Jornal do Sporting - Parte 2

JORNAL SPORTING JÁ DISPONÍVEL

Por Sporting CP
18 maio, 2023

JORNAL SPORTING

​​Edição n.º 3924 em papel e formato digital

Já está disponível, em papel e em formato digital, a mais recente edição do Jornal Sporting. O tema em destaque na primeira página é a conquista do quinto Campeonato Nacional de rugby de sevens por parte da equipa feminina verde e branca, que bateu na final o SL Benfica por 7-0.

No interior da publicação, além das crónicas dos jogos das equipas masculina e feminina de futebol, e dos escalões de formação, realce para Assembleia Geral Extraordinária da SAD realizada na terça-feira, em Alvalade, que teve o seu ponto único aprovado por larga maioria.

No que toca às modalidades, para lá dos jogos da última semana, espaço para uma reportagem sobre as atletas ucranianas Anastasjia Kryzhanovska e Tetiana Terasiuk, que, fruto da guerra no seu país, se viram obrigadas a emigrar para poder dar seguimento à carreira no rugby, sendo acolhidas pelo Sporting CP. Nota também para a renovação de contrato de Diego Cavinato.

Já a Lenda desta edição é Alberto Matos, ex-atleta Leonino na disciplina de barreiras, de atletismo, que dominou nas décadas de 1960 e 1970 e bateu várias vezes recordes nacionais.

O DÉRBI… E O “PRESENTE” DO PINHEIRO!!!

Por Tito Arantes Fontes
25 maio, 2023

OPINIÃO

No domingo tivemos mais um dérbi. O verdadeiro e único dérbi nacional. Aquele que arrasta sempre e em qualquer modalidade (até no “berlinde”!) interesse e multidões! Fizemos uma primeira parte de grande categoria! E de muita qualidade! Ao intervalo estávamos a ganhar merecidamente por 2-0. Tudo apontava para uma noite de luxo. Nesse primeiro tempo foram várias as nossas ocasiões de golo, várias… Pote à boca da baliza, Esgaio com um portentoso remate e mais e mais… e, claro, os já referidos dois golos, um de Trincão na técnica, na codícia, na raça e no querer (após estupendo passe de Nuno Santos) e outro de Diomande numa cabeçada portentosa, de cima para baixo, como mandam as regras, na sequência de um canto… apontado, claro, por… Nuno Santos! Depois do intervalo o jogo foi outro… não como tenho para aí visto, escrito ou falado, de inversão de sentido… e isso porque o Sporting na primeira parte foi manifestamente muito mais luxuoso, fazendo uso de superlativa qualidade, sendo que o nosso adversário na segunda parte nunca chegou a esse patamar de excelência… nem lá perto! O nosso opositor − futuro campeão nacional e incensada “equipa maravilha” do futebol nacional, que até “campeão europeu” já era… − fez uma segunda parte de querer, mas com futebol atabalhoado e aos empurrões (como bem o demonstram os dois golos que obteve, qualquer deles “caído do céu”, com jogadores do Sporting estatelados na área!)… aproveitando sobretudo as perdas de bola e maus passes em que o Sporting sistematicamente caiu na segunda parte (em incompreensível contraste com o que tinha sido feito pela nossa equipa no decorrer da primeira parte). Basta ver novamente o jogo (como fiz!) para se perceber o que digo. Ou seja, a superioridade do Sporting na primeira parte foi muito mais marcante e impressiva que a segunda parte do nosso opositor.

O corolário de um jogo assim deveria ser mesmo a nossa vitória por 2-1, premiando a excelência da nossa primeira parte e os “repelões” do nosso adversário na parte complementar. Mas − hélas! − o Pinheiro ainda não tinha entrado em acção! Sim, é verdade, o homem já tinha “aquecido”, nomeadamente com o critério disciplinar (Diomande foi “amarelado” por pisão, Chiquinho também foi depois “amarelado”… mas aí Pinheiro achou que tinha de justificar o seu cartão… coisa que não fez com o jogador do SCP! A atitude do árbitro para com os jogadores das duas equipas não era a mesma! Acrescentem-se ainda as outras faltas a meio-campo que não marcou a nosso favor e que nos marcou sempre que recuperávamos a bola e queríamos iniciar contra-ataque… e o amarelo que entendeu mostrar ao nosso capitão Coates, o seu jogador fetiche… o tal que leva amarelos mesmo quando é pisado!). Ora, com todo este “aquecimento”, já no período dos oito minutos de desconto que entendeu conceder, Pinheiro e seus “muchachos” resolveram apresentar e entregar o “presente” que traziam… vai daí validam o inenarrável segundo golo do nosso adversário! Fora-de-jogo evidente de um jogador encarnado, com participação activa no lance! Só não vê quem não quer! Só não vê quem não é sério! Só não vê quem despreza a Verdade Desportiva!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

P.s. 1 − Percebe-se cada vez mais o “porquê” do Sr. Schmidt querer abolir o VAR… é mesmo para que se validem golos ilegais como o do empate em Alvalade! Um desportista, portanto!

P.s. 2 − Não gostei de ver tanta “mancha encarnada” em zonas de Sócios e adeptos do Sporting… algo há que fazer para evitar que se repitam situações como essa!

ACREDITAR EM DIAS MELHORES

Por Juvenal Carvalho
25 maio, 2023

OPINIÃO

Independentemente do momento, da classificação, da jornada, do maior ou menor interesse competitivo, o ‘dérbi eterno’ mexe comigo. E no domingo, na lógica do sentimento, que melhor factor motivacional haveria de existir, antes do jogo, do que ver irromper pelo relvado de Alvalade homens que tanta história fizeram de Leão ao peito. Ver Manuel Fernandes − que bonita a homenagem ao eterno ‘capitão’ que esteve 12 épocas de Leão ao peito com 433 jogos realizados e 257 golos marcados −, Hilário da Conceição, Oceano, Daniel Carriço, António Oliveira, Pedro Barbosa, Carlos Xavier, Iordanov, Nogueira, Freire, Litos, Nani e Francisco Barão, todos eles antigos capitães, na ‘casa’ onde foram e nos fizeram felizes, parecia vir a prenunciar uma grande noite para o Sporting Clube de Portugal.

E seria sob o signo do Leão que o jogo se iniciou. Pela honra e pela dignidade joga-se sempre, e a primeira parte foi mesmo de gala. Dois golos de vantagem e mais um ou outro que poderia ter ampliado o score, levaram para o intervalo um Leão confiante e que parecia estar vocacionado para uma noite fantástica. Mas não, como o nosso treinador Rúben Amorim, sempre na lógica do nós, e nunca fugindo às suas responsabilidades, foi aludindo ao longo da época, voltámos a ser bipolares ou a repetir o 8 ou o 80. Para o segundo tempo surgiu um Sporting estranhamente ansioso, a perder bolas sem qualquer pressão, e também sem o instinto matador do primeiro tempo. Para o fim, na minha opinião, por linhas tortas, por ter sido num lance precedido de irregularidade, fugiu-nos a vitória. Aquela que, não escondendo nada de uma época pouco conseguida, seria uma vitória pela Honra… uma vitória que todos nós tanto gostamos de obter. Seria cínico − não está na minha lista de defeitos − dizer que não é ao clube a quem mais gosto de ganhar. Que seria até frustrante − salvou-se o que não desejávamos − assistir aos festejos do eterno rival na nossa casa. Não vivo, contudo, de traumas e de ódios fúteis. São só mesmo o rival de todos os tempos, e numa expressão tão antiga, gosto de lhes ganhar até ao berlinde.

