Como ser competitivo no futebol Europeu

“Um dia vou ver o Sporting todas as semanas e não me dará sono ver o jogo. Hoje é o dia!”

Ontem vi o Marítimo-Sporting, que terminou com a suada vitória por 1-2. Vi, salvo seja. Vi a primeira parte. Na segunda, aproveitei para ir lendo o jornal enquanto espreitava o que se passava de vez em quando. “O jogo está morno”, dizia o comentador. “Morno”, como sabemos, é o eufemismo futebolês para “chato, sem graça, bocejante”. E porque mesmo antes tinha acabado de ver o Arsenal-Chelsea, percebe-se que a minha paciência para jogos “mornos” era pequena.

Um dia, gostava de voltar a ver jogos como na liga inglesa no Sporting. Nós até somos capazes, a espaços. Os jogos com o Man Utd e a Roma para a liga dos campeões foram a prova disso.

Quais são as razões fundamentais para o estado actual das coisas?

  1. Receitas televisivas ridículas quando comparadas com os vizinhos europeus. Se nos outros países as receitas televisivas pesam quase metade do orçamento para a época, porque é que cá só pesam 10 a 20%? E porque é que não nos revoltamos com isso, e deixamos que o contrato ridículo com a Olivedesportos passe penosamente até 2017 ou 2018? A meu ver, quando nos libertarmos deste contrato, há muito que perdemos o combóio europeu. E, quiçá, há muito perdemos o combóio nacional também.

  2. Fontes de receita alternativa. O Arsenal-Chelsea jogou-se no Emirate Stadium. Porque a Emirates pegou em 145 milhões de euros para que isso acontecesse. Por cá, jogamos no estádio José Alvalade. Tenho muito respeito pelo senhor Alvalade. Mas acho que ele concordaria comigo em permitir que o nosso estádio se chamaasse outra coisa qualquer, se isso ajudasse a concretizar o tal sonho de tornar o Sporting um clube europeu! Será que interessa assim tanto como se chama o estádio? A mim interessa-me bem mais ir ao jogo e assistir a um bom espectáculo, com os melhores artistas. Porque, no final de contas, entre as frases “ena, ontem fui a Alvalade e vi o Sporting ganhar 3-1 ao Porto, que grande jogo!” e “ena, ontem fui à Arena Optimus e vi o Sporting ganhar 3-1 ao Porto, que grande jogo!”, o ênfase deve ser no “3-1, que grande jogo!”.

  3. Liga europeia - Sou defensor de uma liga europeia. Seja uma fusão com a Liga espanhola ou uma liga atlântica com os melhores escocesses, holandeses e gregos. Esta última ideia ganha agora mais força, depois do Platini ter decidido prejudicar estes mesmos países retirando-lhes lugares na Liga dos Campeões. Tenho a certeza que uma liga nestes moldes seria um sucesso comercial. E uma união destes países seria desejável para o nosso burgo. Afinal de contas, os pequenos são sempre pequenos quando isolados. Nunca teremos um mercado Inglês, Francês ou Alemão - não temos massa crícita para isso. Mas um mercado conjunto de Portugal, Holanda, Grécia, Escócia e Bélgica, por exemplo, teria um poder negocial a nível europeu muito superior. Fosse para discutir patrocínios, receitas televisivas ou o poder dentro da UEFA.

Não sabia que o contrato da Olivedesportos ía até tão longe , realmente o Sporting tem que rever isso , ou exigir as contrapartidas semelhantes a outros clubes europeus em termos de percentagem ou então pôr em causa o contrato.

Quanto ao nome do estádio , se houver alguem que pague bem , mas tem que ser muito bem e não uns trocados concordo com essa medida.

Quanto à integração numa liga europeia tipo atlântica ou a fusão com a espanhola , o futuro passa por aí , não há volta a dar , esta medida do Platini deve dar impulso a essa ideia mas para mim o factor decisivo como já tinha referido antes no tópico que abri sobre este assunto , será a agregação das ligas dos países da europa central e de leste para terem acesso ao bolo europeu das receitas , quando isto acontecer ou o Sporting e os principais clubes cá entram nisto ou então desaparecem em termos europeus.

