Tomané,
Efectivamente o início do texto era relativo ao teu tímido “elogio” a FSF, à sua visão estratégica. Quanto ao resto era de facto no plural.
Percebendo no entanto agora melhor o teu ponto sobre o projecto Roquette, eu não concordo. Apesar de anti-FSF e resquícios de projecto Roquette acho que qualquer Sportinguista tem de perceber que é aberrante o Sporting tentar manter negócios que não são a sua vocação. A discussão é como, quando, em que condições e sobretudo pela mão de QUEM deverá o Sporting entregar os assets que não SABE gerir e desenvolver aquilo para que existe.
O meu elogio à estratégia de FSF não tem nada de tímido, pois é um facto que ele tem trabalhado muito bem, isto do ponto de vista de quem é candidato nas condições dele, o único erro que terá cometido foi a marcação desta AG, sem ela ele ganhava estas eleições com uma perna ás costas, mas é claro que ia ser acusado de não dar tempo à oposição para se preparar blá blá blá.
De resto eu não tenho nenhuma aversão a ele, o meu alvo preferido da oligarquia sempre foi o DC, mas também não tenho nenhuma simpatia especial por ele e como não concordo com o seu projecto espero que apareçam alternativas válidas, mas mesmo assim não deixo de reconhecer que ele acertou nas mexidas que fez no futebol nomeadamente com a entrada da dupla Bento/Freitas que está a funcionar muito bem.
Eu continuo convencido que o Projecto Roquete era uma excelente via para o sucesso, pelo menos na sua essência mais pura, mas nunca achei que ele significasse que o Sporting se iria meter em negócios, aliás penso que um dos maiores erros foi terem inventado Sociedades a mais.
O que o Projecto prometia era que a Alvalaxia iria pagar o Estádio, não sei se tal é possível, nunca acreditei muito mas se houver um candidato que aposte na viabilização daquela estrutura eu só posso apoiá-lo, e para isso não é preciso nada mais do que receber as rendas e canaliza-las para o pagamento da divida aos Bancos.
O mesmo se poderá aplicar em relação ao Edifício Visconde.
O resto é a aposta na formação alicerçada na Academia que deve ser antes de mais um instrumento de refundação duma cultura sportinguista, e uma SAD com um Director Técnico competente e identificado com a nossa realidade que não pode ser feita de grandes investimentos, mas acima de tudo poucos mas seguros, a começar pela rentabilização do que temos em casa.
Este é o Projecto que eu defendo que não tem nada a ver com a venda de património para pagar investimentos disparatados em Wenderes e Alves ou para financiar novas contratações deste género, e pouco me interessa se os nomes são Teles, Duque, Abrantes, Roquete, Bettencourt, Franco, Ferreira ou Lemos.
Agora vamos ganhar à Académica porque nisso todos estamos de acordo