Assim vai a arbitragem!

Paulo Baptista, o árbitro do Sporting-Nacional da última jornada da SuperLiga 2004/05, jogo que acabou por ser fatal para o assistente Pedro Ferreira, só não foi punido a sério (acabou por ter apenas uma repreensão) porque o seu conterrâneo membro do CA - Blanco Miranda - usou de toda a sua força nesse sentido
Até há algum tempo atrás, quem decidia quais os árbitros ou árbitros-assistentes que iam aos cursos da UEFA era uma célula do plenário da Arbitragem composta pelo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, um seu vice, e o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga. Só que Pinto de Sousa foi, como se sabe, suspenso de funções e agora nem sequer é o actual presidente do dito Conselho - Carlos Esteves - a indicá-los, porque há quem tenha mais peso na Arbitragem do que ele... :?:, Carlos Esteves que de resto preside ao CA em posição de duvidosa legalidade, para não dizer mesmo ilegalidade, dado que nem sequer tomou posse. Só que, como é evidente, foi a ele - Carlos Esteves - que o árbitro-assistente José Ramalho se dirigiu para pedir esclarecimentos sobre o facto de, apesar de ter sido o[b] 1º classificado esta época, e de ser internacional há mais tempo do que João Santos[/b], ter sido este - 4º classificado apenas - o árbitro-assistente indicado para o Curso de Elite que se realiza em Agosto na Suíça.

Através do seguinte e-mail: “Tendo tido conhecimento que a UEFA solicitou a presença de um árbitro-assistente no próximo Curso (Paulo Januário, Devesa Neto e Bertino Miranda), gostaria de saber quais os critérios utilizados para essa nomeação, pois quanto sei foi nomeado João Santos. Pelo que gostaria de ser esclarecido desta situação”. Resposta de Carlos Esteves: “Em resposta ao seu e-mail, somos a informar que qualquer nomeação feita pelo Conselho de Arbitragem, os critérios utilizados são da nossa inteira responsabilidade, dos quais não temos de dar satisfações. Assim sendo, e como a nomeação a que o Sr. se refere é da responsabilidade da UEFA, deverá dirigir-se à mesma, e perguntar-lhe quais os critérios utilizados, pode ser que lhe dê satisfações”.

Espantoso, não é verdade? Mas é assim: sem critério, com conluios e com este tipo de arrogância, e até de má educação, que a Arbitragem entre nós funciona. E ninguém parece querer por cobro a isso, o que também é espantoso, é claro.

Fonte: O Jogo online

Eu admiro-me é de como é que ainda existe gente disposta a soprar num apito durante um jogo de futebol da superliga. O que têm a dizer os subscritores dos manifestos bacocos?

Mas o árbitro do último Sporting-Nacional não foi o António Costa?

Sim, mas os árbitros parecem estar contentes, com este status quo, pois não aceitam quaisquer alterações de fundo no seio da arbitragem, ou seja, comem todos à mesma mesa. A FIFA já deu o cartão vermelho à arbitragem portuguesa ao excluí-la do mundial 2006 e se houvesse honestidade, profissionalismo e vergonha na cara, davam todos um murro na mesa e diziam basta! Como isso não existe e como o compadrio e a corrupção são mais importantes, ninguém está nem um bocadinho preocupado com FIFAS, nem com FUFAS e o regabofe continua.

A podridão é tanta que ainda não perdi a esperança de que o 4º ou 5º classificado do nosso campeonato chegue às finais de uma importante competição europeia. É triste eu estar a dizer isto, mas só poderemos ambicionar a ter uma arbitragem em condições quando “limparem o sebo” a um “boi-negro”. :evil: