Jorge Jesus - Treinador do Sporting Clube de Portugal

Jorge Jesus: “Está na hora de ganharmos mais títulos que é a esperança de todos nós”

Posso começar pelas caracteristicas do Gelson primeiro e depois vou ao que tu disseste. Para jogar atrás do avançado é preciso saber rematar, saber jogar simples, ter inteligencia tactica e, acima de tudo, saber decidir no ultimo terço, porque sim neste sistema de 3 centrais, o Podence e o Alan jogavam no meio. O Gelson é um jogador de velocidade e de fintas largas, não é como o Podence que tem um centro de gravidade baixo e por isso é bastante mais agarrado a bola.

Quando se fala em verticalidade associa-se sempre ao flanco, porque ai é que se procura espaços, ai é que há espaço para desequilibrar em velocidade, não é no meio.

Não vi qualquer contradição também, se é para apostar no 3-4-3 o trio ofensivo terá sempre Gelson.

Mas o Sporting ainda não jogou com 3 defesas, portanto não percebo a questão.

Associa-se sempre? Estás errado. Tens que procurar o que é o conceito de verticalidade no futebol e depois vais perceber o quão errado estás. Mas, qual é a ideia de desequilibrar, procurar espaços, nos corredores laterais quando é no corredor central que marcamos golos? Mais uma vez, estás bastante errado. Os corredores laterais são usados para dar largura ao jogo, obrigar o adversário abrir, a deslocar-se e assim podermos criar espaços no corredor central, de modo a que haja a chance de existir oportunidades de finalização.

Bom, o Sporting contra o Basileia não jogou em 5-3-2, ou 3-5-2 vá para não se ser chato.

Jogamos com Podence e Alan Ruiz no apoio ao Dost, três no ataque, Petro e Bruno Fernandes no meio campo, Piccini e J.Silva nas alas e o trio de centrais, supostamente um 3-4-3 que no fundo foi um 5-2-3. Para jogar num 3-4-3 até temos soluções para o trio ofensivo, Gelson-Dost-Doumbia, até podemos agora ter um ala esquerdo para esse modelo, o Acuna, não temos é ala direito e muito menos centrais para suportar isto.

Acredito que o JJ esteja a testar um modelo de contenção para certos jogos e certas fases do jogo, faz sentido, que trabalhar um 3-4-3 dá imenso trabalho, exige-se um plantel muito completo para variar entre 4-4-2 e 3-4-3.

A aposta principal, não duvido, será a mesma de sempre…

Ok, estou errado, como queiras.

Verticalidade é o que o Schelotto dá, chama-se a isso um jogador vertical, um jogador de linha, rápido, capaz de conferir largura e rapidez ao jogo.

Não apanhei essa, talvez para cruzar para a área ou tentar furar um sitio que tenha menos gente? Os corredores laterais não servem só para isso.

O Gelson no meio não ia ter a capacidade de fazer no meio o que faz na ala. Não tem caracteristicas para isso, não é jogador de jogo interior, é gajo para receber bolas em profundidade onde há espaço, puxar os defesas e assistir. O Podence, por exemplo, é mais rato, joga em espaços curtos e é alguem que sabe rematar, é jogador que sabe finalizar.

Repetindo o que já disse no tópico do LD.

3-4-3 não faz sentido para o plantel actual em termos ofensivos e também ao nível dos centrais, mesmo o 3-5-2 ainda precisava de levar uns acrescentos.

3-5-2 “a la Juventus”:

                                           Rui Patrício
                                               Beto

                    Contratação         Coates            Mathieu
                       Palhinha        André Pinto          Tobias
                                             
