Jornal do Sporting - Parte 2

Uma equipa fantástica

Por Juvenal Carvalho
01 maio, 2025

Opinião

No momento em que escrevo estas linhas não sei se o nosso andebol conseguiu, ou não, concretizar o lindo sonho de alcançar a final four da EHF Champions League. Mas tenha ou não conseguido esse desiderato que, acredito, no momento em que folheamos esta edição do nosso Jornal esteja mesmo alcançado, não podia deixar de escrever umas palavras sobre o nosso andebol.

Mesmo num momento em que o futebol está ao rubro na luta pelo título e que o futsal está a poucas horas de lutar, em Le Mans, pela conquista da terceira UEFA Futsal Champions League do nosso historial hoje, apesar de ser difícil arranjar mais adjectivos para qualificar esta equipa fantástica, teria inevitavelmente falar do nosso andebol.

Ouvi falar dos pentas, uma geração que não presenciei ao vivo, mas que tenho o privilégio de ter feito alguns amigos entre eles no meu percurso de vida Leonina. Tive igualmente o privilégio de ter sido dirigente da modalidade no tempo em que pontificavam jogadores fantásticos como Carlos Ferreira, Viktor Tchikoulaev e Ricardo Andorinho, entre outros. No intervalo destas duas gerações, vi ainda Carlos Silva, João Miranda, José Luzia, etc.

O andebol tem uma história que fala por si. Somos mesmo o clube nacional com melhor palmarés nacional, mas, sem qualquer desprimor pelas diversas equipas que ao longo dos tempos representaram o símbolo do Leão, esta equipa da actualidade é aquela que mais me fascina desde sempre. Joga olhos nos olhos com os principais “tubarões” da modalidade. Humilha até grandes equipas, como por exemplo, ainda esta época, pelo impressionante dos números os estratosféricos Veszprem e Paris Saint-Germain. No fundo, delicia quem os vê. E não, não vale só pelos valores individuais, como muitos querem fazer querer, tentando aligeirar os feitos. Vale mesmo por um colectivo poderoso, superiormente orientado pelo treinador Ricardo Costa.

Enchem o João Rocha e arrebatam os Sportinguistas. Já são respeitados pela Europa do andebol como um dos “grandes” da actualidade. Em suma, estão mesmo no topo e a ombrear com os gigantes da modalidade.

Como disse no início deste texto, não sei se o sonho do acesso à final four, será ou não concretizado. Mas uma certeza tenho, este momento único era impensável há relativamente poucos anos. Será que a cidade alemã de Colónia está de braços abertos para receber estes fantásticos Leões? Eu – vocês também – acredito(amos) muito que sim. Afinal estes rapazes já nos deram razões mais do que objectivas de que com eles tudo será possível. Que a noite de ontem tenha sido épica. E que mesmo que não tenhamos conseguido a final four nada fará apagar este feito.

Um feito inigualável e que marca a História.

E ainda temos coisas a ganhar em Portugal. Vamos a elas!

P.S 1 – Morreu José Carlos. Um dos nossos que esteve em grandes momentos da História do Clube. Vencedor da Taça dos Vencedores das Taças e um dos “Magriços” em 1966, além de se ter sagrado vencedor de três Campeonatos Nacionais e quatro Taças de Portugal. Uma vida de Leão ao peito. Descanse em paz.

P.S 2 – Ultrapassado com distinção e com um poker de Viktor Gyökeres o obstáculo Boavista FC, estamos a três “finais” do objectivo que passa pela conquista do “Bi”. A próxima será já no próximo domingo pelas 20h30, em Alvalade, ante o Gil Vicente FC. Lado a lado até ao fim.

P.S 3 – E já amanhã chega o grande momento da época do nosso futsal. O sonho da conquista da terceira UEFA Futsal Champions League é perfeitamente possível.

Póquer, Zé Carlos e… andebol!

Por Tito Arantes Fontes
01 maio, 2025

Opinião

CAMPEONATO NACIONAL I – Concluída a 31.ª jornada, o Sporting CP deu mais um passo fundamental rumo ao título, neste caso o Bi, com uma extraordinária vitória no Estádio do Bessa. Importa, desde logo, realçar que a goleada de 0-5 infligida ao Boavista é corolário de uma excelente exibição da nossa equipa, que até poderia ter dilatado esse já de si impressivo resultado. A partida teve sempre um único sentido, começando o Sporting CP a construir o seu resultado logo aos cinco minutos de jogo, através do inevitável Gyökeres! Depois foi sempre uma cavalgada imensa até ao quinto golo, mesmo ao findar do jogo!

CAMPEONATO NACIONAL II – O Sporting CP foi o último dos candidatos ao título a jogar e respondeu à goleada caseira alcançada pelo seu opositor mais directo com um resultado forasteiro de quilate similar, quiçá de maior destaque face ao verdadeiro valor do seu adversário e ao facto de este jogar na sua própria casa, historicamente um campo muito difícil, uma verdadeira fortaleza. Corolário dos resultados verificados é – para além do definitivo afastamento do título do FC Porto (derrota na Reboleira) e do SC Braga (empate em Famalicão) – o Sporting CP manter a liderança do Campeonato, em igualdade pontual com o SL Benfica, sobre quem tem vantagem face ao confronto entre os dois clubes, na primeira volta, em que ganhámos por 1-0, graças ao oportuníssimo golo do Geny Catamo! Somos, igualmente, detentores de outros relevantes indicadores deste Campeonato: melhor ataque com 83 golos, uma das melhores defesas com apenas 25 golos sofridos e melhor diferença entre esses golos marcados e sofridos com 58 golos. Tudo conta – mesmo psicologicamente – na actual fase do Campeonato!

GYÖKERES – Inevitável destacar de modo muito especial a fantástica exibição do nosso avançado! Fez um jogão no Estádio do Bessa! Marcou um póquer… e poderia ter até marcado dois! Deu um autêntico recital de futebol, tendo concretizado duas vezes à ponta-de-lança, no coração da área; marcou também outros dois golos em corrida desenfreada, pela direita e pela esquerda do nosso ataque, tendo de caminho fabricado o golo que foi concretizado por Maxi Araújo. Está em grande forma, a bater recorde atrás de recorde, insaciável e – muito importante – focado, divertido, comprometido! E está – como se sabe – na liderança da Bota de Ouro, esse mítico troféu que coroa o melhor goleador da Europa! E isso apesar de os golos no nosso Campeonato valerem – por razões que me escapam – menos pontos do que os obtidos noutras paragens! É verdadeiramente fantástico! Força, Viktor!

