Epá, basta pensar que se se tivesse tratado de um fenômeno meteorológico sem precedentes então nao teria sido apenas um estádio em Lisboa (ou resto do país) a ter este problema… É lógico que a explicação mais plausível é a de que o Estádio nao estava em condições já antes do inicio da partida e que essas fragilidades foram colocadas a nú assim que o tempo ficou um pouco mais adverso.
E assim sendo a situação encaixa no artigo 94 dos regulamentos da Liga, ie, os lamps têm que ser dados como vencidos por 3-0.
Além disto, acresce a evacuação deficiente dos adeptos Sportinguistas, um comportamento negligente que os colocou em risco e também neste aspecto os lamps, enquanto responsáveis pela segurança do estádio, deveriam ser processados a nível criminal.
P.S.: Mais, o Ministério Público já deveria ter encetado uma averiguação profunda dos factos, visto colocar-se a hipótese de mais de 3000 pessoas terem possivelmente corrido risco de vida iminente num evento desportivo.
Já corrigi as informações no post com aquilo que pode ser obtido na net.
Os valores exactos podem ser acedidos pelas autoridades junto do IPMA
Uma coisa fica clara: se as rajadas eram de 86km/h às 18h00 e no pico máximo atingiram 91km/h (entre as 19h e as 21h), está bem distante dos valores máximos.
Mais: mesmo sem as medições exactas, se os ventos tivessem chegado a 150km/h (furacão classe 1), acredita, todos teríamos percebido sem qualquer dúvida!
Eu considero aquilo que se passou vergonhoso, vergonhoso porque a este nivel um clube de futebol não pode ter o estádio naquele estado, vergonhoso porque foram colocadas em risco vidas humanas, vergonhoso porque implicou constrangimentos enormes a quem se deslocou de longe para assistir ao espectáculo.
O Sporting não tem que apurar mais do que os factos evidentes, tem que utilizar esses mesmos factos e lançar um Comunicado na defesa dos Interesses do Sporting Clube de Portugal e dos seus sócios e adeptos, a quem cabe apurar seja o que for antes de lançar um comunicado é ao benfica, que é a entidade responsável pela organização do evento desportivo em causa.
Quando se deu o atraso no jogo entre o f.c.porto e o maritimo o Sporting não esperou para apurar os motivos do atraso, ou as conjunturas que promoveram esse atraso, isso cabe ao f.c.porto. O Sporting analisou, e bem, os factos que estavam em cima da mesa e lançou um comunicado claro e contundente, deixando o apurar dos factos quer à Liga quer à Federação e as explicações ao f.c.porto.
Não vejo diferenças, há um facto que lesa o Sporting e os seus sócios\adeptos, o Sporting lança um comunicado abordando os factos, enquadrando-os e exigindo uma explicação por parte da Liga e do Clube organizador do jogo.
O promotor do evento é geralmente a entidade responsável pelo evento. É nesse sentido que aparece a imagem do Diretor de Segurança (DS), onde o mesmo tem a responsabilidade do mesmo. Este é o responsável por qualquer acontecimento que aconteça durante o evento, salvo suceda algum incidente de ordem publica no qual não seja possível o controlo pelos Assistes de Recintos Desportivos (ARD’s), a responsabilidade e a intervenção passa a ser da Polícia, ou em ultimo caso, se acontecer uma catástrofe maior, como sismo ou algo semelhante, a responsabilidade e intervenção é da Proteção Civil.
É da responsabilidade do DS a organização, coordenação e planeamento de todos os aspetos do evento. São eles que estabelecem as datas, os locais, os recursos e as entidades que acham úteis para a realização do evento. A principal responsabilidade passa por garantir condições de segurança, em conformidade com as Normas, Procedimento e Leis, a todos os espetadores dos eventos. Essa responsabilidade também o remete para a cooperação com as autoridades políciais e os restantes agentes do evento.
Os DS fornecem, por norma, manuais de orientação num sentido de preparar o seu pessoal para qualquer acontecimento ou qualquer ponto abordar na sua função. Estes manuais descrevem tarefas e deveres, característicos a um posto de trabalho definido, como pode ser observado na figura seguinte, onde vêm descritas normas internas, planos de emergência e “layouts” de instalações.
Carlos Alberto de Camargo, Consultor de Segurança, salienta que “a ordem publica durante um evento desportivo não admite erros, porque todas as decisões devem ser tomadas num curto espaço de tempo sendo muitas delas complexas e de caracter operacional, todas elas envolvendo um numero elevado de agentes / agencias tendo sempre em conta a segurança e a vida de centenas e milhares de pessoas”, a preservação da Ordem Pública em Estádios de Futebol é uma missão crítica, exigindo um comando centralizado e bem definido, sem este comando as pessoas estariam sujeitas a mais situações perigo.
(Págs. 46-47… de resto, até da pra uma leitura interessante… Até ficamos a saber que o Director de Segurança dos lamps é um tal de Rui Pereira)
17h18 - Média 72km/h; Rajadas 81km/h
17h50 - Média 50km/h; Rajadas 69km/h (+/- aqui começou a lã de rocha a voar - as chapas estavam já parcialmente soltas)
18h20 - Média 50km/h; Rajadas 72km/h
18h50 - Média 61km/h; Rajadas 91km/h (+/- aqui voaram as chapas)
19h19 - Média 70km/h; Rajadas 93km/h (valor máximo do dia!)
Ou seja, novamente todos os valores de vento abaixo dos regulamentares
REGULAMENTO DAS CONDIÇÕES TÉCNICAS E DE SEGURANÇA DOS ESTÁDIOS
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.o
Objecto e âmbito de aplicação
1 - O presente Regulamento tem por objecto definir os requisitos técnicos a satisfazer pelos estádios e respectivos locais de implantação, com vista a proporcionar as melhores condições de segurança, de funcionalidade e de conforto na utilização, a limitar os riscos de acidentes e de outras ocorrências excepcionais previsíveis e a facilitar a evacuação dos ocupantes e a intervenção dos meios de socorro.
2 - As disposições do presente Regulamento não dispensam o cumprimento de outras normas legais e regulamentares gerais aplicáveis aos espaços desportivos e aos recintos de espectáculos públicos, nomeadamente no que concerne à acessibilidade, à eliminação de barreiras arquitectónicas, à segurança estrutural das construções, à prevenção e combate de incêndios, às instalações eléctricas e mecânicas e às instalações de fluidos combustíveis.
3 - Para efeitos do presente Regulamento, designam-se por estádios os recintos que integram um terreno desportivo de grandes dimensões, em geral ao ar livre, envolvido pelas construções anexas destinadas aos praticantes desportivos e técnicos, particularmente vocacionados para a realização de competições de futebol, de râguebi, de atletismo ou de hóquei em campo, independentemente de poderem albergar eventos desportivos de outro tipo ou espectáculos de natureza artística, e sem prejuízo dos requisitos técnicos e legais a observar em tais casos.
4 - Não são abrangidos pelas disposições deste Regulamento os recintos que, no âmbito das actividades definidas no número anterior, não reúnam condições que permitam albergar espectadores em número superior a 1000.
5 - Caberá às entidades proprietárias e aos responsáveis pela gestão e exploração dos respectivos estádios, sem prejuízo de outras disposições legais e regulamentares aplicáveis, a organização e manutenção em estado de prontidão das estruturas e dos meios de segurança, bem como a implementação das medidas necessárias para:
a) Manter em bom estado de conservação e de utilização todos os elementos de construção e instalações em condições de prevenir a ocorrência de situações de risco potencial para a segurança dos ocupantes;
b) Permitir neutralizar rápida e eficazmente as situações potenciadoras de pânico, mormente de focos de incêndio, na sua fase inicial;
c) Em caso de ocorrências de risco para a segurança ou situações geradoras de pânico, designadamente de incêndios e de sismos:
Dar o alerta e accionar os sistemas de alarme e meios de emergência; Garantir a segurança das pessoas e, se necessário, a sua pronta evacuação.
Acabou de falar o PMAG na rr. Pelas palaras dele podem esquecer um comunicado duro. Referiu que podia acontecer em qualquer estádio e que foi tudo tratado cordialmente. Acabou a dizer algo como esta é a postura do Sporting, resolver os assuntos sem polémicas…
Também não estou a perceber esta posição por parte do Sporting. Se há um artigo que pune o sl trampa, devemos utilizar isso. São as regras. :menos: :menos:
Como referi anteriormente e numa altura em que me parece que se procedem a peritagens e provavelmente a outro tipo de averiguações de outra natureza, parece-me precoce. Isto se o Sporting se quiser reportar a factos.
Quanto à comparação que fizeste, tenho para mim que há uma diferença clara num pressuposto fundamental: intenção. Dolo. Ou Suposição da ocorrência do mesmo, por parte do Sporting. Que num caso considerou que houve e em outro caso, parece-me arriscado pensar o mesmo. Vamos lá a ver… trataram-se de danos estruturais num local onde estavam adeptos do clube da casa e pelos vistos provocados por negligência dos responsáveis, que colocaram em risco todos os espectadores.
Pareceu-me claro que a decisão da não evacuação imediata foi da responsabilidade da PSP.
É importante, acho eu, ter um pouco de ponderação sobre a “bondade” da decisão.
Risco para os adeptos do Sporting, relativamente a danos que estavam localizados no topo oposto.
Risco de uma evacuação imediata e em conjunto, de todos os adeptos.
Se isto tivesse acontecido em Alvalade num jogo com os lã piões havia de ser bonito.
Já agora:
Jaime Marta Soares, presidente da Assembleia Geral do Sporting, sublinhou a atitude responsável que o clube teve na decisão do adiamento do derby da 18ª jornada da Liga, no Estádio da Luz.
O dirigente leonino disse que o clube de Alvalade “não procura instabilidade” e que demonstrou “total colaboração” para resolver a situação. Jaime Marta Soares deixou ainda a ressalva de que “o que aconteceu, pode acontecer noutro estádio qualquer”.
O presidente da Assembleia Geral leonina ia assistir ao encontro na tribuna presidencial, junto de Luís Filipe Vieira, e admitiu “alguma preocupação” face aos acontecimentos registados dentro do estádio. No entanto elogiou a actuação de toda a estrutura de segurança (composta pela Polícia de Segurança Pública, Protecção Civil e Bombeiros) que “tomaram uma decisão acertada”, garantindo a saída atempada de todos os adeptos. “A evacuação ocorreu de forma ordeira, evitando o pânico”, sublinhou o dirigente.
Para Jaime Marta Soares, a responsabilidade está agora do lado do Benfica que terá que efectuar uma “rigorosa manutenção” para que seja garantida a segurança de todos os intervenientes no derby e para que os adeptos vivam o jogo “com a mesma intensidade”.
in rr
ps : Este pmag devia pensar em mudar de clube tb,talvez o seu amigo tenha lá um lugar na direcção do carnide.