Há uma questão que não abordas mas que me parece igualmente importante: as receitas na liga dos campeões. Tenho ideia que os colossos Europeus vão buscar mais $ que nós com o mesmo desempenho teórico na liga dos Campeões pois as receitas televisivas não são igualmente distribuídas. Se me poderes dizer qualuqer coisa sobre isto ficava-te agradecido.

No que respeita à fusão de ligas… tenho algumas dúvidas. A Liga dos Campeões já me parece uma excelente liga Europeia.

Sem dúvida. Referi isso aqui - [url]http://www.forumscp.com/index.php?topic=8430.msg258730#msg258730[/url]. O Market Pool de Portugal é risível quando comparado com os outros países europeus. É entre 10 e 15 vezes inferior ao de França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, 4 vezes inferior ao da Holanda. Enfim, na Liga dos Campeões, que é o balão de oxigénio dos clubes portugueses, as receitas que cabem aos clubes portugueses são uma anedota quando comparado com o bolo que cabe aos outros países contra os quais temos a ambição de competir.

Bom post!
Penso que uma das razões de o Sporting vender os direitos de transmissão à Olivedesportos por tuta e meia pode ser devido ao facto de eles determ 18% das acções do Sporting… :think:

Não há maneira de acabar com esse contrato?

Isso é um verdadeiro adulterar da verdade desportiva.

Em relação aos contratos com a Oliverdesportos julgo que ele nunca poderá ser renegociado isoladamente, o vale tudo já tentou e foi o que se viu. Também me parece que dificilmente os Clubes se irão entender ao ponto de conseguirem ter força para combater um polvo no qual estão completamente envolvidos.

Mas há outro lado da questão. Será que os adeptos estão dispostos a pagar mais para verem os jogos? Eu já participei em várias discussões onde muita gente chorava por achar que a SportTv é cara, agora imaginem no dia em que passarem a pagar jogo a jogo.

A verdade é que o mercado é curto e em Portugal há pouco dinheiro, e aqui chegamos ao nome do Estádio. Acham mesmo que há grandes empresas dispostas a dar muito dinheiro para ocuparem o lugar do José Alvalade?
Isto já para não falar dos riscos que esse tipo de associações pode ter, a CGD por exemplo sentiu na pele a reacção dos adeptos quando resolveu apoiar a etar do Seixal.

Finalmente as ligas europeias. Parece-me que essa espécie de campeonato duma 2ª linha europeia só vai aparecer depois da já há muito anunciada Superliga Europeia onde estarão todos os grandes clubes dos principais países.

Mas até lá muita discussão e barulho se vai fazer. Não me parece que daí resultem grandes vantagens para os clubes portugueses, e para o Sporting em particular essa situação até pode ter alguns cenários perigosos.

Sou de opinião que devem os clubes organizar-se e mandatar alguém (a Liga ou não) para falar com a Olivedesportos e tentar ultrapassar a situação actual tendo em conta os interesses de todas as partes. Se o negócio futebol tem potencial para crescer todos podem ganhar.

As dificuldades em prosseguir neste caminho podem ser muitas mas talvez a maior seja unir os clubes, idenficar posições comuns e manter um mandato negocial claro. E sem isto nada feito.

Ficar sentados e ver correr por mais uma década um contrato que é insatisfatório é que acho inaceitável.

Creio que para isso era preciso ter uma Liga com gente profissional, competente, determinada e isenta. Veja-se a Liga Inglesa, aquilo que ela valia há 10 anos e aquilo que vale hoje!

Alguém encontra por aí uma Liga profissional, competente, determinada e isenta?

Concordo! neste momento é dificil renegociar contratos com a Oliver porque não existe solução viável, e ao se ter feito um contrato tão longo, a quebra desse mesmo contrato traria tantos prejuizos que seria dificil fazer um negocio que compensasse! Infelizmente ao terem feito o negócio que fizeram, hipotecaram a hipotese de neste momento se estar a fazer mais “milhão” com esta rubrica!

