Considerado um deus no futebol italiano, Alessandro Del Piero provou que também faz milagres fora das quatro linhas de jogo. Tudo se passou no hospital de Crotone, onde uma menina foi «tocada» pela voz do jogador da Juventus e despertou de uma coma que durava há 15 dias.
A menina, de nome Giada, tinha tido um colapso ao ver um jogo da Vecchia Signora e o pai pensou que a cura poderia estar na «doença».
Decidiu então escrever a Del Piero, ídolo de Giada, que se comoveu ao receber a missiva e gravou um vídeo com uma mensagem a desejar as melhoras. «Olá Giada, sou Alessandro Del Piero. Espero que recuperes o mais rápido possível e que me venhas a conhecer e ver os meus jogos».
Foi remédio santo: «Naquela noite aconteceu algo de muito particular e Giada mexeu uma mão e algumas horas depois chamou pela mãe», contou o pai aos meios de comunicação italianos. Um dia após ter ouvido a voz do seu ídolo a menina já pedia «gelado de baunilha e stracciatella».
«Não há palavras para descrever isto. Quero agradecer ao Del Piero pela sua generosidade e afeto e também aos médicos que estiveram sempre perto da minha filha a trabalhar na recuperação», disse o pai após a filha ter tido alta. «Giada é fã de Del Piero especialmente pelo que ele é como pessoa», acrescentou.
Eu como sou uma céptica por natureza não acredito que seja mais que uma coincidência, no entanto é de louvar a atitude do Del Piero perante a menina e a sua familia. Um senhor do futebol como poucos.
Melhor do que eu (que não percebo de medicina), o Paracelsus pode dar aqui uma opinião mais conhecedora.
Mas julgo que não sejam casos únicos aqueles em que doentes que acordam de comas profundos digam que ouviram vozes de familiares/conhecidos enquanto estiveram em coma.
Nem que seja como efeito placebo, não me admiraria que a recuperação da miúda tenha mesmo a haver com o som da voz do Del Piero (ou do pai ou da mãe).
Não há muito a dizer, cientificamente o despertar de um coma ao fim de 15 dias é relativamente comum. Não é descrito o grau do coma, mas supondo que era muito profundo com um score de 3 na escala de Glasgow não existe, cientificamente falando, qualquer prova cabal que os estímulos exteriores tenham qualquer tipo de influência a nível cerebral.