Sinceramente já não consigo perceber o Sporting e mais do que tudo, os Sportinguistas.
E o que vi aqui no forum, ainda deixa-me mais perplexo.
Eu acho que os Sportinguistas gostam de sofrer, e ponto final.
E essa gosto do sofrimento é que faz mover os Sportinguistas para as partidas em Alvalade.
Um exemplo notório é que quando a equipa está ganhar com 2 ou mais de diferença, o pessoal começa a sair do estádio a 5 ou às vezes a 10m do final da partida.
Porém se o resultado estiver somente a um golo e ainda existir aquela adrenalina de contar os minutos para apito final, e a equipa contrária começar a bombear bolas para a nossa área, aí sim, o pessoal fica até ao fim.
E claro quando estamos empatados ou mesmo a perder por 1 golo, então é claro que ficamos no nosso lugar.
Ou seja, nós não gostamos de coisas fáceis, de jogos tranquilos, de ver a partida a rolar a um ritmo constante com o resultado completamente seguro.
Nós gostamos de adrenalina, de frisson, de ver o árbitro a não marcar um falta estúpida no meio campo a nosso favor, para barafustar com o mesmo, gostamos que o nosso guarda-redes dê um frango de todo tamanho ou o avançado falhar um golo certo para depois o assobiar no resto da partida …
… mas o que nos dá maior alegria é mesmo pensar, que grande parte dos jogadores são todos uma m**da (treinador incluído) e depois manifestarmos para que se mande o treinador para a rua e que se troque de plantel.
O problema dos últimos anos é que o FSF e o PB são uns teimosos, e como não vão nas cantigas dos habituais, a emoção já não é a mesma. Mas a estabilidade é que garante títulos quer queiram, quer não.
Digo-vos, eu não quero ter novamente um “Sousa Cintra”, com um plantel de categoria e um treinador com um dos melhores currículos que alguma vez passou pelo Sporting e diria mais em Portugal, o despeça ainda antes do natal porque foi eliminado na Taça Uefa (Sir Boby Robson).
E já agora, vejo depois aqui uns iluminados que dizem que antes é que era bom, porque contratávamos grandes estrelas … eu diria mais, eram tão grandes as estrelas, que de 82/83 a 99/00 só ganhamos uma taça de Portugal em 95/96.
Nessa altura sim, até tínhamos o estádio bem composto … mas vitórias? Nada!
E se vêm falar de Belenização, então nesses tempos, de acordo com os resultados desportivos é que não passávamos do 4º lugar.
Actualmente só encontro duas falhas, e não estão relacionadas com a gestão desportiva, porque aí penso que estamos no bom caminho. As duas falhas são:
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Marketing. O clube falha nesse aspecto, nomeadamente com a inexistência de campanhas apelativas para a participação e vinda de sócios e adeptos ao estádio.
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A questão dos núcleos. Uma melhor interacção com os núcleos, era capaz de trazer mais uns 5000 sócios/adeptos ao estádio.
O que vi na final da taça, contraria essa teoria de enfraquecimento da nossa massa adepta. O Sporting é um clube nacional, com grandes representações em praticamente todas zonas do país.
Como ideia (porque não é só a criticar que fazemos crescer o clube), podíamos fazer o seguinte. Atribuíamos um número estimado de GBs (sem nome titular, tipo GB adepto) a cada um dos núcleos (dependendo da sua dimensão) que depois eram distribuídas pelos seus sócios em cada um dos jogos.
O modelo de negócio era simples, o Sporting entregava por exemplo 50 GBs a um núcleo, esse núcleo pagava à cabeça 50% do valor das GBs (tipo 50x75€=3750€)… e depois o núcleo alugava a GB sobre cada jogo, a um certo preço estipulado para cada partida aos seus associados,. No fim da época o núcleo pagava os restantes 50% ao Sporting.
Ah … e para participar, tinham de ser pelo menos, sócios correspondentes.
Assim, assegurávamos mais assistência, permitíamos que sócios que vivem longe pudessem ver alguns jogos sem precisar de fazer um investimento para a época inteira, e se o modelo resultasse, até poderia ser possível também ajudar financeiramente os núcleos com mais uma fonte de receita (que poderia ser resultante da margem do “aluguer” por partida) e assim tornar os núcleos mais fortes para espalhar o nome do Sporting em cada cidade do nosso país.
Pensem nisto, e digam a vossa opinião sobre esta ideia.