Congresso ‘The Future of Football’

O FUTURO DO FUTEBOL CONSTRÓI-SE AQUI
Por Jornal Sporting
07 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL ‘THE FUTURE OF FOOTBALL’
‘The Future of Football’ com vários temas relevantes para Clube e futebol

Depois do sucesso da primeira edição, outra coisa não se esperava: a segunda edição do Congresso ‘The Future of Football’ vai realizar-se em Alvalade, nos próximos dias 20 e 21 de Abril. Luís Roque, membro da Direcção, fala sobre as expectativas ‘leoninas’ em relação a um evento que se espera ser mais uma lufada de ar fresco no panorama desportivo nacional.

“Que seja um Congresso com visibilidade internacional, com uma qualidade tão boa ou melhor do que a do anterior e que seja muito participado pelos Sportinguistas, mas também pelas pessoas de outros clubes que gostam e se interessam por futebol. Queremos que os temas que vão a debate neste Congresso possam gerar discussões muito interessantes e que contribuam para um conhecimento maior sobre os vários temas do futebol. A expectativa é que este conjunto de temas que estamos a colocar em discussão possa enriquecer o debate aqui em Portugal e também na Europa e no Mundo sobre questões que são pertinentes para o Sporting. Este Congresso também nos permitirá reunir aqui um conjunto de pessoas muito relevantes nas instâncias que mandam no futebol da Europa e do Mundo e isso para nós também é muito relevante, podermos estar pessoalmente com essas pessoas e trocar um conjunto de ideias que acabam por ser importantes para agora e para o futuro do Sporting”, explica Luís Roque, antes de falar sobre as novidades que os congressistas e todos os inscritos poderão usufruir neste II Congresso ‘The Future of Football’: “O painel de oradores é praticamente todo distinto. Mais de 90% dos oradores estarão pela primeira vez no Congresso e, portanto, iremos ter intervenções distintas. Há uma convergência, o ‘Inovação no Futebol’, que é o tema de painel de abertura do Congresso onde se irão discutir as novas tecnologias. Todo este tema, que tem que ver com a inovação e as tecnologias aplicadas à arbitragem, é um tema que está muito quente em todo o mundo do futebol e que já foi mencionado no ano passado. Foi abordado este tema, nessa altura ninguém falava sobre isto, o Sporting era o único clube em Portugal que defendia as tecnologias como auxílio da arbitragem. É um exemplo de como trazemos novas discussões interessantes sobre futebol”.

Para além disso, a zona onde irá decorrer o Congresso, o Auditório Artur Agostinho, será palco de actividades nos dois dias que antecedem o início do evento, com o dia de segunda-feira a ser dedicado às crianças, sobretudo aos jovens das Escolas Academia Sporting, onde existirá, por exemplo, um jogador de futebol a discursar sobre a sua experiência. Já na terça-feira, o dia será para os estudantes de desporto e para as universidades, havendo lugar a um conjunto de debates.

O ‘The Future of Football’ é feito para quem nele participa, mas, principalmente, para o mundo do futebol no seu todo. Os assuntos discutidos são pertinentes e as mudanças acabam sempre por chegar. “Estes Congressos são seguramente formas de melhorar o futebol nacional. No I Congresso, para além deste tema das novas tecnologias, falámos também sobre os fundos e sobre a pertinência de deixarem de existir nos moldes em que existiam. O Congresso foi mais uma palavra contra isso e acabou por surtir efeito. Os objectivos ao nível da política desportiva têm sido cumpridos”, explica Luís Roque, concluindo com um desejo: “Queremos ter sucesso e causar impacto no futebol e para isso é muito importante que os media possam acompanhar o melhor possível. Este é o Congresso sobre futebol mais completo e interessante em Portugal e o que tem o carácter mais internacional”.

http://www.sporting.pt/pt/noticias/clube/congresso-internacional-future-football/2016-04-07/o-futuro-do-futebol-constroi-se

Para mais informações e inscrições: www.thefutureoffootball.org

Qualquer um se pode inscrever? É que no registo pede a entidade…
O primeiro dia interessa-me muito.

“O VÍDEO-ÁRBITRO É O FUTURO DO FUTEBOL”
Por Jornal Sporting
14 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL ‘THE FUTURE OF FOOTBALL’
Opinião de Gijs de Jong, director de Operações da Federação Holandesa

Gijs de Jong, director de operações da Federação Holandesa de Futebol, será um dos oradores do Congresso Internacional ‘The Future of Football’, que irá decorrer entre os próximos dias 20 e 21 de Abril no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade.

Em declarações ao site oficial do Clube, o responsável que irá falar sobre o tema ‘Novas Tecnologias’ destaca que “o vídeo-árbitro é o futuro do futebol”. “A tecnologia tem sido tão desenvolvida em tantos aspectos nos últimos anos que é tempo de utilizarmos isso para o desenvolvimento do futebol. Tenho a certeza que, em poucos anos, iremos olhar para trás e ver como o vídeo-árbitro mudou o futebol”, destacou.

De recordar que Gijs de Jong é o responsável pelo projecto ‘Refereeing 2.0’ da Federação Holandesa de Futebol, um projecto-piloto de dois anos lançado em 2013 com o objectivo de criar um futebol mais justo através da melhoria dos auxílios aos árbitros. O projecto centrou-se na avaliação da tecnologia da linha de golo, quinto e sexto árbitros auxiliares e a utilização do sistema de vídeo-árbitro.

Um dos pontos mais mediáticos do projecto aconteceu em Janeiro, quando foi testada pela primeira vez a tecnologia do vídeo-árbitro num encontro da Eredivisie, entre Feyenoord e Heerenveen. A experiência foi feita em parceria com a estação Fox Sporting e as imagens do local de trabalho do vídeo-árbitro foram transmitidas pelo Youtube.

http://www.sporting.pt/pt/noticias/clube/congresso-internacional-future-football/2016-04-14/o-video-arbitro-e-o-futuro-do

“TEM UM VALOR INESTIMÁVEL PARA PROMOVER NOVAS IDEIAS”
Por Jornal Sporting
15 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL ‘THE FUTURE OF FOOTBALL’
Opinião de Darren Bailey, director da Football Regulation and Administration da FA

Darren Bailey, director da Football Regulation and Administration of Football Association, será um dos oradores no primeiro painel do Congresso Internacional ‘The Future of Football’, que se realiza nos próximos dias 20 e 21 de Abril no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade. Em declarações ao site do Clube, o responsável elogia a iniciativa do Sporting CP e ressalva a importância de juntar os grandes ‘actores’ do futebol para, juntos, tentarem responder a alguns dos maiores desafios da indústria.

“Estou muito satisfeito por poder marcar presença e ouvir os debates e discussões sobre um fascinante número de tópicos de grande interesse para o futebol em 2016. É excelente poder ver todos os intervenientes juntos a abordar os grandes desafios do futebol no presente e a ver como se podem capitalizar as muitas oportunidades para o desenvolvimento do jogo em termos desportivos e comerciais. Este tipo de Congressos tem um valor inestimável para promover novas ideias e continuar o desenvolvimento da indústria do futebol a bem de todos”, comentou Darren Bailey.

“Tem havido muito debate sobre se as novas tecnologias podem ajudar o futebol e o desempenho dos árbitros assistentes no seu difícil papel. A oportunidade de ter experiências reais de utilização de tecnologia vídeo irá permitir um julgamento objectivo sobre se é uma ferramenta que pode rectificar as injustiças desportivas mantendo a fluência do jogo. Será certamente um período de dois anos muito interessante enquanto decorrerem essas experiências e tenho a certeza que o debate sobre as tecnologias será mais intenso à medida que os resultados começarem a sair”, argumentou ainda, concluindo: “A Football Association está determinada a estar na linha da frente da inovação e quer ver como a tecnologia poderá funcionar para bem do jogo a todos os níveis assegurando que a velocidade e as características do jogo se mantêm. Nunca houve um tempo tão prometedor para estar envolvido com este grande desporto”.

A segunda edição do Congresso Internacional ‘The Future of Football’ realiza-se nos próximos dias 20 e 21 de Abril no Auditório Artur Agostinho do Estádio José Alvalade. Para inscrições (que são gratuitas) e mais informações, consulte a página www.thefutureoffootball.org.

http://www.sporting.pt/pt/noticias/clube/congresso-internacional-future-football/2016-04-15/tem-um-valor-inestimavel-para

O QUE TEM A ÍNDIA, A CHINA OU OS EUA DE TÃO ESPECIAL?
Por Jornal Sporting
15 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL ‘THE FUTURE OF FOOTBALL’
Saiba mais sobre o painel ‘Mercados Emergentes’ do ‘The Future of Football’

O que tem o futebol de especial para ter atraído mercados tão ‘distantes’ como Índia, Estados Unidos ou China? Como se explica o autêntico êxodo de figuras de primeiro plano para esses países? Sobretudo na antecâmara do início da Liga chinesa, foram muitos os trabalhos a propósito das transferências de Jackson Martínez, Ramires, Fredy Montero, Guarín ou Alex Teixeira e do ‘salto’ que houve a nível de investimento. Mas como se justifica esse súbito ‘boom’? Eis algumas perguntas em debate no último painel do Congresso Internacional ‘The Future of Football’.

Larsing Ming Sawyan, Lino Di Cuollo, Julian Kam e Anthony Baffoe serão os oradores de um painel moderado pelo reputado Ângelo Correia que irá procurar conhecer de forma mais aprofundada os exemplos de outros continentes em relação à indústria do futebol, desde a vertente desportiva – também aqui a China é um caso paradigmático, por haver uma aposta forte para valorizar os jogadores nacionais – aos planos comerciais e de angariação de receitas, que sustentam e justificam esse salto qualitativo.

O quarto painel do II Congresso Internacional ‘The Future of Football’, subordinado ao tema ‘MERCADOS EMERGENTES’, contará com os seguintes oradores:

MODERADOR: Ângelo Correia, antigo ministro e presidente da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa (CCIAP)

ÍNDIA: Larsing Ming Sawyan, vice-presidente da All Índia Football Federation

ESTADOS UNIDOS: Lino Di Cuollo, vice-presidente da MLS para as Relações com Jogadores e Competições

ÁSIA: Julian Kam, managing director da ProEvents

A segunda edição do Congresso Internacional ‘The Future of Football’ realiza-se nos próximos dias 20 e 21 de Abril no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade. Para inscrições (que são gratuitas) e mais informações, consulte a página www.thefutureoffootball.org.

http://www.sporting.pt/pt/noticias/clube/congresso-internacional-future-football/2016-04-15/o-que-tem-a-india-a-china-ou-os

Parece que o nosso conhecido Pippo Russo vai ser um dos oradores no primeiro dia. :great:

Tenho uma ideia que gostaria de ver associada ao Sporting e que na minha opinião vai estar associada a um dos dias,e temas em discussão no dia 2

DAY 2
21ST APRIL

08h30
Registration

09h30
Discussion Panel III
New (and old) Revenue Streams for Clubs
Rui Miguel Coutinho Baptista (Mediator) - General Manager of Fundação EDP

Betting
Emanuel Medeiros - CEO ICSS Europe New Advertising Platforms
Steve Rickless - CEO Triple Play
TV Rights
Ebru Koksal - FIFA e UEFA Consultant
Expansion Strategies

Tem exactamente a ver estratégia para valorização e premiar os Sócios, Apostas e dentro do tema das novas estratégias.
Tenho a ideia em estado bruto e algumas limitações principalmente ao nível do mundo das apostas (pois não faço) e não vou conseguir estar no congresso.

A minha ideia era aproveitar o Forum e até Terça-Feira à noite, com a ajuda daqueles que queiram participar, moldar-mos esta ideia de forma a poder servir ao Sporting.
Se alguém lá for e quiser apresentar, óptimo, senão tento fazer chegar ao Sporting ou partilho pelo site do congresso:
http://thefutureoffootball.org/dev/

Não existindo uma Sala ou Camarote dos Sócios, vou abrir o tópico de discussão com a ideia num local mais reservado possível…

Já tinha reparado nos anúncios da RFM, e agora confirmei no site:

José de Alvalade? Não é José Alvalade?

“ORGANIZAR ‘THE FUTURE OF FOOTBALL’ É VER MAIS À FRENTE”
Por Jornal Sporting
19 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL THE FUTURE OF FOOTBALL
Alfredo Silva abordou várias temáticas relacionadas com os adeptos no futebol

O professor Alfredo Silva, da Escola Superior de Rio Maior, foi quem iniciou a manhã de palestras no Auditório Artur Agostinho, no primeiro dia do congresso ‘The Future of Football’, trazendo consigo o tema ‘Adeptos e Fãs para o Futuro do Futebol’. A apresentação abordou a diferenciação entre espectadores e fãs, segundo a qual a mesma consiste no nível de identificação das pessoas para com os seus clubes, tendo estes responsabilidade directa na ligação existente mais ou menos forte.

“Este tipo de iniciativas é muito importante para as novas gerações, que são os futuros líderes do país. Organizar o ‘Future of Football’ é ver mais a frente. Ter uma preocupação ética, fora das quatros linhas. Revela da parte da Direcção uma visão muito à frente. Hoje viemos dar nota do que são os vários tipos de adeptos, que são todos diferentes”, explicou.

Acerca da forma como o Sporting trabalha esta ligação, Alfredo Silva foi bastante elogioso, explicando que a ‘Onda Verde’ existente é fruto de muito trabalho do Clube. “Nutro uma especial admiração pelo Sporting e sei que o Clube estuda a sua base de adeptos. Só estudando os comportamentos dos adeptos é possível compreendê-los melhor. E só assim se poderá satisfazê-los. Noto que o Sporting tem um trabalho sério e profundo e adequa aquilo que são os seus trabalhos de comunicação e de marketing pelo conhecimento que têm da sua massa adepta”, afirmou.

Um dos pontos fortes da palestra do professor da Escola Superior de Rio Maior incidiu sobre a taxa de ocupação nos estádios dos três grandes, que ronda os 70%. Segundo a análise realizada, com um hipotético aumento para os 80%, as receitas aumentariam no total em 3,9 milhões de euros. Para isso, Alfredo Silva afirma ser necessário os clubes efectuarem trabalhos de conhecimento dos seus adeptos e conseguirem aumentar o seu nível de identificação com as respectivas equipas. Por outro lado, explica que os clubes pequenos têm algumas limitações impostas pelas características geográficas do país mas diz ser possível melhorar a adesão para com os clubes locais.

“Acho excelente que por cá haja uma profundidade social muito grande nos clubes grandes. Mantêm os núcleos, as ligações e os canais de comunicação abertos. Com a crise e com a perda de rendimento os sócios continuam afiliados aos seus clubes porque os amam, porque os sentem e porque se identificam com eles. É um sinal da nossa identidade e do bom trabalho desenvolvido pelos clubes”, afirma, prosseguindo acerca da situação nos restantes clubes nacionais: “O que noto é que os clubes mais pequenos têm de adoptar estratégias e ações no sentido de aumentar a sua base de adeptos. Nada se constrói em pouco tempo, isto demora anos, mas é preciso um trabalho sério de estudo dos seus adeptos. Noutros países de maior dimensão geográfica há várias cidades grandes, ao contrário do que se passa em Portugal, e isso tem também a sua influência. A base de adeptos é proporcional à população das suas cidades”, finalizou.

Acabei de enviar pelo site a minha ideia:

http://www.forumscp.com/index.php?topic=66948.msg4110069#new

“FORA DAS QUATRO LINHAS HÁ TEMÁTICAS MUITO RELEVANTES”
Por Jornal Sporting
19 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL THE FUTURE OF FOOTBALL
Alexandre Mestre, docente de direito do desporto, falou de “Governança e Regulação”

No primeiro dia do congresso ‘Future of Football’, direcionado aos estudantes universitários, falou-se do papel dos adeptos no futebol, do futuro da formação de treinadores, do desenvolvimento do futebol feminino mas também do extra futebol e daquilo que vai para além das quatro linhas. Alexandre Mestre, docente na Universidade Europeia e também advogado, abordou os diferentes problemas que considera existirem no futebol português.

