Futuro da Sporting S.A.D

Eu sou apologista de desinvestir no Sporting, e creio que uma pessoa com eles no ciclo podia recuperar o clube financeiramente em 3 anos, pelo menos no campo teórico. Eu vejo clubes pejados de jogadores de 3ª categoria que conseguem ficar em 4º ou 5º, porque não nós? Sigam o raciocínio:

Por ano temos um prejuízo de 40 milhões, ou seja, gastamos mais 40 milhões que ganhamos. Se contarmos que, por época, investimos um valor não inferior a 15M com contratações e prémios de assinatura, que é o que se tem verificado, mais cerca de 40M com despesas de pessoal, o futuro do Sporting terá, obrigatoriamente, de passar pela formação. 40-15=25M de prejuízo. Temos, obrigatoriamente, de montar uma equipa cujos ordenados, em média por jogador, não passem os 500 000 anuais. Contando que podemos ir buscar livremente jogadores à B, a estratégia teria de passar por promover a cantera e, ocasionalmente, contratar um jogador de potencial e créditos firmados. Assim no imediato (leia-se: Começo de 13/14), podíamos perfeitamente montar uma equipa nestes moldes:

Equipa tipo

GR - Marcelo Boeck/Vitor Golas
DD - Cedric/Arias
DE - Mica/Turan
DC - Ilori/Pedro Mendes/T. Figueiredo/Eric Dier
MDC - RinaudoCarriço
MC - João Mário/André Martins/Luka Stojanovic/Chaby/Zezinho
Extremos - Bruma/Wilson Eduardo/Iuri Medeiros/Esgaio
PLC - Rubio/Betinho/Viola

As vagas da equipa B poderiam ser preenchidas com jogadores provenientes dos juniores e jogadores emprestados por outros clubes, em situações vantajosas para nós (ver Patinho). Ficaríamos com plantel para lutar pelo meio/topo da tabela, nunca abaixo do 7º lugar e nunca acima do.

Quanto a vendas, aqui sim tínhamos pano para mangas. Não me vou iludir, quase tudo sairia abaixo do preço de custo, mas se limpássemos o plantel de todos os outros jogadores que não mencionei (falo nos A), ainda conseguíamos ir buscar, sendo muito realista, cerca de 10 a 20M. Parece pouco, mas contando com a redução drástica com custos de pessoal, ir-nos-ia permitir obter saldo positivo logo no primeiro ano.

Uma clara aproximação aos sócios seria indispensável, pois as receitas provenientes de jogos em casa e merchandising poderiam dar aquele rendimento extra que, no fim do ano, nos poderia permitir adquirir 1 jogador de mais valia reconhecida. O Sporting não precisa de ser refundado, precisa, sim, de alguém capaz de cortar em toda a “gordura” que se encontra no clube sem medo de comprometer, durante 2 ou 3 anos, os resultados desportivos.

Claro está que a política de promover jovens continuaria. Imaginemos, vendíamos Bruma por 5M ao fim desse ano, promovíamos um jovem dos juniores ou equipa B para colmatar a sua saída, servindo esse jogador de suplente ao suplente de Bruma, que após uma época a evoluir entre A e B estaria pronto a assumir o lugar.

para mim é fácil…vender a maior parte dos jogadores da equipa principal e formar o plantel com jovens da equipa B juntando um ou outro jogador mais experientes.
Deixar de mentir aos sócios e dizer que durante 3 ou 4 anos a equipa não vai lutar por títulos e manter essa equipa junta e homogénea durante esse tempo.
Vender:
Patrício
Wolfswinkel
Elias
Schaars
Rinaudo
Gelson
Capel
Jeffrén
Rojo
Boulahrouz

com estas vendas asseguravam um importante encaixe financeiro e a subida da maior parte dos jogadores da equipa B com contratos renovados a baixo custo poupavam-se milhões de euros em custos com o pessoal…

:clap: :clap: :clap: :clap: :clap:

Pois, certo Nuno.

Mas quando a realidade te bater à porta e tiveres de liquidar empréstimos de 20 e 30 milhões de euros de um dia para o outro quero ver onde arranjas esse dinheiro. O problema aqui deixou de ser apenas a gestão responsável e estratégia vencedora, agora é também o “tempo” que é preciso arranjar com urgência, se calhar mais do que imaginas.

Para dar um exemplo muito simplificado… se pegarmos nas contas do exercício que passou e imaginarmos que os custos de pessoal (salários e prémios com jogadores) são de 15 M€ em vez dos actuais 42 (que ultrapassam até as receitas totais ^-^) e que a contratação de jogadores é de zero:

… podemos rapidamente perceber que conseguiríamos, com tudo incluído, um resultado de cerca de 3 milhões de euros em terreno positivo, ou seja, praticamente um balanço zero. Isto sem contar com Liga dos Campeões nem vendas por aí e além (5 M€).

Agora, também concordo que não é fácil manter a competitividade com um plantel puramente da formação, mas é aqui que ou há financiamento ou não há… se tivéssemos um “fundo dos russos” o custo das aquisições de jogadores seria suportado na totalidade por este e no orçamento da SAD apenas se teria de arranjar espaço para os ordenados + prémios. 3 M€ não é grande folga para tal, mas com vendas de jovens da casa acima dos 5 M€ rapidamente se consegue arranjar essa folga. E com umas “folguitas” deste género ao longo de uns anos seria possível ir abatendo dívida e gerando resultados positivos ou equilibrados durante mais uns anos ao mesmo tempo que se tentava manter algum nível competitivo no plantel. Mas lá está, estaríamos sempre dependentes de uma fonte de financiamento, já que não acredito nessa teoria romântica de que é possível ter uma equipa só com putos a conseguir competir pelo título de campeã.

Soluções? Em 1º lugar é preciso competência.

Pessoas competentes certamente entendiam que a SAD não pode ter prejuizos crónicos, não pode depender da banca.

  • Redução dos custos (principalmente com pessoal e fornecimentos);

  • Renegociação da divida (principalmente ao nivel de pagamento de juros);

  • Renegociação dos direitos de TV e de marketing.

  • Venda dos activos mais caros e que não tenham dado grande retorno desportivo (Elias, Gelson, Pranjic ou Jeffren);

  • Venda do naming do estádio;

  • Redução do preço da bilheteira e de sócio com o objectivo de atrair mais pagantes a Alvalade;

  • Reestruturação total do Universo Sporting (emagrecimento da estrutura).

  • Aposta na formação (João Mario, Nuno Reis, Bruma ou Betinho podem fazer bem mais do que alguns que se arrastam na equipa principal do Sporting);

  • Aposta da aquisição de jovens promessas (como Carrillo ou Rubio).

Penso que desta forma podemos equilibrar as finanças (ou pelo menos deixar de ter deficits crónicos) e lutar pelo menos pelo 3º lugar no campeonato (numa primeira fase). Criar condições financeiras e deportivas para num espaço de 2/3 anos termos condições de lutar pelo titulo.

Concordo inteiramente. Não acredito que equipas feitas de miúdos vão fazer o que outras não fizeram, uma coisa são equipas baratas outra coisa são equipas baratas e sem experiência na 1º liga e competições europeias.

É preciso reduzir custos sem dúvida nenhuma, é preciso renegociar dívidas, rever receitas e estratégias mas há que manter um nível minimo e esse deve passar pelo menos pelo terceiro lugar e nunca abaixo. Receitas como da Liga dos Campeões de 7 milhões de de apuramento quase ridicularizam as que ganhámos no ano passado na campanha da Liga Europa. Nem a ganhando atingimos esses valores e nem incluo vitórias e empates, mais receitas de bilheteira.

Para além disso pode-se vender jogadores actuais, mas por exemplo vender um Rojo de quem detemos 25% do passe ou um Carrillo e Wolfswinkel que possuímos 35% obrigavam a vender o plantel inteiro para obter receitas como ambos os rivais realizaram numa só venda este ano.

Parece-me um um “fundo estilo dos russos” seria a única forma de mantermos a competividade, para além de se ter que ter um treinador a sério, alguém que produza e não Sá Pintos e Paulos Sergios…

É preciso competência e estratégia em todo o Clube, coisa que não há nem vai haver com esta gente.

O meu maior medo é que bastauma vitória e já se salva o godinho de novo, já está tudo bem, ele afinal era uma sábio limitado pelo Freitas e Duques. Muitos adeptos só reagem a vitórias ou derrotas e isso assusta-me honestamente, pois era preciso com ou sem vitórias, eleições antecipadas.

O problema do SCP de FSF, não foi o “desinvestimento”, por si.

Os custos estiveram, quase sempre, adequados às receitas. E é assim que deve ser.

O dinheiro gasto em contratações dependia das receitas extraordinárias e é assim que deve ser. Gastava-se quando não se vendia, quando não se vendia apertava-se o cinto.

