Ataque concertado à Moodys (acto 2º)

eu já o disse há muito tempo. estamos em guerra e por isso temos de nos defender… não temos um departamento de segurança, ou uma força especial das forças armadas que possa tratar disto?.. assim tipo cia?.

é apanhar os gajos que mandam na moody’s com droga no carro, com pedofilia nos computadores, com movimentações de dinheiro estranhas para ditadores africanos, começarem a ter todo o tipo de “azares”, tipo o carro não pegar, ou não terem água em casa, ou acesso à internet, haver uma praga de piolhos nos escritórios… é preciso é ter imaginação…

é sabotar aquela porcaria toda para ver se começam a andar na linha.

Essa Agência Americana! (Hino Anti-Moody’s)

:mrgreen:

Mas o que é uma “adesão enorme”? Uns milhares de gatos pingados em Portugal? Epá, a sério, ganhem juízo.

Juízo, qual juízo?

A propósito, Paracelsus, lembras-te da nossa “pequena” conversa sobre Strauss-Khan e Assange? Lembras-te de eu te dizer que queria ver o que ia acontecer? Pois, “juízos”… há coisas previsíveis, não há?

Sim, juízo. É ridículo achar-se que uns quantos portugueses a clicar muitas vezes no site da Moody’s o vão deitar abaixo e ter consequências nefastas para o futuro desta empresa. Enfim… :inde:

Quanto a isso, sendo discutível, até dou de barato que possa ser infrutífero, inútil, e um desperdício de tempo e energias. Quanto ao juízo, penso que são esses portugueses os que ainda têm mais, no meio desta história toda… mesmo que não dê em nada.

Essa canalha do sistema corrupto instituído internacional tem de parar de brincar com a vida das pessoas e com coisas sérias. À dias escrevi aqui que vejo pessoas a ir aos caixotes de lixo durante a noite, às vezes durante o dia, e não estou a falar de ir buscar cartão e papel para reciclar ou à procura de coisas velhas e abandonadas, ou coisas do género, é mesmo a ver se encontram algo para comer. Perguntei aqui se era só eu que o via, ninguém me respondeu. Se calhar ando a ver coisas, ou então andamos todos a dormir. Como eu não acredito nisso, só posso acreditar que andamos distraídos e a alimentar vígaros corruptos e aldrabões, enquanto eles nos põem a comer migalhas, quando não a ir ao lixo. Lixo não é o país, lixo são eles todos. E pode ser que mais cedo do que tarde, comecemos a acordar para uma nova vida, para o futuro, antes que tenhamos todos que, pela calada, andar aos caixotes do lixo.

Juízo é começar a abrir os olhos para a vida, e a não permitir mais o que se tem passado.

:clap: :clap: :clap: :clap:

Nem mais.

Juízo é fazer pela vida e perceber que o estilo de vida da generalidade das pessoas em Portugal é incompatível com as possibilidades do país, foi um presente envenenado do tal “sistema corrupto internacional” que se fartam de dizer mal mas do qual poucos têm coragem para abdicar. O que não é de admirar, pois falar (ou neste caso andar ridiculamente a tentar deitar sites abaixo) sempre foi mais fácil que fazer (pela vida).

É óbvio que uns quantos portugueses a clicar no site da moodys não vai fazer absolutamente nada. Só existe uma forma de combater a especulação das empresas de rating: criar-se uma agência europeia. Este é o “ataque” mais eficiente, o resto é apenas fumo sem substracto.

Claro que não tem consequências nenhumas.

Mas pelo menos chateia-os ao ponto de banirem ip’s portugueses. E espalha uma mensagem pela Europa de que não vamos ficar quietos. Sim, porque também houve muitos espanhóis a aderir ao “ataque”…

Esse é o “ataque”, mas eu sou mais apologista das “medidas preventivas”.

E não me farto de o dizer: existe outro país europeu chamado Suécia que enfrentou um problema parecido (embora de menor dimensão e num contexto diferente).

No início dos anos 90 a dívida externa sueca subiu imenso chegando aos cerca de 80-90% do PIB (mais ou menos o que se passa com Portugal). O défice orçamental rondou os -13% (parecido ao de Portugal). As taxas de juro à conta disso subiram para os 15%!!! (Portugal para lá caminha)… e não só foi um fardo para o estado sueco, como também para a sociedade em geral, obrigando dezenas de milhares de pessoas a vender as casas onde viviam (tendo ido para casa de familiares e amigos) por não terem hipótese de as pagar.

E em vez de andarem a queixar-se dos mauzões que lhes andavam a subir as taxas de juro, o que o estado sueco fez foi privatizar praticamente toda a sua segurança social e adoptar medidas e reformas excepcionais na função pública (que incidiram sobretudo sobre as práticas e modo de funcionamento dos serviços e cortes radicais nas reformas, subsídios de baixas e tudo o que fosse acima de determinado tecto para toda a gente… e quando digo toda era mesmo toda a gente, ninguém escapou à razia), passando de 13 pontos negativos de défice no orçamento para pontos negativos durante muitos anos consecutivos. Foram baixando gradualmente a dívida externa e recuperando a economia e actualmente têm o mercado mais concorrencial de toda a Europa e uma economia pujante, mas também muito regulada (porque todos se lembram ainda daquele período negro).

Portanto é possível sair da crise, mas iria requerer um grupo de governantes e liderança com uma mentalidade “nórdica”, ie, 100% rigorosa, pragmática e eficiente.

Não nos assustes, a esta hora. Dentro do Euro, essa perspectiva é catastrófica. E não falo só de Portugal, claro. Se o preço do dinheiro, dentro da zona Euro, chegar a esses valores, então a economia mundial terá ido rigorosamente pelo cano. E pior, nem sequer teríamos sítio para emigrar.

É catatrófica, mas provavelmente irá acontecer. E depois irá levar algum tempo até baixarem a níveis aceitáveis, coloco-te abaixo o gráfico das taxas de juro da habitação de um dos bancos suecos ao longo dos anos:

Retirado do seguinte pdf: [url]http://www.handelsbanken.se/shb/inet/icentsv.nsf/vlookuppics/a_finansiering_historiska_rantor_110517/$file/rantehistorik_ny.pdf[/url]

As agências de notação são uns pulhas, mas só nos fazem isto porque nos pomos a jeito. Isto não resolve nada e no limite é o que eles chamam “pain in the ass”, metem pomada e passa, entretanto ficamos todos contentes porque se tiveram que chatear a bloquear os IP’s…

Mais efectivo era inundar os milhares de serviços e empresas nacionais que usam os serviços destes cromos. Ex, a CM Lisboa gasta 100.000 EUR/ano a estes tipos…agora somem o Estado, as empresas públicas e camaras municipais restantes…Isso sim é que lhes ia doer.

Mas atenção, isso também não resolve o problema de fundo que o Paracelsus tocou, o problema é que nós gastamos mais do que temos, e depois quando nos vêm pedir o dinheiro queixamo-nos do banco que aumentou a taxa de juro porque não andamos a pagar as dívidas anteriores. Pegamos no cartão de crédito e zurzimos as taxas de juro astronómicas. Ligamos para o “credito fácil” e pedimos mais 1000 EUR a pagar 25% ao ano…etc…

O Estado gasta demais (é do Estado sobretudo que estamos a falar, a crise da dívida é do gastos governamentais), mas 90% do que gasta é em salários e apoios sociais. Para baixar os gastos vai ter que haver despedimentos em massa e eliminação de muitos subsidios.

Vocês, que pensam que clicar no link da Moody’s resolve o problema, e ficam orgulhosos de terem provocado o pain in the ass, percebem que a solução é despedimentos, provavelmente nos vossos pais, ou vós próprios, fim dos subsidios para milhentas coisas, etc? Esse é o problema verdadeiro, e enquanto não se cortar aí, nada feito. Mas isso vai provocar enormissimos problemas em todos nós. O “ganhem juizo” do Paracelsus também tem um pouco disto que escrevi aqui.

Paracelsus, eu acho que a revolta contra as agências de rating ultrapassa a questão portuguesa. Quando o comum do cidadão (e refiro-me àquele que trabalha mais do que a média, que paga os seus impostos e que espera que os outros façam o mesmo) se apercebe do modus operandi destas agências - e da desregulação do mercado de capitais em geral, revolta-se.
Repare-se que estamos a falar de empresas que dão palpites que foi em 2007 provado serem, no mínimo, irresponsáveis (e no máximo criminosos). Estamos a falar de empresas que fazem uma minoria ganhar milhões com base em especulação, e não em trabalho.
E, por isso, é natural que, quando a falta de ética e a ganânciadessa minoria provoca um colapso financeiro Mundial e, 3 anos volvidos, se percebe que não se fez nada para controlar essa desregulação dos mercados, as pessoas não fiquem satisfeitas. E se um ataque DoS é a primeira arma que vêm, vão usá-la.

Não nego que essas empresas não sejam predadoras, pulhas e irresponsáveis. Mas temos de ver que Portugal e a Europa é que aceitaram jogar com estas regras, e agora como o resultado é desfavorável é vê-los a queixarem-se do árbitro. Essas empresas deram muito jeito quando colocavam ratings de AAA para Portugal e o estado chegava às instituições de crédito que quereriam concerteza negociar juros mais altos e o estado “não senhor, a moody’s diz que somos AAA portanto a taxa justa é mais baixa e coiso e tal”. E também dão muito jeito a Portugal quando este empresta dinheiro a outros países menos desenvolvidos e em piores condições com ratings maus, porque isso permite a Portugal lucrar mais via juros mais altos.

A verdade é que Portugal se colocou numa posição vulnerável devido à incompetência com que tem gerido as finanças públicas nas últimas décadas. O estado português sabia muito bem que ao aceitar a lógica do crédito que se tivesse cada vez mais dificuldades em pagar de volta acabaria por ter juros cada vez mais elevados (reflectindo o risco associado à dívida) e que se conseguisse ser disciplinado nas contas públicas e mantivesse um crescimento estável na produtividade iria manter a dívida baixa e consequentemente baixos os juros a ela associada.

Isto é matemática, economia moderna, “importada” dos States, não tem nada de metafísico ou extraordinário, toda a gente sabia isto desde o primeiro minuto e alegar agora que as regras estão mal feitas é uma perda de tempo, em vez de se concentrarem nisso Portugal devia isso sim procurar adaptar-se rapidamente às circunstâncias e efectuar as alterações necessárias para baixar drasticamente a sua dívida e meter em ordem as suas contas de uma vez por todas.

EDIT: Eu até faço a pergunta de outra forma: quais os parâmetros e factores OBJECTIVOS que Portugal pode apresentar que justifiquem que uma empresa de análise ao serviço da dívida soberana dê uma nota mais positiva ao país? Gostava de ver esses números e factores fantásticos que Portugal tem que nos permitem considerar o que a Moody’s fez uma injustiça.

Impasse nas negociações sobre aumento da dívida [size=16pt][b]Moody’s ameaça cortar rating máximo aos Estados Unidos[/b][/size] 13.07.2011 - 22:30 Por Pedro Crisóstomo

Os receios de que democratas e republicanos não consigam um acordo para aumentar o limite legal de endividamento dos Estados Unidos levou hoje a agência Moody’s a colocar o rating norte-americano sob vigilância negativa. Na hipótese de uma revisão, ressalva, o corte teria efeitos mínimos ou nulos nos investidores.

O aviso não deixa margens para dúvidas: quanto mais se arrastam as negociações, mais crescem as probabilidades de os EUA perderem a nota máxima com que estão avaliados.

A notação de risco da dívida norte-americana é a mais elevada de todas, mas o impasse das negociações entre a Casa Branca e a oposição – apesar das intensas conversações – ameaça os Estados Unidos de perderem o nível AAA, o famoso “triple A”.

A agência já tinha dado a entender no início do último mês que poderia cortar o rating dos EUA caso em meados de Julho não houvesse um acordo para o Governo aumentar o tecto legal do endividamento, que chegou ao limite a 16 de Maio e que tem obrigado o Washington a socorrer-se de medidas extraordinárias.

A Moody’s diz que existe um “pequeno risco” – que, sublinha, está a aumentar – de ocorrer um “incumprimento de curta duração”. A administração Obama deu 2 de Agosto como a data limite para fechar um acordo sobre a dívida, já que, diz, a partir dessa data não poderá recorrer a mais medidas extraordinárias para honrar os compromissos financeiros.

Apesar disso, a revisão em baixa nunca seria superior a três níveis – os analistas ponderariam entre baixar a nota para Aa1, Aa1 ou Aa3 – “porque este tipo de incumprimento deveria ser de curto prazo e a perda prevista para os detentores de Obrigações do Tesouro seria mínima ou nula”.

