Gestão Desportiva e Scouting – Eixo Estratégico Fundamental para Qualquer Clube

Gestão Desportiva e Scouting – Eixo Estratégico Fundamental para Qualquer Clube

Tenho falado sobre este tema deste que me inscrevi neste fórum há 9 anos.
Há muitos factores que podem afetar o sucesso ou insucesso de um clube mas, de entre aqueles que considero lícitos e limpos, nenhum se compara à importância estratégica brutal da gestão desportiva e da qualidade do scouting.

Um clube pode ter os melhores, os mais dedicados e os mais honestos gestores financeiros do mundo que, se falharem na estratégia de gestão desportiva e na qualidade do scouting, isso de nada lhes adiantará.

O peso desportivo e financeiro destes factores é de tal ordem que a diferença entre um bom e um mau trabalho pode representar, em poucos anos, diferenças financeiras de centenas de milhões de euros que depois têm um impacto decisivo na capacidade de investimento que se reflecte de forma muito directa na capacidade de lutar por títulos.

As direções do período roquetista falharam em quase tudo.
Mas a maior falha de todas foi nestas vertentes.

Se o SCP melhorou com Bruno de Carvalho, uma das principais razões que contribuiram para isto foi precisamente a significativa melhoria na gestão desportiva e a ligeira melhoria no scouting.

Falo em significativa melhoria na gestão desportiva porque começámos a ver plantéis a ser construídos com cabeça, tronco e membros. Com nexo.
Começámos finalmente a ter em consideração as vertentes física, técnica e mental.
Dantes, o SCP jogava com 11’s anões e onde a qualidade técnica também não abundava dentro de um contexto de depressão constante.
Atualmente, mesmo com todos os erros e limitações que ainda temos, temos apresentado plantéis muito mais equilibrados nestas 3 vertentes e o resultado disso tem sido a grande evolução que tivemos na percentagem de pontos feitos nos últimos campeonatos.
A outra grande mudança que operámos foi o muito maior cuidado financeiro que começámos a ter nas apostas de risco. É certo que temos falhado muitas contratações. Mas temos feito uma gestão no sentido de não perder muito dinheiro com elas, cuidado que dantes não acontecia.

Não posso, infelizmente, falar de uma grande evolução ao nível do scouting que continua aliás a ser o nosso grande calcanhar de Aquiles dado que continuamos a trazer camiões de contratações falhadas. Aí, a evolução tem sido mais modesta, embora real. Como exemplo desta evolução temos a grande mais-vaia feita com o Slimani (pena ter sido a única grande mais-valia).

Isto tudo para dizer que melhorámos mas…
Ainda não é suficiente!
Pior do que não ser suficiente, noto nos últimos meses, na nossa política, uma inflexão que considero perigosa.

Tivémos 3 anos de evolução sustentada da qualidade desportiva e do valor financeiro do nosso plantel.
Isso foi conseguido fazendo recurso ao aproveitamento dos nossos recursos. E quando falo em nossos recursos não estou a referir-me apenas à academia, estou a referir-me a JOGADORES DO E COMPROMETIDOS COM O SCP.
Aquilo a que estou a assistir nos últimos meses é verdadeiramente preocupante, diria mesmo, decepcionante.

Em Portugal, na minha opinião, um grande só terá sucesso se conseguir endereçar os seguintes objectivos (aparentemente contraditórios):

  1. Ter o plantél mais estável possível.
  2. Ter o conjunto mais alargado possível de jogadores com elevado valor de mercado.

Só endereçando estes 2 objectivos poderemos, por um lado, ter equipas rotinadas, com verdadeiro espírito de corpo, sentido de responsabilidade, enfim, aquilo a que também se chama de mística, e por outro, ter um backlog alargado de jogadores jackpots financeiros capazes de, com 1 ou 2 vendas por ano, ajudar a financiar elevados níveis de investimento para equipas de grande qualidade.
É que são essas que ganham títulos…

Cada vez que um clube vende um JM, um Lideloff ou um André Silva por 40ME, não tenham dúvidas, é como se ganhasse 1 ou 2 clássicos… É um importantíssimo jogo dentro do jogo que é a capacidade de investimento de cada clube.

Para se endereçar estes 2 objetivos, temos que agir sob as seguintes 2 referências:
1.
Não podemos gastar montras de visibilidade e de valorização essenciais para a sustentabilidade do nosso modelo em jogadores que nunca serão nossos a não ser em casos excecionalíssimos.
2.
A regras das contratações deve ser a aposta em jogadores jovens de categoria e alto potencial de valorização.
Não estou a dizer que não se pode contratar um ou outro jogador mais veterano.
Mas essa deve ser a excepção e não a regra.

Ora, o que é que o SCP começou a fazer?

Começou a apostar de forma demasiado desiquilibarada em jogadores demasiado veteranos. Esses, pela lógica, com o tempo, piorarão sempre o seu desempenho e acabarão por sair ou se reformar abrindo buracos no plantel sem darem nenhum retorno financeiro que permita a sua substituição. Fazem-nos voltar a uma espécie de estaca zero.
Pior e ainda mais preocupante do que isto é a aposta em jogadores emprestados sem que o SCP possa ficar com eles no final da época caso seja sua vontade.
Isso então posso mesmo considerar ruinoso…
Trata-se de ter jogadores pouco comprometidos que vão abrir buracos futuros no plantel ao mesmo tempo que vão impedindo a valorização desportiva e financeira de activos efectivamente do SCP. E o pior é que temos mesmo esses activos com capacidade para ser tão bons ou melhores do que eles…

Considero estes erros absolutamente gravíssimos!

A provável implicação concreta que a manutenção desta aposta terá será que, no final desta época, para além das prováveis saidas de Gélson e Adrien, ainda teremos a saída de Campbell e Markovic (vá lá que deste não estamos dependentes).
Isto a somar às lacunas que já temos no plantel, já me parece que estamos a falar de demasiados problemas para serem resolvidos apenas num mercado com o scouting altamente falível que temos.
Que quer ser campeão não se pode deixar chegar a este ponto…

Como resolvir isto?

Parar de contratar tantos jogadores para ser reformarem a seguir.
Isso não é uma política a pensar no presente e no futuro.
Essa política só pensa no presente. E se esse falha, ficamos sem presente e sem futuro.
2.
Investir mais em jogadores de categoria mas na fase ascendente das carreiras.
Se tiverem qualidade (aqui entra a qualidade do scouting), rendem no presente e renderão ainda mais no futuro quando saírem e forem vendidos por valores que permitirão a sua substituição com largo lucro.
São mais caros inicialmente mas fazendo uma análise global de valor saem MUITO mais baratos.
É preciso é ter scouting que consiga não falhar QUASE SEMPRE as apostas…
3.
Parar de valorizar jogadores que não são nossos. What’s the point?
Mandar já embora o Markovic e o Campbell (mesmo tendo estado razoável) e apostar na valorização à Gélson de Matheus e Iuri ou Podence para que, ao menos no próximo ano, tenham a hipótese de já estar preparados para entrar a matar.

Peço que o SCP volte à política sustentada que estava a seguir nos primeiros 3 anos.
Mantendo aquela política era inevitável, mais cedo ou mais tarde, sermos campeões
É que estávamos a crescer de ano para ano…
Para quê inventar?

É favor voltar ao rumo certo!

Meu caro mais um Post de excelência e … Bola infelizmente.

Aguardei até um pouco de propósito para comprovar teoria.
A Malta quer é Cromos Novos e ser Campeão.
E isso colide com esse pensamento de construção sólida , lenta mas sustentável.
A aproximação ao topo foi vertiginosa e agora querem (sócios têm sede) concretizar.

O tema é bastante complexo (tanto para discutir que me vou perder logo na primeira resposta ainda para mais via tlm) mas entendo perfeitamente quer a visão quer as preocupações concordo e defendo mas não a totalidade.

Repara o custo de qq valor tenrinho nos dias de hoje.
Para fazer essas apostas são necessários muitos € e dar tempo que requer ter um plantel de base estável (foi o que permitiu a boa época ano anterior) sem grandes necessidades imediatas.
Quem nos Lamps entrou para titular este ano ? Apenas Cervi ou Rafa nunca os dois … entre quantos e com que custo investimento? Em cima de…?

Até agora , como sabes, mesmo identificando (scouting) perdíamos corridas por falta de capacidade/disponibilidade financeira . E quando não se ganha é impensável JOVIC 6M nem na B jogar (Duricic 10M Benitez 3M para emprestar etc) Porto igual/pior…

No mercado de verão estivemos refens até à última semana e o que se fez foi o possível para 2 apostas cirúrgicas e colmatar segundas linhas com sacos de caramelos.
Considero que apenas para a próxima época se pode exigir a nossa Visão. E aí sim exijo acerto muito maior em melhor e com menos Cash (com tempo, com ele na mão e à vista consegue-se oportunidades de desconto)

Mesmo o Excesso Marko e Campbell (pq nem opção de compra existe , parece) de aposta em valores sem retorno futuro pareceu-me tentativa de não comprometendo o futuro tentar dotar plantel de Mais opções. Devolver não deve estar previsto e por isso nem vale a pena bater mt agora nesse aspecto mas sim alertar a maiores cuidados futuros. 1 sim/talvez 2 demais (só o consideraria conjuntamente com aposta quase total 2 linhas na formação o também que não concordo e/ou um plantel sem pesos pesados na idade.

O problema do plantel é/era ser curto pelo que vai demorar e Custar tempo e investimento sem o lastro de sermos campeões , para repôr saídas e ainda acrescentar valor às segundas linhas para se ter um plantel alargado de atletas com valor elevado de mercado A política de emprestimos pareceu-me ajustada para o desenvolvimento dos atletas , aponto sim os ZERO minutos de Matheus isso não faz sentido nenhum mesmo que a equipa estivesse a carburar.

O problema de repor 1,2 vai-se colocar novamente no final época mais repôr fim de linha pra outros.
Mais repor/substituir emprestados … a diferença é que pode ser feito com tempo e com Cash.
Aqui sim a aposta tem de ser com ACERTO.
E o mais importante não podemos estar dependentes de ter de substituir 4/5/6 jogadores anualmente.

Apostas sim mas com idade para dar retorno desportivo e financeiro.
Exemplos como JP têm de ser pontuais preferencialmente para situações como a de Beto
.

No fim o problema é que passado o sufoco financeiro em que todos aceitavam aposta em juventude e não ser campeões … agora tudo quer a vitória.
E por outro lado não podemos estar fora do acesso a LC também que limita…
Mas quando lá estamos , temos de aproveitar para valorizar talentos.

Eu penso que estamos de acordo na generalidade.
Vou só comentar o texto que estou a citar onde me parece que podemos não estar tão alinhados.

Repara…
É verdade que os jovens de potencial são normalmente mais caros.
Naturalmente que a qualidade e o potencial de valorização financeira de um jogador, se paga.

O que nós temos que decidir é se vale a pena investir neste perfil de jogadores.
Temos que analisar se vale a pena pagar a diferença.
Muito claramente, eu acho que sim.
Mas obviamente que só acho que sim se tivermos um scouting em quem possamos confiar a responsabilidade de pôr 5 ou 6 ME num jogador. Sendo muito honesto, o scouting actual não me está a dar totais garantias.
Isto é um problema!

Mas, para mim, esta é a política correcta.
Ter como regra a aposta em poucos jogadores por ano, mas preferencialmente jovens de grande qualidade e grande margem de progressão.

Isto só tem vantagens para quem tem scouting…
Poucas contratações para um plantel estável e avesso a revoluções.
Poucas contratações ainda para se poder investir mais em cada uma, podendo atacar perfis de jogadores de menos risco desportivo.
E acima de tudo, aposta em jogadores que, em principio, só vão evoluir e valorizar-se.

Jogadores tipo Cervi, por exemplo.
Jogador jovem com estatísticas ricas numa liga razoável que custou à volta de 5ME segundo julgo saber.
Aliás, o SCP tentou ir buscá-lo…
… E bem!

Se tivesse vindo, estou convencido que já era mais importante no SCP do que é no SLB.

Entendo o teu argumento em relação ao timing da disponibilidade financeira que tivémos.
Condicionou-nos.
Ainda assim, gastámos à volta de 30ME em contratações.
Não é brincadeira…

Seja como for, a minha maior irritação ainda são os emprestados sem cláusula.
Já não gostei muito disso no início da época quando a ideia era tentarmos entrar com tudo…
Mas agora que me parece que, basicamente, já só lutamos mesmo é pela Taça, não faz para mim o mínimo sentido estoirar os meses que faltam a valorizar jogadores doutros clubes em vez de apostarmos naquilo que é nosso e pode ser valorizado.

Correr o risco de chegar ao fim da época sem títulos e sem valorizar jogadores, ou seja, correr o risco de mandar um ano para o lixo, é uma doença para mim…

Pior, de certa forma, é trair o que fizemos nos primeiros 3 anos.
E isso é que me está a deixar irrequieto:
A possibilidade de quebrarmos uma trajectória de crescimento sustentado…

É preciso voltar aos carris!

A chegada de Markovic e Campbell fazia todo o sentido teórico. Sobretudo o segundo. Jorge Jesus (o Presidente também, mas vou só apenas referir o treinador, ficando já implícito que me refiro a ambos) ao assumir a luta pelo título, pelos dois troféus - taças internas - e uma boa prestação nas competições europeias, subiu imenso a fasquia e a sua ideia foi apetrechar o plantel de jogadores que pudessem ter rendimento imediato. Campbell é um jogador experiente e com qualidade. Markovic é um jogador que jogou em Portugal, que treinou sob as ordens do Jorge Jesus e que este reconheceu e reconhece potencial, a sua integração seria imediata. Com os objectivos assumidos pelo Jorge Jesus, estes dois negócios fizeram algum sentido, a nível financeiro / desportivo são questionáveis, mas podemos vê-los como mais-valias. A equipa se conseguir somar sucesso desportivo, vai potenciar e aumentar o valor dos seus atletas, de forma geral, logo, mesmo que tenham chegado por empréstimo, podem revelar-se como dois trunfos na valorização genérica do plantel.

A estratégia… falhou. Quem está obrigado a tomar decisões diariamente, está muito mais exposto ao erro, ninguém toma decisões para falhar. Eu concordei com a estratégia teórica e continuo a pensar que era a melhor. Mas, no futuro, vamos ter que a rever e certamente melhorá-la, eventualmente pode chegar um elemento por empréstimo, ou dois, é preciso é ter outro critério na escolha, sobretudo no perfil de Markovic.

O scouting é um problema do Sporting há anos. Contratamos muito, acertamos pouco. E é neste eixo estratégico que temos que crescer, melhorar e tornar-nos mais assertivos. Tem que existir maior critério, sobretudo porque somos um clube cuja sua essência é a formação e lançamento de jogadores. Primeiro olhar para dentro, temos uma vantagem, acompanhamos o crescimento de um atleta desde muito tenro até à idade de sénior, conhecemos como ninguém e há que ter em conta essa mais-valia. Claro que formar um XI oriundo da formação, é uma utopia. Mas, podemos e devemos aproveitar ao máximo a nossa formação, que tem qualidade, que produz atletas de qualidade, faltando-lhes apenas algo que falta no Sporting de forma transversal: atitude competitiva. Formar, lançar, conquistar sucesso e vender, um jogador da formação dá-nos imenso lucro e reduz significativamente a margem de erro. Apenas peço, os jogadores idem, oportunidades sérias e consistentes, tal como se dá aos que chegam contratados. Temos que ser justos para com todos, sejam da formação, sejam contratações, quando são jogadores do Sporting, devemos trata-los por iguais, sem distinção.

De forma muito geral, este mandato do nosso Presidente tem corrido bem. Houve uma alteração de paradigma com a entrada do Jorge Jesus e o próximo mandato do Presidente - ganhando as eleições - vai assentar muito nessa mudança e há que a entender, mas sobretudo ir aprendendo com os erros e corrigindo-os, evitando que se voltem a cometer. O perfil do nosso treinador é por demais conhecido, é mais que um simples treinador, é um manager, sem querer impor o quer que seja, há um ponto que o Sporting jamais poderá desassociar-se: a sua formação. O jogador português tem tanto valor como outro jogador de outra nacionalidade, aqui o que importa é a qualidade e a margem de progressão. E, no que toca à margem de progressão, espero mudanças estruturais na equipa B, pode ser erro meu, mas vejo que a progressão e desenvolvimentos dos atletas na equipa B tem vindo a falhar, os jogadores crescem muito mais quando são emprestados, ao invés de competir na equipa B. Eu sei que uma coisa é jogar na II Liga, outra na I Liga, mas temos o exemplo do Filipe Chaby, na II Liga, tem vindo a jogar bem e começa a encarrilhar no caminho certo. O método de trabalho, de desenvolvimento, de maturação, deve de mudar, mais inovador, mais dinâmico, para produzir melhores resultados. Seja arranjar um treinador com perfil distinto, apostar na inovação das infraestruturas e até criar um departamento que trabalha essencial a capacidade motora / física dos atletas. Mais que lançar atletas, temos que lançar igualmente homens, pessoas com capacidade de pensar o futebol acima do normal, podemos e devemos potenciar estas características.

Temos conseguido manter o equilíbrio financeiro e agora temos alguma margem de investimento. É uma nova era que já se iniciou e é preciso alguma cautela, o entusiasmo que gera a capacidade de investimento, pode levar-nos a ser pouco racionais e querer arriscar mais, com menos ponderação. O critério tem que existir sempre e deve ser o mesmo de quando tínhamos pouca capacidade de investimento, exigência e estudos aprofundados sobre os atletas a contratar, para minimizar ao máximo a taxa de erro. O rigor tem que ser uma constante, estejam os cofres cheios ou vazios, todos os cêntimos contam, uma gestão de topo assim obriga e no Sporting a gestão rigorosa é transversal a todas as áreas, desde as que têm maior responsabilidade, até a que a responsabilidade é menor.

Conforme sustentei nos 2 posts anteriores, é precisamente com essa lógica imediatista que estou em total desacordo. O SCP tem que apostar num crescimento sólido e sustentado nas vertentes desportiva e financeira como vinha a fazer.
Tem que fazer investimentos a pensar no presente e no futuro.
Na minha opinião, essa lógica representa uma aposta demasiado arriscada no sucesso do presente, quase de allin que, se falha (e num contexto viciado é muito provável que falhe), nos torna mais fracos no futuro. Pode mesmo obrigar-nos a andar para trás.

Isto é contra a minha forma de ver a gestão.

PS:
Uma outra nota:
Com um bom scouting, não há razão nenhuma para que a contratação de jogadores não veteranos não possa ter rendimento imediato também. Aliás, o que eu espero na maior parte dos casos é mesmo rendimento imediato, algo que, por acaso, não está a ser fácil ter com os próprios emprestados que andam a ganhar ritmo para depois sairem sem nós ganharmos nada com isso enquanto Matheus e Iuri, por exemplo, apodrecem à espera e valorizam zero.

Gauld, Geraldes, Iuri, Palhinha, Semedo, Gelson, Podence, Geraldes, Matheus, Domingos. São o nosso futuro e alguns deles o presente e outros já o deviam ser.

Estamos a falar de dois atletas. Dois. Isto dificilmente é um all-in e muito dificilmente coloca em causa o crescimento sólido, eram dois jogadores que prometiam imenso quando chegaram. A resultar, tínhamos tido um crescimento ou mesmo uma continuidade, da qualidade de jogo que terminamos a época passada. Contudo, também é injusto caracterizar o nosso futebol pela inadaptação imediata de Campbell e Markovic.

Continuamos no mesmo eixo de valorização e consistência financeira. Lançamos o Gelson e o Semedo. Temos uma fornada de atletas prontos a ser integrados na equipa A e a ser potenciados. Esta integração, a sua gestão, faz-se com paciência, com ponderação e seriedade. Na próxima época, jogadores como Podence, Francisco Geraldes, Domingos, Palhinha, vão certamente ter oportunidades e vão ser lançados, dando continuidade à gestão desportiva e financeira que tem marcado o Sporting sobre a régie de Bruno de Carvalho. Agora, entendo que um ou outro atleta já podia pertencer ao plantel, podia já ter oportunidades e, quem sabe, ser uma mais-valia no plantel. Fomos buscar jogadores de qualidade duvidosa, quando podíamos ter melhor aproveitamento dos recursos internos.

A veterania, maturidade, são duas características importantes. Bas Dost tem vindo a provar, Bryan Ruiz fez no passado recente. É importante algum equilíbrio, sobretudo o emocional, onde atletas com mais experiência podem ser uma mais-valia.

No geral, considero que estás a exagerar na análise que fazes ao eixo estratégico. Podia eventualmente concordar contigo se fizesses a análise por outro paradigma, a entrada de Jorge Jesus (os perfis de atletas que são escolhidos) na equipa e o que o novo departamento representa para o futuro do Sporting. Aliás, até que vais tocando neste ponto, mas o scouting nem piorou com o Jorge Jesus, sempre foi um problema - como bem apontas - e tendencialmente poderá piorar, sobretudo analisando esta época.

Claro que não é um allin.
Isso é uma hipérbole.
Embora a lógica seja essa porque, se falha a aposta, e vai falhar, teremos perdido oportunidades importantes de valorização desportiva e financeira.
Nota que foram 2 jogadores que vieram claramente para ser titulares em 2 das melhores montras de valorização que o SCP tem no seu 11 que são os extremos.
E se não são os 2 titulares foi porque um falhou e felizmente apareceu um Gélson em grande porque escapou a esta lógica no ano passado.

Aliás, Gélson e Semedo não foram lançados este ano, foram lançados no ano passado.
Com a lógica deste ano no ano passado, esses jogadores não existiam assim como não estão a existir outros.

Há uma coisa que as pessoas tem que perceber de uma vez por todas:
A importância de fazer jackpots financeiros com a venda de jogadores é absolutamente tremenda!
Decisiva! Vítal! Sendo exagerado: Questão de vida ou de morte para os clubes!
Decide-se aqui a capacidade de investimento que cada um tem!
Caso alguém ainda não tenha percebido, há uma guerra aberta entre os 3 grandes para ver quem faz as melhores vendas. Isto não é por acaso. Quem fizer as melhores vendas vai ser mais forte financeiramente e vai, de certeza, reinvestir em jogadores de qualidade certificada para ter maior probabilidade de ganhar títulos.

Ora, e isto é que todos tem que ter claro nas suas mentes:
Para conseguires fazer estas vendas com frequência, tens que ter o maior número possível de jogadores de elevado potencial, na idade certa, vendáveis por valores astronómicos em que o mercado esteja interessado.
Para conseguires isto, tem que ter uma política desportiva com directrizes que sustentem esta capacidade.

Ora, ter 2 jogadores que não são nossos a ocupar montras nobres de valorização e apostar em demasiados veteranos é exactamente o oposto daquilo que devíamos querer fazer.

Não estou com isto a dizer que estamos na mmmeerrddaa.
Claro que não!
Durante 3 anos fizémos um trabalho demasiado bom para isso!
Temos William, Adrien, Gélson e até Semedo no backlog dos Jackpots.
Temos que continuar o trabalho que nos permitiu chegar a essa situação e melhorá-la ainda mais tendo em conta que, provavelmente, no final desta época, outros 2 devem sair…

Acrescento ainda outra nota:
Já não acredito no campeonato (a nossa próxima falha vai fechar as contas a este respeito) e acho que, na verdade, estamos a lutar apenas pela taça.

Isto é mau! Não se pode negar!
Mas ao menos abre uma oportunidade.
É que abre uma janela de meses em que podemos lançar/experimentar jogadores ao mais alto nível sem corrermos o risco de perder objectivos desportivos por causa disso. Isto é um privilégio.
Ou seja, ainda mais razões há agora para apostar nos nossos jogadores em vez de estarmos a fazer favores ao Liverpool e ao Arsenal…

PS:
E atenção que eu até tenho estado a gostar do Campbell…

Concordo com as linhas gerais do que foi escrito aqui, mas há um ponto no qual parecem não tocar, que é a contratação do treinador, que tem de jogar nessa lógica de crescimento sustentado e aposta nos jovens.

Ora, se essa é (fosse) a lógica ou o modelo e ele imperasse, o Jorge Jesus nunca teria sido o treinador escolhido (na fase em que foi, pelo menos). Porque gosta de jogadores feitos e não tem grande paciência para ensinar jovens que obviamente vão errar mais vezes. Um exemplo claro nesta época foi o Podence, o qual ele afirmou que ficaria no plantel, mas depois voltou atrás, ao perceber que tinha de perder tempo a ensinar-lhe muita coisa.

O desencaixe do JJ daquele que, quanto a muitos de nós aqui, deveria ser o modelo do Sporting, é quanto a mim um grande problema, principalmente se não houver títulos para compensar esse desencaixe.

SL

A utilização dos atletas em questão tem como consequência a valorização dos mesmos para os seus donos. Agora, a ideia de os trazer foi a de ter sucesso desportivo, de poder atacar os objectivos que foram traçados, que eram e são ambiciosos, com a maior certeza possível de sucesso. A montra europeia é importante para vendermos, uma boa campanha nas competições europeias significa valorização do plantel, logo, maior probabilidade de vender pelas cláusulas. Estás a pecar na tua análise porque desassocias o sucesso desportivo da valorização de activos. O sucesso desportivo depende do rendimento individual e colectivo dos atletas, melhorar a qualidade do plantel como jogadores maduros, experientes e com qualidade acima da média, aproxima-nos do sucesso desportivo, que todos ambicionam e que é a razão principal da nossa existência.

Há que olhar e analisar a situação como um todo. Dificilmente a equipa vai ganhar o quer que seja, se só lançar jogadores sem maturidade de jogo, há que encontrar um equilíbrio, sobretudo o emocional. É ver como fazem os grandes clubes que assentam a sua estratégia na formação e lançamento de jovens jogadores. Há sempre ali um misto de juventude e veterania, é essencial. Quanto aos empréstimos, dois foram demais, um tinha sido o ideal. E espero que a maior capacidade de investimento seja criteriosa, rigorosa e que mantenha aposta na formação, ao invés de a ignorá-la e optando por “brinquedos novos”, esta época tem mostrado indícios que podemos estar afastar-nos desse modelo de gestão. A ver vamos…

Esse é um tema interessante que abordas.
Eu ainda acredito que possa não ser bem assim…

O JJ no SCP já apostou em Gélson e em Semedo.
No SLB já tinha apostado em Coentrão, Di Maria, Gaitan, Javi, Matic, Rodrigo entre outros…

É claramente um treinador capaz de agarrar em jovens e fazê-los passar para o nível seguinte que é aquilo que eu peço.

Talvez ele seja um pouco conservador em relação à aposta em jogadores da formação.
Mas acredito que depois de Gélson e Semedo, depois de ver o que está a ser a carreira do Bernardo e depois ainda de ver as apostas que o próprio SLB tem feito, ele próprio deve ter percebido que pode arriscar mais.

Não acho que seja um caso perdido.
Eu ainda aposto no JJ.

Aquilo que eu peço é que se reflicta sobre isto e se ajuste.
Todos os anos estamos a aprender com aquilo que a realidade nos mostra…

Tudo isso que referes eu tive em conta na análise que fiz.
Aliás, referi-o de forma explicita (nem sequer foi implícta) para chegar às conclusões que cheguei.
Mas repara que estás a fazer depender essa valorização financeira dos outros jogadores (a maior parte já valorizados ou sem idade para se valorizarem, diga-se) do sucesso desportivo imediato:hand: De que coisa menos segura podias fazer depender uma estratégia?
Depender do sucesso desportivo já é perigoso. Depender do sucesso desportivo imediato numa lógica de 1 ano e xau é o caos…

Eu nunca geria assim… Nunca!

Totalmente errado. O Jorge Jesus é um treinador de formação e trabalha imenso na evolução dos seus atletas. O que podes escrever e tenderei a concordar, é que o Jorge Jesus preferencialmente contrata jogadores, ao invés de apostar nos jogadores que fazem a formação no clube que treina. Há um outro aspecto no perfil de Jorge Jesus, forma jogadores para terem rendimentos acima da média dentro da sua identidade de jogo, dentro do seu modelo, ao invés de os formar e preparar para qualquer que for o contexto. É com naturalidade que se escrevia que os jogadores rendiam imenso nas suas equipas e depois noutras, tinham rendimentos muito abaixo do expectável.

Claro que o treinador é peça-chave na valorização de activos. Neste aspecto, temos o melhor treinador para potencial e lançar atletas, ninguém valoriza atletas como o Jorge Jesus o faz. Espero, desejo, ambiciono, que o possa fazer com os atletas que vão florescendo da nossa formação, ao invés de andarmos a contratar vários jogadores e ir falhando demasiado nas contratações. Como disse, temos um conhecimento aprofundado dos nossos atletas, o que diminui consideravelmente a margem de erro. Contratar, com o máximo critério possível, depois de analisar o que cá temos.