O problema esteve no dinheiro que se gastou, menos que os rivais, mas ainda assim entre 20 a 30M nesse período, que foi mal gasto. Contratou-se muito e mal. Jogadores que não deram retorno desportivo e significaram perdas financeiras. Disse-o na altura e posteriormente, sempre que pensava no que aconteceu nessa década, que tivesse havido mais proactividade em termos de procura de soluções ( parcerias ) de forma a subir os níveis de competitividade do plantel, mais cuidado nas contratações ( menos jogadores, mais qualidade ), o SCP quase com os mesmos custos que teve, tinha sido campeão por mais que uma vez. Esteve perto de o conseguir com vários planteis medianos, que valiam pela qualidade de alguns jovens e Liedson e pouco mais. E esteve perto disso, não por uma conjuntura de fragilidade dos rivais ( ou só por isso ), mas por rendimento da equipa acima do que seria o seu valor facial, por ter criado uma mentalidade muito própria, provavelmente pouco atractiva e entusiasmante, mas eficaz.

FSF teve outros defeitos, além do laxismo na gestão desportiva. Discurso e pensamentos economicistas, pouco direccionado para os sócios, manobras financeiras e societárias pouco claras, como tem sido apanágio neste dirigismo.

Mas não foi o paradigma de então que falhou. Foi a aplicação do mesmo e essencialmente aquilo que o complementaria e o poderia ter tornado mais forte, que teve exactamente o efeito contrário.

Não foi também o paradigma dos fundos de GL que falhou, por si. Mais uma vez, foi a forma como foi aplicado.

Contratou-se um plantel novo, sem necessidade. Gastar-se dinheiro em suplentes de suplentes num clube com o ADN como o nosso, é estúpido e quase criminoso. Como o é gastar-se dezenas de milhões em jogadores que um ano depois já não estão no clube e se estão, revelam demasiadas dificuldades para mostrarem valor, para lá das que têm sido as criadas pelo colectivo. Falhou-se também, como era expectavel, na escolha das pessoas para a gestão desportiva, mas também de outras áreas. Falhou-se na capacidade de aglutinar vontades e esforços dentro do próprio clube. Não há liderança, não há um rumo, não há competência, nada a ver com paradigmas.

Num momento decisivo da nossa historia, temos pelo menos a sorte de poder contar com uma geração de jovens formados em Alvalade acima da média. Somando alguns da equipa B, aos nossos que já estão na A, mais um ou outro dos emprestados e eventualmente a mais 2 ou 3 que estão na equipa principal, que pela qualidade e carácter, funcionem como espinha dorsal e mais a 3 ou 4 jovens que esta direcção contratou, que revelam potencial, vejo como possível a criação de uma equipa competente, bem mais barata e com um potencial ganho muito relevante, o do transporte de uma identidade para a equipa mais representativa do Sporting. Aquilo que não tem existido.

Discordo com a postura de entreposto de jogadores. Conseguindo um patamar de competitividade com custos muito mais baixos e a tal identidade que falo, a postura terá que passar pelo reforço da identidade complementando-o com elementos que acrescentem valor, sempre que possível e financeiramente exequível. Ou seja, tomando boas decisões a nível de gestão desportiva, coisa que falta e tem faltado, quase sempre.

Há uns anos, ficava irritado quando ouvia os nossos dirigentes a dizer que havia que fazer mais com os rivais, com menos. Irritava-me por termos chegado ao ponto de termos menos que os outros e havia responsáveis por isso: os nossos próprios dirigentes. E por entender que tal ideia levou ao conformismo e à preguiça. Ter menos e querer fazer mais, acarreta ter mais know how na gestão de vertentes core para o negócio. Acarreta mais capacidade e mais vontade para agir. Mais trabalho e mais produtividade. E não vi nada disso. Pior, näo disposição, sequer, para isso.

Gostaria de deixar umas palavras relativamente à vertente desportiva de um eventual desinvestimento.

Tenho visto algumas intervenções que não são de todo exequíveis num clube como o Sporting. Não podemos fazer do plantel principal a equipa B de um dia para o outro. Como em tudo na vida o que é importante é criarmos um meio termo e um compromisso claro.

Penso que é por aqui que temos que ir, mas não só.

Se por um lado os jogadores que vem da Academia são mais baratos, a partir do momento em que chegam à equipa principal, e por jogarem num clube como o Sporting, a sua cotação sobe de imediato caso as coisas lhes corram bem e tenham tempo de jogo. Ora, isto faz com que passados alguns anos os seus salários sejam revistos obrigatoriamente, tornando-os um pouco mais caros. Por exemplo veja-se o caso do Patrício ou Adrien. Mas isto não é necessariamente mau, uma vez que se lhes vamos renovar o contrato é porque estamos satisfeitos com o seu rendimento, logo também não temos necessidade de investir num novo jogador. É sempre mais eficiente renovar do que adquirir, desde que o jogador tenha qualidade! Para além disso há a questão de os jogadores quererem mudar para clubes que para além de pagarem melhor lutem por títulos, coisa que em caso de desinvestimento dificilmente o Sporting conseguirá nos próximos anos.

