Bem ao que parece e ao que vem no Twitter , aquela informação do exército e do ataque à universidade não se confirma , ao que parece é contra-informação , por enquanto.
Pode ser que todo este mal venha por bem. Pelo menos que enfraqueça o senhor Ahmadinejad que é muito perigoso, enquanto ele tiver que lidar com a fúria dos seus pode ser que se deixe de megalomanias e de querer ser aquilo que não pode.
O Irão e’ uma grande nação, infelizmente os radicais islamicos continuam a dar cabo do país. Se fosse um país moderado, era dos mais ricos do Mundo e dos mais desenvolvidos, infelizmente não acontece nem nunca acontecerá.
Meio offtopic, sendo Israel um alvo apetecivel para estes radicais, isto levará a uma guerra sangrenta num futuro, mais ou menos, próximo.
LISBOA - Estou cansado da obamanização do mundo. Inventei agora a palavra. Vocês sabem o que ela significa: a obamanização consiste em substituir a realidade pela fantasia, esperando que nos quatro cantos do globo surja sempre um candidato capaz de imitar a retórica bondosa e evangelista do original Barack.
Aconteceu agora no Irã. Li os jornais disponíveis. Acompanhei as reportagens televisivas. O tom era semelhante: pela primeira vez desde 1979, altura em que Khomeini deixou o seu exílio dourado em Paris para regressar a Teerã, os iranianos iriam escolher novo presidente. Pior: iriam escolher um “moderado” (Mousavi) por oposição a essa grotesca criatura chamada Ahmadinejad.
A fantasia esquecia dois pormenores básicos, quase dolorosos. Primeiro: o Irã não é uma democracia. O Irã é uma teocracia, o que significa que as decisões (iniciais e finais) pertencem ao Líder Supremo, Khamenei.
É o Líder Supremo quem escolhe os candidatos presidenciais. Em todas as eleições, aparecem centenas ao cargo. Esse ano, foram 485 candidaturas. Quatro foram selecionadas, depois de verificação apertada, ou seja, depois de se verificarem os créditos revolucionários dos quatro candidatos, rigorosamente do sexo masculino e rigorosamente muçulmanos xiitas. Mas a influência do Líder Supremo não termina aqui. O Líder Supremo, independentemente do resultado da votação, escolhe o presidente do Irã. Os iranianos que foram às urnas são apenas figurantes de um teatrinho sórdido.
Mas há mais. Nos últimos dias, surgiu igualmente a fantasia de que Ahmadinejad poderia ser derrotado por um “moderado”. E quem é o moderado? Precisamente: Mir-Hossein Mousavi, um antigo primeiro-ministro de Khomeini, responsável pela execução maciça de opositores políticos na década de 80 (20 mil? 30 mil?). Alguns jornalistas, sem um pingo de vergonha na cara, chegaram mesmo a acrescentar que Mousavi iria inaugurar um novo período de relações amigáveis com o Ocidente e, pasmem, Israel. Para os relapsos, relembro que Mousavi esteve envolvido no atentado terrorista ao centro cultural judaico de Buenos Aires. Morreram 85 pessoas.
E agora? Agora, coisa nenhuma. A vitória de Ahmadinejad, seguramente forjada, cumpriu na perfeição o roteiro pré-definido pela teocracia iraniana. O que significa que, depois dos Guardas Revolucionários fazerem o seu trabalho, prendendo ou espancando os manifestantes, o Irã continuará o seu glorioso caminho rumo à pobreza, à opressão das suas minorias e, claro, à bomba nuclear, para uso cirúrgico contra Israel. A obamanização do mundo é uma idéia simpática. As idéias simpáticas, pelos vistos, não chegam a Teerã.
[b]Twitter adiou manutenção para apoiar oposição iraniana[/b]
Washington pediu aos administradores do Twitter para adiarem uma operação de manutenção durante o passado fim-de-semana para permitir à oposição iraniana continuar a utilizar a rede social da Internet, revelou hoje um responsável do departamento de Estado.
Representantes da diplomacia dos Estados Unidos entraram em contacto com responsáveis do sítio de micro-blogues “para lhes lembrar que se tratava de um importante meio de comunicação no Irão”, disse a jornalistas o responsável do departamento de Estado, que solicitou o anonimato.
A rede social do Twitter foi um dos instrumentos utilizados por apoiantes do candidato presidencial iraniano Mir Hossein Mussavi, que contesta o resultado das eleições de 12 de Junho, para convocarem uma manifestação em Teerão que reuniu cerca de um milhão de pessoas para exigirem uma recontagem de votos ou repetição do acto eleitoral.
As eleições no Irão, cujos resultados oficiais atribuem a vitória ao presidente cessante Mahmud Ahmadinejad com cerca de 63 por cento dos votos, provocaram uma onda de contestação no país, com o antigo primeiro-ministro Mir Hossein Mussavi (ao qual foram atribuídos 33,75 por cento dos votos), a denunciar irregularidades no escrutínio.
-Polícias de choque falam arábico , suspeitas de que não são iranianos.
-Rumores que os mullahs estão a marcar voos para fora de Teerão.
-Diz-se que está tanta gente nas ruas de Teerão para a concentração de Moussawi que até os transportes públicos , metro e autocarros estão com muitas dificuldades em dar conta do recado.
Os EUA “trabalharam” bem. O “Império” está muito longe de estar acabado e quando tem de actuar usando estratégias indirectas, é quando obtém melhores resultados. O que está a acontecer no Irão, para além da consolidação do regime iraquiano, é óptimo para a estratégia norte-americana no Médio Oriente. Por vezes os resultados não são logo visíveis e as grandes potências têm de ser persistentes. Mesmo que o regime iraniano não caia, sairá bastante enfraquecido deste episódio. A influência do Irão vai claramente diminuir. Daqui a poucos anos vai ser notório como os americanos, apesar de tácticas menos adequadas que foram sendo corrigidas, tinham razão em invadir o Iraque (na lógica dos seus interesses de médio/longo prazo), porque a estratégia estava certa e acaba por vingar no fim. O resto é conversa de percurso.
Uma revoluçao , sincera e com sentido democratico pode ser boa como tambem pode resultar em catràstrofe pois corre-se o risco de o poder cair em maos ainda com menos escrupulos que estes !-Numa Naçao com a possibilidade de ter a bomba atomica ,isso pode ser o fim da civilizaçao tal qual a conhecemos !- Acho que o povo Iraniano tem todo o direito de se revoltar, deviam começar por separar a relegiao da politica e talvez as coisas corressem melhor !
Ás vezes as melhores revoluções são feitas por gente de dentro , vamos ver , se isto continuar , o Moussavi terá que corresponder , não nos podemos esquecer que quem está a protestar é na esmagadora maioria gente jovem.
Se Moussavi não corresponder será rapidamente ultrapassado.
Nunca ouvistes dizer que as revoluções comem os seus filhos.