Crónicas e artigos de opinião

Em vez de estarmos a abrir muitos tópicos com crónicas de opinião, porque não colocá-las todas no mesmo tópico?

Começo eu com esta crónica absolutamente fantástica de José Diogo Quintela para o site SportingApoio:

Quando chegou do Brasil e lhe perguntaram se tinha acompanhado o Sporting, o presidente Bettencourt disse: «Infelizmente, estou a par». Já somos dois. Recapitulemos alguns factos.

Na campanha eleitoral recusa-se a debater com o outro candidato. Depois, diz «Paulo Bento forever», ficando refém de um treinador. Já eleito, dispensa Derlei e prefere ir buscar Caicedo.

Como primeiro presidente remunerado do Sporting, diz que vai ganhar menos que o Abel. Uma declaração deselegante para com um jogador do Sporting.

Quando Paulo Bento sai, diz que os sócios ainda vão ter saudades dele, pondo desde logo em xeque o próximo treinador.

Ao mesmo tempo, depois de se ter batido para aumentar o número de sócios, chegando aos 100 mil (uma óptima medida), menospreza um sócio por ser o 90 e tal mil. Menospreza e quer bater.

Depois de não ter força para trazer Villas Boas da Académica, não consegue esconder esse facto e Carvalhal fica desde logo diminuído por se perceber que foi segunda escolha e por não ser apresentado à comunicação social, sendo antes apresentado on-line. O Sporting comunica mais com a CMVM do que com os sócios.

No mercado de Inverno não consegue o regresso de André Santos, porque no contrato de empréstimo o departamento jurídico do Sporting se esqueceu de colocar uma cláusula de resgate. Uma incompetência que devia ser o suficiente para o administrador responsável devolver o prémio. Descobre-se que o direito de preferência sobre Carlão se resume a um acordo verbal entre Pedro Barbosa e alguém do Leiria. Não vale nada, portanto.

Compra João Pereira. Boa contratação. Mas que entra mal no clube ao ser apresentado, não aos sócios e através da comunicação social, mas num jantar de uma claque. Pongolle, esse, custa 6,5 milhões. Não é dito onde estava esse dinheiro no Verão, quando, por exemplo, Nené saiu do Nacional por 5,5.

Sá Pinto anda à bulha com Liedson. Uma das razões para o incidente é a falta de autoridade que Sá Pinto tinha, porque a estrutura não lha conferiu. O incidente é posto imediatamente nos jornais e ainda não se sabe quem é o bufo.

O presidente vai de férias, sem se pronunciar sobre o sucedido.

São publicadas escutas do Apito Dourado. Numa delas, Bettencourt e o Paulinho são injuriados por Pinto da Costa. Ninguém do Sporting diz nada.

O Sporting perde três jogos importantes seguidos. Bettencourt continua de férias.

Antes do jogo com o Benfica, Luís Filipe Vieira (LFV) acusa o presidente do Sporting de faltar à palavra. Não se defende.

A primeira vez que fala nos últimos tempos não é para se referir convenientemente ao caso Sá Pinto e ao bufo, às pesadas derrotas, às referências insultuosas nas escutas ou à acusação de falta de palavra de LFV. Não, é para dizer que Carvalhal depende dos resultados. Exige a este treinador o que nunca exigiu a Bento. Ou o que é que José Eduardo Bettencourt acha que «forever» quer dizer? Volta a desprezar o treinador quando diz que com Bento é que faria uma boa dupla. Portanto, dá este voto de confiança a Carvalhal no dia em que se vai tentar pôr fim a quatro derrotas consecutivas.

Mas não é só isso que JEB diz. Diz também que quer implementar um modelo à Porto, porque o Porto há 30 anos que é o melhor. JEB esquece que o modelo do Porto, escarrapachado nas escutas, assenta em fruta e cafezinhos e que muito tem lesado o Sporting. É que no Porto, em altura de crise, não é o presidente que mandam para o Brasil. É o árbitro.

Percebe-se porque é que o presidente ganha menos do que o Abel: é que o Abel tem de ficar cá a assistir ao descalabro, não se pode pisgar para o Brasil. De onde, se é para dizer estas coisas, JEB mais valia não ter voltado.

Oque é que será preciso acontecer mais para ficarmos todos a par? «Em que é que João Pereira estava a pensar?» É o que muita gente se pergunta. Eu sei a resposta. Estava a pensar no Benfica–Nacional, também para a Taça da Liga, também apitado por Olegário Benquerença, em que uma agressão de Luisão foi punida apenas com um amarelo. O João Pereira achou que as regras são iguais para todos. Achou mal.

Mas justificar a derrota com a arbitragem é tapar o sol com a peneira. Perdemos porque o Benfica foi melhor. Aliás, o erro de arbitragem mais grave não foi o fora-de-jogo mal assinalado, em que o Sporting, no momento em que podia equilibrar a partida, foi cirurgicamente impedido de o fazer. (Até parecia um jogo do Porto, daqueles em que ganha 3-0, mas enquanto está 0-0 há um go-lo mal anulado ao adversário). Não, o maior erro de arbitragem nem foi do árbitro. Foi nosso. Se o Javi García tinha um amarelo, era pôr o Matías perto dele, tentando arrancar o segundo. Nem isso soubemos fazer.

Aliás, Javi nem devia ter jogado, devia estar suspenso pela agressão no Benfica–Guimarães. Esse caso é um bom exemplo para explicar o benfiquismo, principalmente nesta época. E não é pelo argumento «o árbitro viu, mas quis beneficiar-nos», uma admissão descarada do Benfica, usada para anular o sumaríssimo.

Antes disso, no Dia Seguinte, Sílvio Cervan desvalorizou a agressão, dizendo que, na altura, ninguém do Vitória se tinha queixado. Já há três semanas, no Trio de Ataque, um dos argumentos para António-Pedro Vasconcelos dizer que Falcao marcou com a mão foi o facto de um jogador do Paços de Ferreira refilar, a apontar para a mão. Porque para os benfiquistas, quem refila mais, tem mais razão.

O que não é verdade. Basta ver que, em matéria de mãos na bola, na época passada, apesar de o Di María ter refilado muito a pedir mão, não foi por isso que cresceram dedos no peito do Pedro Silva. Mas é um facto que, sendo em maior número, os benfiquistas fazem mais barulho a refilar. Se uma árvore cair numa floresta, sem ninguém ao pé, fará barulho? É indiferente: se as outras árvores forem benfiquistas, o barulho delas abafa o som da queda.

Se Marc Zoro fosse jogador emprestado pelo Porto ao Setúbal e, durante um jogo entre as duas equipas, no último minuto fizesse um penalty daquela maneira, o barulho dos benfiquistas ia ser ensurdecedor. Até já estou a ver a manchete: Zoro sob azul! Como foi com o Benfica, houve silêncio.

O pior é que há quem, estando em posição de decidir, se deixa influenciar e acha que, por haver mais ruído benfiquista, beneficia o Benfica. O barulho é um grande complemento às simulações do Aimar, Saviola e Di María. Com barulho, a agressão do Luisão é menos grave que a do João Pereira.

Para os benfiquistas, quem aponta estas evidências é um anti-benfiquista e, queixam-se eles, o País está pejado de anti-benfiquistas. O que acaba por ser caricato. Depois de dizerem que são 15 milhões. De dizerem que o Benfica é Portugal. Depois de avisarem que vão negociar sozinhos as transmissões dos seus jogos, pois têm mais peso negocial, devido à maioria de espectadores que gostam de ver o Benfica. Depois de dizerem que é normal que a Sagres lhes pague mais, pois têm mais consumidores simpatizantes. Depois de dizerem que é óbvio que compensa ao Estoril fazer um jogo decisivo no Algarve, pois os benfiquistas enchem o estádio, aumentando a receita. Depois disto e quando se sabe que a maioria da imprensa desportiva é benfiquista e que uma cobertura favorável ao Benfica vende jornais e dá audiências, ainda se queixam que estão todos contra o Benfica. Todos? Todos, quem?

:clap:

Genial!

MUITO bom :great: :clap:.

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Excelente :clap: :clap: :clap: :clap:

De nível! :clap:

Este sozinho, em termos de crónicas futebolísticas, abafa os outros três “fedorentos”.

O Ricardo Araújo Pereira também é muito forte, pena ser lampião de grau acentuado!

http://www.ionline.pt/conteudo/47084-bettencourt-nao-esquece-paixao-villas-boas

"Independentemente dos treinadores, existem projectos para o clube que não devem ser só da responsabilidade do técnico", explicou José Eduardo Bettencourt na última sexta-feira. Antes repetira três vezes com um lacónico "eu" sobre quem estava já a preparar a próxima temporada. Hoje, mais de 100 horas depois da intervenção, o presidente leu lamentos da ala franquista, ouviu conselhos de uma oposição que continua a criticar sem apresentar soluções e viu (melhor, não viu mas soube) o próprio presidente da assembleia geral considerar algumas ideias como algo "inoportuno, intempestivo e injusto". Mas nem por isso se desvia do plano gizado para uma nova era no futebol leonino. E que já vem de Novembro (com um erro de casting pelo meio): André Villas-Boas, o jovem treinador da Académica que esteve a um pequeno passo de suceder a Paulo Bento - o contrato estava certo mas os responsáveis de Coimbra não baixaram a cláusula e o negócio abortou -, é a grande prioridade de Bettencourt para 2010-11. Resta saber qual o interesse do técnico em ir para Alvalade.

É certo que, entre alguns elementos que fazem parte dos actuais corpos sociais, os nomes de Manuel José e Laszlo Bölöni eram bem vistos, mas o presidente leonino, que possui excelentes referências do treinador que acompanhou José Mourinho até ao final da última época, sente que o sangue novo que quer incutir no clube para tornar o Sporting numa verdadeira organização vencedora também passa pelo perfil do timoneiro da equipa. E Villas-Boas, reconhecido pela capacidade de planificação e aposta nos jovens, veste bem esse fato. Tal como Pekerman, uma espécie de “eterno prometido” que permanece como reserva.

AZUL O semáforo concebido para o novo Sporting esquece o amarelo mas aposta forte no azul - o modelo presidencialista do FC Porto. O líder reconhece que os leões são um clube com características especiais e, como tal, quer chamar a si a atenção (e ao director-desportivo que será contratado) e soltar o técnico para as áreas em que é especialista. Mas esse é o espírito que Bettencourt quer também aplicar à própria organização interna, na óptica de “quanto menos pessoas, menos ruído e mais eficácia”: José Filipe Nobre Guedes (finanças), Pedro Mil-Homens (Academia e formação) e Pedro Afra (marketing) são os homens mais próximos.

VERMELHO O Benfica também serve de inspiração mas só na fase de arranque. Bettencourt lembrou a capacidade das águias formarem uma equipa forte e com muitas opções, após quatro anos a terminar em terceiro ou quarto lugar. A criação de um fundo de jogadores está quase certa, mas algumas das pérolas formadas no clube também serão vendidas para haver dinheiro para investir a sério na construção do novo plantel.

VERDE Após mudar a matriz do clube e romper com o modelo actual, o último grande desafio será unir todos os quadrantes. Ou “dar paz à família sportinguista”. E esta parece mesmo a tarefa mais complicada, porque nem os 90% que teve nas eleições acalmaram os ânimos. Só para dizer mal, porque as alternativas nunca surgem.

Não está assinado, mas seria importante que estivesse porque quando se fazem determinadas afirmações é bom, para utilizar uma expressão recente de JEB, “dar o corpo às balas”.

Não percebo como não viu as alternativas, devia estar distraído(a), ou então isto não passa de uma daquelas coisas para encher chouriço.

E deixem que faça o seguinte comentário. Antes de querer implementar uma “dinâmica vencedora” na estrutura profissional, é bom que JEB pensa em como o fazer também para a massa associativa, porque senão vamos continuar a ter um Sporting a duas velocidades, mesmo que a estrutura profissional até consiga dar a resposta pretendida.

~Não sei se é a melhor altura para falar do meu clube, não sei o que devo dizer sobre o estado desta nossa instituição e muito menos sei para onde caminha, talvez para o abismo mas não sei certamente... Calculo que o Sr.Presidente saiba e tenha medo de dizer mas ainda assim eu não sei. Talvez se esteja a rir deste início de texto ou mesmo a pensar por que raio as pessoas escrevem e se importam com o actual estado das coisas e eu a isso sei responder, porque AMO o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, um clube onde a mística esteve instaurada assim como o ecletismo e a glória, mais que um clube é uma crença, uma religião, que diga-se está a perder seguidores e se eu, como sócio, até assumo a minha quota parte por não fazer mais tenho certeza que existirá bem mais candidatos a uma absolvição bem mais complicada que a minha, pessoas que arruinaram o sentido do clube e o transformaram numa forma de ganhar a vida, não acuso aqui ninguém pois como já disse, desse assunto não sei nada e aliás isso de encontrar culpados na minha opinião só serve para as mulheres, com todo o respeito claro, pois isso não resolve as coisas, o que eu procuro é encontrar soluções. Talvez não saiba o que é uma solução digna para o nosso clube mas eu procuro-as e isso, infelizmente, já me dá o direito e não o prazer de dizer já faço mais do que muitos. Recordo com saudade e fascínio, bem recordar não é o termo correcto pois nunca o vivi nem presenciei, os tempos em que todos remavam para o mesmo lado, os tempos em que se jogava às 17h da tarde e se olhava para a bancada sul e se via algo incrível, algo que arrepiava tudo e todos, era uma bancada fervorosa e cheia de paixão por um clube, acho que é a altura de apostarmos nisso novamente, altura de puxar pelos verdadeiros sportinguistas e pedir-lhes que reeditem o passado, mostrar aos atletas que estamos vivos e que esperamos algo, algo grandioso, do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL! Tenho a certeza que este facto tem grandes responsabilidades na paixão existente pelo clube pois na realidade, eu com apenas 18 anos já (só) vi o meu clube ser campeão de futebol duas vezes que foram exactamente as mesmas que um adepto que tenha 26 anos de idade, é triste mas é verdade e se não foram os títulos de campeão nacional de futebol que deram asas a esta imensidão de paixão e mística então o que foi? Respondo com lágrimas de saudade nos olhos, sim, a isto sei responder, que foi certamente uma CURVA (SUL) BELÍSSIMA e um ECLETISMO brilhante que nos fez e (ainda) faz o segundo clube com mais títulos do mundo, algo que desapareceu e eu não consigo encontrar uma razão, uma única razão. Voleibol, hóquei em patins, basquetebol, tudo ruiu e porquê?

Espero que não lhe tenha feito perder o seu importantíssimo tempo e espero, do fundo do coração, que as suas férias lhe tenham feito encontrar uma solução.

cumprimentos

http://videos.sapo.pt/aleidabola

Brutal!!!

Apenas disse a verdade…

Muito bom. :beer:

E já agora, não é bem uma crónica de opinião mas as imagens valem mais que um milhão de palavras:

[b]Ainda se lembra de como era viver o Sporting Clube de Portugal ?[/b]

http://www.sersporting.org/idealsporting/?p=218

Ando a ganhar uma raiva ao Alvalade XXI ou lá como se chama aquele mamarracho

Grandes grandes fotos!

http://www.sportingapoio.com/cronistas/crises-no-sporting-o-golpe-falhado-por-carlos-severino/

Boa crónica :great:

Isto é apenas para mostrar o quão lampião é este ■■■■■■ que muitos ainda vieram aqui dar uma crónica dele como exemplo. Deste não tenham dúvidas. Ele odeia-nos tanto como nós a eles.

Costismo Silêncio, hostilidade, vitórias – eis a sequência da receita mais afamada do costismo, invejadíssimo método de sucesso cultivado pelo presidente do FC Porto que, amiúde, outros clubes à deriva elegem como referência.

Agora é a vez de o Sporting (de Costinha) imitar o pior tique do regime portista, cerrando fileiras contra a imprensa, perigoso inimigo dos homens da bola. Desde a chegada do novo ‘condottiere’, as vitórias escorrem das paredes herméticas levantadas em torno do treinador a prazo, Carlos Carvalhal, e, quando os golos aparecem, qualquer decisão drástica, por mais infantil que seja, se confunde com um golpe de génio.

João Querido Manha in CM

Podem enviar recados para esse porco aqui http://twitter.com/JQMstats

Que FDP. E se ele quiser e estiver a ler isto, que me diga que não tenho qualquer problema em dizê-lo na cara.

Mais uma crónica encomendada, mais uma vergonha desse jornal. Haja pachorra para tanta incompetência!

Confio nos nossos jogadores e na sua equipa técnica para levarem o Sporting Clube de Portugal aos quartos-de-final da Liga Europa. Para já estou-lhes muito reconhecido pelo feito, que considero heróico, de terem conseguido vir de Madrid com um empate na bagagem, apesar dos fingimentos miseráveis dos seus colegas do Atlético local, e da cumplicidade do porcalhão do holandês e da sua seita que arbitraram faltas idênticas às dos leões, ou mais graves, com critérios dúplices até dizer chega.

Terá sido por coincidência que a UEFA do famigerado Platini nomeou um natural do país a que pertencem o AZ Alkmaar, o Feyenoord, o Ajax, que o Sporting já eliminou em competições europeias anteriores, isto para não falar do Twente já nesta temporada? Está-se mesmo a ver que sim…

Entretanto, já neste Domingo, penso que devemos puxar de todo o nosso fair-play para irmos em massa ao nosso Estádio receber os javardos do Vitória de Guimarães para lhes dispensarmos toda a hospitalidade que merecem, por terem recusado mudar a data do jogo para 2ª feira, com o fim de dar mais um dia de descanso aos jogadores de um clube do seu país que tem de defrontar os castelhanos do Atlético madrileno na Quinta-feira seguinte.

Apelo especialmente aos associados e adeptos que insultaram, apuparam, assobiaram, a nossa equipa desde o começo desta temporada para que, treinados como creio que estejam nessa matéria, insultem, apupem, assobiem, estes minhotos de terceira categoria que se colocaram ao lado dos nossos adversários espanhóis

Muito Bem João Braga!