                                              William
                                             Petrovic

   Gelson                Geraldes          Bruno Fernandes            Coentrão
   Piccini                  Battaglia               Mattheus                    Acuña
                                                                                       Jonathan
                             Podence                Bas Dost
                            Doumbia             Leonardo Ruiz
  • Palhinha podia assumir um nova posição. É um jogador com características físicas muito boas, forte no jogo aéreo, rápido e com qualidade técnica boa para um central.
  • Seria essencial contratar um central de topo para jogar com Coates e Mathieu. Jogador rápido, forte no jogo aéreo, no desarme e com boa saída de bola. Kjaer seria reforço fantástico para este sistema.
  • William seria um dos principais beneficiados com este modelo e o novo meio-campo a 3.
  • Bruno Fernandes e Geraldes tinham tudo para crescer neste 3-5-2. Quem lembra o 3-5-2 da Juventus recorda a preponderância do Pogba e Vidal na equipa com as suas movimentações para as laterais. Ambos são jogadores com soluções no seu futebol para ocuparem os terrenos laterais e com um modelo que os compense bem com 3 centrais coesos e William podiam sair muito beneficiados.
  • Gelson necessitava fazer uma adaptação do seu futebol mas podia continuar a crescer nesta posição. Quase como extremo.
  • Fábio Coentrão tenho sérias reservas que fosse capaz de fazer toda a ala. Já Acuña e Jonathan podiam ser boas soluções.
  • Podence podia jogar solto e com liberdade de movimentos, seria interessante ver o seu jogo pelo meio com liberdade para cair em espaços vazios nas laterais. Doumbia à espreita.
«Está na hora de começarmos a ganhar mais títulos» - Jorge Jesus 21:42 - 16-07-2017 A- A A+ Em declarações à Sporting TV, Jorge Jesus exultou a presença de milhares de sportinguistas no treino aberto em Nyon, na Suíça.

«Este é o segundo consecutivo em que estagiamos na Suíça, é um país que podemos estar perto dos emigrantes sportinguistas. Esta ligação entre adeptos e jogadores é muito importante e temos de lhes dar qualquer coisa. Não fazemos mais do que a nossa obrigação, o interesse e o apoio que demonstram toca-nos a todos.

  • Os jogadores têm de perceber a cultura do Sporting. O clube tem crescido muito em várias vertentes, falta crescer nos títulos e está na hora de começarmos a ganhar mais. É essa a grande esperança que todos temos», ressalvou o técnico leonino.

A Bola

O Schelotto dava à equipa profundidade. A verticalidade pode ser dada por qualquer jogador, em qualquer zona do campo e o movimento é mais proveitoso, mais perigoso e mais eficiente, quando é feito no corredor central. Creio que estás a confundir profundidade e verticalidade. A verticalidade é um movimento que origina profundidade, a profundidade pode depois ser aproveitada de algumas formas, dependerá sempre do contexto (jogadores, corredor, bola).

Quando me referia à verticalidade do Gelson, falava em aproveitar espaços nas costas dos centrais, aproveitar espaços dados pelo arrastar de marcações que o ou os avançados conseguem dar. Como se trata de um jogador rápido, isso tornaria os movimentos mais perigosos e como é igualmente evoluído tecnicamente, seria um movimento que podia criar oportunidades. Agora, é verdade que precisa de melhorar a decisão, o último passe e até marcar mais golos. Contudo, ainda lhe falta muito para ser um jogador feito. O Gelson tem vindo a jogar mais no corredor central com o Jorge Jesus, fruto de alguma mobilidade.

Logo, em nenhum ponto escrevi uma contradição. É uma ideia, para mim, faz sentido, caso haja sequer a ideia de jogar num sistema de três centrais. Também já escrevi que essa ideia é apenas circunstancial, derivada de um contexto específico, o Jorge Jesus vai usar maioritariamente o seu sistema de eleição e que lhe conduziu até aqui.

Há Díos, e há Jesus!

Não esquecer o Espírito Santo… :mrgreen:

Agora percebo a história do Edgar Ié. Faria sentido tê-lo no plantel, uma vez que podia jogar como lateral e central sobre o lado direito numa defesa a três.

Não faz sentido falar que o sistema de 3 centrais é o futuro e depois andarmos a constituir o plantel da forma que o estamos a fazer. Não se percebe muito bem o que Jesus quer para a próxima época.

O JJ não disse que o sistema de 3 centrais é o futuro. Disse que o futebol tem evoluído de forma a haver mudanças tácticas no decorrer do jogo, pelo que é bom testar estas variáveis.

Só mesmo no Sporting - apenas no ForumSCP ? - se critica um treinador de dar tareias físicas nesta fase (deixando todos os jogadores de rastos ) e de fazer um teste, na pré-epoca, de um sistema de jogo alternativo.

Além disso, também se malha no JJ por querer queimar o jogador A ou B, apenas por que sim. Inclusivamente, parece que o JJ detesta o Geraldes porque este… lê livros.

Incrível ao que isto chegou.

Não me parece totalmente justa a analogia com o ano passado.

Aliás e na minha opinião, o maior problema da época anterior foram as alterações na segunda metade de Agosto.

Que motivaram a entrada de n jogadores sem pré época feita no clube e na sua esmagadora maioria com perfil que obrigava a um trabalho de base.