Mas indo ao âmago da época, está consumado o quarto lugar e o ficar de fora da Champions League na próxima época. Logo foi frustrante. Logo longe dos desígnios a que nos propomos época após época.

Agora, resta sermos dignos em Vizela e ganhar. Ganhar pelo símbolo e pelos adeptos. Ganhar porque tem que ser essa a nossa missão em toda e qualquer circunstância.

Depois, o tempo é de preparar bem a próxima época. Gosto pouco da expressão fazer mais com menos. Tenho apenas a convicção que temos que ser ainda mais assertivos e eu acredito que vamos ser. Que temos que contratar melhor preenchendo lacunas evidentes, eu também acredito que o vamos fazer. Sou dos que acredito ainda que o caminho com Rúben Amorim será o caminho do sucesso. E não são as minhas lentes verdes a fazer-me pensar nisso. Acredito mesmo num virar de página com efeitos imediatos. Ser do Sporting Clube de Portugal é não omitir o que está mal − nunca o farei a bem da minha honestidade intelectual − mas também, e sempre, acreditar em dias melhores. E eu acredito!

ASSIM NÃO VAR

Por Miguel Braga
25 maio, 2023

OPINIÃO

Editorial da edição n.º 3925 do Jornal Sporting

Dos nove especialistas que falam e escrevem semanalmente sobre arbitragens em Portugal, oito, repito oito, afirmaram que o golo do SL Benfica já depois dos 90 minutos contra a nossa equipa foi mal validado. A saber:

  • Em A Bola, Duarte Gomes escreveu: “… o médio encarnado impediu, com o corpo em rotação, a movimentação e Coates (…); o jogador encarnado estava adiantado irregularmente e tomou parte activa no jogo ao interferir (com contacto físico) na acção do seu adversário. Foi motivo suficiente para justificar a anulação do golo”; antes já o tinha afirmado na SIC Notícias;

Em O Jogo, três especialistas, a mesma opinião:

  • Jorge Coroado afirmou “Florentino (…) interferiu, obstruiu e derrubou Coates. (…) Decisão errada derivada à falta de coragem”;

  • José Leirós declarou que “o VAR devia indicar a infracção, considerando irregularidade na lei 11, e não validar o golo”;

  • Fortunado Azevedo referiu “conforme determina a lei 11.ª, o jogador ao obstruir Coates com contacto toma claramente acção no jogo. O golo deveria ter sido anulado”;

  • Na RTP 3, Pedro Henriques garantiu que “a explicação é simples: o Florentino está em fora de jogo posicional (…) e faz isso com intenção e faz aquilo que não pode fazer (…); ele não faz falta, mas ao promover o contacto passa de fora-de-jogo posicional (…) para um fora-de-jogo activo”;

  • Marco Pina, na CMTV, disse: “O Florentino ao movimentar-se em posição irregular de fora-de-jogo para junto do Coates (…) impede com a sua posição irregular que o Coates se movimente para a bola para disputar o lance. Estando o Florentino em fora-de-jogo tem de ser punido por isso”;

  • Tanto na SportTV como no Record, Jorge Faustino afiançou que o golo foi “mal validado. (…) Estamos a falar de um jogador que estando em fora-de-jogo estorva a movimentação do defesa e portanto, fora-de-jogo. Num contexto de futebol de vídeo-árbitro, o vídeo-árbitro tinha todas as condições para intervir e anular este golo”;

  • Também no Record Itaurralde González foi peremptório: “bloqueio claríssimo”. E vai mais longe: “é uma jogada de escola de arbitragem. O jogador que está em posição adiantada (…) fez um bloqueio ao defesa do Sporting. Os bloqueios são ilegais no futebol. É uma jogada claríssima e o vídeo-árbitro tinha de intervir”.

Perante uma questão de escola e um lance destes, o sempre prestimoso Marco Ferreira conseguiu escrever no Record que “Coates choca com Florentino que tinha a posição ganha (…). Florentino está adiantado, mas não interfere com nenhum adversário a jogar a bola”. Diz o povo que o maior cego é aquele que não quer ver. E apesar do óbvio, consegue este ex-árbitro voltar a insistir na sua teoria, no mesmo jornal, desrespeitando os seus oito ex-colegas de profissão e as leis que diz que defende, esquecendo-se que o futebol não é basquetebol, que no futebol os bloqueios não são permitidos e que se Coates não interferiu na jogada é porque foi bloqueado por um jogador que estava em posição irregular. Simples para todos, menos para Marco Ferreira. Assim se resume um mau serviço à arbitragem.

Na minha opinião era um lance de VAR, uma ferramenta que em Inglaterra foi explicada, jogo a jogo, pelo ex-árbitro Howard Webb, responsável máximo da arbitragem, ao vivo e a cores na televisão. Sem medos e com transparência. Pelas melhores, mas também pelas piores razões (como se viu neste jogo) o VAR é, nos dias hoje, uma ferramenta central do futebol. Permitir que todos conheçam o racional por trás de cada decisão não deveria causar calafrios a ninguém, muito pelo contrário.

Que quem está atrás das câmaras seja cada vez mais competente é o que se deseja: competente, justo e transparente. A bem do futebol e da verdade desportiva. Infelizmente, no último dérbi, tal não se viu. E o SL Benfica empatou o jogo com um golo irregular.

JORNAL SPORTING JÁ DISPONÍVEL

Por Sporting CP
25 maio, 2023

JORNAL SPORTING

​​​Edição n.º 3925 em papel e formato digital

Já está disponível, em papel e em formato digital, a mais recente edição do Jornal Sporting. O tema em destaque na primeira página é o Sporting Play Day, iniciativa que tem como objectivo celebrar o Dia da Criança e vai proporcionar às mesmas muitas horas de profunda diversão e de contacto com o universo ecléctico das modalidades do clube Leonino.

No interior da publicação, além das crónicas dos jogos das equipas masculina e feminina de futebol, e dos escalões de formação, realce para a homenagem feita ao antigo avançado, treinador e dirigente Leonino Manuel Fernandes, com a presença de vários capitães do emblema verde e branco no relvado do Estádio José Alvalade antes do início do dérbi com o SL Benfica.

