Confrontos e Massacres na Líbia

Depois do Egipto, os confrontos alastraram-se para a Líbia. Só que aqui domina o Kadafi que não tem problemas em massacrar. Opina sobre isto forista (se editassem o tópico do Egipto para “Confrontos” podiam-se fundar os dois tópicos)

[b]Líbia: Mais de 200 mortos só na cidade de Benghazi[/b] 18h57

As acções de repressão de manifestantes já provocaram mais de 200 mortos e 900 feridas em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, de acordo com fonte médica citada pela BBC. Uma médica classificou a situação de «um verdadeiro massacre».

Os últimos ataques deste fim-de-semana agravaram em grande escala os números, sobretudo depois de uma multidão que acompanhava os funerais de vítimas ter sido alvo de ataques.

Também a cidade de Al Beyida, no leste do país, tem registado confrontos violentos, que só na passada sexta-feira mataram pelo menos 23 pessoas.

Os principais focos de ocorrência de violência têm sido registados no Leste do país, mas as restrições impostas pelas autoridades, entre elas a proibição de entrada de jornalistas estrangeiros, impedem a divulgação de mais informações.

[b]Kadhafi perde controlo do leste da Líbia[/b] Pedro Duarte 20/02/11 19:47

Muammar Kadhafi é o líder árabe há mais tempo no poder.

O presidente líbio já perdeu o controlo de quase toda a parte Leste do país, estando a reforçar a sua posição na capital, Tripoli.

Os combates de hoje centraram-se acima de tudo na segunda maior cidade do país, Benghazi, onde durante a manhã forças leais a Kadhafi abriram fogo com armas pesadas sobre uma multidão de 100.000 pessoas que havia comparecido aos funerais das vítimas do dia anterior. Esta atitude acabou por levar a maior parte dos soldados estacionados na cidade a mudar de campo, noticiam as agências internacionais.

“Posso confirmar 13 mortos só no nosso hospital. Mas as boas notícias é que as pessoas estão a celebrar com as notícias de que o exército está do lado do povo”, disse à al-Jazeera um dos médicos do maior hospital da cidade, elevando para cerca de 200 o número de mortos e 900 o de feridos registados nos combates que tiveram lugar na cidade durante os últimos dias. O mesmo médico revelou ainda que os ataques têm sido realizados “por apenas uma única brigada militar que está contra os manifestantes, a brigada Al-Sibyl”. Reforçados pelos militares que mudaram de lado, a multidão capturou vários outros veículos militares e armas, tendo incendiado a academia da polícia, estando a lançar neste momento um assalto armado sobre o quartel desta formação leal ao regime.

“Os advogados estão a manifestar-se em frente ao tribunal do Norte de Benghazi. Há lá milhares de pessoas. Estamos a chamar-lhe ‘Praça Tahrir Dois’. Os outros estão a atacar a guarnição da cidade, sendo atacados por atiradores furtivos”, disse por telefone à agência AFP o advogado Mohammed al-Mugrabi, residente na cidade.

Confrontos espalham-se

Segundo os contactos que as agências noticiosas têm na Líbia, a revolta contra Kadhafi está agora presente em todo o Leste do país, em particular nas cidades de Bardya, Tobruk, Derna e Misrata. Na cidade de Al-Baida, fontes oficiais que pediram o anonimato disseram às agências que “extremistas islâmicos” capturaram e estão a manter reféns os elementos locais das forças de segurança, bem como “vários civis”, estando o ministro da Justiça Mustafa Abdeljalil a conduzir negociações para tentar obter a sua libertação.

Nos desertos do Sul, as notícias que chegam dão conta de que a polícia, recrutada entre as tribos locais, se juntou aos manifestantes para combater os elementos leais ao regime, que são em grande parte recrutados em outros países africanos.

O domínio de Kadhafi só é visível na capital de Tripoli, cidade onde se têm sucedido durante todo o dia as manifestações de apoio ao líder, por entre uma forte presença das forças de segurança. O acesso à Internet continua sujeito a grandes restrições. “As comunicações com a Líbia são extremamente difíceis”, disse Tom Porteous, porta-voz da agência de direitos humanos Human Rights Watch. Já as autoridades anunciaram a captura de um grupo de seis “sabotadores” que estaria alegadamente a tentar incendiar os campos petrolíferos de Sarir. “O grupo recebeu as armas do estrangeiro e recebeu as suas instruções através da Internet”, disse à AFP uma fonte oficial.