ZÉ CARLOS/GRANDE CAPITÃO – Desapareceu, esta semana, um dos nossos grandes capitães de equipa, no caso nos já longínquos anos 60 do século passado. Vi-o jogar, muitas vezes, foi com ele que comecei a ver o nosso Sporting CP! Foi um enorme jogador, de uma fiabilidade total, formando com Alexandre Baptista uma dupla de centrais de enorme qualidade (coadjuvados nas laterais por dois “monstros” como Hilário e Pedro Gomes, ambos felizmente ainda no nosso convívio), como desde logo atestam os três títulos de Campeão Nacional que obteve na sua carreira! Fez parte da mítica equipa que ganhou a nossa Taça das Taças, sendo finalista e capitão na final de Antuérpia! Foi “magriço” no Mundial de 1966, onde jogou e foi titular. É um histórico por direito próprio no Clube e no futebol português! Paz à sua alma! Até sempre, Zé Carlos!

ANDEBOL – A nossa fantástica equipa joga na noite desta quarta-feira (dia em que escrevo), no Pavilhão João Rocha, o seu decisivo jogo de apuramento para a final four da Liga dos Campeões da modalidade. Chegar a esta fase da prova é já um feito único na História do andebol português! Certo é, contudo, que estamos aqui para conseguir mais, queremos mais, porque esta extraordinária equipa merece mais! Perdemos em França, na semana passada, por um golo de diferença e – também por isso – podemos sonhar com a eliminação do nosso opositor, o poderoso Nantes! Lá estaremos todos! Vamos a isso! Força, Leões! Força, equipa!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

A garra do Leão

Por Juvenal Carvalho
08 maio, 2025

Opinião

Se alguém tinha dúvidas da têmpera de que esta nossa equipa de futebol é feita, certamente no passado domingo, desde quem esteve presente no estádio – que apoio incansável até ao fim – até aos milhares e milhares de Leões que o viram via televisão, seguramente que as dissipou todas. Foi, como naquele velho ditado, com “alma até Almeida” que os rapazes de Leão ao peito abordaram todas as adversidades.

O jogo não correu particularmente bem desde o apito inicial. Sofremos mesmo um golo ainda numa fase relativamente inicial da partida, numa grande penalidade que era evitável e que foi convertida por Félix Correia, um jogador que passou pela nossa formação…mais um produto made in Sporting. Demorámos até a entrar no jogo e jogámos mais com o coração do que com a cabeça durante algum tempo. Até ao intervalo, apesar do claro domínio ante uma equipa que veio de Barcelos com a predisposição de defender…defender muito, com toda a equipa atrás da linha da bola e renunciando até a sair com a bola a jogar em termos de acção atacante, que a nossa equipa não criou oportunidades claras de golo, pese a infinita vontade de lutar por cada bola como se não houvesse amanhã.

Depois do intervalo foi de novo um Sporting CP com muita têmpera e muito coração que entrou em campo. Mas se assim o era, as dificuldades em entrar no “ferrolho” gilista mantinham-se. Decididamente não estava a sair bem. Mas nada demovia os nossos jogadores. A vontade indómita era também muito derivada do apoio incessante vindo das bancadas. Onde havia ansiedade natural, mas onde a palavra acreditar até ao fim era o denominador.

Mas aplico aqui outro ditado português, o de “quem porfia sempre alcança”. E assim foi. Quando faltou a inspiração, não faltou a atitude. Uma frase tão assertiva de Rui Borges esteve mesmo na génese e seria o mote da reviravolta. E se aos 81 minutos o Nobre Vulcão entrou em êxtase com o golo do empate obtido por Maxi Araújo, e poucos minutos depois, num livre directo exemplarmente bem marcado por Francisco Trincão, com a bola a bater caprichosamente no poste ter levado os Sportinguistas ao quase desespero, estava guardado para os 90+3’ o momento em que a loucura se instalou das bancadas ao relvado, com o fantástico golo de Eduardo Quaresma – que Leão – num momento de verdadeira magia saída daquele pé direito. Foi na raça, e quanta raça o Leão teve, que os três pontos foram alcançados.

Agora, que estamos a apenas 48 horas do dérbi eterno (sábado às 18h00) não fazendo futurologia, tenho uma esperança inabalável de que vai correr bem. Que o “Bi” pode vir a ser uma bonita realidade. Usemos o nosso lema: Com muito Esforço, uma incessante Dedicação e tanta, tanta Devoção, a Glória estará mais perto. Sejam felizes e façam-nos também felizes, rapazes. Nós acreditamos em vocês.

P.S 1 – Parabéns ao hóquei em patins pela conquista da quinta Taça de Portugal para o nosso Museu. Agora o tempo é de irmos em busca da dobradinha. Que tenha sido a primeira conquista das muitas que queremos ver conseguidas na liderança de Edo Bosch.

P.S 2 – Não correu bem a final four da UEFA Futsal Champions League à nossa equipa. Mas conhecendo todos nós o que esta modalidade já nos deu, acredito que depois das conquistas já esta época da Taça da Liga e da Taça de Portugal, a cereja no topo do bolo venha com a conquista do Penta. Afinal, não sendo fácil, muito menos é impossível.

P.S 3 – 72 horas depois de ter terminado a brilhante, e porque não majestática carreira europeia, o nosso andebol foi ao pavilhão do eterno rival passear classe e dizimar por concludentes (29-37), deixando o campeonato a apenas uma vitória, que pode surgir já na próxima jornada ante o Marítimo. O “Bi” está assim muito mais perto.

Ousar lutar, ousar vencer!

