Equipa B pode ser reativada

Equipa B pode ser reativada
segundo pedro Mil-Homens

Pedro Mil-Homens, administrador da Sporting SAD e diretor técnico da Academia de Alcochete admite, em declarações ao site Academia de Talentos, que o clube de Alvalade poderá recriar, em breve, o “projeto das equipas B que Portugal não soube aproveitar” como forma de minorar o impacto provocado em certos jogadores pela passagem de júnior a sénior.
O responsável leonino reconhece ainda a urgência de convencer a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol para que a fase final do campeonato de juniores sofra alterações significativas.

http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Sporting/interior.aspx?content_id=455198

Penso que é uma boa ideia. Mas o projecto terá de ser repensado noutros moldes. Penso que se avançar para a Sporting TV será também um dos conteúdos mais fortes.

Saída de Veloso confirma: o Sporting mudou de estratégia

Pedro Mil-Homens admite ao PÚBLICO que a integração de jovens da Academia ao longo dos últimos anos não tem sido o sucesso esperado.
O Sporting comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários um acordo de princípio para a troca de Miguel Veloso por Alberto Zapater, negócio com os italianos do Génova avaliado, por alto, em 14 milhões de euros (isto se se tiver em conta que o médio espanhol está cotado em cinco milhões e que o Sporting receberá nove milhões pelo esquerdino). O que não vem escrito em nenhum documento é que o clube de Alvalade entra na temporada de 2010-11 com um modelo de gestão dos recursos provenientes da Academia de Alcochete diferente dos últimos tempos.
“É como pedir a um jornalista estagiário para fazer uma entrevista ao primeiro-ministro”, exemplificou ao PÚBLICO Pedro Mil-Homens, dando a entender que a equipa profissional do Sporting não poderia continuar dependente de um número significativo de jogadores provenientes da formação. “Ao longo dos últimos anos o Sporting não foi capaz de promover essa integração da melhor forma possível”, admitiu de uma forma “aberta e séria” o director da Academia, que recentemente festejou oito anos e 13 títulos nacionais entre os diferentes escalões de formação.

“O choque é grande”
João Moutinho defende agora as cores do FC Porto, Adrien foi emprestado ao Maccabi Haifa, Pereirinha ao Vitória de Guimarães, Miguel Veloso representará o Génova de Itália e o Sporting, que apesar de tudo continua a ser o grande com mais jogadores da casa - alinhou frente ao Nordsjaelland com Rui Patrício, Daniel Carriço, Djaló e Saleiro de início -, parece desfigurado. “Quantos mais melhor? Não é verdade”, sublinha Pedro Mil-Homens, hoje com mais cautelas relativamente à transição dos atletas juniores para a equipa principal. No seu entender, “o clube corre o risco de acelerar precocemente essa integração e de sentir falta de capacidade competitiva”.
À entrada para a temporada 2010-11, os responsáveis leoninos pretendem que “o choque seja menor”. “E o choque é grande”, admite Mil-Homens, referindo-se às últimas temporadas. “Portugal vai ter um problema. A situação é difícil. Para nós e para todos. E é evidente que no Sporting esse choque foi grande de mais”, prossegue o director da Academia consciente de que há “um problema para resolver” mediante “uma liga progressivamente mais exigente” e, ao invés, um campeonato de juniores “relativamente pobre”. O hiato é claro. Os “leões” pretendem ver essa balança equilibrada. Por um lado, o Sporting mantém-se activo nas conversações com a federação e com a Liga, procurando “encontrar soluções dentro das limitações” (um passo importante pode ser a reestruturação da fase final do campeonato de juniores com efeitos práticos já na próxima temporada; outro a “recriação do projecto das equipas B que Portugal não soube aproveitar”.
Por agora, o Sporting, “a equipa que mais tem dependido da formação”, volta a recorrer ao mercado externo, deixando a forja da Academia para “casos excepcionais” como já foram num passado recente o de Cristiano Ronaldo (“uma excepção que não é importante analisar; a excepção mais excepcional”), o de Nani e o de João Moutinho.
A equipa de Alvalade viu-se obrigada a ceder principalmente pela força dos resultados (ou da falta deles). “Também há menos paciência para esperar”, resume Pedro Mil-Homens no mesmo dia em que Costinha admitiu a possibilidade de o clube fazer “mais algum negócio”. “O mercado está aberto até ao dia 31 de Agosto. O Sporting é um clube que vive dentro das suas possibilidades, se houver possibilidade de fazer mais algum negócio faz, mas não vamos entrar em loucuras”, sublinhou o director desportivo do clube de Alvalade. O espanhol Alberto Zapater estava a caminho de Lisboa. Miguel Veloso, sportinguista desde os treinos de captação, ia a caminho de Génova. O Sporting está a mudar.
http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1449564