Outra questão que é essencial! Não é culpa dos adeptos, é culpa do estado do país, e dos espectáculos pobres que vimos. Sinceramente se tenho GB e me custa ir ao estádio, se tenho SportTV e me custa ver jogos, imagino se os preços de ambos aumentarem … fico sem dúvidas!

O problema é que ao parar o investimento no futebol, ao diminuir a qualidade do espéctaculo, todos os negócios relacionados deixam de fazer sentido, pois todos se irão ressentir!

Mais uma vez com a pobreza dos espectáculos, e com os jogos todos à noite, uma empresa não utiliza a sua bancada para mais do que os seus empregados aí irem ver os jogos! Jogos realizados a outras horas podiam trazer mais gente ao es´tadio e desta forma rentabilizar esses camarotes!

Eu acho que isto não aconteceu! Faliu-se aqui no forum, ouve algumas manifestações contra, mas não acredito que tenha existido uma grande parte a cancelar contas na CGD … aliás a CGD depois fez um begocio qualquer com o Sporting!

Realmente anda muita gente aqui no fórum a falir. :smiley:

Porque é que achas que eles foram logo a seguir patrocinar, salvo erro o nosso atletismo? Pode não ter havido muita gente a fechar contas, mas seguramente que houve muitas manifestações de desagrado.

Eu continuo convencido que não haverá desenvolvimento do futebol português enquanto não existir uma Liga forte e com mandato claro que inclua negociações dos direitos televisivos. Se isto não for possível, então não sairemos desta tristeza

Estou completamente de acordo…

Sobre os teus pontos:

  1. Claro que um contrato para os direitos televisivos a dez anos, sem possibilidades de renegociação, é ruinoso para o clube. Como é ruinoso vender direitos a um intermediário em vez de se negociar directamente com um canal ou grupo de canais. Mas tudo resulta:

a) De a maioria dos clubes estar falida, o que os leva a preferir um contrato que lhes dá 20 por muito tempo do que um que lhes dá 15 por metade desse tempo - o dinheiro é sempre para o imediato.
b) Mas sobretudo da cartelização e auto-condicionamento típicos do capitalismo português, que faz com que, estando já alguém no negócio - a Olive - não haja mais ninguém a fazer ofertas nem, se por acaso existissem, clubes dispostos a ouvi-las. Só para se ver a força disto, basta ver o que aconteceu ao Vale e Azevedo, o último gajo que não quis jogar por estas regras…

  1. Não acho que seja por se chamar Arena BES ou Arena PT ao nosso estádio - como já partes dele já se chamam bancada TVCabo, por exemplo - que se resolvem os problemas financeiros. E já estou como algumas pessoas a propósito das camisolas pretas do segundo equipamento: ganha-se assim tanto com a sua venda que justifique o agravo de ter as usar tantas vezes em deterimento do nosso soberbo equipamento tradicional?

  2. Sobre isso já falámos várias vezes. Não me parece muito interessante.

:stuck_out_tongue: De facto até eu quase abri falência com isso! ^-^
Não fiquei com essa ideia! Acho que foi daquelas manifestações que se têm mas que ninguém fez nada! Não me parece que tenham vindo patrocinar seja o que for no Sporting, porque tiveram muitos clientes Sportinguistas a fechar contas!

Mas já não digo nada!

Numa altura em que se discute com tanta paixão as contas e o futuro do futebol do Sporting e em que continuamos a assistir ao colapso de emblemas históricos como o Boavista, Farense ou Salgueiros, parece-me oportuno reflectir sobre a viabilidade de novos modelos para as competições profissionais.
Surgem, nesta altura, três tendências de ruptura que podem dar um novo impulso à indústria do futebol profissional em Portugal:

  • A redução do número de clubes;
  • A Liga Ibérica.
  • A Liga Europeia

1- Redução do número de clubes

Nesta competição – que corresponderia ao que é hoje a Liga Sagres – participariam doze clubes.
Numa primeira fase jogariam todos contra todos a 2 mãos;
Numa segunda fase jogariam igualmente todos contra todos a 2 mãos, sendo que os seis primeiros classificados da 1ª fase disputariam o título nacional e o apuramento para as competições da UEFA e os seis últimos classificados da 1ª fase disputariam a permanência neste 1º escalão.
Cada equipa disputaria um total de 32 jogos (22 na 1ª FASE + 10 na 2ª FASE) e o sistema de pontuação manter-se-ia inalterado (vitória -3 pontos; empate – 1 pts; derrota – 0 pts);
Todas as equipas participariam na 2ª Fase partindo com zero pontos.
A classificação da 1ª Fase contaria como primeiro critério de desempate no final da competição.

Imaginemos então que, concluída a 1ª fase, teríamos a seguinte classificação:

1 - SPORTING
2 - BENFICA
3 - PORTO
4 - GUIMARÃES
5 - BRAGA
6 - MARÍTIMO
7 - SETÚBAL
8 - NACIONAL
9 - LEIXÕES
10 - PAÇOS DE FERREIRA
11 - ESTRELA DA AMADORA
12 – BELENENSES

Disputariam o título e a distribuição dos lugares nas competições da UEFA os seguintes clubes:
GRUPO A
1 – SPORTING
2 - PORTO
3 - GUIMARÃES
4 - BRAGA
5 – BENFICA
6 – BELENENSES

Disputariam a permanência na 1ª Liga os seguintes clubes:
GRUPO B
7 - MARÍTIMO
8 - SETÚBAL
9 - NACIONAL
10 - LEIXÕES
11 - PAÇOS DE FERREIRA
12 - ESTRELA DA AMADORA

Vantagens da proposta
Existindo menos clubes a disputar esta competição existe a fortíssima probabilidade de conseguirmos ver aumentada a qualidade média da equipas;
A 1ª Fase, sendo mais curta do que a actual Liga Sagres (22 jogos contra 30/66 pontos em disputa contra 90) proporcionaria menos hipóteses de recuperação em caso de arranques menos bem sucedidos, o que aumentaria a expectativa, o interesse e, logo, as audiências. O Sporting, salvo erro, com a pontuação da temporada passada, partiria para a 22ª e última jornada a disputar o acesso ao 1º Grupo…
Na 2ª Fase todos os jogos teriam um carácter muito mais decisivo. Estamos a falar de 10 jogos para decidir um campeão. Um mau arranque nesta fase poderá ser dramático. As recuperações muito mais difíceis porque há menos jogos e as equipas são muito mais fortes. Um duplo empate dos três grandes nas 2 primeiras jornadas poderia, por exemplo, colocar o Guimarães a sonhar com o título fazendo que, também por exemplo, num Belenenses vs. Guimarães as audiências televisivas disparassem brutalmente (seria um jogo que interessava, e muito, aos adeptos de SCP, SLB e FCP).

Mais “clássicos” por época (sem cair em exagero);

Calendários mais exigentes. Por vezes olho, por exemplo, para a Liga Italiana e para um clube como a Fiorentina e delicio-me a olhar para o seu calendário: na semana x joga com a Roma, a seguir com o Inter, 8 dias depois recebe a Juventus, a meio da semana defronta o AC Milan para aTaça de Itália, depois a Lázio, etc, etc, etc, Depois comparo com o calendário dos 3 grandes em Portugal e vejo que o nível de exigência é ridículo em comparação. Com este modelo, pelo menos, assegura-se mais períodos conhecidos como os “ciclos terríveis” que desgastam mas dão mais pedalada e ritmo competitivo para as disputas europeias.

Isto significava 3 jogos por semana no grupo A, sendo, por exemplo, um transmitido à sexta, outro ao Sábado e outro ao Domingo.
Os pontos seriam premiados com euros, à semelhança do que sucede na Liga dos Campeões, havendo ainda um bolo a distribuir pelos clubes de acordo com as respectivas classificações.

Numa outra escala e em horários “menos nobres” disputar-se-iam os jogos do Grupo B que teriam o aliciante de, em poucos jogos, proporcionar momentos de grande tensão competitiva, tendo em conta o que estava em jogo.

Três pressupostos importantes:
1º - Isto, como quase tudo na organização do futebol de alta-competição, depende dos detentores dos direitos televisivos. A exequibilidade desta proposta tem a ver com a capacidade dos diversos intervenientes de encontrarem uma base de entendimento. Não será fácil mas o aumento das receitas que uma solução deste tipo proporciona poderá ajudar a desbloquear algumas teimosias.

2º - A Arbitragem e a Disciplina devem ser confiadas a órgãos autónomos e independentes, debaixo da tutela da Secretaria de Estado do Desporto. Já está há muito provado que a LPFP nunca poderá integrar essas competências.

3º - Seria uma excelente ocasião para alterar os calendários das competições profissionais, acabando de uma vez com as férias natalícias e reveillons prolongados e aproveitar o período das festas para vender o produto por bom preço. Ponham os olhos em Inglaterra.

2 - A Liga Ibérica

Sendo esse um desejo - mais ou menos secreto - dos dirigentes dos 3 grandes, não me parece que fosse uma solução desejável para o futebol português. Isto porque criaria um vazio com consequências imprevisíveis para os clubes nacionais que não pudessem aceder à competição ibérica. Imaginem o que seria uma liga nacional sem a presença de Sporting, Porto e Benfica. E as consequências que isso teria nos orçamentos dos clubes de pequena e média dimensão, que é como quem diz na sua capacidade de investimento, que é como quem diz na sua capacidade de construir equipas de qualidade, de gerar bons jogadores, de abastecer o futebol português dos talentos que lhe têm permitido ocupar o 9º lugar a nível de selecções, segundo o ranking da FIFA.
De qualquer maneira haverá sempre quem defenda uma Liga Ibérica, na qual a participação de clubes portugueses obedeceria a uma regra de proporcionalidade. Estaremos a falar de 4 ou 5 clubes num universo de 18 ou 20 participantes Imaginando que participavam 5 clubes portugueses. No final da competição aqueles 2 que, desses 5, ficasse pior classificado passaria à competição doméstica (que, entretanto, por via de desorçamentação, estaria tão depauperada que muito dificilmente seria capaz de integrar clubes com equipas capazes de ser competitivas na competição ibérica).
Quem defende a LI que avance com um estudo de viabilidade.

3 - A Liga Europeia

Este é o modelo que admito como o futuro do futebol na Europa. Irá, acredito, acabar com a Liga dos Campeões e a Taça UEFA.
Disputar-se-iam, numa 1ª fase e simultaneamente, um conjunto de competições regionais à escala europeia.
Exemplo:
Liga do Sul da Europa (por exemplo c/ clubes portugueses, espanhóis, italianos e franceses, numa base de proporcionalidade), Liga do Centro da Europa, Liga do Norte da Europa, Liga do Leste, etc.
Numa 2ª fase disputar-se-ia uma super fase final onde participariam as equipas melhor classificadas nas fases regionais, de modo a apurar o Campeão Europeu de Clubes.
Este modelo tem a vantagem de permitir a disputa de campeonatos europeus de divisões inferiores, protegendo os clubes de média dimensão.
É uma hipótese que está a ser ponderada mas contará com alguma resistência por parte das ligas inglesa, espanhola e italiana, que são ligas equilibradas economicamente e que podem perder sobretudo com a dispersão verificada nas fases regionais.

Ainda que isto fosse viável não me parece que fosse muito justo partirem todos para a 2ª fase com zero pontos, dever-se-ia premiar quem ficou à frente na 1ª fase, partindo-se para a 2ª fase com uma percentagem dos pontos anteriormente conseguidos.

Sim, de facto não seria justo. Mas é uma fórmula que já tem sido aplicada em algumas competições, precisamente porque afasta o risco de o campeão já estar definido (ou perto disso) antes da fase final começar. A possibilidade de colocar equipas como, por exemplo, o Guimarães ou Braga na corrida para o título é que torna aliciante esta proposta.

Repito: justo? De facto não é, mas se calhar a justiça é um luxo a que o futebol português já não se pode dar.
Receitas, meu caro, receitas…

A liga escocesa tem esse formato, com ligeiras alterações:

  1. são 3 voltas + 1 com a liga dividida
  2. Os pontos acumulam em vez de serem postos a zero.

Acho esse modelo (sem “reset” dos pontos) mais justo. A ser inovador, preferia ter uma fase final de playoffs (à melhor de 3 jogos, por exemplo).