Hora H

Alguém me pode indicar um "site" onde as audiências televisivas sejam consultáveis?

Talvez procurando com alguma calma apareça uma lista completa.

Vi pouco, aguentei até aos 15/20 minutos, muito fraco, pensei que o Herman ia regressar em grande mas a desilusão é que é grande, já não vi o 2º nem devo ver os próximos! :? :arrow:

o efeito Gato Fedorento agora não dá espaço ao Herman, é outra onda e o herman tenta navegar em areia… Se tentasse o formato herman enciclopedia com os mesmos personagens mas com historias actuais era capaz de surtir melhor efeito!

Penso que foi ontem que o CM publicou uma notícia relatando que as audiências são muito fracas e que o próprio Balsemão está insatisfeito com o programa e com a sua falta de graça.

Para mim o Herman está a ter um fim penoso, mas este é um processo de decadência que já leva para aí 15 anos. O declínio dele começou a partir do momento em que deixou de escrever o seu próprio material e começou a encomendar os textos às Produções Fictícias. E também considero que o grupo de actores que tem colaborado com ele é hoje de qualidade bastante inferior ao que foi em tempos.

É claro que a ambição pateta de todo o humorista de ter o seu programa “à Jay Leno” também não ajudou, porque o Herman não tem jeitinho nenhum para isso. Mas agora que o vemos regressar ao seu formato de eleição, que foi aquele em que conseguiu as suas peças mais brilhantes (Tal Canal, Hermanias e Humor de Perdição), percebe-se que já nada é como dantes.

Tenho pena, porque se trata de um artista com um talento ímpar em Portugal, mas para mim desde o Hermanias Especial do reveillon 91-92 que ele tem vindo a pique, e os últimos lampejos de génio vi-os na Roda da Sorte. As referências à Enciclopédia compreendo-as pela idade de quem as faz, porque para mim esse já é um programa absolutamente menor, uma nota de rodapé na carreira dele.

FLL:

discordo em absoluto.

1 - Para mim o processo de decadência do Herman começou a partir do momento em que entrou na SIC. Ele atingiu o ponto alto da carreira com o Herman Enciclopédia, cujos textos eram escritos precisamente pelas Produções Fictícias. A equipa que o acompanhava também contribuiu em muito para o seu sucesso (Maria Rueff, Zé Pedro Gomes, Joaquim Monchique e Miguel Guilherme).

2 - Em relação à sua ambição por apresentar um talk show, também não me parece que seja por aí que o gato vai às filhoses. Sempre gostei muito de ver o talk show dele na RTP e tem programas simplesmente magníficos, como num em que juntou o José Hermano Saraiva e o Duarte Lima, sempre com muito humor e boa disposição à mistura.

Quando insistiu nesse formato já na SIC, o resultado foi catastrófico. Os convidados eram invariavelmente actores e actrizes brasileiras de novelas da SIC que precisavam de ser promovidas, a qualidade dos actores que o acompanhavam foi pelo cano (Ana Bola, Maria Vieira e aquele magriço que não sei o nome, são mais artistas de revista do que outra coisa qualquer) e depois o desespero por conseguir audiências levou-o a entrar num humor PIMBA, fácil e levou a um programa aborrecido pontuado por momentos em que gajas nuas entravam pelo palco adentro a cantar uma lengalenga que ficava no ouvido…

3 - Muito francamente, penso que o sucesso de outrora (humor de perdição, Tal Canal, etc) se deveu em grande parte à ausência de alternativas para o público. E por isso é que este Hora H não convence ninguém. Porque voltou ao formato antigo, mas agora os actores são muito piores e a concorrência é forte.

As referências à Enciclopédia compreendo-as pela idade de quem as faz, porque para mim esse já é um programa absolutamente menor, uma nota de rodapé na carreira dele.

Podemos não concordar em nada em relação ao aborto, mas aqui estou 100% de acordo. Este programa era apenas um pouco melhor que o absolutamente lamentável Casino Royale.

No Enciclopédia ainda surgiram uns bons momentos, sobretudo a rábula do engenheiro jorge tone.

E penso que o parabéns, apesar de ser o tipo de coisa em que o Herman não resultava muito bem, ainda teve uma boa fase, com as entrevistas históricas.