Nos últimos dias do mercado chegaram Douglas, André, Castaignos, Joel, Markovic, Elias e Dost.

Em número suficiente para redefinir o perfil do plantel e provocar instabilidade no grupo.

Isto não vai acontecer este ano. Em princípio. O “grosso” das entradas já ocorreu.

O que é comparável é o desperdício de alguns jogadores com potencial e qualidade em detrimento de algumas contratações que não parecem resultar em mais valias, gastando-se alguns milhões.

Veremos o que nos reserva o resto do defeso. Há potenciais alterações de fundo no que respeita a jogadores nucleares que poderão ter um impacto profundo. Refiro-me obviamente a William e Adrien. Só o segundo tem um substituto credível.

Não é possível jogar num esquema de três centrais com o Tobias a central( não tem qualidade nem para estar no plantel), nem com um defesa/ ala direito como o Piccini . Acho que não é preciso ser catedrático para ver isto, entra pelos olhos dentro.Que se deixe de experiências da treta( não tem jogadores para tal), e comece a automatizar o 4x4x2( com muitos jogadores novos) que o campeonato e a liga dos campeões estão ai à porta.

JORGE JESUS: «OBJETIVO DOS JOGOS DE PRÉ-ÉPOCA É CRIAR CONDIÇÃO FÍSICA E IDEIAS» Treinador leonino desvaloriza segunda derrota consecutiva, desta feita frente ao Basileia (2-3)

Jorge Jesus desvalorizou este sábado o facto do Sporting ter averbado nova derrota (2-3), desta vez frente ao Basileia, em mais um encontro de preparação realizado durante o estágio que a equipa está a realizar na Suíça.

“O objetivo principal dos jogos de pré-época é criar condição física e ideias e preparar a equipa”, defendeu o técnico leonino, em declarações à Sporting TV, reforçando a ideia de que mais importante do que perder ou ganhar é retitar ilações dos encontros de preparação.

“É importante tirar rentabilidade do treino. Foi melhor do que com o Valencia, porque não estávamos tão carregados. Tivemos um dia de descanso. Já foi um jogo com melhor qualidade. Tentámos jogar com um novo sistema”, referiu Jorge Jesus, admitindo ter gostado “muito” da resposta dos seus jogadores.

“Trabalhámos de forma diferente, com três defesas. Procurámos identificar a equipa com outras ideias. O futebol, na minha opinião, vai avançar para isso. Foi um treino muito bom”, insistiu o treinador dos leões, antes de analisar as falhas detetadas.

“O Basileia está à frente na preparação, já era o quinto jogo deles e ganharam todos. Sofremos 3 golos em situações normais para esta fase. Quando a época começar de certeza que não teremos estas falhas individuais”, garantiu o treinador que deixou para o final os elogios aos adeptos que têm marcado presença forte nos encontros realizados pelo Sporting em território helvético.

“Estas deslocações, nos últimos três anos, permitem estar com os adeptos e formar uma identidade e cultura sportinguistas. Muito mais importante do que termos perdido é reunir a nação sportinguista, dentro e fora de Portugal”, argumentou Jorge Jesus que, na segunda-feira, irá abrir o treino no Centro Desportivo de Colovray , às 17 horas locais, a todos aqueles que desejem ver os craques em ação.

“Queremos que todos compareçam para fazer destes nossos treinos uma festa, para nós e para eles”, concluiu o treinador do Sporting.

Record

Ia escrever este post na página do Piccini mas durante a escrita esteve evoluiu para uma reflexão crítica sobre JJ por isso decidi coloca-lo aqui:

Já é mais ou menos consensual que Piccini não chega para titular, o que era aliás previsível antes de vir. Por isso pergunto-me porque é que sequer veio. Se vamos contratar um jogador para ser titular no lado direito (espero sinceramente que sim), mais valia ficar com o galgo para suplente. O Schelotto já conhecemos e já pertencia ao grupo, não vejo racionalidade de introduzir um elemento novo (e já nem falo nos três milhões) sem que este traga uma melhoria significativa da qualidade futebolística. Parece-me estarmos a assistir a um remake da troca Naldo-Douglas. Naldo já tinha criado empatia com adeptos e companheiros de balneário e foi despachado à primeira oportunidade, para vir Douglas que nunca se integrou no Sporting. Ao menos esta troca ainda deu algum lucro ao Sporting, o que duvido que seja o caso na troca Galgo-Piccini.
O pior de tudo é que este tipo de movimentações tão caras a Jorge Jesus, reflectem a forma como este encara a construção de um plantel, na qual valoriza exclusivamente a componente futebolística do jogador, não dando qualquer importância às relações emocionais que se vão construindo entre os diferentes jogadores e entre os jogadores e os adeptos. Este é talvez para mim a maior lacuna de Jorge Jesus enquanto treinador.

Estive a ler várias páginas neste tópico. Nota-se claramente um medo enraizado na conduta do passado recente. Perdeu-se o glamour de à 2 anos, aquando do roubo ao rival do treinador campeão, para a inevitável continuação do ultrapassado e teimoso JJ. À semelhança um pouco das 2 épocas. Uma época de grande euforia contra uma época de profundo horror. O resultado de ambas foi 0 mas o estado anímico variou entre épocas. Uns comentários atrás, alguém referiu que futebol não é razão mas sim paixão. E isso reflecte-se nas opiniões aqui postadas.

Um simples jogo treino, uma variante frequentemente usada na 1ª construção de ataque, cria pânico e muitas páginas para ler. O 3-4-3 ou 3-5-2 é uma das variantes utilizadas para o ganho de supremacia no meio campo quando a bola sai da nossa área. Geralmente o médio mais defensivo baixa para a linha dos centrais, ficando os laterais a darem largura. Os extremos e médio mais ofensivo dão linhas de passe dentro do bloco adversário. Fica-se assim com mais homens disponíveis para receberem a bola. Ao treinar isso ou uma variante, não quer dizer que JJ vai abdicar do seu 4-4-2 geral, que só por si, encerra muitas variantes e metamorfoses consoante o momento do jogo. Eu até acho, que deveriam ser escalpelizadas os momentos que no passado nos fizeram sofrer golos e formas de em jogo serem anuladas ou compensadas com posicionamentos mais de acordo com as características da nossa linha defensiva. É para isso que também servem os jogos treinos. Errar e corrigir independentemente dos resultados.

Noto também um crescente maldizer sobre as escolhas de jogadores, principalmente sobre os jovens (que já não são tão jovens) vindos da formação. Um golo transforma um Leonardo num jogador de equipa A? Ao que já chegamos. Poderá vir a ser, num futuro próximo mas antes tem de dar garantias de que na falta de um titular é capaz de suprimir esse titular. Recordo-me de um Saleiro, um Betinho e muitos mais que por meios pormenores foram apelidados de certezas mas que o tempo se encarregou de ditar uma separação entre o trigo e o joio. Fala-se muito da injustiça Xico Geraldes e eu fico deliciado com os seus pormenores mas entre um Xico ou um Pondence, Pondence está mais preparado para assumir um lugar na luta pela titularidade. Mas, falamos então de um Xico versus Matheus Oliveira. Características semelhantes, um mais defensivo o outro mais ofensivo mas ligeira diferenças. Nenhum dos dois está preparado para a titularidade. Ao ficarem vão alternar entre a bancada e o banco. Acham mais proveitoso emprestar quem? Um Matheus com pinta de suplente ou um Geraldes com necessidade de jogar frequentemente. São decisões difíceis por causa da paixão mas a razão tem de ter aqui um papel importantíssimo para não acontecer o mesmo que a Matheus Pereira. Passado um ano, Matheus Pereira perdeu mais do que tivesse rodado num clube e ganha-se jogo nas pernas e na cabeça. Mais valia JJ ter comprado mais um cancro para alternar entre a bancada e o banco do que manter Matheus Pereira. A cabeça de Podence e Gelson é que os mantêm na equipa A. Talvez Iuri já tenha apurado essa mentalidade e fique de vez. Os outros ou saem para ganhar esse traquejo ou ficam mas sem grandes promessas de jogo.

Para finalizar, um alerta à terra dos sonhos. Vender um William ou um Adrien é obrigatório mas não será fácil arranjar um substituto de valia igual. Por isso, eles valem o que valem. Valores proibidos para o Sporting. Capacitem-se que por estarmos a sair do buraco onde estivemos, ainda não respiramos ar puro. Isso demora anos com bons aproveitamentos daquilo a que as nossas mãos possam convencer a vir parar ao Sporting. E os nossos predicados são muito aquém de qualquer equipa das ligas mais fortes ou das ligas mais endinheiradas. É o que temos e é com isso que temos de ir à luta contra campeonatos mais visíveis ou campeonatos com bolsos mais fartos.