SIMONE FRAGOSO FALHA FINAL DOS 50M MARIPOSA
Por Jornal Sporting
10 Set, 2016
DESPORTO ADAPTADO
Nadadora leonina terminou com o tempo de 52,63 segundos, não conseguindo assim o apuramento para a discussão das medalhas
A nadadora leonina Simone Fragoso falhou a passagem às finais nos 50 metros mariposa S5, ao terminar a sua série com o tempo de 52,63 segundos, não conseguindo assim a passagem à prova que lhe daria hipótese de discutir medalhas.
Às 17h15 entra em acção outro atleta leonino, desta feita Genrik Pavliukianec, no Goalball, no confronto entre a Lituânia e os EUA.
Quatro atletas paralímpicos estão a dar que falar porque qualquer um deles poderia ter conquistado o ouro nos Jogos Olímpicos do Rio. Todos realizaram a prova dos 1.500 metros em menos tempo do que o campeão olímpico Mathew Centrowitz.
O argelino Abdellatif Baka terminou a prova em 3:48.29, levando o ouro para casa. A medalha de prata foi atribuída a Tamiru Demisse, da Etiópia, que registou um tempo de 3:48.59. Já o bronze pertence a Henry Kirwa, do Quénia que acabou a prova em 3:49.59. Em quarto lugar, o argelino Fouad Baka (irmão do medalha de ouro) fez um tempo de 3:49.84.
O atleta olímpico Matthew Centrowitz demorou mais do que qualquer um deles (3:50) a terminar a prova correspondente nos Jogos Olímpicos de 2016.
Os quatro atletas correram os 1.500 metros na categoria T13, que representa a mais leve das incapacidades visuais, e onde é dispensado o guia. A prova, apesar dos participantes serem deficientes visuais, é exatamente igual à prova dos Jogos Olímpicos.
Os 1500m, 5000m, e outras longas distâncias dependem sempre muito do ritmo de prova.
Os atletas ora correm de forma mais táctica, ora correm mais a fundo. Temos corridas mais rápidas, e outras mais lentas, é normal.
Nem sempre a coisa é linear, ou seja, não podemos simplesmente pegar nos tempos e dizer “pondo estes atletas ali eles ganhavam”. Se o ritmo sobe, os outros todos também sobem o ritmo, para não perder o “pelotão”. Se o ritmo for + lento, os outros deixam-se estar, muitas vezes ninguém quer ir para a frente desgastar-se a impor ritmo.
Resumindo, corre-se mais quando os outros correm mais, corre-se menos quando se percebe que os outros também se vão a resguardar. Faz parte das tácticas da corrida.
Fora os factores do vento, por exemplo. Não sabemos onde esteve mais desfavorável aos atletas.
Ou seja, é um assunto muito relativo e discutível. Não sabemos até que ponto o ritmo dos jogos olímpicos foi abaixo do normal, e se o ritmo nos paralímpicos foi muito acima da média. Nada garante que os atletas em questão ganhariam medalhas nos olímpicos, nem nada garante que não ganhariam. É uma dúvida que só correndo todos juntos se poderia responder.