 meses” devem ser influências dos tempos da assembleia nacional
um partido responsável pela política de subsídios em troco do abate de oliveiras e da frota pesqueira
Um partido responsável pela passagem de empresas públicas em posição de monopólio para a mão de meia dúzia de famílias
pelo desperdiçar de milhares de milhões de euros.
Um partido que depois de rejeitar o PEC vem dizer que o fez não por discordar mas por achar que devia ter medidas mais severas.
Um partido que não diz nada contra a vergonhosa tributação da banca a 4% no IRC
Um partido que teve nada menos do que 5 PMs sempre que preciso dá uma ajudinha seja a aprovar OE seja nos PEC e que mesmo assim imagine-se não tem culpa de que tenhamos chegado ao estado actual do país

já sabemos que até aprecias algumas coisas da constituição fascista de 1933 agora era interessante perguntar ao Pacheco Pereira ou ao Durão Barroso o que acham da «revolução cultural chinesa»

O PSD não é um partido político incorruptível, e tem na sua história momentos políticos pouco positivos e nada condizentes com os pergaminhos elaborados por Francisco Sá Carneiro, principalmente, Pinto Balsemão e Magalhães Mota, mas jamais apoiou regimes sangrentos e genocidas. Antes um partido de incompetentes do que um partido de fanáticos e de aduladores de criminosos com veia intelectual. O PCP é como os nazis/fascistas. Não presta. De democracia não entende absolutamente nada. A sua história política e ideológica está repleta de podridão social e económica. Infestada de hipocrisia.

A relatividade é sempre algo a ter em conta: tu mencionas o PEC, um documento económico e político, eu menciono os quase 70 anos de horrendo totalitarismo que o povo de leste sofreu às mãos da vossa ideologia.

Por acaso, devo fazer aqui uma adenda sobre a Constituição de 1933. Eu tinha proferido que ela proclamava igualdade de direitos, mas não é bem verdade. Tal só acontece na década de 50, como resposta à pressão internacional que Portugal sofreu.

Não venhas com tretas de “fascismo”, etc., as minhas opiniões são já bem conhecidas sobre partidos de extrema-esquerda e de extrema-direita. O que não verás me fazer, tenho a certeza, é andar aqui numa de revisionismo histórico equivalente à negação do holocausto.

O que é que o Durão Barroso tem a dizer do Revolução Cultural? O quê, não me digas que, tal como o Holodomor, nunca aconteceu? Ou o Pacheco Pereira? Não me digas que ambos negam o carácter assassino da Revolução Cultura.

Outro momento democrático de um apoiante comunista e do PCP.

os foristas de «extrema esquerda» onde já te vi incluir bloquistas, comunistas ou anarquistas são para ti ESCUMALHA.
acabou aqui a conversa

Inaceitavel…

Remember the old times :-\

Ainda nem sei como é que o Partido Comunista ainda não foi banido!!! Devem ter sido poucos os mortos na Ucrânia