Série «BARBOSA»
Segunda(21.30h)
Quarta(16.30h e 23.30h)
O melhor humor do momento é assinado pelos seguintes nomes: José Diogo Quintela, Miguel Góis Ricardo Araújo Pereira e Tiago Dores.
Estes senhores provam-nos, a todos nós espectadores desta caixa a que chamaram mágica, umas vezes preta outras prateada, que a qualidade é fruto da inteligência.
O Gato Fedorento, produção da Radical que ostenta o melhor genérico caseiro alguma vez visto, faz desta televisão uma televisão diferente para melhor. Não se trata de um apanhado de piadas feitas a partir de e contra o felino mais doméstico do Planeta, ao invés funciona como um apanhado do ínfimo pormenor que constitui motivo de risota.
Os amigos estão reunidos para falar dos amigos e dos amigos dos amigos, contra os amigos dos outros e em nome do desconhecido contribuinte…
Bolas de pelo, mas sem convulsões e sofrimento. Depois dos “Fonsecas” e dos “Meireles”, o Gato Fedorento regressa com a série “Barbosa”.
Aquilo deve andar a ser feito um pouco “em cima do joelho” dado o repentismo do seu sucesso, e a necessidade não cairem no esquecimento. Infelizmente hoje em dia é assim. Quando algo tem sucesso, surge a necessidade de espremer até à última gota.
Por exemplo, um bom escritor não lança livros de sucesso todos os anos. Ou até uma boa banda.
Se é que me faço entender.
Taxa de bazófia… Houve alguns momentos bons ao longo do programa, mas nenhum sketch conseguiu atingir em pleno a genialidade dos melhores das séries anteriores.
Não me pareceu abaixo da média, antes achei que esteve no nível do costume.
O sucesso das primeiras séries já assentara numa dúzia de sketches geniais embrulhados em muitos mais absolutamente vulgares ou mesmo maus. As séries Fonseca e Meireles poderiam facilmente ser compiladas numa única hora de humor verdadeiramente de luxo, e ninguém sentiria a falta desses outros sketches “de encher chouriço”.
Nas outras séries era normal passar-se um episódio inteiro sem um momento realmente hilariante, e foi o que aconteceu agora, apesar de algumas coisas com piada. Esperemos pelos próximos, as tiradas para a história, como o “Ah, e tal” e o “O que tu queres sei eu”, hão-de aparecer.
Não achei nem melhor nem pior que qualquer outro episódio de séries anteriores. Achei que está ao nível do que nos habituaram. Gostei particularmente do 1º sketch e do médico hipocondríaco.