É um facto indesmentível que o Sporting não está a jogar bem. A última sequência de jogos é dos episódios mais tristes da história do clube e está relacionada com os erros de gestão acumulados nas últimas épocas. Uma politica de contratações miserabilista e medíocre, onde o pouco dinheiro gasto é usado em jogadores de qualidade insuficiente para um histórico do futebol português como o Sporting, tem como consequência natural a formação de um plantel pobre em comparação com os nossos rivais. A escolha das pessoas que estão à frente da gestão do clube também tem sido péssima e é a base para a crise, tanto de resultados como de finanças, que estamos a viver.
No entanto, neste momento um jornal português (Record) iniciou uma caça ao treinador do Sporting. A prova disto são os sucessivos artigos de opinião emitidos por vários jornalistas, as twittadas absolutamente vergonhosas que revelam um benfiquismo primário por parte do director deste mesmo jornal e as capas de jornais com termos como “enxovalha” e “tem vergonha”. A maioria de nós foi contra a contratação de Carvalhal por não considerarmos que tivesse a qualidade suficiente para dirigir os destinos do clube (basta ver o tópico do próprio). Os sucessivos desaires em clubes de menor dimensão eram um péssimo cartão de visita e, visto que um treinador é avaliado sobretudo pelos sucessos e insucessos do presente, só poderiam indicar que Carvalhal não era uma boa escolha.
Independentemente disto tudo, os problemas actuais do Sporting são sobretudo da responsabilidade das sucessivas direcções que presidiram o Sporting nos últimos anos. Um jornal de qualidade teria sempre que referir este facto, ao invés de atacar um homem que está no sítio onde está sem se saber bem porquê. Relembro que este mesmo jornal foi um dos responsáveis pelo empolamento da campanha de JEB nas últimas eleições e pela ostracização mediática ao candidato adversário (PPC). Este jornal influenciou os sportinguistas para a escolha do candidato que colocou no Sporting o treinador actual.
Cada vez mais acredito que existe por parte da comunicação em geral e deste jornal em particular, um gosto mórbido por pisar o Sporting. A base disto tudo talvez esteja nos orgasmos masturbatórios que podemos observar em cada vitória do Benfica por parte da maioria dos jornalistas (e do director do Record, nunca é demais relembrar). Em vez de criticarem os generais, pisam os soldados de forma absolutamente inescrupulosa.
Se tivéssemos uma direcção com a capacidade de defender o clube, já há muito tempo que alguém teria feito alguma coisa para mudar esta situação. O desrespeito constante ao Sporting na comunicação social deve-se à passividade com que aceitamos este tipo de assuntos, bem como à consequente inexistência de respostas. Neste momento Carvalhal é um treinador sozinho e espezinhado pelo Record de forma vil sem que ninguém faça nada. Se em algumas situações o silêncio é apaziguador, nesta situação específica é propagador de mal-estar e revela uma conivência absurda por parte da direcção do Sporting.
Por isto tudo, peço um BLACKOUT TOTAL ao jornal Record. Se queremos que nos respeitem, temos que passar a mensagem de que o desrespeito de um jornal por nós (porque o Carvalhal é o nosso treinador) tem consequências imediatas. Por situações semelhantes, o Porto entrou em litígio com A Bola. Nós permanecemos num silêncio masoquista.
Repito novamente, é necessário um BLACKOUT TOTAL ao Record. Se a direcção não tomar esta atitude, que todos os sportinguistas a tomem não comprando mais unidades deste pasquim vergonhoso.