O sucesso desportivo é um aspecto fulcral na valorização dos atletas. Foi com esse intuito que chegou os emprestados, garantir que tínhamos as melhores condições possíveis para cumprir os objectivos ambiciosos que traçamos. Ninguém está assentar a estratégia nesses empréstimos, também nem o poderíamos fazer, dado que vieram apenas dois atletas nessa condição. Quanto à veterania, o Elias foi uma solução de recurso, face ao desenrolar do mercado e que assenta noutro ponto que temos que melhorar, preparação das segundas linhas (nesta fase, estávamos já obrigados a ter uma opção ao Adrien, onde está ela?); o Bas Dost teve rendimento imediato; Bryan Ruiz teve rendimento imediato; Estes dois últimos jogadores tiveram um impacto positivo na equipa.

Ninguém assenta uma estratégia sobre pilares que dificilmente consegue controlar. Aliás, a gestão de um clube de futebol está sempre dependente de variáveis que dificilmente conseguimos controlar, tentamos é sempre alinhas a visão estratégia de acordo com aquilo que pensamos que poderá garantir o maior e melhor sucesso desportivo. Mas, como está provado esta época, há sempre uma margem de erro, há sempre factores que influenciam a gestão, que mesmo que contabilizados e equacionados, é de difícil controlo. Basta que uma bola ao invés de entrar rente ao poste, bata no mesmo…

Eu geria sempre a pensar nos outros eixos: curto, médio e longo prazo. Isto obriga a que haja três estratégias, que estão ligadas entre si, de modo a que vá havendo sucesso na passagem de uma para outra. Olha para estas três fases da mesma forma, obriga-me é agir de forma diferenciada. As medidas que tomamos nesta fase, a pensar no longo prazo, serão nalgum momento medidas que ganham carácter de curto prazo e assim sucessivamente. Por isso, ao definir uma estratégia genérica, é essencial lançar bases para o futuro, mas também pensar no imediato, o clube é gerido dia-a-dia, são tomadas decisões diárias, umas influenciam o amanhã e outras influenciam o agora.

Para teres sucesso desportivo não precisas de ter jogadores emprestados sem cláusula.
Arriscar isso, pelas razões que já referi, é um risco com boa probabilidade de não teres nenhum retorno.
O mais provável é acontecer-te como vai acontecer já este ano.
Vais chegar ao fim sem ganhares o título, com 2 buracos no plantel e sem valorizar jogadores nossos que podiam e deviam ter estado nesses lugares.
Pior do que isso, todo o trabalho de rotinar esses jogadores com a equipa vai directamente para o caixote do lixo.
Isto para quê?
Para depois virem outros emprestados reiniciar o trabalho da estaca zero e andares sempre a andar para trás e para a frente sem ganhar nem dinheiro e nem uma equipa?

Isso é má política!
Bad business…

É preciso também notar aqui uma coisa.
Conforme também já expliquei acima, não há regra sem excepção.
Eu estou a falar de referências estratégicas, daquilo que deve ser a nossa política, a nossa lógica de investimento preferencial.
Não sou contra uma ou outra excepção especial.
Falando agora de veterania, fui a favor da contratação de Bryan Ruiz, por exemplo.
Aliás, referi-o até como o meu fetiche da época passada.
Assim como ficaria maluco com a vinda de um Jonathan Soriano…

Mas isto têm que ser as excepções que aproveitam oportunidades de mercado excepcionais que, às vezes, aparecem e que se podem enquadrar como uma luva naquilo que o plantel pode estar a precisar em determinado momento.

Na minha opinião, o SCP tem estado um bocadinho para lá desta lógica com a agravante que quando contrata jogadores jovens, o scouting tem estado a falhar.

Temos que ter um scouting que realmente descobre jogadores jovens capazes de se impor no imediato ou, pelo menos, quase no imediato. Ou então entregam a pasta a alguns scouters aqui do fórum… :lol:
O rendimento imediato não é um exclusivo dos jogadores emprestados.
Aliás, isso tem ficado bem clarinho…

Então, os empréstimos nem estão inseridos nessa lógica. Eventualmente podem vir a estar, mas é demasiado cedo para estar a usar esses empréstimos como parte integrante da estratégia / política. Até ver, foram uma excepção.

Para mim, o mais grave é a falta de visão a longo prazo. Isto é, onde estão os jogadores que eventualmente vão substituir Adrien, William? E uma alternativa ao Bryan Ruiz? Já tínhamos que estar a trabalhar nisto e há alguns meses, Palhinha retorna à base agora e eu fazia voltar mais um atleta, para ir preparando a sucessão do Adrien. Isto porque a pré-época é curta para lançar jogadores que vão substituir titulares, sobretudo titulares que já o são há várias épocas. Se a formação tem défice de qualidade para uma ou outra posição, temos que recorrer ao scouting e contratar já. Claro que oportunidades de negócio devem ser ponderadas tal como são, oportunidades. A concorrência é outro ponto essencial e nada como a concorrência para obrigar a que o nosso plantel possa render muito mais.

O modelo de negócio do Sporting continua a ser o mesmo, com algumas excepções. O que desejo é que mantenha-se fiel à sua identidade, mas tendo sempre uma visão abrangente, sobretudo na área do scouting, onde temos imenso para melhorar e crescer.

Ora aí está!
Chegámos ao ponto fulcral!
Chegámos a uma das principais razões pelas quais eu abri este tópico e que tem a ver com o perfil de pessoa que eu sou!

Eu, normalmente, não espero pelas portas arrombadas antes de por trancas nas portas.
Eu tento sempre falar antes do tempo. Arrisco sempre isso…

E é isso que eu estou a fazer agora.
Como já disse, o que se passa ainda não é grave.
Mas sê-lo-á se esta inflexão que comecei a notar avançar mais.

Já acho muito má política 2 empréstimos sem opção de compra em lugares tão nobres (não considero isto propriamente uma mera excepção - não é 2 a dividir por 10 - o peso específico na nossa política é bem outro - vieram a pensar no 11).
Ainda se fossem jogadores brutais ou com uma ligação especial ao clube como o Nani, agora isto… Não!
No máximo podia aceitar um por ano se fosse a ultima bolacha do pacote para compensar de qualquer coisa…
Estes 2, nem pensar!
Bom, em relação ao Markovic, até nem tenho muita moral para falar assim…

A contratação de jogadores mais veteranos também devia ser mais limitada.
É este o meu alerta…

Finalmente, o scouting ou começa a acertar ou então tem mesmo que haver alterações mais drásticas.
Ter um scouting que 30ME depois só acertou, pelo menos no imediato, quando pôs 10ME por um gajo como o Dost, não é de profissionais.
Essa contratação até a minha irmã que não acompanha o futebol podia ter indicado com sucesso…

Eu continuo a achar que o departamento de scouting do Sporting é bem melhor do que aquilo que se pensa, o aproveitamento que é dado ao trabalho feito é que está (muito) longe de ser o ideal, pior ainda este ano. E trabalhar com o Jesus não será coisa fácil.

Se em qualquer lado o departamento de scouting deve estar naturalmente em sintonia com o treinador (e com a estratégia do clube), porque é ele que vai trabalhar com os jogadores, numa equipa do Jesus isso assume contornos ainda mais decisivos. De que serve procurar e analisar jogadores se depois o treinador não gosta ou os rejeita, para ir buscar velhos conhecidos, ou nomes que ele próprio viu jogar em qualquer lado, ou que lhe foram dados a conhecer sabe-se lá por onde ? Para além de ser profundamente contraproducente, também não deve ser lá muito motivante, e imagino que deixe uma sensação de estar a trabalhar para o boneco.

Bom…
Não quero ser antipático para o scouting mas, mesmo antes de JJ, quantos jogadores jovens contratou o SCP que se tivessem conseguido valorizar até às estrelas ou, pelo menos, que se tivessem afirmado com bons valores no 11?

Tivémos o Slimani como única grande valorização.
E houve mais o quê? Meia dúzia de razoáveis jogadores para consumo interno?

Mas isto em quantas contratações?

É fraco…
Exigo muito mais do scouting!

Digo-o sem brincadeira, há aqui gajos no fórum que teriam feito muito melhor sem um décimo dos recursos e do tempo.
Vamos lá ver se me chateio e arranjo um esquema de o provar aqui de forma matemática.

Eu vejo aqui gajos a sugerir jogadores que são máquinas de scouting…

Eu não discordo totalmente do que tu dizes, acho é que há uma mistura das duas coisas. E neste ano não tenho dúvidas de que esse mau trabalho nas contratações teve muito mais dedo do Jesus do que de qualquer outro.

Quanto à valorização dos jogadores contratados, aí também entra o Jesus, porque ele também tem coisas boas, muito boas. O tipo de futebol e os resultados da época passada são super favoráveis ao potenciamento dos jogadores. Esta época vendemos o Slimani, mas também vendemos um jogador da formação por valores muito elevados, e há quantos anos é que isso não acontecia ?

Na época passada e nesta também houve uma mudança clara na forma como o Sporting pôde abordar o mercado, com uma verba disponível muito maior. Por exemplo no ano do Jardim fizemos um plantel com trocos, e por mais qualidade que haja, é quase impossível fazer um grande trabalho com trocos, pelo menos num clube da dimensão do Sporting e com os objectivos e ambições que nós temos.

Ainda assim nesse ano contratámos Slimani, Montero e Maurício, este último com todos os defeitos que tinha ainda foi útil e rendeu uma tranferência interessante. No caso Slimani tudo o que podia correr bem, correu, mas é um 1 em 1000, não há por aí muitos clubes que contratem um jogador por 300 mil euros e e vendam aos 28 anos por mais de 30M. Também duvido muuuuuuito que o scouting do Sporting tenha sugerido um boneco como o Gérson Magrão já com 28 anos.

Já no ano seguinte contratámos um Slavchev, que correu muito mal, e aí também não tenho dúvidas de que terá sido fruto do trabalho do departamente de scouting. Mas por acaso até era um nome muito elogiado e sugerido aqui no fórum.