Eu se me saíssem 130 milhões, dava em maluco! Podem não acreditar, mas não era das coisas que maior alegria me dava. Isto é estúpido o que vou dizer, mas acho que a felicidade de me saírem 130 MIL euros no totoloto era superior à dos 130 milhões no EM. O que fazer com o dinheiro? Como garantir anonimato? Que estilo de vida adoptar? Como deixar de ser “normal”? Acho que era algo que não queria para mim, dava-me por muito contente se pagasse a minha casa ao banco de uma acentada.
Também me revejo no que disses-te, as vezes digo a minha namorada que preferia um 2º prémio (tipo 1 milhão de €)!
Mas pronto se me calhasse esse dinheiro todo, fazia sociedade com o meu pai e financiava a expansão da sua empresa, tornava-me sócio e acaba os estudos claro!
Depois gastava algum € em coisas da minha perdição (Ferraris, Maserattis, etc.), uma casa enorme com tudo, cria sempre os meus amigos ao pé de mim pa curtirmos, mas sobretudo ser feliz ao lado da minha namorada!
Ah é verdade comprava o resto da minha rua toda (vizinhos detestáveis!!!), sei lá, até podia formar 1 clube de futebol aqui na zona, por ai …
E digo mais, que gozo dá viver com todo esse dinheiro? Quero uma coisa, “estalo os dedos” e ela aparece. A expressão “custou mas valeu a pena e assim sabe melhor” perderia todo o significado. Gostava de ser rico sem duvida (dass quem não gostaria?), mas não a esse ponto.
O dinheiro muda as pessoas, por mais que se tente contrariar isso, acho que é algo inconsciente mesmo, então aparecer uma soma dessas de um dia para o outro…
Eu já nem jogo nisso…
Houve uma altura que eu tinha 4,5 números “encostados” àqueles que depois viriam a sair e depois era só ver portugueses a reclamar prémios! Foi nessa altura que eu percebi que devo ser marroquino…
Falando mais a sério, consigo perceber a ideia do C!lH@! e concordo com ela em 90%…
Pobrezinho o Sporting coitadinho … se é pra dar, ao menos ajudavas instituições que necessitassem de cadeiras de rodas para as crianças, operações caras, reabilitações, tratamentos no estrangeiro, etc.
Comprava um carro para mim, para a minha mãe, pagava a casa aos meus pais, tirava dois mil euros para a conta e guardava o resto. Acabava de tirar o curso, comprava uma casa e pronto !
Eu criava uma fundação dedicada ao estudo e preservação do património português: arquitectónico, natural e cultural. Depois quando morresse congelava o meu cérebro numa daquelas empresas de criogenia, para me ressuscitarem daqui por 200 ou mais anos. Se por essa data constatasse que já ninguém sabia confeccionar uma Chanfana em caçoila de barro preto, matava-me definitivamente. :inde: