Entendo que os jornais desportivos do nosso país têm incorrido numa enorme falta de ética ao anunciar transferências de jogadores quando estas não têm fundamento, tendo única e exclusivamente o propósito de aumentar o seu volume de vendas. Mais não fosse e nem me ocorria esta thread, mas o nosso clube - Sporting Clube de Portugal - tem sido mais prejudicado por tais anúncios de transferências que por exemplo, o(s) seu(s) rival(ais) directo(s): os jogadores são afectados psicologicamente e o valor dos passes dos jogadores não é beneficiado.
Assim sendo, comuniquei ao jornal “A Bola” o meu descontentamento perante a troca de ontem:
Boa tarde,
Gostaria de saber se após o erro crasso que foi cometido na edição de Sexta 29 de Junho, na qual foi veiculado na capa do jornal que o Sporting Clube de Portugal estaria presumivelmente na iminência de trocar um jogador de futebol por outro, desta associado ao Futebol Clube do Porto, se o jornal vai publicamente assumir o erro crasso cometido e justificar o porquê de ter sido veiculada essa notícia, sem qualquer fundamento aparente.
Digo isto, porque me choca que num dia a capa do jornal tenha veiculado uma notícia desmentida categoricamente por uma das partes e não haja qualquer referência na (capa da) edição do dia seguinte. Acresce ainda o facto de que a presumível troca anunciada ser improvável pelos contornos do negócio e diferença de capacidades dos atletas.
Torna-se relevante para mim perceber qual é a atitude da redacção do jornal perante este incidente, uma vez que cessarei em definitivo a compra do vosso jornal caso não me identifique com a mesma.
Obrigado,
Os melhores cumprimentos,
xxx
e sugiro que todos os sportinguistas repitam o meu acto sempre que sentirem que o nome do nosso clube está a ser injuriado ou que o clube está a ser prejudicado, por notícias falaciosas.
Se existisse ética no jornalismo português, principalmente no desportivo, bastava apenas 1 jornal desportivo semanal neste país para cobrir as verdadeiras notícias.
Cá em casa a minha senhora está ligada à área da imprensa, não ao nível do jornalismo desportismo, mas ligada a uma revista de referência.
Portanto, conheço bem a crise que vive o sector, o nº de vendas em banca diminuiu muito, a publicidade é cada vez menor e mais barata, isto faz com que os jornais e revistas necessitem ser mais agressivos para venderem mais em alguns casos esta “agressividade” vai pelo mau jornalismo, fugindo para a polémica fácil, para magicar de noticias sensacionalistas que vendam apenas pelo titulo e pela capa sem grande necessidade de suporte.
Compreendo que os jornais necessitem de manter as vendas, para também eles conseguirem manter os seus postos de trabalho, mas existe tanto jornalismo de investigação bom de se fazer, tanta “fruta” por descobrir, o futebol é tão fértil nestes casos, para quê inventar transferências fantasmas quando existe tanto e bom material para averiguar…
O CM desde que está negociações por um terreno que pertence ao slb, tem sido sempre uma propaganda pró-slb e anti-Sporting.
O jornal nunca valeu nada, tirando a investigação criminal, tudo quanto fosse de desporto, de politica, economia, sempre foram muito fracos. Mas agora ainda estão mais baixos. Até metem dó.
Para ser sincero nem sei se devo ter raiva quando vejo esses títulos, se devo ter pena…
O cerne da questão é esse mesmo, menos vendas logo tentam vender mais fazendo pior jornalismo sendo o mais sensacionalista possível com menores custos…
Desde o tristemente célebre cartoon da borla aquando da inauguração do novo Estádio José Alvalade, devo ter comprado 4/5 jornais desses nojentos…
Quanto aos outros dois, eu que era leitor habitual do rascord, deixei-me disso quando o ratazana cartaxana entrou numa cruzada para justificar que uma falta cometida 3/4 metros fora da área tinha sido correctamente assinalada como penaltie contra nós. O logro nunca tive hábito de compra/leitura por estar demasiado conotado com os corruptos, mesmo assim parece-me o “melhor” (leia-se menos mau) dos três.
Enfim, por mim, podiam fechar, penso que não se perdia grande coisa…
É assim em todo o Mundo ;). Se não há noticias há que inventa-las. Acima de tudo publicar/inventar aquelas que mais €€€ geram.
Pessoalmente não compro desportivos, nem ligo a metade daquilo que eles escrevem, sobretudo nestas alturas de defeso. Leio Abola no café dal dado de minha casa e cesso aí a minha leitura de imprensa desportiva Portuguesa. Nem sites, nem outros desportivos, nada.
Não dou a menor credibilidade ao que escrevem. Leio, comento, opino, mas dou credibilidade Zero aquilo que dizem. Até ser oficialmente confirmado, vale ZERO.
Lá fora leio essencialmente a pagina da Marca (outro caso perdido no jornalismo ;D) e do L’equipe.
Não podemos correr o risco de limitar a actuação da imprensa. Seria um precedente perigoso. E também porque sabemos que muitos negócios não avançam o passo definitivo por questiúnculas de última hora.
Contudo, eu tenho uma ideia para forçar seriedade em quem julga fazer jornalismo: dás uma notícia de uma determinada dimensão; se ela for falsa, o desmentido ocupará semelhante dimensão. Se for falsa a noticia, como era a da tal troca de jogadores entre nós e os sujos azuis, A Bola jamais teria publicado semelhante fabricação.
É falsa, portanto o jornal dá o desmentido com idêntica importância que a notícia original.
Eu acho é que esta situação de falta de ética, que existe em toda e qualquer publicação que necessita de vender para existir (aqui reside o conflito), é suportável. Antes uma imprensa mais ou menos corrupta do que não ter qualquer imprensa.
Perdoa-me caro, mas o meu primo que vive na Finlândia fica sempre chocado com notícias falsas nos jornais, diz que nunca deve ter acontecido na Finlândia a não ser por erro.
(tb não me lembro de ver tal coisa na Suiça).
Acho que o jornalismo em Portugal é uma autêntica palhaçada, sinceramente. E não me apraz ver toda a gente impávida e serena a olhar para ela e acha-lá normal.
Se este não é o tópico mais rídiculo da existência deste fórum há de estar lá perto :rotfl::rotfl::rotfl:
Este post do @Carlos_Mendes (com todo o respeito que eu tenho para com o forista) é dos mais absurdos (e para mim, insultuosos) que alguma vez vi. Comparar jornalistas com árbitros e depois começar a fingir-se que o mundo é Bagdad é o cúmulo. :inde:
