http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Sporting/interior.aspx?content_id=678927
"Emagrecer a folha salarial, aproveitando o processo para esbater algumas disparidades gritantes que existem no seio do plantel, é o objetivo dos responsáveis da SAD, num ano, 2011, em que a crise vai fazer sentir-se no bolso de todos os portugueses, mas também nas contas do clube. Nas últimas 5 temporadas, os custos com pessoal da sociedade têm crescido exponencialmente e, tendo por base apenas o primeiro trimestre do atual exercício, deverão seguir numa curva ascendente também na temporada 2010/11.
A forma como o processo será colocado em marcha ainda não está completamente definido, mas aquela que se apresenta como a solução mais viável é a renegociação de contratos dos jogadores mais bem remunerados do plantel e convencê-los a assinar novos vínculos em que o valor fixo é inferior e os prémios por objetivos mais significativos. Com o remanescente dos novos acordos, a administração da SAD tentará aumentar os salários dos jogadores mais mal pagos do plantel, sem com isso fazer aumentar a rubrica de custos com pessoal."
Eu pergunto-me, será possível, porque razão é que um jogador que conseguiu um contrato milionário fai agora assinar um que lhe é mais desfavorável? Estas coisas deviam ter sido pensadas pelo Sporting antes de assinar os contratos, não à posteriori, que só vai criar ainda mais problemas! Vejamos, os bem pagos encostados à sombra da bananeira, vão ficar chateados por porem isso em causa e com razão, visto que ninguém obrigou o Sporting a dar-lhes esses contratos, os mais mal pagos que se calhar iam fazendo por esquecer a injustiça relativa, vão ter isso cada vez mais presente na mente, e vão-se revoltar mais.
Ainda por cima, se os contratos por objectivos forem como o do Maniche, não vejo como é que se vai poupar o que quer que seja…
Em relação ao presente:
Não é fácil para nenhum jogador encarar uma descida de salário. Mas os mais velhos têm que encarar isso bem. Primeiro têm que entender que o Sporting não está própriamente a nadar em € para lhes pagar balurdios (para entender isso, têm que deixar de olhar para o seu umbigo e pensar no bem do clube que representam). Depois também têm que se auto-avaliar e pensar que já não estão tão frescos como antes, já não estão no pico da carreira, estão em decréscimo de exibições (mesmo que essas ainda sejam uma mais valia para o Sporting)…essas acondicionantes levam ou deviam levar a uma descida de salário tal e qual como há uma descida do valor dos jogadores com a idade…
Em relação ao futuro:
Eu penso que a solução passa por deixar de contratar jogadores “veteranos” que já têm estatudo no mundo do futebol e passar a contratar jogadores com menos estatudo, por sinal mais jovens. Um jovem, a não ser que seja um miudo prodigio já altamente revelado perante os palcos europeus, aufere sempre menos que jogadores que já têm estatuto como os que temos comprado.
E mesmo que não sejam jovens, podemos sempre comprar jogadores que actuem em ligas menos competitivas e inseri-los no ritmo competitivo da nossa liga ou até comprar jogadores a actuar na nossa própria liga. Há muito bons jogadores a actuar em Portugal, é preciso é saber trabalha-los.
É certo que a meu ver nem todos os jogadores com estatuto que comprámos foram um fiasco, mas grande parte deles sim. Agora acredito que comprar jogadores com qualidade e de baixos salários não seja fácil, mas há que procurar
Exactamente. Para mim, no caso do Maniche perverteu-se por completo o conceito do contrato por objectivos.
Eu já dei aqui a minha opinião sobre como deveriam ser contratados os jogadores mais velhos: com uma remuneração com componente fixa e componente variável, digamos duns 70%.
À medida que o jogador ia cumprindo contrato, a componente variável ia baixando proporcionalmente tendendo para 0 no último ano.
Evidentemente que poderiam ser incluídas alguns indicadores que funcionariam como factor de melhoramento, como jogos jogados, influência na equipa, golos marcados, etc. Mas tudo devidamente enquadrado de forma a que o custo com o salário do jogador diminuisse à medida que ele ia cumprindo contrato.
E os custos com administradores? Porque não começam a cortar por aí? Ter um presidente remunerado não é o melhor caminho, por exemplo.
E acho que o caminho não é apenas reduzir os custos. É necessário equilibrar os custos/ganhos. E aqui nos ganhos deve ter-se sempre em conta os ganhos desportivos.
Em primeiro lugar não vejo onde é que está a subida exponencial dos custos com o pessoal… subiu de facto de 2007/2008 para 2008/2009, depois de uma redução substancial feita anteriormente.
Em segundo lugar os custos com atletas, que são eles que obviamente sustentam o rendimento do futebol do clube e desde que tenham qualidade, não o vejo como desperdício…
Havia objectivamente margem para redução, não renovando com atletas com rendimento medíocre ou com rescisões de contrato a atletas que não estão no plantel… assim de repente lembro-me de 3 que nos custam uns 3M por ano. Há mais 2 ou que nos custam outro tanto. É óbvio que podemos ter melhor plantel com os custos actuais, mas estes custos já si de são muito limitativos em termos comparativos com os dos rivais. Com a competência identificada dos actuais dirigentes na gestão e aplicação dos recursos, só vejo que a qualidade média do plantel piore ainda mais…
Já agora, que se pense na redundância de funções de staff técnico e de directores, alguns recentemente contratados.
Isto são coisas à Bettencourt, até me admira como é que demorou quase 2 anos para começar a colocar em prática estas suas ideias peregrinas. ;D
O controlo de custos é fundamental, nomeadamente nos salários porque é dinheiro irrecuperável, mas há que perceber que existe um equilíbrio muito delicado entre custos e competitividade… a partir de um determinado ponto a competitividade ressente-se fortemente, mas por outro lado não podemos dar um “passo maior que a perna” aumentando os custos apenas porque temos de ser mais competitivos, a não ser, como é lógico, que tenhamos previsões que apontem para um aumento de receitas da mesma ordem de grandeza.
Actualmente gastamos cerca de 25 M€ em salários/prémios por ano e este montante é a meu ver suficiente para suportar uma equipa competitiva. Então por que é que não o somos? Pois, porque somos incompetentes na hora de fazer as escolhas… jogadores como Maniche + Caneira + Postiga sorvem 3 M€ ou mais daqueles 25 M€ e produzem zero ou perto disso. 3 M€ de salários que aplicados no jogador ou treinador certo poderiam fazer a diferença no patamar de qualidade da equipa. Reduzir estes 25 M€ anuais através da não-aplicação desses 3 M€ também não seria solução, já que uma equipa 3 M€ mais endinheirada mas sem alterações a nível competitivo quedar-se-ia pelo mesmo desempenho no campeonato, ou seja, insuficiente para as aspirações do clube, com as repercussões negativas financeiras directas e indirectas que isso acarreta. Reduzir os salários do actual plantel? Parece-me totalmente impraticável, as pessoas não gostam de ver o seu salário reduzido, sobretudo as que dão o litro e não têm culpa dos outros que não produzem… mais vale cortar em número de salários (através de dispensas/não-renovações) que um bocadinho em cada salário.
Concluindo, esta ideia de emagrecimento para mim é ridícula tendo em conta a situação competitiva actual do clube e revela que as prioridades de Bettencourt e dos dirigentes da SAD estão completamente invertidas. Se o Sporting tem hoje um défice provocado por altos custos e baixas receitas ele vem uma política de anos a fio a apostar pouco e, mesmo esse pouco, nos cavalos errados. Se apostarmos mais acertadamente nos jogadores e treinador com os recursos actuais e isso se reflectir em melhorias competitivas então as receitas irão crescer naturalmente (mais público + TV + LC + merchandising + vendas de jogadores), acabar por cobrir o défice actual e ainda aos poucos ir aumentando a folga financeira para investir mais nos períodos de menor fulgor. Ou seja, em duas palavras: Competência Desportiva acima de tudo.
Esta notícia serve essencialmente para encher chouriços.
O nível de salários no Sporting nem é muito elevado comparado com os rivais. O problema é mesmo no nível dos jogadores que chegam e que maioritariamente não servem para nada e como tal obviamente tornam-se caros. Os jogadores de “mérito reconhecido” que chegam cá não ganham muito, jogam é muito pouco.
Há um conjunto de jogadores no plantel, que pelo que auferem e pelo que deixam em campo, devia ser revisto. Já aqui falaram e concordo com os casos de Maniche, Postiga, Caneira ou Grimi.
E depois há jogadores contratados que não são opção. Para gastar dinheiro em salários em Tales ou em Hildebrand??
Novamente a contracção de salários ? Não fizemos outra coisa nos últimos anos…agora a crise é a nova justificação. O 11 de Setembro já tem 10 anos , parece mal continuar a bater nessa tecla pateta.
Como o Paracelsus referiu , é preciso é competência desportiva. O Sporting está num nivel de orçamento que , com algum engenho , pode lutar pela nossa liga que tem um nivel baixo. Mas existe aqui um limite , uma barreira competitiva que é importante reconhecer e nao atingi-la.
Podem baixar o ordenado de todos menos o do abel… não vá esta nova «jiga-joga» prejudicar o nosso maravilhoso presidente remunerado que coitadito, até ganha «poucachinho»…
É preciso arranjar guita pra mandar vir o chico, tira-se aos outros que já cá andam. faz sentido… não vá alguem queixar-se que as comissões não tão a pingar…
Talvez não seja apropriado falar disto aqui, mas considero que o SCP estaria melhor servido para o futuro com jogadores como Ruben Brigido, Targino, João Ribeiro e outros miudos com potencial ou valor confirmado, do que jogadores como Maniche, para alem de que os 3 juntos, não recebem certamente 3/4 do ordenado do Maniche.
Temos de deixar de cometer loucuras, de pagar prémios de assinatura de 1,8M, como demos ao Liedson. Temos de deixar de pagar 6,5M por jogadores que estiveram parados dois anos, e cujo rendimento desportivo futuro é duvidoso.
Como o Paracelsus disse, e tenho a mesma opinião, a redução salarial, é impraticavel. Polga, Postiga, Caneira, Maniche, Grimi, Liedson, Pedro Silva e afins, não vão abdicar do que recebem.
Pelo que vejo hoje em dia, quem merece receber mais, são:
Patricio
André Santos
João Pereira
…são os jogadores, hoje em dia, com o melhor rendimento desportivo do plantel (na minha opinião).
Acrescento, um clube falido como o nosso não pode emprestar jogadores feitos e ainda pagar por isso! É preciso responsabilidade na hora de fazer contratos de longa duração com jogadores de 2ª e 3ª linha.
Rescindir com alguns eternos emprestados, vendendo em “saldos” ou rescindindo mesmo, dando o passe ao jogador em troca de não pagamento de indemnização;
Renovar alguns contratos reduzindo a componente salarial fixa, e melhorando a componente variável associada a objectivos concretos (sendo que um deles deveriam ser sempre as receitas de bilheteira, uma vez que não há melhor forma de medir o sucesso de uma equipa do que o número de pessoas no Estádio).
Arranjar uma solução para alguns “monos” do plantel.
Claro que isto implica um poder negocial forte. Que espero que o Couceiro tenha.
É possível sim, embora a curto prazo não seja fácil… É preciso diminuir os custos, concordo, mas sem perder competitividade. Se for para diminuir ordenados de gajos tipo Hildebrand, Polga (apesar dos últimos jogos), Grimi, Maniche, Liedson (sim… o levezinho.) e Postiga, concordo. Mas o que não se pode é, como disse o Paracelsus, por em causa a competitividade da equipa de futebol com isso. Mas, de facto, os custos podem descer sem se perder competitividade, porque parte do orçamento para esta equipa de futebol está, na realidade, mal distribuído (pelo menos, do pouco que é razoavelmente conhecido).
E como é que vais diminuir o ordenado desses jogadores que indicaste aí?
Achas que eles vão aceitar uma diminuição do ordenado? Obviamente que nenhum jogador vai aceitar isso. Ganhe muito ou ganhe pouco.
Por exemplo, se arranjares forma de te libertares dos “pesos-extra” acabas por ter de preencher o “vazio” que é criado com outros jogadores. E das duas uma, ou esses novos jogadores ganham pouco (e então é provável que sejam inexperientes/fracos e consequentemente não tragam as melhorias competitivas desejadas) ou então os jogadores ganham muito/o mesmo que os anteriores (e aí manténs ou melhoras o nível competitivo, mas a massa salarial fica na mesma ;D). A única excepção a isto é diminuir o número de emprestados.
Portanto, como vês, é um bocado pescadinha de rabo na boca, a única solução é mesmo acertar mais em quem se contrata / dispensa (e isso só se consegue com competência).
às custas da típica gestão portuguesa, de fazer contas com lápis que anda atrás da orelha e onde não há flexibilidade, não vamos melhorar contratos dos jogadores que estão a render e vamos acabar sempre por os vender quando eles estão descontentes e desmotivados encaixando por isso um valor inferior ao de mercado!!
aprendam com o porto, em que após meia duzia de jogos em grande há logo um aumentozinho ou um prémio para o jogador… valorizam, valorizam, valorizam, motivam, motivam, motivam, e depois vendem em alta e com os jogadores sem estarem descontentes a pressionar para sair…