Este é só um PEQUENO lamiré sobre a corrupção no futebol português, e não só. De resto, este caso do Estrela é bem amadorístico porque esse Salvado nem deve saber o que é um “offshore”. Tirar o dinheiro do Estrela e metê-lo directamente numa conta pessoal já não se usa. :lol: Foi facílimo para a PJ deslindar este caso. Mas, com todo o respeito pelo Estrela da Amadora, a PJ anda a “perder” tempo com “peixe” miúdo. :
[b]Revista SÁBADOOnde está o dinheiro?[/b]
O antigo presidente do Estrela da Amadora é arguido por peculato, abuso de poder e falsificação de documentos. A PJ investigou a sua gestão e não encontrou o rasto de cerca de 2,6 milhões de euros.
Empresários a intermediar negócios e a garantir que não foram pagos, jogadores comprados duas vezes, dinheiro movimentado livremente entre a contabilidade do clube e a conta pessoal do presidente, ausência de documentos e contratos de compra e venda. A PJ acredita ter encontrado suspeitas de tudo isto na investigação realizada à gestão do antigo presidente do Estrela da Amadora, Jaime Maria Salvado.
O caso remonta a Fevereiro de 2004, quando a direcção do Estrela da Amadora, presidida por António Oliveira, enviou uma denúncia à PJ por alegada delapidação de património e adulteração de contas. As suspeitas recaíam na anterior direcção, presidida por Jaime Maria Salvado. Nas diligências policiais que se seguiram, que incluíram buscas ao clube e a quebra do sigilo de contas bancárias, os investigadores terão detectado várias irregularidades na contabilidade do Estrela.
A ausência de documentação justificativa de gastos, sobretudo em transferências de jogadores (como Gilberto “Gaúcho”, Edvan e Djalma), e a existência de uma alegada conta-corrente entre o clube e o próprio presidente figuram no relatório do Departamento de Perícia Financeira da PJ. A perícia abrange o período de 1999 a 2002 e revela que logo em 1999 são mencionadas na contabilidade do Estrela da Amadora empréstimos de quase 4 milhões de euros supostamente realizados por Jaime Maria Salvado.
As investigações da PJ revelam que este dinheiro terá saído do clube e entrado numa conta titulada pelo seu presidente, apesar de Jaime Maria Salvado apenas apresentar documentos que justificam gastos de 1,4 milhões de euros. E mesmo uma boa parte desse montante - quase 710 mil euros para a aquisição de jogadores a clubes brasileiros como o Centro Desportivo Alagoano ou o Ceará Sporting Clube - levantou suspeitas aos investigadores. Concluíram que “não existem saídas de dinheiro para estes clubes” e que Salvado apenas entregou ao Estrela recibos com o timbre dos clubes brasileiros, sem qualquer numeração nem sequer assinatura reconhecida.