Outro ponto importante seria um claro assumir por parte dos Dirigentes que o clube estava em dificuldades financeiras e que nesta época lutaria pela entrada na Liga dos Campeões, e que este projecto visava levar o clube a tornar-se sustentável de forma a permitir que de futuro pudesse lutar pelo titulo como é de facto a sua obrigação. Toda a gente teria que perceber isto claramente, e penso que os Sportinguistas tem toda a capacidade de perceber o que está de facto em jogo.

Fica o exemplo:

1) Jogadores do actual plantel com um vencimento relativamente baixo e com qualidade para fazerem parte do plantel.

3 jogadores:

  • Cedric
  • Pereirinha
  • André Martins

2) Jogadores jovens emprestados com condições para fazerem parte do plantel da próxima época.

6 jogadores:

  • Atila Turan
  • Nuno Reis
  • Renato Neto
  • André Santos
  • Diogo Salomão
  • Wilson Eduardo

3) Jogadores da equipa B com condições para evoluírem para a equipa Principal.

3 jogador:

  • Diego Rubio
  • Pedro Mendes
  • Vitor Golas

Neste momento já temos 12 jogadores (metade plantel), todos eles internacionais com excepção do Renato Neto e do Golas, que penso nunca jogaram pelo Brasil. Aproveitados que estão todos os jogadores com qualidade e com baixo salários, vamos agora passar aos principais elementos do plantel.

Analisando os elementos em falta para as posições que não estão preenchidas:

Guarda Redes: Ficando a faltar o titular, penso que o alto vencimento do Patrício, é completamente justificado e seria uma pena perdermos um dos melhores Guarda-Redes do Mundo na minha opinião. A minha escolha passaria por ele. Com vista a poupar mais um pouco optaria pelo empréstimo do Marcelo (sempre poupávamos os salários), que é um excelente guarda redes, e um possível substituto do Rui.

DD: Posição Completa

DE: Insua é completamente indiscutível e essencial. Manteria o Argentino sem dúvida. Para seu suplente provavelmente Atila Turan que rezam as criticas está a jogar bem.

DC: Com Nuno Reis e Pedro Mendes temos a garantia de jovens com valor, mas precisamos de alguém com mais experiência para a titularidade. Manteria Rojo dos actuais centrais. Dos restantes (Xandão, Carriço, Boula, Onyewu) teríamos de escolher um ou fazer uma aquisição. Destes 4 o que mais me agrada é o Onyewu que tem um vencimento alto, mas mesmo assim acredito que uma contratação acarretaria ainda mais custos, e não vejo necessidade nesta posição que neste momento penso que é mais bem servida da Equipa B com Tobias, Illori, Dier. Isto a juntar a Mendes e Reis.

MDEF: Com Renato Neto e André Santos ficamos com a posição praticamente fechada, contudo e por tudo o que Rinaudo representa para os Sportinguistas penso que seria claramente um jogador a manter.

MC: No centro do meio campo, e faltando 2 jogadores a escolha acaba por ser óbvia. Mantinha Adrien e Schaars.

Extremos: Capel, Carrillo e Labyad. Aqui não pode haver poupanças já que é uma posição chave. Na época seguinte poderíamos sempre vender um destes 3, e o Bruma completaria o plantel.

PL: Wolfswinkel e Viola juntariam-se a Rubio.

Guarda-Redes:

  • Patricio
  • Golas

    DD
  • Cedric
  • Pereirinha

    DE
  • Insua
  • Turan


DC

  • Onyewu
  • Rojo
  • Nuno Reis
  • Pedro Mendes

    MDEF
  • Rinaudo
  • Renato Neto
  • André Santos

MC

  • Schaars
  • André Martins
  • Adrien

Extremos

  • Capel
  • Carrillo
  • Diogo Salomão
  • Wilson Eduardo
  • Labyad

    PL
  • Wolfswinkel
  • Viola
  • Diego Rubio

11 inicial

Suplentes



Jogadores Vendidos/Dispensados

  • Carriço
  • Xandão
  • Boula
  • Pranjic
  • Izmailov
  • Elias
  • Gelson
  • Jeffren
  • Bojinov
  • Evaldo

Poupávamos muito dinheiro em salários, para além dos valores de eventuais transferências e não gastávamos um cêntimo na aquisição de novos jogadores. Parece-me que um plantel deste género lutaria claramente pela Champions sem problema.

Este exercício é para a próxima temporada. Se nessa época faríamos um valor razoável nas vendas, para além da poupança nos vencimentos, na época seguinte teríamos de fazer mais 2/3 vendas para continuarmos com exercícios positivos, e isto é que me parece um pouco mais dificil, se não fizermos uma boa temporada dentro dos 3 primeiros e com alguma visibilidade europeia.

Por outro lado este desinvestir teria na minha opinião de ter como objectivo sanear as contas da SAD num plano de longo prazo. De nada nos vale andar a fazer um sacrifício desta envergadura se não for para abater fortemente o passivo.

Por outro lado é já que o clube foi completamente dalapidado do seu património não desportivo, está na altura de gerar um património desportivo sempre que possível, através de contratações criteriosas de um ou outro jogador, mas isto só pode ser feito através de uma Direcção competente.

Continuo a rezar para que apareça alguém que pegue no clube e o re-transforme naquilo que sempre foi e que nunca deveria ter deixado de ser, a maior e mais respeitada potencia do desporto Português, e um exemplo para o Mundo!

Então nesse caso podemos livrar-nos do modelo Academia, já que a rentabilização desta implica a existência de um turn-over elevado.

Não tem que ser a toda a hora e para todos os jogadores, mas o Sporting tem de arranjar margem para “adquirir” e integrar os jogadores das camadas jovens que sobressaem todos os anos e isso só se faz vendendo os que tem com carreiras mais avançadas. Um dos erros do FSF foi não ter vendido Moutinho e Veloso quando teve oportunidade para tal. Fez bem em vender Nani, e devia ter feito o mesmo com aqueles, abrindo espaço para 2 novos da Academia. O único risco é que os que vêm a seguir não sejam tão bons como os que os antecedem, mas esse é um risco inerente à estratégia. No entanto, para um clube que tem uma formação de excelência, esse é um receio que pode ser colocado para trás das costas.

Uma outra vantagem de um elevado turn-over é a supressão do efeito inflaccionista dos salários dos jogadores da cantera, já que tendem a sair quando o seu valor de mercado é tal que o salário justo já não tem condições para ser suportado pelo Sporting. Essa foi outra asneira do FSF, pagar salários e prémios de renovação principescos a Moutinho, Veloso, Djaló, etc, quando estava na cara que, chegando a essa situação, era preferível vendê-los e arriscar a chegada de novo pessoal da cantera.

O aproveitamento da Academia não é, ainda assim, impeditivo de existirem aquisições para posições nucleares/em carência, agora o que defendo é que esse investimento seja realizado a 100% por uma entidade externa ao Sporting, sendo que o clube se limitaria a suportar os salários dos jogadores.

Com a afirmação que salientas-te a negrito o que quis dizer ia no sentido do seguinte: Os jogadores que surgem da formação normalmente tem contratos com vencimentos baixos. Quando entram na equipa principal e começam a ser uma opção surge a primeira renovação, para valores mais condizentes com o estatuto de um jogador do clube. Num segundo momento os jogadores chegam por exemplo à selecção nacional e ficam com um estatuto ainda maior, e o que auferem começa a ser curto para o que produzem, por exemplo o Rui Patrício. Nestes casos prefiro que o Sporting lhe dê 1M/ano do que comprar um guarda redes por 3M a que se irão juntar os salários do contrato, fazendo com que percamos um jogador que sabemos que tem rendimento no clube, trocando-o por um outro cujo rendimento é sempre imprevisível, e onde o custo é similar.

Por exemplo, comparando Elias com Veloso, sabendo que não coincidiram temporalmente. Preferia claramente ter o Veloso do que ter o Elias. O valor das transferências foram idênticas, assim como os vencimentos, e ficamos na minha opinião pior servidos.

É apenas e só isto que quero dizer. O Sporting tem sempre um limite para o que pode pagar, mas há jogadores que merecem um esforço adicional pela suas características, como por exemplo Jardel. Se eu fosse Presidente do clube, o Jardel não sairia do clube por dinheiro nenhum, nem que tivesse que “roubar” para lhe pagar o ordenado :mrgreen:

Foi neste sentido a minha afirmação.

Relativamente à tua afirmação que coloquei a bold, concordo que a Academia não seja impeditivo de comprar jogadores como é óbvio, nem poderia ser de outra maneira. Mas permite-me discordar em relação aos 100% investimento externo. Até concedo que isso seja assim num primeiro momento para equilíbrio das contas, mas assim que possível é sempre melhor termos o clube a investir criteriosamente, de forma a não depender de fundos, no que ao timing e valores de venda diz respeito. Parcerias com fundos dividindo a percentagem já concordo mais, já que nos permite ter uma voz nestes 2 vectores essenciais: timing de venda e valores.

Nesse caso do Patrício, o que o Sporting deveria fazer era vender o Patrício a partir do momento em que começasse a auferir acima de 1 M€ por ano… porque chega a um ponto onde é preferível meter um jovem da academia no seu lugar ou, no limite, ter um fundo que comprasse um GK por 3M€ ficando o Sporting a suportar o salário (que teria de ser inferior a 1M€).