O presidente Barack Obama ainda ontem colocou mais pressão sobre os ombros do líder republicano do Senado, Mitch McConnell, dizendo que não dava garantias de os pagamentos das reformas serem feitos a 3 de Agosto se a questão não se resolver até à véspera.

O braço-de-ferro mantém-se. O porta-voz da Câmara dos Representantes, John Boehner, onde os republicanos têm maioria, reforçou que não há garantias para um acordo.

O aviso da Moody’s é apenas o culminar de uma ameaça das agências de rating que nao é, porém, de agora. A antever difíceis consensos entre a Casa Branca e o Partido Republicano quanto às políticas orçamentais, a agência Standard and Poor’s já a 18 de Abril lançou a hipótese de deixar cair a avaliação do patamar máximo da dívida norte-americana, o que, na altura, gerou um coro de protestos por parte dos responsáveis políticos norte-americanos.

Acho que vamos assistir a um pequeno twist na teoria conspirativa… em vez de serem os EUA a tentarem derrubar o Euro, que tal, sei lá, os extra-terrestres que com toda a certeza já vivem no meio de nós há décadas? :twisted: :twisted:

São os chineses. São sempre os chineses.

Depois da Moody’s hoje é a Standard and Poor’s:

Impasse sobre aumento do limite da dívida pública [size=14pt][b]Standard & Poor’s ameaça reduzir rating dos EUA[/b][/size] 15.07.2011 - 07:37 Por Kathleen Gomes, em Washington

O impasse nas negociações entre a Casa Branca e os líderes congressistas republicanos para aumentar o limite da dívida dos Estados Unidos levou a agência Standard & Poor’s a ameaçar ontem reduzir o rating do crédito americano, um dia depois de a agência Moody’s ter lançado um alerta semelhante.

O aviso das duas agências vem conferir ainda mais dramatismo ao que é conhecido como a crise da dívida americana: a administração Obama vem avisando que se o limite dos empréstimos ao país não for aumentado até dia 2 de Agosto, o Governo deixará de ter dinheiro para pagar as contas públicas. Se a Moody’s e a Standard & Poor’s (S&P) reduzirem a notação de risco da dívida americana – que actualmente goza da classificação máxima, ou AAA, considerada a mais segura em termos de investimento – os Estados Unidos passariam a pedir empréstimos ao exterior a um custo mais elevado.

A S&P colocou ontem a nota de risco da dívida norte-americana sob vigilância negativa e avisou que existe 50 por cento de probabilidade de vir a reduzir o rating dos Estados Unidos nos próximos três meses, tendo em conta a “dinâmica do debate político sobre o limite da dívida”.

Nos últimos meses a Casa Branca tem procurado chegar a acordo com os republicanos para aumentar o limite da dívida nacional – acção que depende da aprovação do Congresso, controlado pelos republicanos. As negociações entre as duas partes intensificaram-se na última semana, com reuniões diárias na Casa Branca entre Obama e os líderes republicanos, que têm terminado sem fumo branco. Pior: nos últimos dias, o debate pareceu mais dividido do que nunca, com ultimatos de parte a parte. No final da reunião na quinta-feira, o Presidente Obama disse aos líderes congressistas dos dois partidos que deveriam chegar a um acordo até sábado de manhã, caso contrário as negociações irão prosseguir durante o fim-de-semana. Esta sexta-feira, Obama realiza a sua segunda conferência de imprensa sobre o tema no espaço de cinco dias.

Cada uma das partes tenta ganhar a simpatia dos eleitores americanos: os republicanos com a sua postura de austeridade fiscal numa altura em que o pessimismo económico é generalizado e vai decidir as eleições presidenciais do próximo ano; Obama alertando que deixará de poder pagar segurança social aos americanos se não houver acordo (“Pode simplesmente não haver dinheiro nos cofres para o fazer”, disse esta semana numa entrevista à televisão CBS).

O fracasso negocial tem intensificado receios de um cenário de incumprimento (ou default) do Estado norte-americano. Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal, afirmou ontem que isso teria consequências calamitosas, não só na economia americana mas também no sistema financeiro global.

Os americanos devem ser gente muito esquizofrénica, agora até têm agências que atacam os próprios EUA apenas para deitarem abaixo o Euro… :twisted: :twisted: