Pearl Jam só pode ser apelidado de “Grunge”, por ter sido uma das bandas que deu início a essa “movimento”! Foi uma das várias bandas que surgiu no início da década de 90, na zona de Seattle, que abafou e infelizmente “matou” o Hard/Glam Rock. Isto é tudo muito resumido, como é óbvio!
Só mesmo para dizer que actualmente e olhando para todo o trabalho do Grupo ao longo dos anos, é muito difícil encaixar os Pearl Jam em qualquer tipo de categoria musical. Pode ser Classic Rock, Hard Rock, Jazz, Blues, Metal e tudo o mais. (Sim, metal!)
Pearl Jam já se livrou do estigma “grunge” há muito tempo. Exploraram outras vertentes, amadureceram e hoje são a banda mais completa que pode exisitir! Em termos de lyrics (que hoje em dia é coisa que ninguém liga muito), não há paralelo com nada que por aí anda!
É a banda que detém o recorde (por uma maioria esmagadora) de concertos ao vivo! Nunca ninguém tocou tanto ao vivo quanto os PJ! Nunca ninguém lançou mais cds/bootlegs ao vivo que os PJ! Uma banda vale, sobretudo, pela sua capacidade de tocar ao vivo!
Um concerto de Pearl Jam é algo realmente indescritível e de enorme qualidade.
Hah e… votado! Espero que ganhes, mas esse sistema de voto… enfim
Exploraram vária vertentes, é verdade.
Mas o ‘Ten’, o tal álbum que os catalogou para sempre como ‘grunge’, será sempre O álbum. Simplesmente inacreditável.
…fosse qual fosse o album que tivessem lançado em primeiro lugar, mesmo que tivesse sido mauzinho, seriam sempre catalogados de grunge! Teve mais haver com o momento e a altura que surgiram. Assim como tudo o que estava ser gerado em Seattle, uma fornada verdadeiramente fantástica de bandas de grande qualidade, que mudaram definitivamente o rumo da música. Entre eles os teus apreciados “Alice in Chains”.
O “Ten” é um grande álbum, mas cada álbum de PJ tem uma identidade própria. É impossível definir um que seja melhor que o outro! Só alguém que seja “neutro” o conseguirá fazer.
A associação ao grunge, sim, passa muito pelo espaço e tempo. O facto de serem de Seattle e terem surgido no início dos 90s contribuiu para essa tag. Mas não só; a própria atitude, a ‘guerra’ contra o monopólio das bilheteiras nos EUA, a defesa incondicional dos fãs, a luta por uma editora independente… Numa altura de crise de valores e identidade que pautou a Generation X, os PJ foram uma espécie de ‘voice of the voiceless’.
Eu por acaso acho que o ‘Ten’ está bem acima do resto da discografia de PJ, mas são opiniões. Cada vez que vejo o concerto deles no Pinkpop em 1992 fico fascinado.
Mas compreendo a tua perspectiva. Comigo acontece o mesmo com Faith No More. Não dá para escolher um álbum favorito.
O teu primeiro parágrafo é muito sólido e verdadeiro! Não há necessidade de eu complementá-lo mais do que isso.
Esse concerto que referiste na Holanda, é a banda em estado “bruto”. Nunca vi um concerto deles com tamanha espontaneidade! Até deu, se não me engano, a meio da “Porch”, para o Jeff cair um porradão com a cara no chão, e continuar a tocar deitado, para não quebrar o ritmo :lol:
É bom saber que anda por aí pessoal que tem conhecimento de concertos como estes, são daqueles que ficaram efectivamente para a história. É bom não deixar isto morrer.
Enfim, por muito prazer que me dê, levar a discutir bandas de valor com pessoal entendido no assunto, é melhor não fugir do que realmente interessa… que o “Yield” seja escolhido para o concurso! Ás tantas ainda vai dizer que não ganhou isto, porque lhe dei cabo do tópico a falar de Pearl Jam :lol:
Como penitência, vou já votar mais umas 30 vezes no site, para te compensar :great:
Talvez pelos álbuns iniciais serem catalogados como grunge, fez com que eu nunca ligasse muito à banda. Oiço aqui e ali umas coisas, nada que me faça ouvir actualmente um álbum do príncipio ao fim. Ouvi o Yield e penso que tb o Ten, mas recordo-me de não ter gostado.
Quanto aos records que mencionas, sinceramente não sei se PJ tem esse record de mais concertos ao vivo, mas uma coisa sei, PJ não está no top10 de bandas que fizeram mais dinheiro com concertos e com vendas de discos.
E concordo contigo quando dizes que uma banda vale pela capacidade de tocar ao vivo e pelas letras das músicas. São dois aspectos que dou muita importância numa banda.
Não sou um fã incondicional de Pearl Jam, mas aprendi a gostar muito deles com o tempo. É hoje uma das bandas pela qual anseio ver um concerto, coisa que nunca fiz. Também nunca me pareceu que a sua sonoridade no geral, fosse muito grunge. Pessoalmente, gosto muito do Vs. e Pearl Jam sempre me atraiu mais pela postura da banda face à sociedade e à relação com os fãs e com o mundo da música em geral; por serem (diz-se) uns monstros de palco e por serem capazes de compor músicas lindissimas, que pessoalmente sempre me despertaram sentimentos e emoções completamente diferentes daquela fúria desregrada do grunge. A isso não será alheio o facto do Eddie Vedder ser um surfista apaixonado de longa data, algo que me diz muito 8) e que por isso entendo perfeitamente muita da substância presente em muitas das músicas de Pearl Jam.
Em suma, concordo que apesar de ter surgido em Seatle dentro do movimento grunge, Pearl Jam evoluiu. Qualquer das formas, há sempre qualquer coisa que fica desses tempos. E não é por acaso que quando oiço um Nutshell ou o novissimo Private Hell dos AiC, tenho emoções parecidas a quando oiço um Jeremy, um Oceans ou um Rearviewmirror, por exemplo! Ainda a este respeito, é interessante perceber que contemporaneamente ao grunge, apareceu em Nova Iorque o NYHC (movimento nascido também com base na Generation X tal como o grunge), que tem como referências, bandas com sonoridades aparentemente tão dispares como Beastie Boys, Agnostic Front, Madball, Vision Of Disorder, H2O ou Cro Mags, e que hoje essas bandas, apesar de terem seguido caminhos diferentes, continuam a ter na sua sonoridade algo que as une, um denominador comum. Parece-me que acontece o mesmo com os sobreviventes do grunge. Não deixa de ser interessante constatar isto.
Curiosamente o grunge também nunca me fascinou por aí além, e se oiço mais hoje é porque ao longo dos anos fui aprendendo a gostar, ao ponto de hoje gostar bastante de AiC. É engraçado que, do grunge, quando era miudo o que mais ouvi foi Soundgarden e Pearl Jam, e depois Nirvana. AiC ouvi pouco na adolescência e só muito mais tarde comecei a prestar atenção. Hoje em dia, diria que Pearl Jam e AiC são, para mim as melhores bandas saídas dessa época. Curiosamente também, Nirvana passou-me sempre muito ao lado, excepto o album “MTV Unplugged in New York”, mas admito que foram eles que popularizaram o grunge.
Pois, eu tou lá batido, ainda não comprei bilhete pois quero ver o resto do cartaz para saber se compro o passe de um dia ou de três. Aliás, tenho o Alive em muito boa conta, pois e estive la em 2008 os 3 dias e vi lá os melhores concertos da minha vida, nomeadamente RATM e Neil Young, gostei também do ambiente e da organização - 5 estrelas. Portanto, dependendo do restante cartaz, é bastante provavel que compre o passe de 3 dias.
Ouro sobre verde, seria mesmo ter AiC e Kings of Leon no Alives também, só para dar dois exemplos de bandas que encaixariam muito bem no cartaz. Mas isso sou eu a sonhar!!
Ui, com Kings of Leon seria perfeito! Também espero vê-los em Portugal este ano. Tal como Mando Diao. E nunca fui ao Alive, tive para ir lá no ano passado mas só tinha interesse em ver a banda de abertura, Os Goples.
É óptimo ver pessoal excitado com este concerto
Para quem nunca foi, aconselho vivamente a fazê-lo, pois é um previlégio ver uma banda que tem uma qualidade deste calibre ao vivo.
Sempre foram sérios, amadureceram imenso ao longo do tempo, e a simbiose que criam com o público, ao longo do acto, é simplesmente indescritível.
Vivo para momentos como estes: Concertos de Pearl, ver o meu Sporting ser campeão, e para a minha miúda 8)