Por Tito Arantes Fontes
08 maio, 2025

Opinião

CAMPEONATO NACIONAL I – No passado domingo, quase no último sopro, conquistámos os nossos “obrigatórios” três pontos! Foi um jogo difícil, o Gil Vicente FC vinha com a sua lição bem estudada, o seu treinador – aliás – já tinha até feito votos para que o nosso rival fosse campeão. Quanto a isso, nada que nos surpreenda, todos sabemos de onde ele vem! Foi trabalhosa a nossa vitória, mas foi gostosa, muito gostosa mesmo! Os campeonatos ganham-se assim, quando em jogos que se complicam a equipa luta, sofre e porfia em busca da vitória! E assim foi, mesmo sem jogar bem (não era, nem foi o nosso dia) a equipa trabalhou para ganhar o jogo, nunca desistiu, manteve o foco, tendo sobrevivido ao “tiro no pé” do penálti que sofreu a meio da primeira parte. Certo é que – tirando esse fortuito lance – não nos recordamos de qualquer ataque perigoso ou oportunidade de golo do Gil… nada! O Gil foi, na verdade e contrariamente ao que temos visto por aí escrito e glosado, máxime pelos cartilheiros do costume (sempre a soldo das suas diabólicas agendas), uma equipa que quase só defendeu, o que fez de um modo geral bem, até com “unhas e dentes”. Exemplo disso é o nosso memorável segundo golo… é que na marcação de um canto a totalidade dos jogadores do Gil estavam concentrados, exactamente… na sua pequena área! Mesmo no momento do portentoso remate – na entrada da área – do nosso muito querido Eduardo Quaresma a totalidade dos jogadores do Gil estava ainda amontoada na sua grande área… e nenhum na zona da “meia-lua”! Igual situação ocorreu durante vários momentos de jogo, desde logo no livre em que – poucos minutos antes – Trincão enviou com estrondo a bola ao poste! Ganhámos o jogo, foi difícil, mas a vitória é e foi mesmo do Sporting CP! E como ela foi festejada no José Alvalade e – seguramente – em todo o país e em qualquer lugar no planeta em que esteja um português, pois até da Austrália recebi mensagens!

EDUARDO QUARESMA – Foi lindo! Todos sabemos que o nosso Edu é muito querido em Alvalade! É um autêntico Leão, dos pés à cabeça, com um coração verde enorme, do tamanho do mundo! E foi mesmo do fundo da sua alma de Leão que Eduardo Quaresma rematou naquele momento, já nos descontos, com toda a qualidade e intenção. Um tiraço! Que tanto festejámos! E que tanto doeu a alguns… Eduardo Quaresma festejou o seu/nosso golo de modo efusivo, chorou, comoveu-se! Foi para junto dos Sócios, em comunhão com a nossa enorme e fantástica massa Associativa, que abraçou de modo comovido, chorando de alegria por ele, pela equipa, por nós… pelo Clube! Obrigado, Eduardo Quaresma!

QUEZÍLIAS E PROVOCAÇÕES – A fase final do jogo, sobretudo nessa altura, caracterizou-se por várias quezílias e provocações de jogadores do Gil Vicente FC aos nossos “heróis”, claramente tentando que algum dos mesmos fosse admoestado pelo árbitro. A principal vítima foi o nosso Gyökeres, inclusive já depois do jogo ter terminado. Lamentável! E lamentável que a panóplia de comentadores de todo o tipo que pululam nas nossas televisões e demais meios de comunicação social não tenha, em uníssono, denunciado essa situação! Mas não… houve até gente que chegou ao desplante de tentar justificar esses comportamentos…chegando ao ridículo de, inclusive, atacarem e criticarem o nosso treinador Rui Borges! Esses comentários sim, esses é que são mesmo saloios… ou parolos como também cheguei a ouvir… ou, se quiserem, de taberna, como também por aí se disse! São – e isso é certo – devolvidos “in totum” à proveniência! Quem não se dá ao respeito, nenhum respeito merece!

ANDEBOL/EQUIPAÇO – Na passada semana dois jogões da nossa fantástica equipa. A meio da semana, com o Nantes, no João Rocha (onde estivemos), para a Champions. Jogo disputadíssimo, que perdemos por dois golos, não tendo assim conseguido o nosso histórico apuramento para a final four dessa competição. Ficou o extraordinário percurso feito pelo Clube ao longo da prova! E a certeza de que no próximo ano, como se ouviu do Ricardo Costa a todos os jogadores, lá estaremos para lutar por essa qualificação! Três dias depois, fomos jogar outro dificílimo jogo, ao Pavilhão da Luz, para o Campeonato Nacional da modalidade. Foi um arraso! No final – apesar do extenuante “jogo Champions” a meio da semana – uma clara vitoria em casa do nosso rival, por oito golos de diferença! O título de Campeão está, agora, à distância de uma mão… vamos a ele! Muitos parabéns, andebol!

OUTRAS MODALIDADES – No voleibol continua o desenrolar da final à melhor de cinco, que disputamos com o rival SL Benfica. Perdemos os dois primeiros jogos, mas numa reacção de grande qualidade e arreganho, efectuámos uma excelente recuperação e ganhámos os dois jogos seguintes. Está tudo empatado e, agora vamos “à negra”! É no pavilhão deles, mas é certo que este ano já lá ganhámos! Vamos a isso! Por seu turno, no hóquei – depois da fantástica conquista da Taça de Portugal – continuamos na luta pelo título nacional, tendo terminado a fase regular em segundo lugar. Vamos, agora, jogar os quartos-de-final com a histórica Sanjoanense. Vamos a isso! Força, Leões!

CAMPEONATO NACIONAL II – Sábado, vamos ao Estádio da Luz para o talvez decisivo jogo do Campeonato, seguramente importantíssimo. Sabemos que temos uma grande equipa! Sabemos que queremos ganhar! Sabemos que temos qualidade para vencer! É, pois, o momento de ir buscar a velha frase… ousar lutar, ousar vencer! Força, Leões!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

Até ao fim

Por Mafalda Barbosa
08 maio, 2025

Opinião

Editorial da edição n.º 4025 do Jornal Sporting

1924.

O hóquei em patins começa a ser praticado no Sporting Clube de Portugal.

Depois de uma paragem, regressa aos rinques em 1936 e nesse mesmo ano conquista o primeiro Campeonato Nacional da modalidade.

Mas seria nos anos 70 que o hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal viveria um período áureo, vencendo inúmeros títulos dos quais faz parte a Taça dos Campeões Europeus de 1977.

Uma conquista alcançada pela mítica Equipa Maravilha que ganhou tudo o que havia para ganhar.

2025.

A Taça de Portugal de hóquei em patins está de regresso a Alvalade… 35 anos depois.

É a quinta Taça de Portugal do palmarés verde e branco e fugia desde a época de 1989/1990.