No Enciclopédia ainda surgiram uns bons momentos, sobretudo a rábula do engenheiro jorge tone.

E penso que o parabéns, apesar de ser o tipo de coisa em que o Herman não resultava muito bem, ainda teve uma boa fase, com as entrevistas históricas.

A Enciclopédia tem muitos momentos de bom humor, boas personagens e textos. Sobretudo os sketchs avulsos.

O mesmo para as entrevistas ou para o boião de cultura no Parabéns.

Acho que o problema é mesmo a qualidade dos actuais textos, que não tem ponta por onde se pegue. E as personagens, com excepção de uma ou outra, também não valem nada.

E depois há os “tiques” do Herman, que foram ganhando peso ao longo dos anos e hoje em dia são insuportáveis, sobretudo porque demasiado batidos.

Pois eu estou com o eddie_verdde. O Herman Enciclopédia foi o melhor do Herman, a par do O Tal Canal. E tinha realmente textos brilhantes, a cargo das Produções Fictícias. Textos esses que terão inclusivamente sido publicados em livro (“Ao Serviço de Sua Majestade”, acho que era o nome).

O Herman deveria ter parado. A sua imagem está desgastada e já começa a haver alguma aversão à sua figura. Para agravar a situação, acaba por regressar num formato gasto e em tudo semelhante ao que ele já havia feito há vários anos. O problema é que o humor dá-se mal com a repetição e mesmo a oferta é hoje bem maior e melhor do que era antigamente.

Uma pausa poderia ter funcionado a seu favor, podendo regressar com um projecto pensado de forma mais criteriosa e criando algumas saudades no público. Assim apenas se desgastou ainda mais, acabando por ser ainda mais penoso para ele o facto de ver os Gato Fedorento a ultrapassá-lo em popularidade, quase fazendo crer que o humor do Herman será algo datado.

É realmente pena, porque o humor em Portugal deve-lhe muito, mas não é o reconhecimento que faz rir.

O Herman Enciclopédia enfermava do mesmo defeito da maior parte do que conheço do Gato Fedorento: o excesso de traço grosso na satirização das personagens, confundido com uma análise aguda dos tiques do povo português. Pode resultar num programa curto (normalmente rio-me bastante com o Portugalex da Antena 1, que dura 4 minutos), não resulta numa emissão televisiva de meia-hora ou mais.

Já há algum tempo que não ponho os olhos no Inimigo Público, mas a qualidade média dos textos é bastante mais elevada que nos últimos programas do Herman. Será que se poderia comparar os casos para abrir uma via para o desenvolvimento de uma forma diferente de humor televisivo (mesmo tendo sido a versão televisiva do Inimigo Público um fracasso, cujas razões não acompanhei)?

Angel,

Qualquer semelhança entre um leitor do inimigo Público e um telespectador de prime time de canais generalistas, ainda por cima ao fds, é pura coincidência.

Nem mesmo os apreciadores de gato fedorento têm paciência para se sentar à hora que um canal quer, para ver o que ele quer. Muitos esperam pelo dia seguinte e vêem no youtube.

São outros tempos, são outras audiências… só mesmo os anunciantes ainda não perceberam isso.

As audiências deste Domingo ainda não sei. Mas as da semana anterior não eram encorajadoras:

Ainda vi pra aí uns 5 minutos, mas não aguento mto mais tempo.

Aquelas perucas dão um ar piroso às personagens. :roll:
Aquela tia não tem piada nenhuma, falta o Monchique mas esse parece que já não faz parte do elenco.
A Maria Rueff irrita-me profundamente.

Aquela personagem da Maria Vieira de estar sempre no chão, não tem piada nenhuma. :roll:

Aquela reunião dos empregados não tem piada nenhuma.

Enfim, não presta. :arrow: Uma autêntica bosta.

herman josé já morreu para a tv

Morreu no momento em que optou pelos talk-shows e aspirou ser um Conan O’brian portugues, o que nunca conseguiu, ficando a muitos kms de distância.
Voltou para o formato anterior, na esperança de rescuscitar, mas obteve o efeito contrário.

Que saudades dos tempos de RTP. :frowning:

Não desgostei do vídeo. Foi gravado por um amigo meu (e de outros foristas daqui ;)). Vou enviar por mail.