Exames Nacionais & Calculadora

Isso não é assim tão linear. Tal como tu, também já tive algumas cadeiras na faculdade em que os professores proibiam que se levasse calculadora para os exames, para nos obrigarem a fazer as poucas contas a la pate. Simplesmente, às vezes tens de resolver equações em que tens de multiplicar e dividir e efectuar várias outras operações na mesma conta, o que fica bastante facilitado com as máquinas gráficas, já que podes pôr a conta toda de uma vez, permitindo-te assim achar um resultado mais “perfeito”, que não seria possível se fosses fazendo aproximações de umas contas para as outras, já que o facto de aproximares um 6,44445 para 6,4 ou 6,5 pode-te alterar o resultado final

romero também a maior parte das aplicações que existem para as maquinas não dão o problema todo resolvido… Por exemplo em Matemática tinha aplicações que só davam mesmo o resultado, eu tinha de fazer toda a sequência e depois só utilizava para confirmar o resultado…
No entanto também é possível através de um programa de computador (bendito), por mesmo cábulas de teoria, ou seja, escrever a matéria e por na calculadora… :mrgreen: Eu apoio, actualmente, só se safa quem é astuto :mrgreen:

Eu disse que não queria ser fundamentalista e se calhar fui :lol: .

Existem situaçõe em que possivelmente dá muito jeito a máquina gráfica, mas por exemplo no secundário eu não vejo grandes ganhos na sua utilização na matemática por exemplo. Do que me lembro nada do que se leccionasse exigia a sua utilização.
E mesmo em contas mais complicadas, nos próprios testes as coisas poderiam ser simplificadas pelos professores para que não fosse tão complicado.

Eu levei máquina gráfica para testes de contabilidade, que são contas de merceeiro, escusado será dizer que as máquinas gráficas nesse caso para nós aluno são muito mais usadas para a cábulas que para as contas em si, que poderiam ser feitas por máquinas daquelas que oferecem nos cereais. Depois querem que os alunos aprendam alguma coisa.

Depois chego a uma aula de economia e dizem-me: “maximização da função objectivo em ordem à quantidade, vamos fazer as contas” e fica tudo a olhar com cara de parvo para o homem e ele diz-nos “não sou professor de matemática”.
Mas pronto, siga.

Boa sorte ao pessoal que está em exame, e façam cábulas que os outros também fazem…
Eu acho é que quem devia pensar nisso, e sobretudo os professores, anda a prestar um mau serviço aos alunos e ao país, e não só neste simples caso das calculadoras.

Actualmente a Matemática tem uma pequena componente que avalia o desempenho com calculadora, mas em Matemática A temos que fazer tudo analiticamente, máximos, minimos, zeros, etc :wink:

Já não sou desse tempo ;D .
Ainda bem que agora é assim nós viamo tudo na máquina o exame nacional costumava até ter uma ou 2 perguntas que era só pegar na máquina e fazer, mas então para que serve a máquina ?

Há exercícios que requerem também o uso de máquina, e que descrevas passo a passo como efectuaste na máquina…
Mas quando damos as funções, a maioria das vezes os professores pedem que lhe determinemos os zeros analiticamente, por exemplo…

A máquina serve maioritariamente para verificação…
Por exemplo num exercício onde nos dão uma função para calcular zeros, máximos, minimos e etc teremos de fazer tudo analiticamente e podemos verificar com a máquina, inserindo a função para vermos os gráficos…

Aliás, até há exercícios em que eles pedem claramente (lembro-me do exame nacional do ano passado) para não utilizarmos a máquina e nesse caso tem de ser tudo feito à pata, nem contas nem arredondamentos nem nada… :wink:

Sei que o carácter é diferente, mas nos meus exames nacionais que foram quase todos de línguas os vigilantes verificavam os dicionários que os alunos levavam. Não percebo porque é que o critério não é o mesmo com as máquinas de calcular.

Mas há malucos para tudo. Tenho um prof de Prática de Tradução Técnico Científica que tem a tara das cábulas e do plágio (passa a vida a falar mal dos portugueses também) e que não deixa usar dicionário na frequência, o que é ridículo uma vez que os alunos não sabem qual é o texto para traduzir que sai na frequência, nem aquele que sai para rever. Aliás, eu não sei onde é que o homem tirou a brilhante ideia de um aluno conseguir de facto cabular numa tradução… :wall:

Eles não mexem na memória da máquina, limitam-se a tirar as tampas às máquinas a ver se tem algo escrito :mrgreen:

Alem disso existem certas apps que bloqueiam a memoria da maquina

Compreendo o ponto de vista, mas acho que são coisas diferentes.
Um dicionário é algo “fácil” de verificar…
Uma máquina por vezes contem programas essenciais a resolução de exercícios, mesmo autorizados, e que com o reset se perdiam.
E como já foi referido, existem inúmeras formas de ultrapassar a vigilância das máquinas. :smiley: