Jorge Jesus - Treinador do Sporting Clube de Portugal

Não concordo com a crítica ao Gelson. É o nosso maior desequilibrador e os adversários também já perceberam isso. Na 2a parte contra o Tondela chegou a ter momentos em que estava marcado por 3 jogadores. A equipa é que tem de subir o nível. O miúdo acaba por vir buscar jogo atrás por causa da incapacidade da equipa de lhe proporcionar boas oportunidades. Já agora rematou ao poste nesse mesmo jogo e fez uma assistência. Bela lenga lenga

Não estou a dizer que foi isso. Estou a dizer que isso teve uma forte componente. Basta alias ver as ganas que eles têm, festejam lançamentos laterais e tudo. Interiorizarem que era vitimas e os jogos são todos de raiva.

Pois acho que é isso. A questão centra-se em quem acredita que isso é possível e quem não acredita. Mas a realidade dá “mais” razão a quem não acredita. Por isso falo na tua “fé” ou “crença”.

É como acreditar que uma equipa pode recuperar de um 3-0 ao intervalo, estando a ser dominado pelo adversário. Poder pode, mas não é muito provável e a estatística prova isso.

Nós estamos a jogar muito pior que os rivais e com menos 5 pontos. Porque raio haveria o cenário de magicamente dar uma volta de 180º?

Ah então e o benfica do ano passado? Pois, lá está! Foi o tal caso de 1 vez em 50 anos. A tal improbabilidade estatística.

Não acho que vá passar a ser a norma. MAs há quem use esse exemplo para tentar motivar os restantes a acreditar que nós também podemos. Pois, acho que não é bem assim que se deve olhar para uma improbabilidade estatística.

Já aqui li várias vezes que o ano passado o nosso adversário esteve a 7 pontos, mas ainda não vi ninguém escrever foi que eles recuperam esses pontos porque nós não fomos competentes em vários jogos e permitimos uma aproximação que culminou com a perda do 1.º lugar no jogo do título em Alvalade e as vitórias até ao final da época de nada nos valeram.
No futebol todos são avaliados em função dos resultados e não há volta a dar-lhe isso nunca mudará, o Sporting pode ter vencido pouco, mas sempre quis recuperar o estatuto de clube vencedor, é inquestionável que na época passada estivemos perto de o conseguir, por isso a fasquia ficou lá em cima, ninguém vai perdoar se fizermos uma época inferior a do ano passado. Todos elevaram a fasquia no início da época desde o treinador ao Presidente, os adeptos e sócios têm estado com a equipa em todo o lado, incansáveis no apoio, agora sem dinâmica de vitórias nada disto faz sentido. É neste objectivo de voltar as vitórias que todos dentro do Sporting têm de se concentrar e principalmente cada um deve assumir as suas responsabilidades sem sacudir a água do capote.

Havia também um par de malucos(pois foram acusados de tal por outras pessoas…) que defendiam que a saída do Teo ainda mais por empréstimo era um perfeito disparate.

Não queiram passar a ideia que todos concordaram com a política de reforço do plantel(ate já li alguém que chegou ao ponto de escrever que estava tudo muito satisfeito com os laterais que tinha-mos…pure bullshit!) porque isso não foi o que aconteceu.

Eu não posso censurar o Presidente (continuo a insistir que o mesmo é apenas uma vítima das circunstancias) por ter dado o controle absoluto do futebol profissional do Sporting ao Jesus.

Estamos a falar de um treinador que bateu recordes do clube na liga na época passada(falhou o título porque do outro lado houve alguém que bateu recordes também mas em benefícios de arbitragens) , colocou a equipa em momentos da época a jogar um do melhor futebol que se viu nos últimos anos e valorizou activos que foram vendidos por números astronômicos nunca antes visto no clube.

Não só fez isso como dinamizou e melhorou certas estruturas do clube que gravitam á volta do futebol (desde comunicação do clube a apoios ao futebol profissional que vai desde infra-estruturas a outros aspectos):

Portanto existe lógica na decisão, o treinador deu um forte sinal de competência e liderança.
Porém era uma decisão que acarretava riscos, pois Jesus é um treinador que tem tantos defeitos como qualidades.

Ate ver foi uma decisão que falhou rotundamente. Desde a planificação da pré época(que tendo em conta a quantidade e especificidade dos jogadores disponíveis na altura, a escolha dos adversários em questão não beneficiou a tiragem que deveria ter sido feita desses atletas) a uma a políticas de transferencias tem se revelado desastrosa(só um jogador tem mostrado ser uma mais valia).

