A verdade, quer queiramos quer não, é que FSF, bom ou mau, é o único que tem algo que se pareça com um projecto, neo-projecto, pseudo-projecto. Dias Ferreira, além do que fala (bem por vezes, mal por outras), a única medida concreta que assumiu foi... pedir uma auditoria. Os outros, têm apresentado o nome deles e nada mais.
Pois perante estes factos e como me parece pouco credível que até à Assembleia qualquer outro dos candidatos apresente qualquer coisa de concreto como via alternativa, não há muito a dizer. O que vós, sócios que lá estarão, irão fazer?
Votar contra FSF, este saí, é tudo muito bonito mas quem vem a seguir e com que projecto? Estão dispostos a arriscar em chumbar na assembleia o projecto FSF e, arriscar-mo-nos a ver nas eleições a marcar, surgir um novo “Jorge Gonçalves” ou um “Vale e Azevedo de Alvalade”?!
Até pode ser que surjam ideias e projectos viáveis e válidos como alternativa mas, também pode não surgir nada. É um risco demasiado grande não?
Há, a meu ver, uma manifesta incapacidade de oposição efectiva e viável. Fala-se muito mas, de concreto, produz-se nada. Face à ausência de um projecto que se apresente já como alternativa à proposta de FSF dia 23, é mais que óbvio que este vencerá esta assembleia que se avizinha. E para as eleições? Haverá projectos para apresentar para opor aquele que foi (será) aprovado dia 23?!
Estou mesmo a ver o filme: FSF ganha a assembleia, candidata-se e, face a isso, os pseudo-candidatos afastam-se da corrida eleitoral, alegando que os sócios já decidiram préviamente um rumo a seguir e que agora não faz sentido mudar-se de direcção.
Candidatos da oposição assim?! Não obrigado! Se forem candidatos “a sério!” é esta a altura de se apresentar medidas e projectos em concreto. Não depois.
E se ocorrer o que acima previ, estes tais candidatos serão tão responsáveis como FSF se a coisa der mesmo para o torto no futuro. Serão responsáveis por inacção e incompetência.
Penso que é a primeira vez em quase 3 anos de fórum que leio um post com o qual não concordo em rigorosamente nada.
Aparentemente achas que é melhor “um projecto”, mesmo que mau, do que “nenhum projecto”. Parece-me um disparate evidente.
Aquilo que FSF pretende é uma autorização para, a meses das eleições, e por isso num período que devia ser de mera “gestão corrente” (para mais tratando-se de um presidente cooptado, que chegou ao poder sob várias condicionantes), liquidar o património construído ao longo de dez anos, e em nome do qual os sportinguistas foram levados a suportar todo o tipo de provações, acreditando tratar-se de investimentos estruturantes do futuro do Clube a longo prazo.
FSF quer que, após uma discussão de poucas semanas da qual não resultou esclarecimento algum (até o próprio ex-presidente DC, que saiu de lá há poucos meses, clama pela auditoria!), meia dúzia de sportinguistas se reúnam numa 5ª feira à noite e deitem para o lixo aquilo que durante dez anos lhes foi vendido (entre outros pelo próprio FSF!) como sendo o seguro de vida do Sporting.
Esse teu raciocínio de que mais vale apanhar agora o comboio do Soares Franco do que correr o risco de que depois apareça um Jorge Gonçalves ou Vale e Azevedo é, desculpa que te diga, de uma menoridade desconcertante. Por essa ordem de ideias, em última análise, mais vale nem fazer eleições…
E depois ainda dizes que os candidatos a sério são os que se cheguem à frente agora, e não nas eleições! Mas isto faz algum sentido?! Então porque FSF decidiu subverter a lógica democrática, apresentando um programa eleitoral em AG, e não em eleições, os outros são obrigados a dançar ao som desta música? São obrigados a apresentar programas, listas, apoios bancários, no prazo de duas semanas que FSF fez o favor de lhes dar?
Tem lá paciência. A cobrança sobre os candidatos e as conclusões sobre o nível da oposição só podem começar quando for marcada a data das eleições. Só no acto eleitoral devem ser julgados pelas ideias que apresentem, tal como aliás devia suceder com FSF, que no entanto parece inconformado com o maçador due process democrático e acha mais conveniente aprovar o seu programa sem oposição nem discussão pública, para depois fazer das eleições um jogo com cartas marcadas.
E os proto-candidatos que não aceitem participar numa farsa deste calibre, são, pasme-se, tão responsáveis como FSF pelo que venha a acontecer no futuro… :shock: