A sua morte fez, há 3 dias atrás, 39 anos. Jim Morrison teria hoje 66. Contudo, permanecerá forever young, como Dionísio, Deus grego do vinho, da celebração e da fertilidade.
O próprio Robby Krieger, guitarrista dos The Doors, refere que tocou com Dionísio himself, em plano palco. E era em pleno palco que Morrison celebrava a liberdade artística; era esse o local onde conseguia atingir o outro lado, abrindo as portas entre dimensões paralelas, aconchegado pelas melodias bluesy e hipnóticas dos três companheiros de banda.
Talvez possuído pelos espíritos dos índios Navajo, - que certa tarde encontrou mortos, em pleno deserto, quando criança - Jim representava a sinceridade artística, na sua mais pura a forma. Para ele, a música não se tratava de fancy dresses, parties, ou todas as raparigas com quem teve sexo. Tal, eram somente consequências de uma sociedade a atingir os píncaros da liberdade, na festiva cidade de San Francisco, que sentia a corrente revolucionária dos 60’s. Morrison costumava dizer: Girls want my dick, not my words…
Para uns, somente mais um drogado da Era Hippie. Para outros, um visionário, um poeta. E a sua poesia é, exactamente, uma das maiores riquezas que deixou. Impossível ficar indiferente às palavras em faixas como The End, Yes, The River Knows, People Are Strange, An American Prayer, Five to One e My Wild Love.
Morrison considerava-se uma pessoa inteligente e sensível, mas com uma faceta de palhaço, faceta essa que lhe concedeu a fama de ser um monstro de palco, capaz de iniciar motins apenas com as suas palavras. Preso à visão de ser apenas um agitador de massas, controlado pelos alucinogénos, Morrison-poeta é muitas vezes omitido e ofuscado.
Como ele própria diria, cada geração tenta encontrar os seus ícones, símbolos e representantes, quebrando com o passado. E numa sociedade maniatada como a actual, em que a depressão e o pessimismo toma conta de todos os recantos, qual black cloud, é importante recordar que houve gente como Morrison, que tentou lutar pela liberdade da alma, mesmo que da forma menos ortodoxa possível. Estando escondida na ponta de uma caneta, numa viagem em pleno deserto, ou até mesmo na morte, a liberdade existe e será, mais tarde ou mais cedo, encontrada por todos.
Jim Morrison, para todos os efeitos, era apenas mais um cidadão norte-americano, com todos os seus deveres e direitos. Foi julgado pelos actos, foi preso e censurado pelos seus excessos. Todavia, continuará para sempre a ser recordado como um pontapé no statu quo, independentemente das consequências das suas acções.
E para muitos será também sempre lembrado como aquele que podia fazer tudo… Pois era e será o Lizard King.
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When you make your peace with authority, you become authority.
Whoever controls the media, controls the mind.
Listen, real poetry doesn’t say anything; it just ticks off the possibilities. Opens all doors. You can walk through anyone that suits you.
I am interested in anything about revolt, disorder, chaos-especially activity that seems to have no meaning. It seems to me to be the road toward freedom… Rather than starting inside, I start outside and reach the mental through the physical.
I like any reaction I can get with my music. Just anything to get people to think. I mean if you can get a whole room full of drunk, stoned people to actually wake up and think, you’re doing something.