No que toca às modalidades, para lá dos jogos da última semana, espaço ainda para o Bicampeonato Nacional conquistado pela equipa masculina de natação adaptada, assim como para a renovação de contrato do capitão da equipa de futsal, João Matos, que está há 21 anos no Clube.

Já a Lenda desta edição é Tomislav Ivkovic, ex-guarda-redes croata que defendeu a baliza Leonina entre 1989 e 1993, num total de 154 jogos.

ALVALADE 2.0

Por André Bernardo
01 Jun, 2023

OPINIÃO

Editorial da edição n.º 3926 do Jornal Sporting

Em 2018 a vírgula de Oxford* ganhou uma enorme popularidade devido ao processo movido contra a empresa Oakhurst Dairy, nos Estados Unidos. Na origem do processo está a ausência de uma vírgula (de Oxford), que o tribunal norte-americano viria a considerar criar incerteza suficiente para dar parecer a favor dos queixosos. O caso viria a ganhar escala mediática mundial, tendo pelo menos duas consequências mais conhecidas: a empresa acabou por chegar a acordo com os queixosos no valor de 5 milhões de dólares e o legislador viria a adoptar o ponto e vírgula para evitar ambiguidade na interpretação.

Hoje estreamos o nosso equipamento principal da época 2023/2024, com três vertentes simbólicas de celebração: o dia da criança; o aniversário de 20 anos do Estádio; e o início de uma nova Era.

No próximo dia 6 de Agosto sopraremos as 20 velas de aniversário do (novo) Estádio José Alvalade. Fá-lo-emos em modo de homenagem a todos os que fizeram, e fazem, dele a sua casa e imbuídos do mesmo espírito de (re)início que lhe deu origem em 2003.
Adicionamos um ponto ao número 20, neste caso no meio – 2.0 − para dar início a uma nova era de modernização do nosso lar, colocando também um ponto, neste caso final, a quase 20 anos de desinvestimento no nosso Estádio. Já o tínhamos feito com a renovação das cadeiras, evoluindo em paralelo na, igualmente importante, edificação da identidade Sporting, para nos sentirmos em casa. Na próxima época avançaremos com um conjunto de melhorias, a anunciar brevemente, que vão permitir melhorar a experiência a todos os Sócios e adeptos.

Dia 3 é dia de Play Day e convido todos a virem celebrar o Dia da Criança em família, podendo experimentar (quase) todas as nossas modalidades de forma divertida.

Convite que estendo para enchermos o Pavilhão João Rocha no apoio às nossas equipas, para colocarmos um ponto final, e em Glória, nas finais que temos pela frente.

*Na pontuação da língua inglesa, uma vírgula de Oxford é uma vírgula colocada imediatamente após o penúltimo termo (ou seja, antes da conjunção coordenativa [geralmente e ou ou]) numa série de três ou mais termos.

FINAIS

Por Pedro Almeida Cabral
01 Jun, 2023

OPINIÃO

O Sporting Clube de Portugal está nas decisões finais dos campeonatos nacionais de hóquei em patins e de basquetebol. Tanto numa modalidade como noutra, apenas foram necessários três jogos, com o Sporting CP a alcançar igual número de vitórias. As semelhanças não ficam por aqui: nas duas eliminatórias viu-se uma garra Leonina que muito promete para as finais.

No hóquei em patins, o Sporting CP soube recuperar de três desvantagens seguidas, sempre crente na vitória. Recordo que no primeiro jogo ganhámos em casa ao OC Barcelos por 6-5, após estarmos a perder ao intervalo por 4-3. Depois, em Barcelos, a mesma história, com o mesmo vencedor. Ao intervalo a perder 2-0, virámos na segunda parte para o 2-2. Já no prolongamento, deu-se o momento inesquecível desse jogo: Romero a fazer o 2-3 final a um minuto do fim. A fechar, no passado domingo, deu-se a merecida vitória folgada que sublinhou a crescente forma do nosso cinco. A história do triunfo no Pavilhão João Rocha começa por escrever-se com uma entrada a perder por 0-1, depois 1-2 e ainda 2-3. Só que esta equipa está a jogar um hóquei fluído e concretizador como nunca jogou nesta época. Por isso, foi com naturalidade que chegámos ao 8-4 que arrumou a eliminatória. Lá estaremos na final, dois anos depois de termos sido campeões. Defrontaremos o FC Porto ou o SL Benfica. Com esta capacidade de superação, podemos chegar ao título.

No basquetebol, o feito é ainda maior. Ganhámos os dois primeiros jogos em casa do FC Porto, o que é sempre árduo. No primeiro, talvez o mais importante, vencemos a equipa portista por 80-88, ficando com o factor casa na eliminatória. Talvez isso tenha sido decisivo para alcançar o segundo triunfo também em casa do FC Porto, por 91-93. Este resultado é enganador, dado que o Sporting CP dominou larga parte do jogo e só nos momentos finais a equipa adversária ameaçou a nossa vitória. Já na nossa casa, vencemos tranquilamente o terceiro jogo, por 94-66, numa exibição perfeita. Vamos encontrar o SL Benfica na final. Será a primeira vez que jogamos a final com o rival de Lisboa desde que em boa hora o basquetebol regressou ao Clube, em 2019. A consistência demonstrada perante o FC Porto deixa antecipar que, tal como no hóquei, podemos ser campeões.

Duas modalidades que, ao longo da época, sempre deram o que tinham e que não tinham para levar mais longe o nome do Clube. Nas finais que vamos jogar em casa, merecem um Pavilhão João Rocha a abarrotar para também nós fazermos a nossa parte e empurrarmos o Sporting CP para os títulos.

ESTAMOS CONTIGO, ETERNO CAPITÃO

Por Juvenal Carvalho
01 Jun, 2023

OPINIÃO

Na recente e tão arrebatadora homenagem realizada ao eterno capitão, senti um Manuel Fernandes muito mais magro, num emagrecimento abrupto e com um rosto que indiciava algo estar mal consigo.

A última vez que estive com ele pessoalmente foi em Parambos, onde recebeu mais um dos seus inúmeros “banhos Leoninos”, para mais numa localidade onde o Sporting é uma ‘religião’ para aquelas gentes transmontanas de boa cepa, e ele, o ‘Manel’, uma referência como, aliás, o é para todos nós, e transversal às mais diversas localidades onde existirem Sportinguistas.

Quando se soube que o “capitão” estava doente, o universo Leonino − e não só, porque é também muito estimado noutros quadrantes clubistas − acto contínuo, desde as redes sociais ao mundo real, entrou em alarme. Isto porque temos memória e temos história. Porque somos gratos a quem nos fez feliz. Porque o Manuel Fernandes é, indubitavelmente, especial nos nossos corações.

Já o disse noutras ocasiões que ele, entre outros, forrava as paredes do meu quarto de criança cheio de posters. Ter tido o privilégio de com ele ter privado, poucas vezes aliás para aquelas que gostaria de ter estado, porque é realmente contagiante ouvir o nosso “capitão”, que respira Sporting por cada poro, que tem sempre uma palavra genuína para quem o aborda e com aquela simplicidade de quem nasceu numa família humilde, mas de valores, em Sarilhos Pequenos, localidade de que tanto se orgulha de ter nascido.

O nosso “capitão”. O nosso “eterno capitão” está a passar por um período menos bom de saúde que seguramente vai contornar. Como contornava os opositores que lhe apareciam pela frente. Com uma mestria feita de uma qualidade invulgar. Com a sagacidade com que lutava por cada bola como se fosse a última da sua vida. Correndo para a recuperação com a facilidade com que chegava a cada golo, e tantos eles foram de Leão ao peito.

Quando Manuel Fernandes está menos bem, olhamos para ele como se fosse um familiar. Porque somos a imensa família Leonina que estima os seus e é reconhecida como poucas. Porque somos gratos a esta referência da nossa História. Porque se o Manuel estiver doente, até o Leão derrama uma lágrima marota.

Força, Manuel Fernandes, precisamos tanto de ti. És inquebrável. És um Leão que só se curva para beijar o símbolo. Vais marcar mais um golo, como aqueles quatro que marcaste naquela inesquecível tarde de 14 de Dezembro de 1986 ao “eterno rival”. Só que desta vez a tua filha não se importará e a bola fica para ti. A bola da vida. Que ainda será seguramente longa, e plena de saúde, para viveres como só tu o sabes o teu e o nosso grande amor. O Sporting Clube de Portugal!

FUTEBOL: BALANÇO E FUTURO!!!

Por Tito Arantes Fontes
01 Jun, 2023

OPINIÃO

Terminou finalmente a época 2022/2023, uma época que não nos deixa saudades, mas da qual temos seguramente ensinamentos (e muitos!) a retirar!

A temporada começou por assim dizer “torta”, com um começo de campeonato marcado pela inesperada saída de Matheus Nunes, em meados de Agosto, já com o campeonato em andamento, depois do empate em Braga (onde estivemos por três vezes em vantagem no marcador) e mesmo antes da ida ao Dragão. Perdemos esse jogo e logo depois, em casa, nova derrota com o Chaves. Ou seja, ao fim de quatro jornadas já tínhamos perdido oito pontos. O “élan” da fase inicial da temporada estava hipotecado e o Clube a viver de “jogo em jogo” para não perder definitivamente a época… foi difícil… a primeira volta ficou decisivamente marcada por essa má performance inicial e o clima em volta da equipa ressentiu-se disso mesmo.

Entretanto em meados de Outubro a equipa é eliminada da Taça de Portugal, em jogo contra o Varzim, clube que competia na Liga 3. Foi duro e pesado para todos os Sportinguistas. O campeonato a correr mal e na Taça de Portugal estávamos eliminados na 3.ª eliminatória, logo no primeiro jogo em que os clubes da 1.ª Divisão participavam.

Por seu lado, na Champions íamos alternando excelentes jogos e resultados (vitória na Alemanha e em Alvalade contra Tottenham) com os inexplicáveis dois jogos com o Marselha… e depois de um jogo brioso em Londres em que podíamos ter sido mais felizes… acabámos a baquear em casa contra o Eintracht. Saltámos, assim, no início de Novembro para a Liga Europa.

A segunda volta do campeonato foi diferente… para melhor, tinha mesmo de ser diferente! Mas a diferença para os primeiros classificados já estava “cavada” e era acentuada… e − já depois da segunda goleada imposta ao Braga por 5-0 (a primeira fora na Taça da Liga) − com a derrota com o FCP em Alvalade na 21.ª jornada mais vincado ficou o nosso destino. Nunca mais conseguimos sair do 4.º lugar.

Na Liga Europa ainda fizemos caminho, desde logo com um histórico jogo contra o Arsenal em Londres! Mas depois − injustamente − caímos nos quartos-de-final aos pés da “matreira” Juventus.

E na Taça da Liga fomos cumprindo sempre, goleando o Braga e chegando à final contra o FCP que ingloriamente deixámos escapar.

Foi, assim, uma época difícil, nomeadamente em termos de resultados, numa equipa com comportamentos “bipolares”, ou seja com normalmente bons jogos (alguns excelentes mesmo!) contra equipas grandes e − por outro lado − com jogos complicados e até “tristes” contra as chamadas “equipas pequenas”.

Tudo isto fez com que no último fim-de-semana tenhamos desejado e querido mesmo terminar esta época… para virar a página e começar uma vida nova, com um novo espírito para uma nova temporada, em que recuperemos a nossa esperança e alcançaremos outra vez a nossa razão de ser… ganhar! Vencer jogos e ganhar títulos! É isso mesmo que queremos e ambicionamos para o nosso querido Sporting!

Sabe-se que a Direcção e Rúben Amorim comungam − como não podia deixar de ser! − deste propósito! Fazer mais e melhor! Cumprir o ADN do Clube… ou seja, vencer!

E sabe-se que se pretende ter tudo pronto e preparado para atacar a nova época sem sobressaltos e com o plantel já definido quando se iniciar o estágio de pré-época no Algarve, no início de Julho próximo. Fazemos votos que assim seja!

Façamos, pois, da próxima época mais uma temporada de Glória Sportinguista! Pois de festas de outros − por muito que seja a única nos últimos quatro anos − já estamos cansados… até mesmo fartos!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

P.s. 1 − Não falei de arbitragem, mas é bom que a pouca vergonha das arbitragens que sofremos nesta época não se repita! Não é mesmo tolerável continuar a assistir-se a “colinhos” semanais aos clubes do “poder bicolor”! E de continuado e reiterado desrespeito ao Sporting, perpetrado muitas vezes com ódio tal que chega a “cegar” os seus próprios autores! Estaremos atentos!

P.s. 2 − E também é bom que, desde já, se saiba que também não temos de aturar o agora “incensado” alemão e seus apaniguados a defender a extinção do VAR! Irra, é demais! O VAR veio para ficar e deve, isso sim, ser objecto de melhorias, quer quanto ao clausulado do famoso “protocolo” que o rege, quer quanto à qualidade e isenção dos árbitros que com ele manejam! Nesse sentido é imperioso caminhar-se para a divulgação das conversas áudio tidas no seio do VAR entre o árbitro e a sua equipa! E quem diz o contrário… pois, não há mesmo como fugir, é porque tem medo da Verdade Desportiva!

Esse imbecil do Bernardo só mesmo ao pontapé

SL

JORNAL SPORTING JÁ DISPONÍVEL

Por Sporting CP
07 Jun, 2023

JORNAL SPORTING

Em versão papel e em formato digital

Já está disponível, em versão papel e em formato digital, o Jornal Sporting desta semana, desta vez um dia mais cedo do que o habitual. A edição 3927 do semanário verde e branco tem como destaque o Eterno Capitão, Manuel Fernandes.

Para celebrar o 72.º aniversário do ex-médio, o Sporting Clube de Portugal lançou a icónica camisola de Manuel Fernandes com o 9 nas costas. Destaque também, nesta edição, para a pele do Leão em 2023/2024.

Como habitualmente, o semanário verde e branco faz o resumo dos jogos das várias equipas ainda em prova, com destaque para as modalidades de pavilhão: as equipas principais masculinas de basquetebol, hóquei em patins e futsal estão nas finais dos respectivos Campeonatos Nacionais e em todas elas medem forças diante do SL Benfica.

O ecletismo Leonino está bem vivo e o último sábado demonstrou isso mesmo com a realização do primeiro Play Day, que levou ao Estádio José Alvalade e à Cidade Sporting várias famílias para experimentarem diferentes modalidades. No Pavilhão João Rocha também a ginástica realizou a segunda edição do Sarau Jubas.

No Jornal Sporting desta semana, o boxe também tem um destaque especial porque se cumprem 100 anos da entrada da modalidade no Clube. Entre várias histórias, há a destacar uma entrevista exclusiva com Vítor Carvalho, uma das grandes figuras do boxe Leonino.

A Lenda desta semana é Jorge Pina, pugilista verde e branco na década de 90 do século anterior.

Estes e outros temas para ler em mais uma edição do Jornal Sporting.

MODALIDADES - JUNHO DAS DECISÕES… E POTE!!!

Por Tito Arantes Fontes
07 Jun, 2023

OPINIÃO

Estamos já em Junho, o mês dos play-off e/ ou das final four de várias das modalidades ditas “amadoras” ou melhor de pavilhão.

Vamos ter um mês cheio, com presença nas decisões de campeão de modalidades como o basquetebol, o hóquei em patins e o futsal. Em todas estas modalidades vamos ter como adversário os nossos vizinhos do outro lado da Segunda Circular. E nós estamos em todas essas finais para ganhar!

Basquetebol − já se iniciou neste domingo a “final à melhor de cinco”; perdemos por um ponto no primeiro jogo na Luz, mesmo ao cair do pano e num lance em que os árbitros parece que se esqueceram da fundamental regra dos “passos”; hoje (3.ª feira, dia em que escrevo) temos o segundo jogo em casa do nosso adversário… é para ganhar! A equipa já demonstrou que tem tudo para levar o título nacional para Alvalade! É aí, no nosso Museu, que o queremos!

Hóquei em Patins – já estamos há mais de uma semana qualificados para a final, tendo estado a aguardar o outro opositor; vai ser outra “final à melhor de cinco”, na qual temos tudo para levar de vencida o nosso adversário, sempre o mesmo eterno rival! Esta nossa equipa já nos demonstrou toda a sua raça e valor, ultrapassando momentos e situações de dificuldade imensa! Sabemos que podemos contar com esse esforço, essa dedicação e essa devoção… sim, queremos a Glória de mais este título em Alvalade!

Futsal − ficámos ontem a saber qual o nosso opositor na “final à melhor de cinco”. Houve “mosquitos por cordas” nesse último jogo da meia final em Braga para definir o nosso opositor; esperemos que esses comportamentos sejam banidos dos jogos da final! Sabemos que temos uma grande equipa, com enormes jogadores, comandados pelo nosso “eterno” Nuno Dias! Temos a esperança de sempre e uma fé imensa nesta grande Team! Rumo à vitória! O título deve ficar, tem de ficar onde está… pois, em Alvalade, em lugar de destaque no nosso Museu!

Andebol − bem sei, o campeonato já foi, por um “minúsculo” ponto, resultado de um mísero golo, no final de um jogo…, mas agora temos a final four da Taça de Portugal! Este fim-de-semana, no Funchal! Esta equipa merece! E nós, SCP, também! Estamos juntos, queremos essa Taça em Alvalade!

Nestas quatro “fases finais” destas modalidades há um único clube que está sempre presente: o SPORTING! É o corolário do indiscutível poder do Leão! É a força do Eclectismo Sportinguista! É a demonstração da razão do SPORTING ser a Maior Potência Desportiva portuguesa!

Vejo, contudo, de vez em quando e de modo tímido, mas mentiroso, alguma gente por em causa o número de títulos do SCP em todas as modalidades… são mais de 22 mil… o número assusta-os e, portanto, resolvem fugir dele, negando a sua realidade e até reconhecendo que nem se querem dar ao trabalho de os comentar! Elucidativo! E demonstrador de como hoje se pratica a “fuga à realidade”!

Ilustrativo desta realidade avassaladora é o facto − e é facto, mesmo! − de o SCP ter bem mais títulos colectivos europeus e/ou mundiais em todas as modalidades do que o somatório dos seus dois principais rivais! O SCP tem 42 títulos europeus e/ou mundiais e o somatório desses seus competidores nem chega aos 30! Elucidativo!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

P.s. O golaço do Pote no Emirates contra o Arsenal foi considerado pela UEFA o golo do ano na Liga Europa! A caminho, pois, do Prémio Puskas! Entretanto, por cá, há quem nisso nem tenha reparado e há quem continue a persistir na injustiça de “proibir” um jogador desse nível e craveira de ser chamado à Selecção! Parabéns, Pote! Quem gosta de futebol sabe bem o inquestionável valor que tu tens!

MARCAS PARA A VIDA

Por Juvenal Carvalho
07 Jun, 2023

OPINIÃO

Se existe factor pelo qual o Sporting Clube de Portugal se tem distinguido ao longo dos tempos, é por deixar marcas que ficam para a vida nos profissionais que passam pelo nosso Clube. E falo desde portugueses a estrangeiros, e seja em que modalidade for.

Entre os jogadores portugueses, e pela experiência própria de ter vivenciado como dirigente esse conhecimento, são vários os que, não sendo sportinguistas de berço, e chegando adeptos de outros clubes a Alvalade, saem com o Sporting CP no coração e com um orgulho infinito de ter servido o Clube e o símbolo do Leão rampante, que um dia foi também usado por Francisco Stromp, entre tantas outras figuras gradas do desporto português e internacional.

E é esta fidelidade para uma vida, unida pelo símbolo do Leão, que nos torna um clube marcante pela diferença. De tantos episódios que poderia lembrar, de jogadores que por mais afastado que vá sendo o seu tempo a representar o nosso símbolo, cada vez que a ele se referem é sempre marcado pela saudade e pelo trato que receberam. E poderia, como disse, falar de tantos.

Mas hoje, até por ser tema actual, lembro a forma apaixonada como Carlos Ruesga, uma enorme referência do andebol mundial − que privilégio tivemos que tenha representado o nosso símbolo durante sete anos − ao despedir-se do Clube se referiu a ele como sendo o seu, de que garbosamente ostentou nas redes sociais o seu número de associado, a quem declarou mesmo amor eterno. Para nós, Sportinguistas, a reciprocidade é latente e foi provada na bonita homenagem a ele prestada antes de se iniciar o jogo com o nosso eterno rival no ‘João Rocha’, com as claques a entoarem cânticos dedicados a ele, que além de títulos ganhos − ainda pode conquistar mais um no próximo fim-de-semana, nos honrou com a sua presença tantos anos em Alvalade. Marcou golos como só ele. Fez assistências para golo com uma chancela tão sua. Espalhou classe por onde passou. Um jogador muito respeitado por todos. Já sinto saudades dele e ainda não abandonou. Um privilégio não só ser nosso jogador, como a forma sentida como a nós se referiu na despedida. Será para sempre um dos nossos.

E por falar em nossos. E estes são do berço. Que bonita a forma como o Sporting CP dedicou o Dia dos Irmãos nas redes sociais, ilustrando-o com uma foto dos irmãos Bernardo e Tomás Paçó, ainda bem meninos, equipados com as nossas cores em festejo Leonino.

Tanto ‘à Sporting’ foi também a homenagem que o Clube, porque tem memória, fez a Pedro Cary, no final do jogo da meia-final do play-off ante o Leões de Porto Salvo. Saber reconhecer é nobre. E esse é o nosso apanágio. Obrigado por tudo, Pedro Cary, foram épicos, feitos de conquistas e valores humanos, os nove anos e 386 jogos de Leão ao peito.

É tanto por isto que primamos pela diferença. Somos um Clube que deixa marcas para a vida!

ETERNO CAPITÃO

Por André Bernardo
07 Jun, 2023

OPINIÃO

Editorial da edição n.º 3927 do Jornal Sporting

O aclamado filme Clube dos Poetas Mortos eternizou a cena em que um grupo de alunos se coloca de pé, cada um em cima da sua mesa da sala de aula, em homenagem e agradecimento ao seu professor, Mr. Keating (protagonizado pelo actor Robin Williams), proferindo a exclamação “O Captain! My Captain”.

É nesse mesmo espírito que lançamos a edição limitada da camisola de Manuel Fernandes e que escrevo este editorial.

Nascido em Sarilhos Pequenos, o oráculo determinou que estava destinado a dar grandes sarilhos a todos aqueles que lhe tentassem tirar a bola dos pés. Não quis o destino, mas sim o próprio que vestisse a listada verde e branca de Leão ao peito. Quando jogava na CUF, ao intervalo dos jogos, a sua grande preocupação era o resultado do jogo do Sporting Clube de Portugal.

Conseguiu concretizar o seu sonho de jogar de Leão ao peito e, com ele, permitir vários sonhos a muitos mais.

Manuel Fernandes é uma lenda viva e um arquétipo de Sportinguista. Carimbou de golos e estilo o seu passaporte para o pódio das memórias. Tornou “jogos maiores que campeonatos”*. Porém, maior ainda que o seu talento, tem a sua maneira de ser, que carimba o seu passaporte para o Olimpo. Tenho tido a oportunidade e o privilégio de desfrutar da sua companhia e de testemunhar a sua genuína simplicidade, generosidade, boa disposição e amor pelo Sporting CP. Transportava o número 9 nas costas que, por coincidência ou não, em numerologia representa o altruísmo. É uma excelente pessoa. Muito provavelmente também por isso se tenha tornado Capitão, mas certamente por isso Eterno.

Obrigado Manuel Fernandes, o nosso Eterno Capitão.

*referência à citação de Manuel Fernandes relativa à vitória de 7-1 sobre o SL Benfica em que marcou quatro golos.

É NOSSA!

Por Pedro Almeida Cabral
15 Jun, 2023

OPINIÃO

É nossa a Taça de Portugal de andebol desta época! Um triunfo mais do que merecido numa prova em que defrontámos o SL Benfica, o FC Porto e, na final, o CS Marítimo. Foi a 17.ª Taça de Portugal para o Clube, repetindo a conquista do ano passado. Somos a equipa dominadora desta prova, deixando bem longe o ABC de Braga com 12 títulos e o FC Porto com nove. É uma conquista que tem sempre um sabor especial, pois fomos os primeiros a ganhar esta Taça, em 1972, na idade de ouro do andebol do Clube.

Após termos eliminado o SL Benfica nos quartos de final, por uns esclarecedores 34-30, rumámos à Madeira para o embate contra o FC Porto na meia-final, com os olhos postos na outra meia-final, entre o CS Marítimo e o Póvoa AC. O jogo contra os portistas foi o que é, actualmente, o melhor e mais disputado jogo de andebol entre equipas portuguesas. Vitória nossa após prolongamento por 39-38. Do lado do FC Porto, um andebol mais físico, mais experiente, com uma aposta consistente no 7x6, abdicando do guarda-redes no ataque. Do nosso lado, uma defesa vigorosa e a sociedade familiar irmãos Costa a facturar, em conjunto, 22 golos. O equilíbrio pautou a segunda parte, que terminou empatada., No prolongamento veio ao de cima não só uma maior concentração Leonina no ataque, mas também uma defesa que soube não sofrer nos momentos finais.

Já na final, perante o CS Marítimo, nova vitória por 30-29, num jogo muito disputado até ao fim. Mais uma vez, Kiko e Martim Costa renderam grande parte dos nossos golos, mais concretamente, 17. Com uma equipa esgotada pelo jogo da véspera, o esforço teve de ser redobrado. Afinal, este CS Marítimo deu boas indicações ao longo da época e sabíamos que nunca iria facilitar, muito menos, numa final. O jogo acabou por ser bem controlado pelo Sporting CP que conquistou, naturalmente, a Taça.

Fecha-se a época com a sensação de que com um pouco mais de acerto poderíamos ter sido campeões. É que a meia-final trouxe à lembrança o jogo decisivo do campeonato, em casa deste mesmo FC Porto, quando a vitória nos escapou por muito pouco. O nosso treinador Ricardo Costa, numa recente entrevista ao Record, fala de como a equipa cresceu esta época e de como na próxima esse crescimento vai fazer ainda mais efeito. Mas o que mais gostei foi quando questionado sobre o projecto disse que o projecto do Sporting CP é ganhar títulos. Já leva duas Taças de Portugal e, a continuar assim, mais virão.

BITRAGEM – NOVA VIDA?

Por Tito Arantes Fontes
15 Jun, 2023

OPINIÃO

Finalmente - e sim, é mesmo caso para dizer finalmente - a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) surpreendeu-nos pela positiva! Dizemo-lo sem qualquer ironia ou sarcasmo. Tudo porque desta feita a FPF tomou uma boa, positiva e - assim queremos pensar - feliz iniciativa. Fê-lo na passada semana, através de um comunicado no dia 6 de Junho no qual anunciou a criação de um “grupo de trabalho” para estudar o tema global da arbitragem em Portugal, com impacto tremendo e inevitável foco, nomeadamente, ao nível das competições profissionais de futebol.

O propósito da FPF é louvável, sendo que o anunciado é a criação do tal “grupo de trabalho” para estudar a alteração das principais normas que regulam a gestão da função arbitragem. A presidir ao Grupo de Trabalho estará José Fontelas Gomes, actual presidente do Conselho de Arbitragem, que já realizou a primeira reunião de trabalho.

Consta do comunicado divulgado que a FPF propõe que se avance em Portugal para um modelo de organização da arbitragem, designadamente nas competições profissionais, que contemple uma entidade externa.

É - ou melhor dito - será uma revolução total no sector da arbitragem nacional. Designadamente porque a entidade gestora da mesma “sai” da esfera da FPF para se autonomizar e tornar independente da FPF. Significa isto que - pela primeira vez na história do futebol nacional - a arbitragem poderá ficar “fora” do controle directo da FPF, desde logo ficando imune às pressões e equilíbrios a que o normal jogo eleitoral para os órgãos sociais da FPF sempre, naturalmente, obriga e inelutavelmente continuaria a obrigar.

O SPORTING CP - e muito bem! - já se pronunciou favoravelmente a esta iniciativa da FPF. Já antes, aliás, o Presidente Frederico Varandas tinha defendido uma “reforma profunda” na arbitragem, defendendo uma “classe de árbitros realmente independente”.

Claro que esta estrutural alteração não será fácil nem de decidir, nem de implantar. São, na verdade, de antever escolhos e dificuldades de vário tipo que seguramente surgirão. Aliás, velhos “Velhos do Restelo” (passe a expressão) já se começaram a colocar em “bicos dos pés” para criticar a FPF pela “ousadia” que teve em avançar com a sua nova proposta, ainda por cima porque o fez sem a mesma estar já e previamente “autorizada” pelo actual “poder” … emblemática nesse sentido a incompreensível posição do presidente da ANTF, José Pereira de seu nome, o tal que - até ser derrotado pelas decisões dos próprios órgãos da FPF! - tanto pugnou, há uns dois anos, pela punição de Rúben Amorim! É que José Pereira crítica o facto da proposta aparecer sem terem sido ouvidos os sócios da FPF, sendo que a FPF apresenta a proposta para ela ser debatida pelos sócios! Toda a gente percebeu! Mas José Pereira não… não quis perceber… assim dando o mote para as dificuldades que aí virão. Felizmente que, em contraponto, vários outros actores com assento na FPF, nomeadamente na sua assembleia geral, já se vieram posicionar de forma aberta como favoráveis ao desafio lançado pela FPF para a reflexão e o debate. É o caso da APAF, através de Luciano Gomes, respectivo presidente, e da própria Liga, via também o seu presidente Pedro Proença.

Aguardemos, pois, os novos capítulos deste “novo caminho” que se poderá abrir à arbitragem nacional. Continuar como está será sempre perpetuar “mais do mesmo”. E isso é - como bem sabemos e apesar da FPF sublinhar “diplomaticamente” no seu comunicado a evolução positiva da arbitragem nacional nos últimos anos - mau, muito mau mesmo! Independentizar pode, com efeito, vir a ser caminho viável, muito interessante e positivo, como já sucedeu noutros países, desde logo por exemplo Inglaterra.

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

P.S. - Na próxima semana voltamos às nossas queridas modalidades! Estamos na luta no futsal e no hóquei em patins, empatados a um jogo para cada lado em ambos os casos. Perdemos a final no basquetebol (ai a influência maldita daquele “último cesto” do nosso opositor no primeiro jogo da final!). Ganhámos galhardamente a Taça de Portugal em andebol… e vão 17! E no ténis de mesa somos campeões nacionais em femininos!

SABER GANHAR… OU TALVEZ NÃO

Por Juvenal Carvalho
15 Jun, 2023

OPINIÃO

Fico sempre muito feliz quando o Sporting Clube de Portugal ganha. Gosto tanto de viver esses momentos de plena felicidade, como aconteceu no passado fim-de-semana, com a conquista da Taça de Portugal de andebol masculino e com a obtenção do título nacional de ténis de mesa feminino.

A minha felicidade é, contudo, sempre muito mais interior do que aquela que acabo por a exteriorizar. Cada um tem a sua forma de ser e de estar.

E se fiquei contente com estas conquistas, obviamente que, sabendo que ninguém ganha sempre, não gosto nada de perder contra ninguém, quanto mais ante o eterno rival. Como já aqui o disse, e sabem os que me são mais próximos, fico mesmo com uma descomunal azia. E isso aconteceu no basquetebol. Mas aquilo que sucedeu após o jogo, em que claramente o adversário venceu bem, provocou-me sobretudo repulsa e fez-me lembrar os meus saudosos pais que me ensinaram a estar no desporto. Não participar na entrega do troféu de campeão que era da sua pertença e não estar presente na entrega das medalhas ao finalista vencido e aos árbitros, não só me causou estupefacção, como até a mais profunda indignação. Quem apregoa a moral de que “as vitórias não são contra ninguém” deveria de ser coerente. E, mesmo que achem que lhes assiste alguma razão, deveriam sobretudo respeitar quem estava no Pavilhão, e tinham lá adeptos seus, bem como o Sporting Clube de Portugal, que era o anfitrião do espectáculo que decidia o título. Era o mínimo exigível. Quem não respeita não merece ser respeitado. Saber ganhar é tão ou mais importante do que saber perder. E isso, como terreno tenho defeitos, até por ser condição humana, um que não tenho é que prezo-me de saber ganhar e de saber perder, e como na tristeza da derrota fiquei feliz ao ver os Sportinguistas a aplaudirem a nossa equipa, no rescaldo de uma época em que conquistámos a Supertaça e a Taça Hugo dos Santos, estivemos na final four da Taça de Portugal e ainda fomos vice-campeões nacionais.

Mas o que me leva a escrever semanalmente neste espaço não é de factores colaterais ao desporto. É mesmo sobre desporto.

E aí, que bom foi assistir no sábado, na meia-final da final four da Taça de Portugal, a um jogo estratosférico de andebol entre o Sporting CP e o FC Porto, ao qual arrisco a dizer ao nível do que melhor se vê pela Europa. Caiu para nós após prolongamento, com todo o mérito. O mérito de quem quis mais e acreditou até ao último segundo. O mérito de quem valoriza o trabalho, como é o caso de Ricardo Costa e sua equipa técnica. O mérito de quem merecia mais no Campeonato e trabalhou muito para obter esta conquista - a nossa 17.ª Taça de Portugal, que seria confirmada na final ante o CS Marítimo (30-29).

Mas os êxitos não ficaram por aqui. Também o ténis de mesa feminino foi feliz em terras transmontanas e, sob o comando técnico de Marco Rodrigues e com um plantel formado por Galia Dvorak, Anna Hursey, Patrícia Santos, Juliana Silva e Diana Gomes, de lá saiu com o seu 15.º título de campeão nacional, que era pertença do CTM Mirandela. Foi também ele um título decidido com sangue, suor e lágrimas apenas no último jogo, e que jogo ele foi, que acabou com a vitória da nossa Galia Dvorak sobre a opositora Inês Matos e com ela a respectiva posse do título nacional para as nossas Leoas chegado apenas na ‘negra’. Estamos de parabéns, e o Museu Sporting mais rico.