Pareçe-me bem.

So 2 duvidas,

Se o sporting b fosse reactivado iriam jogar na II divisao?

Se o sporting b fosse reactivado eram os juniores que fariam parte do sporting b?

E a tal Liga Intercalar? Não servia para isso? :eh:

SL

Na minha opinião, o projecto de alimentar a equipa principal com jovens da academia não resultou porque ao invés de os terem colocado numa equipa com 6/7 jogadores de qualidade inquestionável que assumiam as despesas da casa e davam-lhes mais segurança para entrar no 11 e evoluir, foram colocados em equipas mal estruturadas com apenas 2/3 jogadores de qualidade tendo eles que assumir logo nessa altura a maioria das responsabilidades.

A liga intercalar, sao apenas 12 jogos salvo erro.

A notícia por si só é demasiado vaga. Podemos voltar a ter equipa B… Ok, tudo bem, mas de que forma?

Por princípio sou a favor de ter uma equipa B, aliás, duvido que alguém seja contra. O problema é a realidade em que elas se inserem. É um projecto importante para recolher frutos a longo prazo mas que tem um custo elevado, o da manutenção de equipas técnicas e jogadores durante uma época, e que pode não ser rentável.

O facto das equipas B não poderem subir da II Divisão faz com que percam alguma atractividade no projecto. Primeiro porque os jogadores acabam por saber que não podem lutar por objectivos colectivos ambiciosos, o que é algo não natural numa equipa de futebol. Depois porque a equipa B pode ser interessante de ter desde que se insira num campeonato com mais competitividade, como a Liga de Honra. Se existisse uma equipa B na Liga de Honra, a quase totalidade de séniores de primeiro e segundo ano poderiam ter uma equipa onde jogar regularmente e num campeonato competitivo. Mas como a última equipa B jogou na II Divisão, quantos jogadores iriam para lá agora que o Sporting tem como política colocá-los em equipas dos escalões profissionais ou no estrangeiro?

Depois há o problema dos custos. Eles existem e são elevados num projecto destes. Para ajudar a suportar esses custos só recorrendo a patrocínios que permitissem dar uma almofada ao projecto. Mas para os patrocinadores aparecerem também devem exigir visibilidade e essa numa equipa B não é muita. A solução passaria por transmitir todos os jogos e alguns treinos da equipa B no canal de televisão do Clube. O que faz com que a equipa B não possa aparecer como um acto isolado mas sim já com essa estrutura a funcionar.

Portanto, se a equipa B tivesse os jogos transmitidos na televisão e pudesse subir à Liga de Honra, mesmo que começasse na II Divisão, o projecto poderia ter bem mais viabilidade. Acredito que existem elementos ligados ao Sporting no passado com competências para constituírem a equipa técnica de um projecto destes (como, por exemplo, o Filipe Ramos) e o plantel poderia ser composto por elementos séniores de primeiro e segundo ano, alguns jogadores do escalão júnior que estivessem mais preparados para irem dando passos num patamar acima e os jogadores da equipa principal que não fossem opção para o treinador (ex: Marco Caneira, Milan Purovic), que fossem jovens que em princípio não jogassem regularmente na equipa principal (Golas, Diogo Salomão) ou jogadores que necessitassem de ir recuperando o ritmo após paragens prolongadas por lesão.

