Armas de guerra roubadas em Tancos

Demitir o Ministro da Defesa é o caminho mais fácil. É a nova retórica.

Obviamente que ninguém do Governo se demitirá ou vai ser demitido. Isso seria péssimo para a imagem do Governo, ainda por cima com as eleições autárquicas acontecerem no fim de Setembro, esqueçam. Tivemos dois acontecimentos terríveis em Portugal e ninguém se demite, ninguém aperta o Governo, nada. É agenda política que governa Portugal e o Presidente da República patrocina tudo isto.

Há aqui coincidências estranhas. Mas, um trabalho de vigia minimamente bem feito e é fácil perceber como funciona a segurança do paiol, perceber as rotinas e arquitectar o roubo. A segurança era mínima e arcaica. Pode ter existido fugas de informação interna, agora que transparece a demasiadas facilidades para assaltar aquilo, lá isso transparece.

Não há tempo para tudo… ou se tiram fotos com o orelhas, ou se toma conta das armas.

Mas isto cabe na cabeça de alguém? Ninguém se acusa? Como raios é que um “incidente” destes não foi visto por ninguém? Estamos a falar de toneladas de armas, é algo muito pesado, nada fácil de transportar, exigiria veículos pesados e vários pessoas … que ninguém venha gozar com a cara dos portugueses! Alguém das tropas que etavam no local teve que colaborar, e não foram nem um, nem dois! Demora muito a realizar um roubo destes! E estes merdas vêm dizer que estão a investigar. Gostaria de saber qual o destino destas armas … agora gozarem connosco não! Nem o maior dos incompetentes deixava isto passar em branco! E como raios é que não tinham as câmaras operacionais ? Não me venham dizer que foi incompetência. Isto foi organizado dentro das forças armadas, por quem não sabemos mas seria impossível de realizar se assim não fosse! RI-DÍ-CU-LO !

Isto foi só o aproveitamento da bandalheira instalada , corta-se tudo e depois … espanto… roubam armamento, falham as comunicações, falha tudo. Repito importante é pagar aos mais de 200 bandalhos no parlamento e dar-lhes grandes carros, secretarias e afins. É o que digo não estamos preparados para nada, sigam os impostos de 40% para o trabalhador médio, que so servem para alimentar o porco

Ao que parece não aconteceu só em Portugal, em vários países da NATO roubos similares têm acontecido nos últimos anos…

Segue abaixo lista de acordo com a imprensa do que foi roubado:

1450 Cartuchos de 9mm 22 Bobinas de fio para ativação por tração (bobinas de tropeçar) 1 Disparador de descompressão 24 Disparadores de tração lateral multidimensional inerte 6 Granadas de mão de gás lacrimogéneo CS/MOD M7 10 Granadas de mão de gás lacrimogéneo CM Anti-motim M/968 2 Granadas de mão de gás lacrimogéneo Triplex CS 90 Granadas de mão ofensivas M321 30 Granadas de mão ofensivas M962 30 Granadas de mão ofensivas M321 44 Granadas antitanque 66 mm com espoleta M4112A1 com lançamento M72A3 - M/986 LAW 264 Unidades de explosivo plástico PE4A 30 CCD10 (Carga de corte) 57 CCD20 (Carga de corte) 15 CCD30 (Carga de corte) 60 Iniciadores IKS 30,5 Lâminas KSL (Lâmina explosiva)
Sic. Diário de Notícias

Amigo [member=17033]Chown qual é a sua fonte para afirmar que (…) A segurança era mínima e arcaica. (…)?

De topo não era…

[member=8733]SportSimpatizante, a generalidade da imprensa portuguesa.

Quem roubou com certeza sabia o que estava a levar. Porquê o roubo de granadas de mão de gás lacrimogéneo?? :think:

Para assaltos e para ficar com reféns? :think:

Se arrebentam isso num espaço confinado com reféns eles próprios são afectados. O gás lacrimogéneo é por exemplo usado pelas policias para dispersar multidões. Se o objectivo fosse algo ofensivo, não fazia mais sentido outras opções? Bem, isto sou eu a falar que não percebo nada de armamento.

EDIT: Bem, pensando melhor, consigo imaginar vários cenários de terrorismo onde se poderá fazer uso do gás lacrimogéneo…

O gás lacrimogéneo só pode ser usado em espaços abertos , se for usado em espaços fechados cheio de gente , ou mesmo em espaços abertos mas cheios de gente e com más escapatórias , estás a ver o estrago que não faria.

Exacto… daí o meu EDIT na minha mensagem anterior: (EDIT: Bem, pensando melhor, consigo imaginar vários cenários de terrorismo onde se poderá fazer uso do gás lacrimogéneo…)

Neste caso o inside job é tao obvio que até doi. Como é que alguém entre numa base militar, e retira tudo o que foi roubado sem ninguém dar por ela? Calculo que nao seja propriamente silencioso e rapido roubarem aquilo tudo. Já inventaram o Teletransporte?

Enfim.

Teoria da conspiração:

Isto tem mão do orelhas. Com as investigações que andam a fazer por causa dos emails, há que desviar atenções.

Enviado do meu Redmi 4 através de Tapatalk

[size=12pt][b]Empresa privada realizou obras na vedação dos paióis[/b][/size]

Oposição quer saber se houve quebras de segurança na atribuição a uma empresa civil de obras numa área tão sensível

Uma empresa privada esteve a trabalhar até ao mês passado na vedação em torno dos paióis de Tancos donde há dias foi roubado material de guerra. Esta situação vai ser mesmo uma das que o CDS-PP vai colocar ao ministro da Defesa e ao comandante do Exército nas audições parlamentares requeridas com caráter de urgência.

O Exército confirmou ontem ao DN, sem precisar qual a empresa em causa, que a obra para instalar a vedação na zona oeste em torno dos 20 paióis de Tancos “acabou no mês passado”.

As obras estiveram a cargo da empresa de construção civil Corifa (de Ribeira do Fárrio, Ourém), num concurso público por ajuste direto com prazo de execução de 30 dias e cuja data do contrato é de 30 de novembro de 2016. O valor inicial do contrato era de 112 316, 42 euros e concorreram ainda duas outras empresas: a Ecoedifica e a Construções Rodrigues & Filho - sabe o DN.

O contrato foi publicado a 15 de dezembro do ano passado e visava a “reconstrução da vedação periférica exterior no perímetro poente dos paióis nacionais de Tancos”, uma área com cerca de 38 hectares e um perímetro na casa dos três mil metros de extensão.

João Rebelo, coordenador da bancada do CDS-PP na Comissão Parlamentar de Defesa, garantiu ontem ao DN que o partido vai fazer perguntas sobre essa matéria nas audiências ao ministro da tutela e ao comandante do Exército - que serão aprovadas na terça-feira e, em princípio, para se realizarem ainda na próxima semana.

Outra fonte política, ouvida sob anonimato por estar a falar sobre um assunto sensível e sob investigação, adiantou ao DN que a entrega daquelas obras a uma empresa privada foi vista dentro do Exército como “uma quebra de segurança”.

Embora o nível de segurança “alfa” em vigor no Exército seja o mais baixo da escala, ele implica um conjunto de regras escritas - ficando por saber se foram cumpridas. Outro ponto a inquirir é o da avaliação de segurança a que foram sujeitos a empresa e os trabalhadores civis envolvidos nas obras da vedação.
Outro aspeto a saber é o de quem eram os militares que tinham a cargo a segurança dos paióis, que aparentemente não eram da Polícia Militar e cuja responsabilidade no local estava a cargo de um sargento.

Esta é uma questão de natureza operacional e era realizada por uma secção - composta por uma dezena de praças sob comando de um sargento - oriunda das unidades militares existentes na zona, a qual reportava a outro sargento colocado na área dos paióis.

Ontem, na RTP (ver texto principal), o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) disse que o ramo considerava “suficiente a equipa que fazia seguranças periódicas” ao local. O general Rovisco Duarte afirmou ainda não saber quando (e presume-se que por quem) foram retirados os postos de vigia existentes. Mas antes, na SIC, também fez questão de dizer que quem roubou o material tinha “conhecimento do conteúdo dos paióis” e que “para haver algo deste género tem de haver informação interna”.

O deputado Pedro Roque, coordenador do PSD na comissão de Defesa, frisou ontem ao DN a importância de as audições ao ministro da tutela e ao CEME serem realizadas na próxima semana e adiantou algumas questões a colocar pelo principal partido da oposição: qual a segurança das instalações e por que não houve aumento do patrulhamento face à inexistência de sistemas complementares de vigilância.

[url=http://www.dn.pt/portugal/interior/empresa-privada-realizou-obras-na-vedacao-dos-paiois-8607016.html]http://www.dn.pt/portugal/interior/empresa-privada-realizou-obras-na-vedacao-dos-paiois-8607016.html[/url]

Se em Tancos há uma unidade de engenharia , para quê chamar uma empresa privada ?

Infelizmente já nem as forças armadas escapam ao clientelismo e à corrupção , este país está a saque em todos os níveis , por isso situações como estas de Pedrogão e do paiol de Tancos só têm tendencia para suceder mais no futuro.

Então estás a falar do facto de não ter câmaras de vigilância, contudo a meu ver a grande falha foi terem atribuído a reparação da vedação a pessoal não militar.

Atualmente o exército é só pra ter comida, estudos, bolsas, etc… Conheço vários amigos meus foram pra la por causa do € e assim e ao fim de x tempo mandam embora. Eles vão pra la mas não é pra trabalhar… Olha olha…

Quando foi incêndio de 2005, mandaram pra aqui malta do exército. Primeira coisa que fizeram ao chegar? " estamos com fome. Queremos comer! " e ora venha o comer pros senhores, e os bombeiros a 3 dias que andavam mal alimentados, alguns só com 1 sandes e pouco mais, a combater o fogo!! :wall:

Isto foi real, eu e outras pessoas presenciamos!

E outras cenas de militares jovens irem apagar foco com aqueles " batedores" e vir embora e o foco passado uns minutos a voltar a reacender e andarem nisto 3 ou 4 vezes, até que teve de ser um jipe dos próprios bombeiros a lá ir, senão nem um foco sabiam apagar! Não têm o minimo de formação… :inde:

Esta é a sua visão do exército amigo… Contudo o ponto que eu estava a frisar era o facto de uma empresa de construção civil estar a reparar uma vedação militar. Odeio especular, mas quão fácil não seria pegar numa Ford Transit desta empresa aproveitar a licença de acesso, abastecer e desaparecer.

Um ramo do exército mandar outros fazer aquilo que eles próprios podem fazer… >:(
Já eu acredito mais em plano delineado, com ajuda a partir do interior, na questão das vigias, tempos, etc…

No meu tempo de tropa, e estou a falar de tropa normal, serviço obrigatório, o paiol era sempre guardado por 1 ou 2 soldados.