Segundo o Sindicato de Imprensa egípcio, a comunidade de exilados líbios residentes neste país reuniu “equipamento médico urgente” para ser enviado para os seus compatriotas. Já o advogado Ayman Shawki, que vive na cidade fronteiriça de Matrouh, revelou à AP que a poderosa tribo Awllad Ali, que vive na fronteira entre os dois países, se voluntariou para transportar todo o material para dentro da Líbia

18h07

Líbia ameaça acabar luta contra imigração se UE «encorajar» manifestantes

A presidência húngara anunciou este domingo que as autoridades líbias convocaram um representante da União Europeia em Trípoli e ameaçaram acabar com a cooperação na luta contra a imigração ilegal se a UE insistir em «encorajar» as manifestações contra o regime que estão a ter lugar no país.

«Na quinta-feira, o embaixador da Hungria foi convocado a Tripoli. Alertaram-no que, se a União Europeia continuar a encorajar as manifestações, a Líbia suspenderá a sua cooperação na luta contra a imigração ilegal com a UE», disse à AFP o porta-voz da presidência húngara da UE.

Segundo Gergely Polner, depois de o embaixador húngaro ter sido convocado, «os outros representantes europeus em Tripoli receberam a mesma mensagem».

As autoridades da Líbia manifestaram assim o «seu descontentamento» perante o apelo ao respeito pela «livre expressão» no país, por parte da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que pediu a Tripoli para «ouvir» os manifestantes e não enveredar pela repressão violenta dos protestos.

[b]Exército líbio estará agora a apoiar os manifestantes[/b] Inserido em 20-02-2011 18:59

Distúrbios continuam em Benghazi, a segunda cidade da Líbia.

Há registo de uma reviravolta nas manifestações na Líbia: o exército, que tem estado ao lado do Presidente Muammar Kadafi, parece ter-se unido agora aos protestos.

A informação foi confirmada à televisão Al-Jazeera por um médico líbio, que se encontra em Benghazi, a segunda cidade do país. “Neste momento, em frente do Hospital Al-Jalah, há uma grande festa. Os manifestantes têm nas suas mãos espingardas do Exército, muitos deles chegam a estar no interior de carros das autoridades e celebram com os braços levantados, vestidos com o uniforme militar”, disse.

Nesta altura, segundo o mesmo testemunho, apenas uma brigada do exército se mantém do lado de Kadafi.

Até ao momento, os protestos na Líbia já fizeram mais de 200 mortes um pouco por todo o país.

Entretanto, o governo líbio fez hoje um aviso à União Europeia: se os governos comunitários continuarem a apoiar os protestos anti-regime, a Líbia vai deixar de cooperar no combate à imigração

Aparentemente, a Força Aérea bombardeou cidades. Inacreditável, este acto eleva Kadhaffi a um nível ditatorial inteiramente diferente.

Que morra como mártir! Porco!

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Nazis da trampa.
Filhos duma cabra!!!
Ladrões, chulos, não basta mamaram o povo até ao tutano, agora massacram.
Miseráveis: DEVIAM MORRER ÀS MÃOS DA POPULAÇÃO.

Esse ditadores estão todos f0did0s e agarram-se ao poder como podem, pois em caso de derrube são mortos tal como acontecia com quem se opunha ao seu poder.

Mas chegou a hora. É tempo de pagamento de facturas. :twisted:

A que nível? Kadhaffi é do mais porco, desumano e terrorista que existe. Já sabíamos disso há mais de 30 anos.

Há 40 anos que é uma ameaça para o Ocidente…

Atenção que o exército(parte?) está a apoiar a massa de descontentes, tal como no Egipto e parece querer apear a ladroagem
khadafi.
Este obrigou a massas apoiantes a caçar os opositores, sem dó nem piedade. Só sairá à bala o cachorro.

Este Kadhaffi ta a ver se não fica desempregado, a unica profissão que sabe é ditador.

Vi um vídeo (não aconselhável) de militares queimados por se recusarem a matar o seu povo! Kadhafi de uma trampa!

A Visão tem umas páginas espectaculares sobre o assunto. Vou digitalizar e meter aqui…

É claramente uma pessoa demente este Kadhafi, está cada vez mais isolado, seja no seu pais, seja a nível internacional. Presumo que não passe desta semana, visto preferir morrer a sair do pais.