Se estes pressupostos de verificassem, a existência de uma equipa B faz sentido. Se for como há uns anos atrás, a equipa B é um projecto com pontos positivos e benefícios mas que não tem grande viabilidade, nem económica nem desportiva.

Esclarecam-me uma Coisa , a equipa B pode ir até ah Liga Orangina?

Portanto… a venda de moutinho e veloso foi porque o choque foi demasiado grande é isso? É só rir com esta malta…

O Maritimo aproveita muito bem a sua equipa B,contratando jogadores a baixo custo como o Baba e o Djalma, que depois acabam por ser mais valias para a equipa principal.É uma forma de o Sporting testar os seus Juniores de 2º ano também…Tem de ser algo bem pensado.

ou entao fazer como o real e o barcelona. juniores na equipa B e juvenis na equipa C.

sobre o maritimo tem varios casos ainda mais flagrantes como o pepe e danny :wink:

Boas,

Eu acho a ideia muito boa, principalmente se esta equipa jogar na Liga de Honra, e principalmente num clube como o Sporting que utiliza clubes de menor dimensão para rodar os seus jovens jogadores. Na minha opinião acabou-se com as equipas B porque viu-se que se pudia emprestar jogadores para rodar sem custos e fazendo com que eles não jogassem contra a sua equipa, mas isso acabou! Hoje em dia os clubes grandes já pagam a totalidade dos sala´rios dos seus jogadores emprestados.

Ainda por cima num Sporting com a falta de poder de negociação de sempre é muito importante, para não se repetir o que aconteceu com André Santos, por exemplo, quando o Sporting o quis recuperar ao Leiria.

Sinceramente, uma boa ideia como têm havido poucas desta direcção. Mas como já disse os homens que cumprem pelo menos o minimo como é caso de Pedro Mil-Homens e Moniz Pereira, ficam sempre no clube e não provocam atritos com ninguém.

Saudações Leoninas,
Jovem Leão

Discordo de equipas B. Aos jogadores jovem faz falta competição individual nos planteis , hábitos do futebol profissional e metas para lugar . A academia trata muito bem os miúdos que depois quando se apanham numa outra realidade têm dificuldades de adaptação. A equipa b é uma extensao das equipas juniores…para a evolução acho péssimo.

Acho muito bem, mas só resultaria se jogássemos na divisão de Honra.

Estou de acordo com a análise acima do Skinner1906, tem que ser um projecto bem estruturado e abrangente. Fundamental será, de facto, que possam competir na 2ª Liga. S.Leoninas.i

alguns dos problemas que apontas estiveram na base da decisão de acabar com a equipa b.

Na altura, chegou-se à conclusão que era fundamental ter tb jogadores experientes no plantel…

Um dos meus primeiros posts neste fórum, há quase 2 anos, foi precisamente relacionada com a necessidade de fazer regressar a equipa B. Curiosamente, os motivos por mim apresentados são os mesmos do Pedro Afra, sendo que os do último estão 2 anos atrasados.

Não creio que a equipa B seja ideal para desenvolver os jogadores. Mais vale emprestar aos clubes da Liga de Honra e à Superliga, porque eles poderão jogar na Taça da Liga e na Taça de Portugal.

Com a Equipa B, os jogadores não poderão jogar na Taça da Liga e na Taça de Portugal.

Mas poderão jogar mais regularmente.

SL

Sobre uma a questão da equipa B, e de toda a formação no geral, gostava que lêssem esta entrevista de um ex-treinador da nossa formação: Nuno Naré.

Posso-vos garantir que ele defende isto desd o início da década.

1ª Parte: http://www.academia-de-talentos.com/entrevista/2010/7/12/entrevista-com-nuno-nare-1a-parte
2ª Parte: http://www.academia-de-talentos.com/entrevista/2010/7/22/entrevista-com-nuno-nare-2a-parte