Agora mais títulos estão por decidir. São os de hóquei em patins e de futsal, já em andamento nas respectivas finais dos play-offs, e a do ténis de mesa masculino, com a final a começar no próximo sábado, na Madeira, frente ao CD São Roque. Mais modalidades estarão a ver chegar os grandes momentos. Recordo por exemplo o atletismo masculino e feminino na pista, depois dos títulos nacionais em pista coberta.

Que venham mais conquistas. E sabendo ganhar. Que é tão ou mais importante do que saber perder.

FACES DA MESMA MOEDA

Por André Bernardo
15 Jun, 2023

OPINIÃO

Editorial da edição n.º 3928 do Jornal Sporting

“Esta competição é uma moeda, mas estava escrito nas estrelas, ela pertence-nos”. A frase é de Pep Guardiola em declarações após a vitória na UEFA Champions League.

Aproprio-me da citação para estendê-la às vitórias do Sporting CP na Taça de Portugal de andebol e no Campeonato de ténis de mesa feminino a que damos hoje destaque na capa.

A probabilidade de Glória numa competição desportiva não é equivalente ao atirar de uma moeda ao ar, nem muito menos se trata de um jogo de sorte ou azar. A análise mais comum é ver qual a face que saiu da moeda em termos de resultado, vitória ou derrota, e a partir dela fazer uma análise. As vitórias e as moedas têm em comum, porém, o facto de terem duas faces que fazem parte de uma entidade só, em várias dimensões.

A primeira face é a dos factores que controlamos, muitas vezes subvalorizados ou enviesadamente interpretados pelo resultado final. Também referiu Guardiola que, não tivesse o guarda-redes do Manchester City FC defendido um dos lances de perigo do FC Internazionale Milano e certamente surgiriam várias interpretações diferente sobre os méritos do trabalho realizado.

No final do dia, mesmo fazendo tudo bem, às vezes a bola bate na trave e entra, outras não.

Giannis Antetokounmpo, actual estrela da NBA dos Milwaukee Bucks, teve recentemente uma brilhante resposta a um jornalista a este propósito, após a derrota da sua equipa nos play-offs, utilizando inclusive o percurso da lenda Michael Jordan como exemplo, que merece a pena ser revisitada*.

A outra face da moeda é a dos factores que não controlamos, que são vários, como por exemplo algum tipo de lesões ou influências de decisões de arbitragem (favoráveis ou desfavoráveis). Anteontem, no segundo jogo da final de futsal, análises técnicas à parte, isso foi bem notório, tendo até um verdadeiro ippon a Zicky Té passado despercebido.

A propósito, saltando para o futebol, e tal como já manifestado pelo Sporting CP em comunicado, é de louvar a proposta da Federação Portuguesa de Futebol para um modelo de organização da arbitragem independente.

Noutra dimensão, a mesma moeda tem também o lado invisível de todo o trabalho de preparação, motivação, disciplina, e detalhe por trás do caminho até à vitória. Muitas vezes pouco enaltecido na hora do diagnóstico final.

Algumas moedas ganham também valor simbólico. A conquista do andebol ganha o número 17 da colecção existente no Museu, conferido por um especial simbolismo de revivalismo de termos sido os primeiros a conquistá-la em 1972.

Não sei se estava escrito nas estrelas mas, vitórias à parte, as boas sensações destas modalidades que vinham de trás materializaram-se “justamente” no presente, e deixam bons augúrios para o futuro.

JORNAL SPORTING JÁ DISPONÍVEL

Por Sporting CP
15 Jun, 2023

JORNAL SPORTING

Edição n.º 3928 nas bancas e em formato digital

Já saiu a edição desta semana do Jornal Sporting, cujo destaque principal é dedicado às conquistas da Taça de Portugal de andebol e do Campeonato Nacional feminino de ténis de mesa. Saiba tudo sobre os jogos decisivos de ambas as modalidades e leia as declarações dos seus protagonistas.

No futebol, o espaço é totalmente dedicado às camadas jovens do Sporting CP: dos jogos dos respectivos campeonatos dos sub-17 e sub-15 aos torneios internacionais já conquistados por Leões sub-12 e sub-13, passando ainda pelo treino especial vivido pela equipa sub-13 em pleno relvado do Estádio José Alvalade.

Já nas modalidades, além das conquistas deste fim-de-semana, poderá ler a entrevista de despedida de Carlos Ruesga, que encerra agora a sua etapa de Leão ao peito depois de sete anos, vários títulos e muita magia nos pavilhões. “Vou ter saudades de tudo o que envolve o Sporting CP”, garantiu o craque espanhol.

De seguida, leia tudo sobre o ponto de situação das finais dos play-offs de futsal e hóquei em patins, onde o emblema verde e branco está a discutir o título nacional e saiba tudo também sobre as 15 medalhas conquistadas nos Global Games pelos atletas de natação adaptada do Sporting CP. Além disso, o último fim-de-semana trouxe também medalhas de ouro para Auriol Dongmo (lançamento do peso - Diamond League) e para João Fernando (judo - Open de Madrid).

Por fim, João Lima, atleta Leonino especialista de barreiras durante os anos 80 e 90, é a Lenda a recordar nesta edição. Tudo isto e mais para ler no Jornal Sporting n.º 3928.

JORNAL SPORTING JÁ DISPONÍVEL

Por Sporting CP
27 Jul, 2023

JORNAL SPORTING

​Edição n.º 3934 em papel e formato digital

Já está disponível, em papel e em formato digital, a mais recente edição do Jornal Sporting. O tema de primeira página é a conquista do 13.º título nacional de clubes ao ar livre consecutivo pela equipa feminina de atletismo Leonina, que reforçou assim a hegemonia na modalidade.

No interior da publicação, além das crónicas dos jogos da equipa principal de futebol no estágio do Algarve, destaque também para duas reportagens: uma sobre o Gabinete de Observação e Análise Leonino, e outra sobre o departamento médico e o trabalho da equipa de enfermagem.

Ainda no futebol, nota para o arranque de época das equipas sub-15 e sub-16, e para a terceira semana de pré-época da equipa principal feminina, que recebeu nos últimos dias duas caras novas: a central norueguesa Andrea Norheim e a médio internacional canadiana Olivia Smith.

No que toca às modalidades, realce para as renovações de contrato de Auriol Dongo, actual Campeã Mundial e Europeia do lançamento do peso em pista coberta, e Marcus LoVett Jr., base da equipa de basquetebol verde e branca, além da chegada do primeiro reforço da equipa principal masculina de voleibol para 2023/2024: o jovem líbero ex-Esmoriz GC Gonçalo Sousa.

Já a Lenda desta edição é Emmanuel Amunike, entusiasmante avançado que brilhou de Leão ao peito na década de 1990.