Para além do perigo que constitui uma pessoa destas para a segurança do seu povo começo a recear o ressurgimento de movimentos fundamentalistas que minei uma futura democracia levando os povos que agora se revoltam para uma nova ditadura.

Vamos aguardar.

Valetta, Malta, February 21, 2011 /WNCNews/ – Two Libyan fighter aircraft did emergency landing in Malta due to engine damage. From the information of the pilot, the fighter aircraft apparently was assigned to bomb the Libyan demonstrators.

There are two pilots who claimed the rank of colonel departed from a base near Tripoli. One of them asked for political asylum in the government of Malta. Until now, the two pilots are still checked by police.

From temporary information, both of the aircrafts flew to Malta after ordered to bomb the Libyan demonstrators who demand Muammar al-Gaddafi to resign in the city of Benghazi, the second largest city in Libya.

Malta police also interrogated seven passengers who landed in Malta from Libya by using a French helicopter. Helicopter was known to depart from Libya without permission from the local air service. And there is only one French citizen in the plane.

French foreign minister can not be confirmed about this incident.

While, the demonstrations still continue in Libya. Based on the record of human rights activists, there are hundreds of Libyan demonstrators killed in this incident.

in World News

Tripoli, Libya, February 22, 2011 /WNCNews/ – Not only the international community, the underlings of Muammar al-Gaddafi also condemned the violence done by the leader in holding the demonstrators. Reportedly, Muammar al-Gaddafi ordered his troops to suppress the demonstrators by deploying fighter aircrafts.

Policy of Muammar al-Gaddafi that killed hundreds of Libyan citizens made the Libyan diplomats abroad, attracted support on Muammar al-Gaddafi aka they resigned.

Eyewitnesses in Tripoli, to the Al Jazeera TV, Tuesday (Feb. 22, 2011) stated that fighter jets bombarded the town in the latest attacks. “Mercenaries” fired on civilians.

Residents in the area of Tajura, east of Tripoli, said that there are many bodies still lying in the streets due to violence that occurred in the previous day. “At least 61 people were killed in the capital on Monday,” said eyewitnesses.

Demonstration in Libya to oppose the rule of Muammar al-Gaddafi for 41 years, starting from February 14, but found the momentum after the government did violence brutally to the demonstrations at the “Day of Anger” on February 17.

The demonstrators stated that they had successfully mastered a number of important cities including Benghazi, that for days there were bloody clashes between demonstrators and government forces. Benghazi is the second city in Libya after Tripoli.

In action on Monday (Feb. 21, 2011) yesterday, the Libyan government tried to prevent demonstrations by deploying fighter jets and bullets.

“What we are witnessing today is truly unimaginable. Fighter aircrafts and helicopters indiscriminately bombed one area to another. Many, many were killed,” said the witness, Adel Mohamed Saleh in a live broadcast.

“They who move, even in the car, they (security forces) will hit you,” he said.

Ali al-Essawi, who resigned as Ambassador of Libya in India, to the Al Jazeera today also said that fighter aircrafts were used to bomb demonstrators.

He said, bullets were fired on demonstrators and foreigners were hired (mercenaries) to fight on behalf of the government. Essawi mentioned the violence in Libya as a “massacre” and called on the UN to blockade Libya space to protect the people.

Meanwhile, orders of Muammar al-Gaddafi to fire on the people with fighter jets made two Mirage F1 pilots fled to Malta. They refused to shoot their own friends. One of the pilots had asked for political asylum to the government of Malta.

In World News

Zawiya, Líbia, 27 fev (Lusa) - Forças anti-governamentais apoiadas por militares rebeldes controlam Zawiya, a cidade mais próxima de Tripoli, na Líbia, indicou hoje um jornalista da Associated Press no local.

De acordo com a mesma fonte, a cidade, a 50 quilómetros de Tripoli, está cercada por forças leais ao líder líbio, Muammar Kadhafi, mas o centro da cidade está sob controlo dos oposicionistas.

Os postos da polícia e os edifícios oficiais foram incendiados e há por todo o lado inscrições nas paredes anti-Kadhafi.

Na Líbia Kadafy está cada vez mais isolado no governo do país e encurralado pela revolução na capital Trípoli.

Enquanto Kadafy continua a ordenar “banhos de sangue” ao seu próprio povo, em Nova Iorque, o Secretariado-Geral das Nações Unidas ainda está a tentar discutir possíveis sanções a aplicar imediatamente ao ditador. Perante a situação, ninguém (na organização) ainda foi capaz de cortar as contas bancárias do ditador, lançar embargos ao regime, enviar tropas para território Líbio de forma a acalmar os ânimos\depor de vez o ditador ou montar uma campanha humanitária (na Tunísia) para ajudar os milhares de refugiados que já passaram a fronteira.

Qualquer uma das opções a tomar seria legítima para por fim a uma guerra civil sangrenta que parece não ter fim…

Quer-me parece que a História se repete. Mais uma vez (à semelhança péssimo exemplo que foi dado nesta matéria no caso Sudanês) a maior Organização Internacional que conhecemos desde a 2ª Guerra Mundial parece ser incapaz de actuar rapidamente aquando de uma emergência.

Perante estes casos, cada vez mais defendo uma imensa reforma no actual quadro de competências e atribuições institucionais da ONU. Para que esta finalmente possa evitar males maiores. Atempadamente.

E a delegação Portuguesa no Conselho de Segurança parece completamente inerte no caso Líbio. Parecem demonstrar o típico pensamento Português: “Não é nada connosco, não nos metemos”

Muammar Kadhafi reafirma que não abandonará o país

Margarida Vaqueiro Lopes
27/02/11 18:55
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O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, diz que não vai abandonar o país. Oposição anuncia formação de um conselho nacional de transição.

O “líder da revolução” garantiu hoje, em entrevista a uma televisão Sérvia, que não tenciona abandonar o país. Kadhafi parece disposto, portanto, a levar até ao fim a resolução de “esmagar” a manifestação que há duas semanas assola o país.

Na mesma entrevista, Muammar Kadhafi, desvalorizou ainda a resolução do Conselho das Nações Unidas, de que o Tribunal Penal Internacional deve investigar os alegados crimes contra a humanidade cometidos pelo seu regime.

Isto num dia em que os opositores de Kadhafi anunciaram a formação de um conselho nacional de transição. Pouco tempo antes deste anúncio, feito na cidade de Benghazi, o ex-ministro da Justiça da Líbia, Mustafa Abdel-Jalil, tinha-se mostrado disponível para liderar um Governo provisório, uma decisão que foi acolhida pelos rebeldes que se opõe ao Governo.

Líbia: Aviões britânicos resgatam mais 150 civis no deserto Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico 21:31 Domingo, 27 de Fev de 2011

La Valetta, 27 fev (Lusa) – Três aviões militares do Reino Unido retiraram hoje mais 150 civis do deserto do Leste da Líbia, na maioria cidadãos britânicos, disse hoje Liam Fox, ministro da Defesa do Reino Unido.

Dois aviões Hercules C130 aterraram já em Malta, depois de, numa operação secreta, terem recolhido 150 estrangeiros bloqueados em acampamentos isolados no deserto líbio, e o terceiro está prestes a aterrar, acrescentou o ministro.

No sábado, também em missão secreta, as Forças Especiais britânicas retiraram 150 pessoas da Líbia, onde se iniciou, a 15 de fevereiro, uma escalada de protestos contra o regime de Muammar Kadhafi.

«O meu povo ama-me» - Kadhafi Por Redacção

Muammar Kadhafi voltou a rejeitar, esta segunda-feira, uma eventual saída do poder na Líbia, salientando que é amado pelo seu povo, que está pronto a morrer por ele.

«O meu povo ama-me, morrerá para me proteger», disse Muammar Kadhafi durante uma entrevista com o enviado especial da BBC a Trípoli.

O líder líbio acusou, ainda, os líderes internacionais que apelaram para que se demitisse de o terem abandonado e disse que aqueles países não têm moral e querem colonizar a Líbia.

Questionado sobre se iria deixar o poder, Kadhafi disse que não podia e que o poder está com o povo. O chefe de Estado acrescentou estar pouco preocupado com a pressão das instâncias internacionais porque o povo líbio está com ele.

Kadhafi lançou, ainda, o desafio àqueles que o acusaram de ter dinheiro no estrangeiro para que o provem.

O líder líbio reiterou depois a tese de que os manifestantes que saíram à rua estão sob influência de drogas e são apoiados pela Al-Qaeda.

Um cheiro a liberdade na capital rebelde 28 de Fevereiro, 2011por Pedro Rosa Mendes* (texto) e Tiago Petinga (fotos) O pequeno Muhammad tem apenas três anos e meio mas talvez guarde, quando for mais velho, o momento em que o pai o pôs no patamar do principal quartel de Benghazi e o fotografou fazendo o «v» de vitória com os dedos. [img width=435 height=199]http://sol.sapo.pt/storage/ng1058561_435x199.jpg?type=big[/img] Atrás do pequeno Muhammad está o quartel, ou 'khatyba', centro das forças especiais do líder líbio Mohammar Kadhafi na segunda cidade do país, agora apenas um monte de ruínas incendiadas.

Corre água suja em cima da fuligem, das janelas estilhaçadas e das paredes demolidas da ‘khatyba’. Há um odor forte a queimado.

Há um outro perfume no ar, contudo, que atrai em romaria a população de Benghazi, segunda cidade líbia e capital da rebelião contra Muhammar Khadafi.

«Cheira a vitória», diz com orgulho Atia El-Mansouri, um antigo piloto da Força Aérea Líbia que foi «prisioneiro político» entre 1975 e 1988 por ter participado numa tentativa de golpe de estado para derrubar Kadhafi.

O golpe foi debelado pela cúpula de militares fiéis a Kadhafi e os conjurados, como Atia El-Mansouri, foram encarcerados na prisão de Abu Slim, de má memória para todos os opositores do regime e denunciada pelas organizações de defesa de direitos humanos como local de torturas sistemáticas e vários massacres.

Na escadaria onde passeiam famílias de Benghazi, alguém escreveu a vermelho, em árabe, ‘Casa do trafulha’. Outros escritos anunciam que o enorme destroço da base militar está ‘à venda’.

«É espantoso. Há uma sensação estranha de. liberdade!», diz um dos jovens que se passeia pelas celas do piso inferior fotografando e filmando tudo com o seu telemóvel.

Na capital dos rebeldes, um Conselho Nacional Independente coordena desde domingo a gestão corrente, procurando ocupar o vazio deixado pela administração anterior.

Os bancos abriram, assegurando o pagamento dos salários de Fevereiro, «mas apenas em cerca de metade ou dois terços, consoante o que a pessoa ganha?», afirmou um professor ocupado com o seu «dia de pagamento».

O comércio e serviços, pelo contrário, foram afectados pelo êxodo de milhares de egípcios, que dominavam sectores como a restauração em Benghazi.

Se a situação é calma nas zonas rebeldes, uma crise humanitária acentua-se na fronteira oeste com a Tunísia, por onde cerca de mil pessoas por hora formam um êxodo que preocupa as agências especializadas em migrações.

Sobre o desfecho da situação, há dois comentários recorrentes nas zonas libertadas. Um de esperança no derrube de Kadhafi e de euforia revolucionária. Outro de expectativa: «Ele é louco. Tudo pode acontecer».

NATO: Exercício naval no Mediterrâneo arranca hoje 28 de Fevereiro, 2011 A NATO inicia hoje um exercício no mar Mediterrâneo com 21 navios de 11 países, incluindo um porta-aviões espanhol e o submarino e duas fragatas portuguesas, disse fonte da Armada.

Portugal participa no exercício Noble Mariner 11 com o submarino Tridente e as fragatas Dom Francisco de Almeida e Corte Real, segundo a mesma fonte.

O exercício, que decorrerá até 10 de Março, realiza-se no âmbito da Força de Resposta da NATO (NATO Response Force, NRF, precisou anteriormente o chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante Saldanha Lopes.

De acordo com informações do Comando Aliado Marítimo de Northwood, o exercício tem 21 navios envolvidos, incluindo o porta-aviões espanhol Príncipe das Astúrias, quatro submarinos, uma esquadra de aviões e cerca de 3500 homens de 11 países.

O treino militar no exercício Noble Mariner 11 visa garantir que as forças envolvidas estão completamente preparadas para responder a um cenário de situação de crise, que possa ocorrer em qualquer parte do mundo, ainda de acordo com a documentação divulgada pelo Comando de Northwood.

A NRF, cuja formação foi aprovada na Cimeira de Praga em 2002, é composta por 11 países: Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega, Polónia, Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos da América.

Lusa/SOL

Imagens grandes (5 MB cada) do artigo da Visão sobre o assunto

http://i51.tinypic.com/2r2wsj8.jpg (imagem de introdução)

Texto:

http://i53.tinypic.com/n1oyg3.jpg

http://i52.tinypic.com/14eco0i.jpg

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http://i52.tinypic.com/315jq05.jpg

http://i56.tinypic.com/2mri8uq.jpg

http://i51.tinypic.com/2h36434.jpg

http://i56.tinypic.com/2rptcao.jpg

A página 71 não foi incluída porque é mera publicidade automóvel…

Independentemente do regime, e da personalidade de Kadafi- não esquecendo por exemplo, que no 25 de Abril ele apoiou o separatismo na Madeira e nos Açores- o que está em causa para Obama, Clinton,Sarkozi, Merkel,D Cameron,não são os direitos humanos,nem a sorte do povo líbio,mas o petróleo! A desinformação e a criação de uma opinião pública favorável à ingerência e a uma intervenção é evidente.Tal como no Iraque até já falam de armas químicas e de destruição maciça… Veja-se também o caso dos bombardeamentos aéreos repetidamente notíciados e que o embaixador português na Líbia ,talvez por ainda não estar sintonizado, desmentiu no dia seguinte na "antena 1"

como dizem os brasileiros “aí tem coisa” :hand:

A resolução que suspende os direitos da Líbia enquanto membro do organismo, de forma "excecional e temporária", foi adotada pelos países-membros, por maioria de dois terços dos votos.

A medida foi recomendada na semana passada pelo próprio Conselho dos Direitos Humanos.

Co-patrocinado por dezenas de estados-membros, incluindo Portugal, o documento refere que a Assembleia-Geral irá rever o assunto da suspensão da Líbia, “se (for) apropriado”.

Alguns diplomatas na ONU têm afirmado que o país do Magrebe recuperará os seus direitos no Conselho de Direitos Humanos assim que se clarificar a situação política no país, onde o regime de Muammar Khadafi tem vindo a reprimir com violência protestos da população.

Os países-membros da ONU decidiram-se pela suspensão, apesar de os diplomatas líbios junto da organização terem renegado o regime de Muammar Khadafi.

A oposição à aprovação veio da Venezuela, que declarou que os Estados Unido preparam uma invasão do país e acusou os “países imperialistas” de “dois pesos e duas medidas”, por serem responsáveis pela morte de “milhares de seres humanos que sofrem invasões imperiais”.

A declaração de voto venezuelana sublinha que a decisão é “precipitada”, tendo em conta que ainda não são conhecidos os resultados da investigação aos abusos humanitários no país pedida pelo Conselho.

A resposta à Venezuela veio pela embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice, que considerou “vergonhoso” que um estado-membro “manipule a ocasião para espalhar ódio e mentiras”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, dirigiu-se à Assembleia-Geral para salientar que a suspensão terá lugar “enquanto durar a violência” na Líbia.

“Estas ações enviam uma mensagem forte e importante na região e, para além dela (suspensão da Líbia do Conselho de Direitos Humanos), de que não há impunidade e de que os que cometem crimes contra humanidade serão punidos”, disse o secretário-geral da ONU, que pediu ao plenário da organização para atuar “decisivamente”.

Ban Ki-moon manifestou-se “muito preocupado” com a continuação de mortes, a repressão violenta de protestos da população e o incitamento à violência contra civis por parte do regime de Khadafi, bem como a utilização de “gangues para aterrorizar comunidades”.

O número de mortes supera os mil, incluindo execuções “arbitrárias e extrajudiciais”. Há registo de “milhares” de feridos.

A fuga de civis está a causar uma “crise de refugiados” que “pode levar à falta de alimentos” no país.

Ainda segundo Ban Ki-moon, há “milhares de vidas em risco” e as equipas da ONU estão a organizar a resposta humanitária, devendo ser nomeado brevemente um enviado especial “para coordenar uma reposta rápida e eficaz”, juntamente com governos regionais e com a comunidade internacional.

No sábado, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aplicou um pacote de sanções ao regime líbio, incluindo a proibição de deslocações ao estrangeiro, além de um embargo de armas e a remissão das casos de violações de direitos humanos para o Tribunal Penal Internacional.