“É importante que quando se discute o futuro do futebol português, como advogado, tente transportar um bocadinho de como se deve fomentar a transparência, a percepção do público em relação às decisões, as questões orgânicas ou a própria integração da mulher ou das pessoas com deficiência no futebol. Há uma grande variedade temática fora das quatro linhas que são também muito relevantes, até para fazer os adeptos acreditarem na verdade desportiva”, afirmou o orador, explicando que apesar da Federação Portuguesa de Futebol se distinguir nalguns pontos, há outros que precisam de ser revistos.

“A FPF é uma das 19 federações, dentro das 209 da FIFA, que têm uma publicitação dos seus regulamentos, estatutos e publicações. É importante mencionar também o que se faz bem e os bons exemplos. Pelo contrário, o principal aspecto a melhorar penso que passe pela maior cooperação e união entre as organizações. Dou sempre este exemplo: se numa rua há três padarias, todas quererão que as outras fechem”, prosseguindo com a explicação para a metáfora: “Neste produto, todos os clubes SAD precisam uns dos outros na componente económico-financeira. Tudo o que possa reforçar a união e a cooperação entre eles deve ser uma prioridade. Outro aspecto é a transparência em alguns clubes e sociedades desportivas, em que às vezes temos dificuldade em perceber os regulamentos e estatutos, quem faz o quê, onde e como”.

Perante uma plateia bastante jovem e participativa, Alexandre Mestre mostrou-se satisfeito pelo interesse demonstrado, tal como com a iniciativa ‘leonina’ na organização do congresso ‘Future of Football’. “É sempre bom ver jovens preocupados, até porque serão os futuros gestores dos clubes, de associações e em quaisquer administrações em que o futebol estará presente. Também o exemplo do Sporting é de salutar, com a criação deste congresso de nível internacional”, concluiu.

“FUTEBOL TERÁ FUTURO DE QUALIDADE SEM TREINADORES DE QUALIDADE?”
Por Jornal Sporting
19 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL THE FUTURE OF FOOTBALL
José Curado lançou questões e deu respostas. O “Futuro da Formação de Treinadores” foi o tema

Num estilo despreocupado e frontal, “o velhote” José Curado – como o próprio se auto-denominou diversas vezes ao longo da apresentação – emprestou um pouco da sua vasta experiência e conhecimento acerca da formação de treinadores, à qual está ligado há muitos anos através de variados cargos.

“Haverá um futuro de qualidade para o futebol se não existirem treinadores de qualidade?”, começou por perguntar, insistindo: “Será possível haver desporto de alta qualidade com treinadores de má qualidade? Podemos ter médicos de alta qualidade com formadores de má qualidade? Não acho possível”, afirmou, deixando implícita a importância dos treinadores no desporto e por consequência da sua formação.

José Curado apresentou as várias organizações responsáveis pela formação de treinadores, tanto em Portugal como na União Europeia e no Mundo, explicando um pouco da forma como se processa tudo o que envolve a área, e logo continuou no registo com que havia começado: “Apenas num ano civil existiram seis milhões de lesões declaradas na União Europeia. Neste montante, e juntando aquelas que não são declaradas, quantas resultam da má preparação de treinos?”, questionou, em tom crítico.

Em Portugal, diz, a classe dos treinadores – que ainda não têm na sua função uma profissão reconhecida oficialmente – tem-se revelado um verdadeiro ‘case study’. O ex treinador afirma que o sucesso alcançado pelos técnicos nacionais se explica sobretudo pela qualidade dos mesmos, apesar do mau processo de formação que afirma existir por terras lusitanas.

“Os treinadores portugueses de futebol estão em maior destaque até porque são em maior número, mas todos os treinadores portugueses estão muito valorizados pela sua qualidade. Temos muitos portugueses, em muitas modalidades, a trabalhar no estrangeiro com imenso sucesso, apesar da fragilidade do nosso processo de formação”, dando depois alguns exemplos concretos: “Um gigantesco projecto da NBA na Índia que tem como objectivo difundir o basquetebol no segundo país mais populoso do mundo é liderado por um grupo de treinadores portugueses, sob coordenação do Carlos Barroca. O Mário Palma, por exemplo, qualificou Angola por três vezes para os Jogos Olímpicos. A primeira mulher convidada para treinar uma equipa profissional de futebol foi portuguesa, a Helena Costa. Já disse numa reunião internacional que somos um ‘case study’. Como explicar que um país pequeno com tantos problemas tenha um elevado número de treinadores portugueses em tantos sítios do mundo?”.

Ainda assim, e apesar da qualidade que admite que os treinadores nacionais têm, José Curado aponta uma forte crítica aos treinadores de formação – ainda que a meias com os dirigentes. A formação, repete, é essencial, mesmo para os treinadores que se pretendem limitar ao futebol jovem.

“Há uma enormíssima margem de progressão para os treinadores portugueses, principalmente na formação. Desejo, para o futuro, que todos os miúdos tenham um treinador altamente qualificado. Não sei se muitos treinadores não estão a contribuir para o abandono precoce da prática desportiva em larga escala. O realço que está a ser posto nos resultados, o ganhar a qualquer preço… pode ter efeitos nocivos. Se bem que aqui não se trata apenas dos treinadores, mas dos dirigentes, que são quem mandam”.

“SÃO AS RELAÇÕES EMOCIONAIS QUE ESTÃO ACIMA DE TUDO”
Por Jornal Sporting
19 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL THE FUTURE OF FOOTBALL
Pedro Dionísio, professor associado do ISCTE, abordou a temática do fervor dos adeptos em torno do seu clube de futebol

Há quem se debruce sobre o fenómeno que envolve a criação de uma paixão à volta de um clube e discuta os extras que dele podem advir. O congresso internacional ‘The Future of Football’ decorreu durante todo o dia de hoje no Auditório Artur Agostinho, sendo que as palestras da tarde se iniciaram pela voz do professor Pedro Dionísio, que aprofundou um tópico comum na nossa sociedade. ‘O Fervor Clubístico nos Adeptos de Futebol’ palpita nos corredores do estádio José Alvalade, mas a audiência teve a possibilidade de conhecer o lado mais teórico de um tema carregado de emoções.

“Os adeptos de futebol são considerados as novas tribos. A procura de laços de ligação entre os indivíduos, que substitui um período anterior marcado pelo individualismo, tem o nome de neotribalismo. As tribos estabelecem uma relação emocional forte”, explicou, para de seguida colocar uma questão que simplificou automaticamente o pensamento do público presente: “Quantas vezes é que foram a uma outra cidade, onde não conheciam nada nem ninguém, e encontraram alguém do vosso Clube, da vossa tribo?”. Várias foram as mãos que prontamente se declararam conhecedoras dessa mística, cientes do sentido exposto pelo orador. “Encontram essas pessoas, com as quais passam a ter uma conversa em comum, outros tantos interesses e, se estiverem muito envolvidos com o próprio Clube, têm a sensação de que já as conheciam há anos”, prosseguiu.

A forma como os adeptos do Sporting CP vivem o fenómeno foi demonstrada ao som d’O Mundo Sabe Que, presente num vídeo onde é possível observar mais de 45.000 Sportinguistas num acto de pura dedicação. Uma dedicação que, segundo o professor doutorado em Organização e Gestão de Empresas, muitas marcas comerciais gostariam de gerar com os seus consumidores.

“Uma marca comercial como a Coca-Cola ou a Super Bock adorariam ter essa relação afectiva e emocional. Os adeptos de futebol têm os seus rituais, os seus locais comuns e um imaginário colectivo. O consumidor tribal olha mais para os aspectos emocionais do que para a questão dos cartões ou da fidelização. Não são os benefícios materiais que os movem, são as relações emocionais que estão acima de tudo”, vincou, à medida que se iam visualizando algumas campanhas publicitárias concebidas pelo Atlético de Madrid, um clube que procura desenvolver valores diferentes do seu rival citadino, visto que, ao longo do tempo, não se tem conseguido destacar através dos títulos ganhos.

