Estou completamente de acordo com o tópico e com a importância do tema, não estou totalmente de acordo com o que o [member=3466]Strikerr diz, ainda que compreenda o ponto de vista dele. Duas notas rápidas antes de passar ao tema mais flagrante:
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Não me choca ter um ou outro jogador emprestado sem opção de compra. Prefiro, sempre, ter com opção de compra (é até o modelo de contratação que mais me agrada num clube com o nosso perfil) mas não me choca ter pontualmente um jogador por empréstimo sem opção de compra, que venha numa perspectiva de rendimento desportivo imediato que permita melhorar a qualidade da equipa (e, consequentemente, a valorização desportiva e financeira dos nossos activos) e dar tempo aos nossos projectos de médio prazo de crescerem. Aliás, não sendo esse o planeamento para esta época, eu até vejo o empréstimo de Campbell a funcionar dessa forma: torna-se um jogador útil, traz rendimento à equipa, ajuda em alguns resultados e permite que, na sombra ou por empréstimo, um activo nosso (Matheus Pereira) cresça, corrija os seus erros e esteja mais apto na próxima época. Eu até considero que Matheus já está apto e já deveria jogar mas, se o treinador não concorda, um empréstimo como o do Campbell permite comprar tempo para Matheus crescer.
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Jogadores veteranos… Bem, o princípio é o mesmo. Não abusando na quantidade, são jogadores para o rendimento imediato e que permitem valorizar indirectamente os nossos activos com maior potencial financeiro. Esta época adquirimos dois com esse perfil, um para titular (Bas Dost), outro para nos dar um conforto de segurança (Beto). O problema está mesmo na quantidade de jogadores com mais idade que contratamos e que não nos dão rendimento desportivo nem financeiro.
Agora, quanto à questão do scouting… Acredito sinceramente que o trabalho do Sporting é insuficiente neste campo, principalmente no scouting internacional. Já ouvi Jorge Jesus dizer publicamente que quando contratamos um jogador conhecemos o seu rendimento desportivo mas que a sua adaptação, personalidade, comportamento fora de campo é sempre uma incógnita… Com todo o respeito, tretas! Nunca é 100% fiável mas se o nosso scouting fosse mais completo e recolhesse mais informação sobre o jogador, principalmente a invisível, poderíamos minimizar muito as nossas falhas nas contratações internacionais, principalmente na América do Sul.
É possível, com trabalho e dinheiro, ter uma rede de scouting que avalie o jogador mas que também faça a avaliação do homem, que vá para o terreno conhecer o mesmo, onde vive, como cresceu, como é a sua estrutura familiar, como reagiu a determinados aspectos da vida, etc. Isto custa dinheiro? Sem dúvida. Mas não é um custo, é um investimento que nos pode minimizar o erro na contratação e, em consequência, trazer-nos muito mais rendimento desportivo e financeiro no futuro. Aqui podemos e devemos investir porque, como diz o [member=3466]Strikerr , é aqui que temos o potencial para fazer milhões de euros. Em complemento à nossa formação e à nossa aposta na Academia, evidentemente.