Mas o que esta feito esta feito, e ate Janeiro não há hipótese de remendar o que foi feito.

Jesus tem o plantel que quis, e se o mesmo não é brilhante só se pode queixar de si próprio.Não obstante isso, este plantel tem mais que qualidade suficiente para vencer um Tondela(mas não o conseguiu).

Ate Janeiro Jesus tem mostrar mais trabalho, e mais vontade de mudar o rumo dos acontecimentos (a letargia perante o que se passa é o que mais me preocupa, pois isso tem se reflectido no futebol da equipa).

É obrigatório chegar a Janeiro com os principais objectivos da época intactos.E se chegarmos vivos ate lá a relação do Presidente com o treinador na gestão de reforços do plantel tem de mudar.

Dizer não ao Jesus é um problema, mas tem de existir uma subtileza na forma como se o faz(quase como se tivéssemos a lidar com uma criança de 60 anos…que é o que ele parece ás vezes).Mais tarde noutro post aprofundarei esta minha opinião.

Ps: Que se trabalhe a sério esta semana, o jogo do Nacional adquiriu subitamente o caracter do jogo mais importante da temporada.É bom que a equipa técnica e jogadores trabalhem com isso no pensamento.

Eu bem sei que é importante tentar encontrar um cenário confortável mas todos sabemos, conhecendo o tugao e o Sporting, que a probabilidade de sermos campeões este ano é infima.

Agora tempo o JJ vai ter para inverter a situação, tem a época toda. No final fazem-se as contas. O serviço mínimo quanto a mim para o JJ continuar é ser campeão, não o sendo pode sair. E sairia com uma prestação fraquissima do Sporting.

Concordo com tudo o que escreveste, Alexandre.

E recuperaram porque fizerem 75 pontos nos últimos 26 jogos. Este é o que é o ponto central da discussão ou devia ser quando se fala da época passada. Pese um ou outro aspecto com culpas próprias do Sporting, certamente. A verdade é que fizeram um percurso quase perfeito ( e os 3 pontos que perderam até foi contra a sua produção no jogo em questão, que fizeram o suficiente para ganhar, ao contrário de outros jogos em que ganharam ) durante 3/4 do campeonato.

PS:

A questão do Teo parece-me por esta altura ser uma discussão algo parecida com uma preocupação por uma inundação na cozinha por um cano roto, quando o cenário à volta é de um terramoto de alta magnitude.

Isto só confirma o que já tinha dito anteriormente num post do José sabino: Jesus é um grande treinador, mas não é o que se quer fazer dele, muito melhor que o macaquinho, por exemplo, mas comparado a Leonardo Jardim…
O que não faria Jardim se tivesse tido a carta branca que JJ teve?

Realmente adoramos dar tiros nos pés: Bobby Robson, Rasga Camisolas (odeio o mas é inegável que as coisas teriam sido diferentes se ele tivesse assinado por nós) e agora JJ. :venia:

Eu sou o último a querer ter alguma razão perante a situação.
A realidade a que me refiro está à vista de todos.
Chamar outros a essa mesma realidade é o mesmo que dizer que se deveria deixar de viver de faz-de-conta, deixar de se achar aquilo ainda não se é, deixar de ver louros onde ainda mais se vislumbram espinhos…
Por isso, perante a realidade que cada um quiser entender, aquilo que eu gostaria mesmo é que quem de direito e de dever passasse a agir em vez de se esperar reagir.
Inteligência precisa-se e ela não tem abundado ultimamente.

Devo acrescentar que nem o porto vai fazer um campeonato tão mau como o do época passado e já está nossa frente, quem está falhar somos nós Sporting porque não estamos a jogar futebol ao nível de um candidato ao titulo.

Plano B: 4-3-3.

Acredito que isto tenha algum fundo de verdade.
O egocentrismo do Jota é tão obsessivo que acaba por ser insultuoso para o clube e para os jogadores que treina, alguns dos quais campeões da Europa.
Por outro lado ver entrar uma palete de 12 jogadores, alguns dos quais de valor duvidoso ou sem compromisso com o clube e ver afastados alguns jovens talentos da Academia deve ser motivo de reflexão sobre os limites do poder do treinador dentro do clube.

Robson foi despedido quando ia em 1º lugar. Mourinho não chegou sequer a vir.

JJ está cá e vai para o segundo ano. É o treinador mais bem pago da nossa história e o treinador mais bem pago de sempre do campeonato português. A equipa não joga um chavo. Perdemos pontos em 3 das últimas 4 jornadas.

Não percebo essa comparação.

Era pior a emenda que o soneto.

Se quiser mudar, então que vá para um sistema que lhe pode ajudar, um 3x5x2.

Obviamente que não muda.

É a tua realidade. Ponto. Ou a tua opinião.

Vamos lá ver. Questões a nível de rentabilização dos recursos internos e composição do plantel, foram referidas por mim em Julho e Agosto, bastas vezes. Não é por no actual contexto ser fácil espetar a faca na ferida aberta, que o vou fazer quando há outras questões que se sobrepõem ao jogador x ou y que não ficou e ao w e z que ficou e veio e muito menos preciso que nesta altura, se queira “abrir os olhos” de outros para pontos que os “outros” defenderam anteriormente.

Não me interessam minimamente pretensas análises psico emocionais de dirigentes e treinadores, feridas pela própria personalidade de cada um e dos seus gostos pessoais, quando no todo, com defeitos ou não, se tem assistido nestes 3 anos e de forma crescente, a uma galvanização dos adeptos, batendo recordes a nível associativo, de assistências no estádio, enriquecimento e melhoramento de património, subida em cerca de 50% das receitas operacionais, recordes em mais valias financeiras, crescimento competitivo em todas as modalidades, análises à conta do contexto desportivo recente da equipa de futebol.

A realidade é esta. Por mais que pegues no contexto para extrapolações estratégicas à medida.

Essa é outra questão.

No ano passado o João Mário compensava muito bem a equipa defensivamente.
Não se percebe, por isso, que sem o João Mário e o Adrien, a táctica seja tão ofensiva, ainda por cima com Elias à deriva.
O Jesus deve reforçar o meio campo urgentemente, mesmo após a chegada do Adrien.

Por outro lado tem de estabilizar a frente de ataque. Primeiro foi o Alan Ruiz, depois o Markovic, agora o André (com Campbell a aparecer a espaços)… Tem de decidir de uma vez por todas quem é o titular e dar continuidade à aposta que fizer.

Na verdade, se calhar o melhor neste momento era começar por reforçar o meio-campo e subir o Bryan Ruiz, como chegou a fazer no passado.

TOLERÂNCIA ZERO UM ANO DEPOIS DOS 3-0 NA LUZ Jesus está mais obrigado a ganhar do que nunca

Cumpre-se amanhã o primeiro aniversário sobre uma das maiores vitórias de Jesus no Sporting: os 3-0 ao Benfica, na 8ª jornada da Liga, na Luz.

Esse triunfo valeu muito mais do que três pontos porque dissipou dúvidas sobre a qualidade do trabalho do treinador. Mais: garantiu a JJ créditos suficientes para prolongar o ‘estado de graça’ ao ponto de os adeptos lhe ‘perdoarem’ o facto de ter acabado por perder a liderança para o Benfica, esbanjado uma vantagem que chegou aos 8 pontos. Sustentado pela qualidade do ‘seu’ futebol, Jesus viria a bater vários recordes até ao final da época, entrando na atual com contrato renovado.

Tal como JJ defendeu, há muito por jogar e o melhor exemplo até pode estar no desfecho do último campeonato. Garantido mesmo, só o final da lua-de-mel entre adeptos e treinador. Jesus está mais obrigado a ganhar do que nunca.

Record

"Se continuar assim, algo tem que mudar, até o treinador"

Jorge Jesus é o rosto mais visível entre os contestados. Má fase do Sporting analisada por ex-jogadores e ex-dirigentes a O JOGO.

Alarmes a soar em Alvalade à medida que a distância pontual vai aumentando para o primeiro classificado da Liga. As exibições tardam em aparecer a um nível semelhante ao da época passada, pelo que os antigos jogadores e dirigentes ouvidos por O JOGO sublinhem a ideia de que a contestação dos adeptos leoninos no final do encontro com o Tondela, anteontem, em Alvalade, foi um cartão amarelo para o treinador Jorge Jesus.

Há alguma frustração e desencanto com a prestação da equipa e a massa associativa está algo impaciente com o fraco rendimento. As expectativas criadas foram altas e os resultados e as exibições não têm correspondido. A massa associativa tem de ser paciente, nesta fase menos boa. Naturalmente, se as coisas continuarem assim, algo algo tem que mudar, porventura até o treinador", afirmou Jesus Oliveira, ex-dirigente do Sporting.

O Jogo