O Sporting tem de baixar o seu limite de tolerância em relação a salários de jogadores caso pretenda apostar na Academia. Se der prioridade a manter jogadores que ganhem acima de determinado limite, por muito bons que eles sejam, arrisca-se a desperdiçar a quase totalidade dos jogadores que forma.

Não dá é pra ter ambas as coisas, ie, 5 ou 6 jogadores da Academia que se destacam no plantel principal e passam a ganhar cada um acima de 1 M€ por época, mais uns 5 ou 6 em que investiu e que também recebem o mesmo… e depois querer introduzir jogadores da cantera todos os anos… isso é impossível, não há espaço nem dinheiro para tal.

A salvação chama-se COMPETÊNCIA!

Concordo neste caso porque temos um Marcelo com qualidade para fazer o lugar. Se assim não fosse continuo a considerar que é preferível o esforço em pagar mais um pouco em salário do que estar a investir num novo jogador que é sempre uma incógnita, no sentido que falei anteriormente. A questão de sermos apenas um interposto de jogadores de determinados fundos não me agrada minimamente. Fundos sim, mas temos que ter uma percentagem minima de 50%, se assim não for nunca teremos receitas em transferencias.

As coisas não são assim tão lineares. Aqui o equilíbrio é tudo. Quando os jogadores acabam a sua formação tem sido fácil identificar quais aqueles que tem capacidade para vingar. É neste sentido que é preciso analisar as situações. Por exemplo o ano passado tínhamos a lateral direita bem entregue ao J.Pereira, mas também sabíamos que o Cedric tinha capacidade para jogar no Sporting. Apesar de acreditar que o J.Pereira podia ter ficado mais um pouco tendo o Cedric como seu suplente esta época, não posso discordar da sua venda no imediato.

Os planteis do Sporting devem ser compostos numa primeira análise por jogadores que tem capacidade para fazerem parte do plantel vindos da formação. Numa segunda análise temos de contratar os restantes. E foi isso que fiz no meu exercicio. Devemos vender quando tivermos alguém seguro para o lugar.

Pegando no exemplo do J Pereira e Cédric… quantos anos pensas que o Cédric pode continuar no Sporting? Imagina que dizes 3 anos, o suficiente para 2 contratos. O Cédric chega aos 23 anos e nessa altura é titular da Selecção e também no Sporting. Quer um contrato de 1,5 M€ por época porque tem uma proposta do estrangeiro com um salário dessa ordem. Tu dizes que sim, porque ele é de facto um jogador já feito, importante para a equipa e que convém manter. Entretanto tens um Arias que nunca se afirmou e mais 2 ou 3 jogadores que entretanto completaram a formação e têm um potencial semelhante ao do Cédric quanto tinha 20 anos e que têm sido emprestados ano após ano porque não encontram lugar.

Então tu mandas 3 jogadores desse género mais Arias darem uma volta, ie, não renovas (nem sequer os vendes, porque eles não tiveram oportunidade de mostrar o seu valor, logo não valem quase nada). Ou seja, onde está a rentabilização da Academia?.. Não está.

No entanto, se chegada a essa situação vendesses o Cédric porque ele já entrava na categoria de jogadores valorizados por, sei lá, 5 M€, ficavas com esse dinheiro e metias um dos 3 jogadores ou o Arias a titular em sua substituição. Com um salário talvez 5x mais baixo que o Cédric dos 23 anos. E um jogador esse que dali a 3 anos poderia valer novos 5 M€.

Agora multiplica o exemplo Cédric para as outras posições.

Estamos na mesma página, eu concordo com isso! Aqui a questão é que nem sempre consegues ter jogadores para substituíres um jogador numa determinada posição, e é nesses casos que eu defendo o jogador actual em vez do “desconhecido”.

O Cedric neste momento já fez o seu primeiro contrato como Sénior (até 2016), e já deve ter um salário razoável, uma vez que também tem uma clausula de 30 M. Se quiser um aumento terá de provar em campo que é um grande jogador e aumentar o seu estatuto que ainda não é consensual sequer a sua qualidade para ser titular do Sporting. Posto isto se conseguir chegar à titularidade na Selecção é caso para a tal ponderação. Será que temos um jogador para o substituir? Será que ele está pronto para assumir o lugar no plantel? Se tivermos um Arias com qualidade para assumir o lugar, concordo com a venda, se assim não for, e sendo o jogador essencial para o 11 inicial, acredito que possamos fazer o sacrifico por mais uma temporada, até que se encontre solução para o jogador.