Mais um troféu conquistado com alma, resiliência, competência e um autêntico espírito de equipa.

Trata-se do primeiro troféu de Edo Bosch [entrevista pág. 20], enquanto treinador do Clube: “É uma alegria enorme. As equipas grandes não se vêem só quando ganham. Esta equipa caiu e levantou-se várias vezes este ano e merecia este título”.

Que muitos outros se sigam e que o hóquei em patins verde e branco continue a perpetuar o seu legado vencedor.

Jornal Sporting já disponível

Por Sporting CP
08 maio, 2025

Jornal Sporting

Em versão papel e em formato digital

Já está disponível, em versão papel e em formato digital, o Jornal Sporting desta semana. A edição 4025 do semanário verde e branco tem como manchete a equipa principal de hóquei em patins que conquistou a Taça de Portugal na semana passada.

O troféu fugia ao Clube há 35 anos, mas os comandados de Edo Bosch venceram com categoria. Na meia-final eliminaram o SL Benfica e na final levaram a melhor sobre a UD Oliveirense. O semanário Leonino desta semana dá conta de toda a festa verde e branca e tem ainda uma entrevista exclusiva com o treinador vencedor.

Nesta edição do Jornal Sporting, e como habitualmente, tudo aquilo que se passou no futebol Leonino nos últimos dias, com destaque para a vitória da equipa principal masculina sobre o Gil Vicente FC por 2-1 ao cair do pano.

Destaque ainda para uma conversa entre Geovany Quenda e Litos, depois de o actual jogador verde e branco ter batido a marca do antigo futebolista como o jogador mais novo de sempre a fazer 50 jogos pela equipa principal.

A efeméride desta semana é a conquista da dobradinha de futebol em 1973/1974.

Estes e outros temas para ler em mais uma edição do Jornal Sporting.

Até ao fim, Sporting!

Por Juvenal Carvalho
15 maio, 2025

Opinião

Se alguém tinha dúvidas da têmpera de que esta nossa equipa de futebol é feita, certamente no passado domingo, desde quem esteve presente no estádio – que apoio incansável até ao fim – até aos milhares e milhares de Leões que o viram via televisão, seguramente que as dissipou todas. Foi, como naquele velho ditado, com “alma até Almeida” que os rapazes de Leão ao peito abordaram todas as adversidades.

O jogo não correu particularmente bem desde o apito inicial. Sofremos mesmo um golo ainda numa fase relativamente inicial da partida, numa grande penalidade que era evitável e que foi convertida por Félix Correia, um jogador que passou pela nossa formação…mais um produto made in Sporting. Demorámos até a entrar no jogo e jogámos mais com o coração do que com a cabeça durante algum tempo. Até ao intervalo, apesar do claro domínio ante uma equipa que veio de Barcelos com a predisposição de defender…defender muito, com toda a equipa atrás da linha da bola e renunciando até a sair com a bola a jogar em termos de acção atacante, que a nossa equipa não criou oportunidades claras de golo, pese a infinita vontade de lutar por cada bola como se não houvesse amanhã.

Depois do intervalo foi de novo um Sporting CP com muita têmpera e muito coração que entrou em campo. Mas se assim o era, as dificuldades em entrar no “ferrolho” gilista mantinham-se. Decididamente não estava a sair bem. Mas nada demovia os nossos jogadores. A vontade indómita era também muito derivada do apoio incessante vindo das bancadas. Onde havia ansiedade natural, mas onde a palavra acreditar até ao fim era o denominador.

Mas aplico aqui outro ditado português, o de “quem porfia sempre alcança”. E assim foi. Quando faltou a inspiração, não faltou a atitude. Uma frase tão assertiva de Rui Borges esteve mesmo na génese e seria o mote da reviravolta. E se aos 81 minutos o Nobre Vulcão entrou em êxtase com o golo do empate obtido por Maxi Araújo, e poucos minutos depois, num livre directo exemplarmente bem marcado por Francisco Trincão, com a bola a bater caprichosamente no poste ter levado os Sportinguistas ao quase desespero, estava guardado para os 90+3’ o momento em que a loucura se instalou das bancadas ao relvado, com o fantástico golo de Eduardo Quaresma – que Leão – num momento de verdadeira magia saída daquele pé direito. Foi na raça, e quanta raça o Leão teve, que os três pontos foram alcançados.

Agora, que estamos a apenas 48 horas do dérbi eterno (sábado às 18h00) não fazendo futurologia, tenho uma esperança inabalável de que vai correr bem. Que o “Bi” pode vir a ser uma bonita realidade. Usemos o nosso lema: Com muito Esforço, uma incessante Dedicação e tanta, tanta Devoção, a Glória estará mais perto. Sejam felizes e façam-nos também felizes, rapazes. Nós acreditamos em vocês.

P.S 1 – Parabéns ao hóquei em patins pela conquista da quinta Taça de Portugal para o nosso Museu. Agora o tempo é de irmos em busca da dobradinha. Que tenha sido a primeira conquista das muitas que queremos ver conseguidas na liderança de Edo Bosch.

P.S 2 – Não correu bem a final four da UEFA Futsal Champions League à nossa equipa. Mas conhecendo todos nós o que esta modalidade já nos deu, acredito que depois das conquistas já esta época da Taça da Liga e da Taça de Portugal, a cereja no topo do bolo venha com a conquista do Penta. Afinal, não sendo fácil, muito menos é impossível.

P.S 3 – 72 horas depois de ter terminado a brilhante, e porque não majestática carreira europeia, o nosso andebol foi ao pavilhão do eterno rival passear classe e dizimar por concludentes (29-37), deixando o campeonato a apenas uma vitória, que pode surgir já na próxima jornada ante o Marítimo. O “Bi” está assim muito mais perto.

Fé imensa… até morrer!

Por Tito Arantes Fontes
15 maio, 2025

Opinião

CAMPEONATO NACIONAL I – Ultrapassámos a 33.ª jornada, mantendo a liderança do Campeonato, bem como o melhor ataque, uma das duas melhores defesas e a melhor diferença entre golos marcados e sofridos. Temos também – o que pode ser decisivo – os melhores resultados (vitória em Alvalade e empate na Luz) no cômputo dos dois jogos com o SL Benfica, nosso adversário mais directo. Somos também a equipa que menos derrotas sofreu no Campeonato, só duas, em dois improváveis jogos… com o CD Santa Clara em Alvalade e com o Moreirense FC fora, ambos na primeira volta. Ganhámos ou empatámos com todos os demais clubes que estão no topo da classificação. Nunca perdemos com esses contendores. É um registo impressionante! E que ainda mais impressivo fica se nos recordarmos da “história” deste Campeonato… do que sofremos, do que passámos, das vicissitudes vividas… da saída do Ruben Amorim (inédita e inesperada, ao findar do primeiro terço da Liga, quando o Clube liderava isolado essa prova), da onda de lesões (chegámos a ter uma equipa inteira de 11 titulares no estaleiro; temos três fundamentais e importantíssimos jogadores que perderam a maior parte da época – Nuno Santos, Daniel Bragança e João Simões), das decisões sofridas em alguns jogos (nas “Ligas de Verdade” e no balanço – corolário de análise de vários especialistas de arbitragem, ex-árbitros mesmo – que ainda há pouco tempo vários jornais fizeram, somos, de modo claro, o Clube que mais foi penalizado), do modo como recuperámos, como nos “agarrámos” uns aos outros, todos, como recebemos Rui Borges e a sua equipa, como nos unimos, como demos os braços, como juntámos a nossa voz e como lutámos… oh, sim, como lutámos… como verdadeiros Leões!

CAMPEONATO NACIONAL II – No sábado passado o país parou! Depois do almoço parou mesmo… nem campanha eleitoral… nada! Tudo suspenso por 90 minutos que poderiam ser decisivos para a decisão do título de Campeão. Jogava-se o “dérbi eterno”, o Sporting CP ia à Luz…e, depois de anos de recuperação (tão longínquo parece já o fatídico e tristíssimo 15 de maio de 2018!), metia respeito, metia temor, estava outra vez, uma vez mais (consistentemente nos últimos anos), na linha da frente pela disputa do título… pelo Bi! Estava – como eu e tantos, tantos outros, desde logo todos os que têm menos idade que os quase 70 anos que já vou alcançando – a lutar por algo que eu nunca vivi… o Bicampeonato! Começámos em grande, logo aos quatro minutos a dupla Gyökeres/Trincão faz estragos e este último, servido em “bandeja de ouro” pelo viking, aplica um tiraço à entrada da área fazendo com que a “menina” só parasse com estrondo no fundo da baliza encarnada! Estava dado o mote… o Sporting CP estava na Luz para lutar e – fundamental – para ser mesmo Campeão! E assim foi! Lutou, lutou e sobreviveu! No final do jogo, empate… e a decisão do título transferida para a última jornada, no nosso mítico Estádio José Alvalade, com o sempre difícil Vitória SC! É o que falta! Vamos a isso! Vamos fazer História! Lutar uma vez mais! Lutar como nunca! Força, Leões! Força, equipa! Nós, todos nós, Sportinguistas, estaremos lá ou onde for, a apoiar, a puxar, a sermos por vocês! É assim, sempre será! Até morrer! Fé imensa! Queremos o Bi!

VOLEIBOL – Foi extraordinária a “negra” da final do Campeonato. Na Luz, para uma quinta e decisiva partida. No fim, mais uma vitória do Sporting CP, que – assim – virou um resultado negativo de dois jogos perdidos de modo consecutivo, pois conseguiu três vitórias, umas atrás das outras! Uma fabulosa remontada! Épica! Gloriosa! O nosso voleibol é Campeão Nacional! Pela sétima vez! Parabéns, João Coelho! Parabéns, equipa (que corporizo nesse fenómeno que é Edson Valencia)!

FUTSAL – Terminou a fase regular do Campeonato e estamos em primeiro lugar! Única equipa sem derrotas nas 22 jornadas, melhor ataque, melhor defesa! Índices avassaladores e bem reveladores da supremacia Leonina. Vamos, agora, para a fase de play-offs. Também aqui queremos o título! Depois das Taças venha o Campeonato! Mais um, mais uma vez! Boa sorte, Leões! Força, Nuno Dias! Força, equipa!

HÓQUEI EM PATINS – Terminámos em segundo lugar a fase regular do Campeonato. Temos a melhor defesa. Avançamos agora para os quartos-de-final, onde vamos defrontar a histórica AD Sanjoanense. Força, Edo Bosch! Força, equipa! O título – depois da fantástica Taça de Portugal, conquistada há uns parcos dias – está já ali… mais uma vez!

ANDEBOL – Estamos isolados no grupo que apura o Campeão. Temos a larga distância o melhor ataque e a melhor defesa da prova. A fabulosa equipa verde e branca está a um passo de conquistar mais um título! Força, Leões! Força, Ricardo Costa! Força, equipa (que corporizo nesse fantástico Leão que dá pelo nome de Salvador Salvador)!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Entretanto continua a “luta” de Gyökeres pela Bota de Ouro! Não é fácil, há contendores de luxo, como Mbappé e Salah na disputa. Temos mais um jogo. Força, Viktor! Estamos contigo!

P.S 2 – Impressionante a onda verde que se deslocou, no passado sábado, à Luz. Imparáveis no apoio! Constantes no ânimo e na fé imensa! Unidos a uma só voz com a equipa, como se viu no final do jogo. Foi bonito!

Sete anos depois

Por Mafalda Barbosa
15 maio, 2025

Opinião

Editorial da edição n.º 4026 do Jornal Sporting

1895.

William George Morgan, professor de educação física nos Estados Unidos, criava um desporto menos cansativo do que o basquetebol, com menor contacto físico e com a possibilidade de ser praticado por atletas mais velhos, em recintos fechados ou ao ar livre.

Nascia o “mintonette”*****, ou como é conhecido nos dias de hoje, o voleibol.

A modalidade chegou a Portugal através das tropas norte-americanas que se encontravam nos Açores durante a Primeira Guerra Mundial.

Mas apenas nos anos 30, por influência de Salazar Carreira, começou a praticar-se voleibol no Sporting CP.

Os primeiros títulos sugiram na década de 50, muito graças ao entusiasmo e dinamismo do professor Mário Moniz Pereira. Dirigente, treinador e jogador da equipa verde e branca que, na época de 1953/1954, colocou um ponto final na hegemonia do Instituto Superior Técnico que conquistava todos os Campeonatos Nacionais desde 1947.

