Grécia - o rastilho para o fim da União Europeia

Está aceso o rastilho.

A rede internacional de parasitas capitaleiros a esta hora assiste confortavelmente ao que se está a passar na Grécia, provavelmente a boiar num iate e a verificar como estão os seus ganhos na bolsa.

Qualquer dia faço-me comunista.

Adora conseguir perceber como é que essa gente se deita e dorme descansado a noite toda a fazer as barbaridades que faz. :inde:

Esses parasitas, Viridis, têm 3 nomes muito fáceis : Standard&Poors, Fintch e Moodys. Eles sim, são os responsáveis por isto, a par da atitude dos gregos, que ainda não perceberam que não é com greves gerais que alguma coisa melhora, antes pelo contrário

Tens de convir que os sistema económico está montado de forma a favorecer quem é mais “rato”, quem sabe como jogar no casino mundial.

Todo o sistema bolsista é um jogo sujo que faz toldar os capitais para quem conhece o sistema e quem tem as influências “de facto” nos governos.

É assim que tem sido, é assim que a balança desequilibra. As agências de rating são apenas um requinte de malvadez neste sistema.

:lol:
O problema é que os gregos são os primeiros a verem os tomatezinhos a serem apertados. A seguir a eles, serão outros, entre os quais nós… Não te iludas aquilo que os gregos fazem é só o atear do rastilho porque ou o sistema de chulagem abranda ou outras manifestações à escala europeia, umas mais fortes que outras, surgirão… Curioso é que aqueles que criaram esta “crise” passam impunes!

E nós vamos ser os seguintes…

Eu tenho é inveja de povos (como os gregos ou os espanhóis) que têm tomates e que não são carneirinhos como o nosso. Em Espanha e na Grécia assistem-se a verdadeiras manifestações e não a palhaçadas como foi aqui a tal da geração à rasca, em que toda a gente ria uns com os outros, brincava e parecia que estava numa festa qualquer.

O que esta a acontecer na Grécia pode ser o rastilho de algo muito maior, sempre que vejo as imagens do que se passa na Grécia imagino que o que se passou em França em 1789 não terá sido muito diferente.

Digam-me uma coisa.

A Grécia deve-nos dinheiro?

E lá passou novo pacote de austeridade na Grécia…

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Também gostava que o nosso povo fosse menos carneiro. Mas, infelizmente, em que resultaram as manifestações em Espanha e na Grécia?

Infelizmente nada, e continuam os planos de austeridade.

Ainda não sabemos no que resultaram é muito cedo para avaliar.

Uma coisa é certa. Ficar parado também não resolve nada. É o mesmo que não jogar no Euromilhões e esperar que este saia.

Malta, vocês estão a ser um bocado ingénuos. Julgam que isto adianta alguma coisa? O próprio FMI já sabe que o produto final das políticas de “austeridade” é este, só que entretanto já dizimou a Economia grega, já instalou as suas multinacionais e vai ficar durante muitos anos a receber juros altíssimos em relação ao montante que emprestou.

É exactamente o mesmo modus operandi da organização nos países da América do Sul. Isto só vai mesmo parar quando todos os países europeus entrarem em colapso e começarem a instaurar políticas comuns para banir estas hienas.

Já agora, a diferença entre Portugal e Grécia:

Manifestação no Sporting em 2009
[tt]SAPO Vídeos

Manifestação no Panathinaikos em 2008

[youtube=425,350]panathinaikos - YouTube

As hienas não são “as”, mas sim “o” sistema financeiro actual. Isto vai cair mais cedo ou mais tarde. Quando a Grécia sair do Euro (questão de 5/6 meses) vai-se dar o colapso do mesmo e aí sim países como Portugal ou a Grécia vão ter uma nova oportunidade para quase “começar do zero”. Agora é ir sacando do balde das pipocas e ir assistindo à queda lenta (mas previsível e necessária) da moeda única.

Winston mas, e se não fosse a ajuda do FMI, como é que a Grécia se financiava para cumprir as suas obrigações, i.e, pagar salários, gastos do estado, pensões, etc?

Estou de acordo. A questão é que o FMI, bem como as agências de rating, são o expoente máximo da irracionalidade do actual sistema. São organizações-exemplo da usura e da exploração da pobreza e precariedade. Não tenhas dúvidas que a manutenção do status quo se deve, sobretudo, a elas e ao poder que têm nos orgãos de comunicação social, nos governos e noutro tipo de instituições que manipulam a opinião pública.

Essa é uma falsa questão. É um pouco como seres acossado pela máfia e depois dizeres: “mas se não fosse a família Soprano como teríamos a protecção necessária para manter o nosso negócio?”. Isto depois de ter sido a própria família italiana a tomar medidas para causar a insegurança com o intuito de receber o seu quinhão. É exactamente este o processo: primeiro dizima-se a produção nacional dos países, depois causa-se endividamento, as agências de rating entram em acção e, no fim, quando o país já está sugado até ao tutano, o FMI entra como salvador da pátria.

A maior perversidade disto tudo é o facto da exploração não ser facilmente identificável. Ao menos no tempo do feudalismo a plebe sabia que estava a trabalhar para a nobreza, agora há uma ilusão de liberdade. E sublinho, ilusão.

Acho que o nosso grande beneficio em relação aos outros países é mesmo a confiança que o povo tem no país, o seu trabalho e o facto de sermos um povo sereno (talvez um pouco demais mas nunca se deve passar aquilo que na Grécia acontece).

A Grécia mentiu nos seus números, a aplicação do seu plano negociado tem vindo a ter falhas, a instabilidade política é notória (algo que nós não temos), a sua situação é mais grave que a nossa. No entanto quanto mais dificuldades eles tiverem piores nós ficaremos e por isso só posso espera que tudo corra pelo melhor.

A Grécia apesar de todos os erros que cometeu tem que ser apoiada até às últimas consequências sob pena de contagiar toda a Europa mas também por uma questão moral.

A mim parece-me que o caminho seguido é o possível, os nossos países terão que primeiro colocar o Estado eficiente, equilibrado e com capacidade de olhar para os desafios do futuro e depois tomar outro tipo de decisões.

Acho que empurrar a Grécia da zona euro será catastrófico sobretudo para aquele país (mas também para a Europa) quando tem um Estado que gasta em excesso, tem a pressão dos mercados, quando não tem as reformas necessárias feitas e quando a população empobrecerá imenso e todos quererão sair dali para fora.