No fundo os salários mais elevados só seriam atribuídos a quem de facto fosse titular indiscutível e com qualidade. Neste sentido seria 3/4 jogadores de classe Mundial. Por exemplo do actual plantel só o Patrício justificava um esforço do clube, mas como há Marcelo esse esforço não é preciso. Agora não havendo Marcelo não vejo qualidade suficiente no Golas para ser um jogador do nível do Rui, para além que ainda tem muito que aprender.

Por exemplo, neste momento é imprescindível segurar o Insua para a próxima época porque não há outra solução de imediato, já que o Turan ainda é uma incógnita, apesar de como rezam as crónicas estar a jogar bem na Turquia.

Outra coisa que eu defendo e que talvez não ficou perceptível, é que todos os jogadores do plantel que não sejam titulares claros sejam sempre que possível da formação do Sporting.

Resumindo e simplificando o procedimento passando-o a regras para a próxima época:

1º Ver que jogadores da formação (Sporting B, Juniores e emprestados) tem qualidade para entrar no plantel. Estes jogadores tem sempre salários baixos.

  • Atila Turan, Nuno Reis, Renato Neto, André Santos, Diogo Salomão, Wilson Eduardo, Golas, Rubio

2º Jogadores do plantel actual com “baixo” vencimento e com qualidade para fazerem parte do plantel

  • Cedric, André Martins, Pereirinha,

GR:
-Golas

DD

  • Cedric
  • Pereirinha

DE
-Turan

DC

  • Pedro Mendes
  • Nuno Reis

MDEF

  • Renato Neto
  • André Santos

MC

  • André Martins

Extremos

  • Wilson Eduardo
  • Diogo Salomão

PL

  • Rubio

Deste primeira parte do exercício penso que só o Cedric seria titular, logo os restantes seriam reservas. Posto isto basta incluir no plantel os restantes jogadores que fariam o 11 inicial e dispensar os restantes considerando que ganham muito para serem suplentes.

Ficaria algo deste género.

Guarda-Redes:

  • Patricio
    - Golas

DD
- Cedric

  • Pereirinha

DE

  • Insua
    - Turan

DC

  • Onyewu
  • Rojo
    [b]- Nuno Reis
  • Pedro Mendes[/b]

MDEF

  • Rinaudo
    [b]- Renato Neto
  • André Santos[/b]

MC

  • Schaars
    [b]- André Martins
  • Adrien[/b]

Extremos

  • Capel
    [b]- Carrillo
  • Diogo Salomão
  • Wilson Eduardo
  • Labyad[/b]

PL

  • Wolfswinkel
    - Viola
    - Diego Rubio

A negrito coloquei os jogadores jovens. Os restantes também não são velhos, mas serão os mais experientes e a base da equipa ( Patricio, Insua, Onyewu, Schaars, Rinaudo, Capel, Ricky).

Jogadores Vendidos/Dispensados

  • Carriço
  • Xandão
  • Boula
  • Pranjic
  • Izmailov
  • Elias
  • Gelson
  • Jeffren
  • Bojinov
  • Evaldo

Não acredito em cenário catastrofistas nem acho que seja assim tão difícil equilibrar o orçamento e ter resultados líquidos positivos no final de cada época. Isso foi feito no tempo do FSF e lutávamos pelos primeiros lugares na mesma.

Agora este caminho de endividamento não pode continuar. É altura de parar, a época está para todos os efeitos perdida e ao eng.Godinho só lhe resta uma alternativa demitir-se porque não vejo ao seu lado gente que possa pensar e definir uma estratégia de futuro para o nosso futebol.

Temos uma das melhores academias do mundo, temos uma massa adepta enorme, ainda geramos receitas bastante razoáveis bem superiores às do braga e não consigo imaginar que pelo menos não fiquemos em terceiro lugar enquanto não se puser ordem na casa.

Eu concordo com uma estratégia de contracção forte e imediata das despesas com salários e prémios, suspensão de contratações externas (sendo que cada regra admite de vez em quando uma excepção) e aposta clara da Academia.

Para ser viável, esta estratégia passa inevitavelmente, também o acho, pela venda regular de jogadores da primeira equipa “em alta”. É preciso dizer claramente isto aos adeptos. Por exemplo, o Patrício é um bom exemplo do jogador que deveria ser vendido rapidamente logo que chegue uma boa oferta, já que está acautelada uma substituição com bom potencial de sucesso.

Acho que se for feita uma boa comuncação e ganha a confiança da maioria dos adeptos o clube pode até ficar fortalecido.

A história do SCP não está tão assente em vitórias desportivas como a dos outros grandes. Está também assente, por exemplo, no orgulho no ecletismo, na formação e no fair play.

