Jogo bem conseguido pelo Sporting, sobretudo pelos objectivos cumpridos. Acaba por ser completamente justo o resultado, tendo os dois jogos provado que o Sporting é de facto uma melhor equipa do que o Feyenoord.
Mesmo assim, apesar de alguns bons momentos – os primeiros 15 minutos e depois do golo de Liedson – esteve longe de ser uma exibição muito conseguida. O número de passes falhados foi aterrador, valendo em muitas alturas de desacerto o facto de também os holandeses terem provado ser capazes de falhas absurdas em diversas zonas do terreno.
Peseiro começou por surpreender toda a gente com o onze inicial. Apesar de não ser em nada semelhante com a minha aposta, confesso que não fiquei nada chocado com a equipa que iniciou a partida. Sobretudo porque gostei de ver Viana no banco, terminando aqui o seu estatuto de insubstituível. Acredito que o próprio jogador possa vir a beneficiar com esse facto. A forma como Viana se apresentou em campo no jogo em Leiria foi altamente reprovável.
E Barbosa até foi dos jogadores mais interventivos na partida. Nem sempre acertou, mas procurou sempre levar a equipa para a frente. De realçar também a sua forma física, tendo sido capaz de aguentar os 90 minutos em campo sem grandes quebras (o desconto de tempo pedido pelo árbitro poderá ter ajudado).
Outra aposta feliz de Peseiro terá sido Moutinho. Naquele que terá sido o melhor jogo que efectuou ao serviço do Sporting, Moutinho parecia um veterano a jogar. Terá sido o maior recuperador de bolas da equipa, mostrando sempre uma calma enorme a jogar. Sem dúvida, o MVP deste jogo.
No plano oposto, Carlos Martins. Não é que não se aplique, mas as coisas têm-lhe corrido bastante mal. Ao contrário de Moutinho, Martins parece um jogador excessivamente nervoso, raramente tendo a melhor opção quer na hora do passe quer do remate. Uma sombra do que já mostrou esta época.
Também desastrado esteve Rochemback. Continua lento e esta noite alternou os passes falhados com as faltas que ia cometendo. Não percebo também como é que é ele o homem encarregue de marcar os cantos. As bolas saem-lhe dos pés quase sempre excessivamente baixas, facilitando o trabalho dos defesas. Salvou a exibição com aquele golo. Face à fraca produção que tem tido neste tipo de lances, confesso que estava na altura do golo a perguntar por que é que era sempre ele a marcar os livres. Rochemback lá me explicou porquê.
De resto, muita luta de Sá Pinto, nem sempre com grande acerto; Liedson foi letal no golo, mas pouco mais fez durante toda a partida; os laterais cumpriram, tendo apoiado com algum propósito o ataque; Enak esteve igual a si mesmo, bastante seguro; Ricardo foi decisivo numa saída para colmatar uma das várias falhas de Hugo, mas esteve algo nervoso durante a partida. Como vem sendo um triste hábito, teve a sua saída em falso da praxe.
Voltando a Hugo, falo da sua exibição para dizer que até aceitaria que Miguel Garcia tivesse entrado como opção técnica. Não há muito a fazer em relação a Hugo. É mau, ponto final.
Espero agora que a equipa aproveite este resultado para reforçar os índices de confiança de forma a regressar às boas exibições. Aos bons resultados já regressámos.