2025.

Sete anos depois da última vez, a equipa de voleibol do Sporting CP volta a conquistar o Campeonato Nacional, o sétimo do palmarés Leonino.

Nas palavras do treinador João Coelho: “Ganhámos três troféus em quatro, é uma noite mágica. É uma conquista que vai permitir olhar para outros horizontes do futuro do Clube e da modalidade”.

Uma conquista que em muito se traduz numa verdadeira demonstração de união e carácter, onde nunca faltou o apoio da Família Sportinguista.

Parabéns!

como referência ao badminton onde também se usa uma rede e uma raquete (in, Wikipédia)

Jornal Sporting já disponível

Por Sporting CP
15 maio, 2025

Jornal Sporting

Edição n.º 4026 nas bancas e em formato digital

Já saiu (aqui) a edição desta semana do Jornal Sporting, cujo principal destaque é a conquista do título de Campeão Nacional de voleibol. Saiba tudo sobre a vitória - e a festa - na Luz que completou uma reviravolta épica na final (de 0-2 em jogos para 3-2) e não perca, também, uma entrevista ao técnico João Coelho e ao jogador Edson Valencia, dois dos principais protagonistas da temporada.

Depois, espaço para lançar o jogo de todas as decisões na Liga 2024/2025 de futebol. Além da crónica do empate no dérbi da Luz (1-1), o Jornal Sporting faz a antevisão à jornada decisiva, em Alvalade, perante o Vitória SC e numa retrospectiva temporal revisita as decisões dos campeonatos vencidos pelos Leões neste século.

Nas páginas das modalidades, para lá das crónicas dos importantes resultados do futsal – rumo aos play-offs no primeiro lugar - e do basquetebol – já entrou (a ganhar) na fase das decisões -, leia as primeiras declarações de João Fidalgo como novo coordenador do voleibol verde e branco, de regresso ao Sporting CP, onde foi jogador e capitão.

Estes e outros temas na edição desta semana do Jornal Sporting.

Jornal Sporting já disponível

Por Sporting CP
22 maio, 2025

Jornal Sporting

Edição n.º 4027 nas bancas e em formato digital

Já saiu (aqui) a edição desta semana do Jornal Sporting, quase inteiramente dedicada à conquista do bicampeonato nacional. Um feito grandioso, celebrado com emoção dentro e fora de campo, e que merece um lugar eterno na memória de todos os Sportinguistas.

Ao longo das suas páginas, o jornal do Clube faz uma retrospectiva completa do jogo decisivo frente ao Vitória SC, da inesquecível festa que invadiu as ruas de Lisboa e revisita, também, todo o percurso que levou os Leões a este histórico 25.º título.

Destaque ainda para uma entrevista exclusiva com Rui Borges, treinador e um dos rostos mais visíveis do sucesso desta equipa, onde se revela o trabalho, a ambição e o espírito que marcaram esta temporada.

Por fim, espaço para a antevisão ao dérbi eterno no Estádio do Jamor, para celebrar a subida da equipa B à Liga Portugal 2, e, no voleibol, para uma notícia que enche de satisfação o universo Leonino: a renovação de João Coelho até 2028.

71 anos depois

Por Mafalda Barbosa
22 maio, 2025

Opinião

Editorial da edição n.º 4027 do Jornal Sporting

17.05.2025

Glória no peito.

Lágrimas nos olhos.

Orgulho no coração.

E uma fé inabalável que nos permitiu alcançar o tão desejado Bicampeonato Nacional.

A partir daqui nada será como antes.

Terminámos na frente, com uma conquista que não representa apenas um número.

Este é o resultado da união, da resiliência, da vontade de querer ir mais além e do trajecto inspirador e exemplar de uma equipa.

Eu, e de certeza todos os Sportinguistas espalhados pelo Mundo, sentimos uma combinação de sensações indescritíveis que nos enche a alma e nos faz transbordar de orgulho por pertencer a esta família.

Que nunca deixemos de orgulhar e honrar quem criou os alicerces para que hoje possamos fazer parte desta História.

Que nunca esqueçamos o legado do Sporting Clube de Portugal e todos os que para ele têm contribuído ao longo do tempo.

Que o caminho da Glória seja sempre o de inspirar e motivar pelo exemplo.

Assim como todos os Sportinguistas, eu também “farei o que puder para te ver sempre na frente”!

Bem-vindo de volta, Bicampeão!

O “Bi” é nosso!

Por Juvenal Carvalho
22 maio, 2025

Opinião

Ser do Sporting CP, a ganhar ou a perder, é uma sensação que não se explica, sente-se. E, acreditem aqueles que não o são, é mesmo verdadeiramente indescritível, é um viver o clube simplesmente único. Um amor de uma vida.

E no passado sábado, nessa mistura de sentimentos daquilo que o Sporting CP representa para mim – mal acabou o jogo que nos deu o “Bi” – o primeiro das nossas vidas para a grande maioria dos leões – assumo que chorei de alegria e recordei pessoas que me marcaram no meu Sportinguismo, sobretudo da minha avó Alice, aquela que me comprou o primeiro equipamento do Sporting em criança e que me afagava as lágrimas de tristeza sempre que as coisas corriam mal ao nosso Clube. Sempre com uma palavra de conforto, com um “não fiques triste filhote”, da minha “velhota Leoa”. Mas também da minha filha, a quem telefonei mal acabou o jogo, das minhas netas Leonor e Matilde, do Sr. Olímpio, dos Leões de Parambos, a aldeia mais Sportinguista de Portugal, em suma de todos os que amam o símbolo do Leão desde o local mais cosmopolita às aldeias mais recônditas do país e um pouco por todo o mundo.

O “Bi” chegou e com ele a alegria de milhões de Leões que pintaram o país a verde e branco, sendo mesmo a festa no Marquês de Pombal mais um momento inolvidável de um Sportinguismo arrebatador. Foi lindo ver diversas gerações de Leões a festejar, dos mais idosos aos mais jovens, e tantos eles são, e que são também o garante de um futuro rampante e cheio de sucesso para todos nós.

Este foi o 25.º título de Campeão Nacional do Sporting Clube de Portugal. Num ano cheio de vicissitudes, o Leão tremeu mas não caiu. Foi mesmo de antes quebrar do que torcer. Às adversidades reagiu sempre. Quando perdeu a liderança, numa época em que liderámos em 30 das 34 jornadas da prova, factor inequívoco da justiça da conquista deste "Bi, o Sporting CP, retomaria logo a liderança na jornada seguinte. Quando faltou a inspiração, nunca faltou a atitude.

Este título teve mesmo cambiantes invulgares. Três treinadores, dois directores desportivos, lesões em catadupa e de longa duração em jogadores nucleares, nada disto demoveu o Sporting CP. A equipa foi uma verdadeira família. Aquele “onde vai um vão todos” que fez escola em 2021, mantém-se vivo. Nada demoveu este grupo de trabalho, de que não quero pôr foco no individual, mas sim num colectivo uno e indivisível. Nele uma palavra de destaque terá de ser dada a Rui Borges. Gosto da genuinidade do míster. É humilde, não renega as suas origens, mesmo com jogadores lesionados e tantos eles foram ao mesmo tempo, nunca se ouviu um queixume da sua parte. Recorreu a jogadores da equipa B amiúde. Quando pegou na equipa recuperou a liderança ante o eterno rival em Alvalade. Abanou, mas nunca caiu. Foi o paradigma do sucesso. Um sucesso que se fez de trabalho. Que se fez de união. Que se fez de foco no essencial. Foi, pois, um Leão indomável aquele que se sagrou Campeão.

Também neste trabalho tenho de destacar alguém que herdou um legado cheio de dificuldades. Éramos um clube cheio de problemas. Vivíamos mesmo tempos que a História pela negativa não apaga.

Claro que falo do presidente Frederico Varandas e da sua equipa de trabalho.

Em menos de sete anos de presidência devolveu o Sporting Clube de Portugal às conquistas, e tantas têm sido, além de sermos, aos dias de hoje, um clube moderno, de termos um estádio que nos orgulha, de estarmos fortíssimos no conjunto das modalidades, etc.

Não gosto de personalizar conquistas, mas esquecer este trabalho é algo que não consigo. Honra ao mérito.

Mas uma coisa é inquestionável este título é de todos nós. De todos aqueles que sentem o símbolo do Leão.

Agora, o tempo é de acreditar no “Tri”, mas não sem antes deixar de querermos mais e mais. E nesse mais, conto no horizonte próximo com a conquista da Taça de Portugal. É difícil a dobradinha? Sim. Mas também é, obviamente, muito possível. O foco está já nesse troféu. Conquistem-no por todos nós. Façamos da festa da Taça a nossa festa. A festa do Leão. O “Bi”…esse, já é nosso.

P.S 1 – A equipa B, ao vencer o Amarante FC, garantiu a subida à Liga Portugal 2. Um feito muito importante para o Clube, mas também para o crescimento individual dos nossos jovens talentos. Parabéns, Leões.

P.S 2 – E no próximo fim-de-semana, na continuidade da lógica ganhadora do Sporting CP, pode chegar mais um “Bi”. Agora, no andebol. Somos um clube ecléctico e que tem no seu ADN a conquista. Somos o Sporting Clube de Portugal.

O 25.º Título – Bicampeão!

Por Tito Arantes Fontes
22 maio, 2025

Opinião

CAMPEONATO NACIONAL I – Está feito! Conseguimos novamente o nosso título de Campeão, o 25.º título! E este em modo de Bicampeão! Milhares e milhares de Sportinguistas, 50 mil no Estádio, dezenas de milhares fora do mesmo, centenas de milhares em Portugal de lés-a-lés, milhões espalhados pelo Mundo! Uma festa imensa! Desde cedo que se sentia o título, as horas não passavam, a ansiedade crescia e nós a querermos que os minutos passassem depressa. Até que, às 18h00, começou finalmente o nosso último jogo do Campeonato, contra o sempre difícil e personalizado Vitória SC. Tínhamos 90’ para fazer História, para mais uma vez nos assumirmos como a Maior Potência Desportiva Nacional! O fervor à volta do Estádio era descomunal, a fé tremenda, a esperança total. Íamos a caminho do Bi! A primeira parte foi ansiosa e insípida, com notório domínio Leonino, mas escassas oportunidades no ataque e, em contraponto, exibindo sempre uma defesa sólida. Na segunda parte acelerámos um pouco o jogo e, dez minutos depois do reatamento, tivemos soberba jogada protagonizada por Quaresma, Debast, Maxi e pum… Pote fuzila de primeira! Alvalade “vem abaixo”! Explode mesmo! Estava feito o primeiro golo e o título ali tão perto! Depois, sempre com o domínio e controlo total do jogo e sempre sem permitir qualquer veleidade ao nosso adversário (não nos lembramos de uma defesa digna desse nome por parte de Rui Silva), fomos em busca da consolidação da nossa vitória! E sim, pouco depois dos 80’ de jogo, esta chegou com assistência de Pote e por intermédio do intrépido Viktor Gyökeres! Um golaço feito de raça, poder, força, técnica, um golo de arte e só possível mesmo a um avançado centro de eleição! Éramos Campeões! Bicampeões!

CAMPEONATO NACIONAL II – Este título é mesmo tão, tão merecido! O Sporting esteve quase sempre na liderança da prova. Sempre que, esporadicamente perdia a mesma, recuperava-a de imediato, logo na jornada seguinte, demonstrando um indiscutível estofo de Campeão, contrariamente a outros que sempre fraquejavam e reiteradamente demonstravam que não tinham mesmo a qualidade necessária e suficiente para conquistar o título! Acabámos a prova isolados na liderança, com 82 pontos, com mais dois pontos do que o segundo classificado. Este, nesta última jornada, para ser Campeão, precisava de fazer melhor resultado que o Sporting CP; fez pior! O Sporting CP ganhou, o SL Benfica empatou (apesar de ter jogado a última meia-hora contra apenas dez adversários)! Corolário das 34 jornadas é a liderança isolada do Campeonato, com o maior número de vitórias alcançado (25 ex aequo), menor número de derrotas sofridas (apenas duas), melhor ataque (88 golos), melhor defesa (27 golos sofridos), melhor diferença de golos (61) e com o melhor goleador da prova, Gyökeres com 39 golos! É clarinho e justíssimo!