Mesmo que a equipa principal não ganhe, estou certo que a dinamização das modalidades e do futebol jovem garantiria um elan forte na manutenção do clube.

Se a sobrevivência deste clube dependesse de vitórias, já teria acabado há muito.

Eu vejo o pessoal a criticar e depois sugere uma aposta quase cega nos jovens, depois o Ilori entra ontem e faz uma borradinha tudo critica, imaginem se fosse o plantel quase todo formado por jovens destes. Considero que é necessário cortar, e apostar nos jovens, mas nao desta maneira, de um ano para o outro limpar a A e enche-la de putos

Decidi fazer umas lista de decisões a tomar caso queiramos que o Sporting não deixe de existir:

Financeiras

  • Reduzir em, pelo menos, 50% dos custos pessoais, sendo que esse valor não deverá, nunca, ultrapassar os 20M anuais;
  • Reaproximar o SCP com os adeptos, mesmo que isso signifique ter de baixar o preço dos jogos. Começar a época com um preço médio de 10 euros, subir para 12.50 caso a equipa esteja numa boa onda de vitórias e descer para 7.50 caso estejamos a começar a perder estofo. Isto não se aplicaria a Derby’s e Clássicos, por motivos óbvios.
  • Apresentar uma proposta aos nossos credores para estender o prazo de pagamento de empréstimos, propondo um haircut da dívida nunca inferior a 40% do seu valor;
  • Descer os preços das Gameboxes, mesmo que fosse em 25 euros. Mais compras garantiria, decerto, um maior lucro. Mesmo que não o garantisse, tínhamos mais adeptos no estádio, o que se traduz num valor maior em vendas de merchandising e de produtos alimentícios in house;
  • Renegociar contratos com Sponsors, garantindo que a marca escolhida seria a melhor em termos monetários;
  • Negociar contratos de Sponsor para cada uma das bancadas do estádio e naming da Academia;
  • Negociar contrato de naming do estádio, apenas de 2 ou 3 anos, de forma a ajudar no boost financeiro tão necessário no imediato.

Adeptos

  • Organizar um dia do Adepto com a presença de atletas de todas as modalidades, a ser efectuado no Estádio José Alvalade, aproveitando esse dia para convidar ex-jogadores do clube e vender Merchandising a metade do preço normal;
  • Reestruturar a página oficial do clube, contando com informação detalhada sobre cada modalidade e respectivos atletas;
  • Apostar numa campanha extensiva pelas redes socias;
  • Efectuar uma campanha de angariação de sócios, promovendo o produto Sporting com um valor inferior ao actual. Dou o meu exemplo, que não me faço sócio por causa do valor das quotas.

Futebol

  • Apontar como metas uma posição nunca inferior ao 7º lugar na liga, sendo que o apuramento às competições europeias seria o objectivo primário;
  • Construir a equipa principal com 4 jogadores mais experientes, 1 por sector, sendo as vagas do plantel preenchidas com atletas provenientes das camadas jovens do clube;
  • Fazer uma parceria com um fundo de jogadores com as seguintes clausulas (pelo menos): 1. A alienação de % de passe do jogador pode ser readquirida pelo clube por um valor até 5% superior ao pago pelo fundo; 2. O ponto 1 pode ser exercido a qualquer momento pelo clube; 3. Cada jogador só pode ver o seu passe alienado, no máximo, em 30%.
  • Apostar num treinador com claras valências em apostas em jovens jogadores, sendo este responsável pela táctica a definir para todos os escalões de formação do clube. Desta forma podemos moldar cada jogador ao longo do seu percurso formativo, garantindo que à equipa A apenas chegam os melhores dos melhores;
  • Plantel principal constituído, apenas, por 22 jogadores (1 opção por posição). Caso seja necessário, recorrer à equipa B (lesões, castigos);
  • Fazer o plantel ser acompanhado, semanalmente e em conjunto, por um psicólogo, garantindo que os jogadores adquirem as características mentais necessárias para enfrentar a vida de jogador profissional;
  • Dedicar 1 treino semanal de acompanhamento dos jovens jogadores, onde o parceiro de sector com mais experiência acompanharia os colegas.

Clube

  • Criar um código de cor, tamanho e utilização do logótipo, garantindo que todos os equipamentos do clube tenham equipamentos iguais, pelo menos no que concerne a número de listas brancas e verdes, cor das últimas e símbolo na mesma proporção;
  • Trabalhar no sentido de fechar o fosso do estádio, criando uma pista de atletismo (se possível) ou uma extensão da bancada para terrenos mais próximos do relvado. Esta medida não teria efeitos imediatos;
  • Trabalhar no sentido de construir um pavilhão multiusos o mais próximo possível de Alvalade.