O visor apagou com uma frase de Jane Howard, uma famosa romancista americana, a agitar a nossa mente: “Call it a clan, call it a network, call it a tribe, call it a family. Whatever you call it, whoever you are, you need one”. De uma tribo. De uma família. De um clube.

“OS CLUBES TÊM DE SER GERIDOS COM CONHECIMENTO TÉCNICO”
Por Jornal Sporting
19 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL THE FUTURE OF FOOTBALL
Na segunda aula livre da tarde, o professor catedrático do ISG, Miguel Varela, focou-se na ‘Economia e Gestão no século XXI’

Alguns alunos da área de Desporto ainda inscritos no ensino secundário abriram os livros para rever a seguinte matéria: afinal, quais é que são as semelhanças entre gerir uma empresa e um clube de futebol? O professor Miguel Varela tentou desenlaçar estas e outras questões relacionadas com a Economia e a Gestão, duas disciplinas que, na sua opinião, pertencem ao grupo das ciências sociais.

“Falar destas duas temáticas para potenciais gestores desportivos é uma tarefa complicada”, começou por dizer. “Até porque a vossa geração será uma geração com grandes responsabilidades no futuro. Os clubes, tal como as empresas, têm de ser geridos com conhecimento técnico e com ciência. Claro que dirigir um clube tem especificidades próprias, há muitos factores de incerteza – em relação ao futebol, por exemplo, o sucesso está bastante associado às vitórias, mas continuo a achar que a gestão se preocupa mais em garantir a eficiência do que a eficácia, que depende de inúmeros factores extra”, referindo-se à possibilidade de uma equipa com um excelente plantel não alcançar um único título ao longo da temporada.

Incitando os seus alunos a virar a página, Miguel Varela apontou para um título incontornável na sobrevivência de qualquer organização laboriosa: o financiamento. Apesar das milhares de voltas que o mundo do trabalho já sofreu, haverá sempre uma máxima a pautar o ritmo desta roda gigante, aquela que impõe a necessidade de gerar dinheiro.

“O ser humano dependeu durante milhares de anos da evolução agrícola, depois apareceu a sociedade industrial e hoje em dia vivemos numa comunidade que ainda não foi qualificada porque está em constante transformação. No entanto, há coisas intemporais nas empresas que resistem à passagem do tempo. Os departamentos financeiros, os recursos humanos, os directores comerciais ou de marketing e o aprovisionamento da gestão, necessário para a manutenção da própria empresa, têm de existir”, indicou, antes de revelar alguns dados bastante preocupantes.

Existem cerca de um milhão e meio de empresas em Portugal, sendo que 90% delas não paga impostos. Curiosamente, isso não é um aspecto positivo. Essas empresas não pagam impostos porque não lucram para tal. Quando os alunos se iam questionando entre si acerca do registo, o professor sugeriu um parágrafo capaz de esclarecer a audiência.
“Temos de ser cada vez mais criativos e empreendedores parar gerar receitas para a nossa organização… E até para nós próprios! A gestão vive muito da decisão e para decidirmos correctamente precisamos de informação, uma informação que a empresa poderá comprar, ainda que o preço a pagar não seja o mais agradável. Nos clubes, as quotas dos sócios e as vendas de jogadores são cruciais para garantir lucro”, finalizou, fechando um livro demasiado longo para o pouco tempo disponível.

“NECESSITAMOS DE VISIBILIDADE E CREDIBILIDADE”
Por Jornal Sporting
19 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL THE FUTURE OF FOOTBALL
Susana Cova contou as aspirações futuras onde o ‘Desenvolvimento do Futebol Feminino em Portugal’ vingará

Narrou a treinadora nacional que a Supertaça feminina foi uma competição crucial para a modalidade ganhar visibilidade e credibilidade, contudo, continua a ser insuficiente e a treinadora enumerou outras tantas actividades que têm como meta principal aumentar o número de praticantes em Portugal.

“Para além da Supertaça feminina, que teve a sua 1.ª edição em Agosto do ano passado, em Outubro arrancou também o Campeonato Nacional de juniores de futebol 9, com 31 equipas. Já existe o Dia e Festa do futebol feminino, que se realiza na data da final da Taça de Portugal, e os centros de treino, que juntam as jogadoras de qualidade para que elas trabalhem de forma regular durante seis meses, de modo a potenciá-las”, referiu, antes de juntar os projectos para 2016/2017: “Existirá uma competição de seniores com o nome de Liga Feminina Allianz, a Taça Nacional sub-19 e seminários de futebol para melhorar a formação dos treinadores”.

Apesar das constantes linhas que se acrescentam a esta narrativa, a taxa feminina de participação, em Portugal, continua a ser muito reduzida comparativamente com a masculina. Isso explica o 40.º lugar no ranking da FIFA em termos de selecções nacionais e o 23.º a nível europeu. Dadas as condicionantes, Susana Cova mostrou-se bastante orgulhosa da prestação das atletas portuguesas em provas internacionais.

“As nossas jogadoras sub-16 estreiam-se nas competições internacionais diante de adversárias que vêm de uma preparação desde o escalão sub-14. Ainda assim, dão luta e esforçam-se para glorificar o nosso país. Sinto um tremendo orgulho”, concluiu uma das pessoas que mais deseja que o futebol feminino e o nosso país vivam felizes para sempre.

“TER O PODER DE MILHÕES DE PESSOAS NA MÃO”
Por Jornal Sporting
20 Abr, 2016
CONGRESSO INTERNACIONAL THE FUTURE OF FOOTBALL
Bruno de Carvalho analisou ‘O Futebol como Ciência e Consciência’

“Estou aqui como pai e não como Presidente do Sporting Clube de Portugal” – Este foi o mote de um discurso improvisado, contudo bastante sentido, de Bruno de Carvalho. Por motivos profissionais, o professor Manuel Sérgio não teve a oportunidade de conversar com uma plateia que esteve à espera da última temática do congresso ‘The Future of Football’ para ouvir o valioso conhecedor. O Presidente ‘leonino’ tomou as rédeas da situação de uma forma categórica, deixando os ouvintes interessados ao longo de toda a palestra.

“O futebol não é apenas um mundo de emoções e reacções. Como fenómeno de massas, é cientificamente arrojado fazer parte desta modalidade, onde eu defendo que os princípios que nos caracterizam devem reger a nossa actuação”, salientou, lamentando logo de seguida o grave problema que tem invadido as quatro linhas: “Existe uma crise tremenda de valores. Conseguir conciliar a ciência que é o futebol com a consciência que devemos ter do que deve ser o futebol humanisticamente não é fácil. É conhecida a minha opinião: são necessários novos paradigmas, mudar positivamente as coisas”. E Bruno de Carvalho soltou estas declarações apontando para a geração juvenil que o observava do outro lado da sala, numa tentativa de empurrar as suas palavras para o imaginário daqueles estudantes.

“O entendimento próprio sobre a vida e sobre aquele que deverá ser o vosso comportamento no mundo do desporto ditará a capacidade que terão de fazer parte de um destes dois grupos: os milhares que entram e os poucos que fazem a diferença”, prosseguiu, antes de concluir a conferência com um alerta pertinente: “Estar no futebol é ter o poder de milhões de pessoas na mão e ele tem de ser muito bem gerido. É das profissões mais aliciantes, mas também é uma daquelas que, no nosso dia-a-dia, nos coloca mais desafios enquanto seres humanos”.

O primeiro dia do congresso encerrou com chave de ouro e quem o disse foram os olhares dos rapazes e raparigas que foram abandonando o Auditório Artur Agostinho.

Pippo Russo a rasgar a CS Portuguesa de alto a baixo. :clap: :clap:

Olha o Futre!

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