CAMPEONATO NACIONAL III – Este título é, por outro lado, tão, tão merecido por tantos outros aspectos, desde logo pelas vicissitudes que o Clube enfrentou ao longo desta atípica temporada, as quais soube enfrentar com coragem e de modo estoico! Foi a imprevista, inesperada, indesejada e traumática saída de Ruben Amorim do comando técnico da equipa; foram as lesões que, em catadupa, de modo muito sensível e notório a partir de Novembro, a equipa foi sofrendo, muitas delas em jogadores nucleares e indiscutíveis titulares; foi o consulado de João Pereira, onde, por isto ou aquilo, os resultados nos fugiram e só conseguimos quatro pontos em 12 possíveis (quatro jogos); foram as decisões de jogo que nalguns momentos nos foram sendo desfavoráveis e que permitem, na análise de “especialistas de arbitragem”, chegar à conclusão que, na Liga da Verdade do Record e em trabalhos similares de outros meios de comunicação social, o Sporting CP sempre ganharia o Campeonato, inclusive com maior avanço e destaque em relação aos seus mais directos competidores.

CAMPEONATO NACIONAL IV – E este título é também extraordinariamente merecido pelo fabuloso naipe de jogadores que o Clube tem! Pelo modo como a equipa soube suportar os infortúnios da época e ultrapassar as agruras da mesma. Pelo modo como soube receber Rui Borges e a sua equipa técnica! Pelo modo como este se soube integrar e moldar a equipa e jogadores ao seu jeito, sempre com um discurso positivo, com um querer total e com um contagiante acreditar no grupo de trabalho! Rui Borges, recorde-se, entrou em Alvalade para ganhar na 16.ª jornada ao SL Benfica e assim continuou. Foram 19 jornadas e não averbou nenhuma derrota nesses jogos, mesmo tendo jogado fora no Dragão, na Luz e em Guimarães. É obra! Obrigado, equipa! Obrigado, Rui Borges!

CAMPEONATO NACIONAL V – A equipa merece, sem dúvida, um enorme destaque! Foi ela, foram os nossos jogadores que nunca quebraram, que sempre lutaram! Eles tinham e têm o tal espírito de Campeão que tantas e tantas vezes Rui Borges salientou. O conjunto merece o nosso imorredoiro aplauso! E alguns destaques (correndo o risco de algum injusto esquecimento) vou fazer. Hjulmand, claro, o nosso fundamental capitão, orgulho do nosso Clube, pelo que joga, pelo que comanda e por ser quem é e como é! Depois, Gyökeres, claro, fez 39 golos no Campeonato, apesar de não ter feito todos os jogos, para além de muita assistência e de tudo, tudo o que deu à equipa, mesmo quando estava fisicamente limitado. Trincão foi fundamental, fez uma época extraordinária, coroada com golos fundamentais em Guimarães, na Luz, contra o Nacional e tantos outros. Rui Silva é um esteio que veio para ficar e resolveu-nos o tema da baliza. Palavra para o imenso rol de lesionados, desde logo para Pote (a cena no Marquês do mic drop é inolvidável!) que ainda regressou a tempo de ser decisivo neste último jogo e os ainda no estaleiro Nuno Santos, Daniel Bragança, João Simões. Especial referência para Eduardo Quaresma, decisivo com aquele soberbo pontapé contra o Gil Vicente. E para o Ricardo Esgaio, seguramente o único homem no Mundo a merecer um verso em português do Viktor! E para tantos outros: Diomande, Quenda, Catamo, Gonçalo Inácio, St. Juste, Morita, Debast e os jovens da equipa B sempre tão bem! Obrigado, Equipa! Obrigado, a todos os jogadores!

FREDERICO VARANDAS – É o grande obreiro deste momento histórico da vida do Clube! Sete anos de mandato, três títulos de Campeão Nacional! É, para já, uma Taça de Portugal, três Taças da Liga, uma Supertaça! São oito troféus conquistados até ao momento! E nestes avultam, claro, os três títulos de Campeão, nos quais se insere o actual e histórico Bicampeonato! Um feito que não era alcançado desde a primeira metade dos anos 50! Frederico Varandas já apontou o futuro… quer mais títulos! Quer continuar a ganhar! Obrigado, presidente! Obrigado, grande Leão de juba alta!

TAÇA DE PORTUGAL – É no domingo, no Jamor. Lá estaremos! Queremos trazer o “caneco” para o Museu! Venha ele! Força, equipe! Vamos à “dobradinha”!

EQUIPA B – No passado sábado, no Estádio Aurélio Pereira a nossa equipa B deu-nos uma outra enorme alegria! Conquistou o direito a subir de divisão! Na próxima época teremos, pois, a equipa B na Liga 2! Parabéns, equipa! Parabéns, Leões!

ANA BORGES – Esta nossa jogadora e capitã de equipa sai no final desta época! Foram nove temporadas de Leão ao peito! 216 jogos e oito títulos! Obrigado, Ana Borges! Até sempre!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – A CML decidiu mal quanto ao fecho, em cima da hora, de vários estabelecimentos hoteleiros nas imediações do Estádio José Alvalade. A decisão foi manifestamente tardia, mal explicada e é mesmo racionalmente incompreensível, inclusive em termos internacionais; depois, face à onda de contestação que imediatamente varreu o universo Leonino e – ao que se sabe – à intervenção de Frederico Varandas, tentou emendar a mão; foi tarde; o mal estava feito; certo é que há uma semana a CML não teve comportamento idêntico quanto a estabelecimentos nas cercanias do Estádio da Luz; não se percebe, pois, o racional desta infeliz decisão. Corolário do ocorrido foi a desagradável situação que na 2.ª feira ocorreu na recepção da comitiva do Sporting CP. Carlos Moedas e a sua vereação bem que poderiam ter poupado tanto assobio que lhes foi dirigido!

P.S 2 – A PSP já veio qualificar a operação de segurança dos festejos do título do Sporting CP como tendo decorrido de forma “globalmente tranquila, positiva e serena”. Já o ano passado foi assim. A massa Associativa e adepta do Clube é, no seu adn, maioritária e largamente composta por gente boa e ordeira! Soube que infelizmente houve um adepto que poderá ter ficado cego por, ao que parece, efeito de uma bala de borracha perdida. É uma situação triste (que carece ainda de adequada investigação) e que naturalmente lamentamos. Os meus votos de recuperação para este Leão!