Aproveitamento da Academia Sporting e B's. Oportunidade histórica?

Como já vem sendo apanágio do mundo do futebol, já por estes dias (se não mesmo antes), já se prepara a nova época desportiva,
as primeiras movimentações, os primeiros contatos para adquirir novos jogadores, uns para colmatar lacunas, outros para vir substituir uma ou outra provável saída.

Mas nestes ultimos anos temos vindo a assistir a um aumento da “parada”. Todos os verões, especialmente para os lados dos nossos 2 “queridos” rivais existem contratações por números algo grandinhos para a realidade deste futebol mal parido.

Uns dão muito beneficio, outros nem por isso. Os que deixam prejuízo muitas vezes dão para equilibrar as contas dos que saiem pelo triplo ou quicá. Mas o que importa cegamente para quem fala nas caixinhas da TV são os resultados, se a bola entra ou não, as finanças e o seu estado são para outros entendidos.

Ora o Sporting neste mesmo dia encontra-se numa posição, não digo de vantagem, mas de conseguir aproveitar a “ganância” sazonal dos nossos adversários. Sendo certo que muitos compraram possiveis soluções (especialmente o fcp) para um plantel mais gordo ainda. Para o benfica, comprar no verão tornou-se numa obrigação.

O que fazer? O Sporting, não está de facto em melhor situação para andar a comprar os craques de outras paragens, terá muito provavelmente os milhões da UCL, mas verá o seu dinheiro para uma ou duas soluções.

E como temos visto, este plantel carece de posições, e venderemos provavelmente 2 habitués nos onzes do Sporting (WC e Capel À cabeça), o que o Sporting tem de fazer é aproveitar os B’s e os seus juniores.

Numa época em que os 2 rivais muito provavelmente irão gastar para lá dos 30 milhões no mercado de verão, ao Sporting exige-se maior contenção, temos uma situação frágil da qual ainda não saimos, e a mim parece-me que temos valores enormes para aproveitar para o ano. Exemplos como João Mário, Wallyson, Fokobo, Iuri Medeiros, Chaby, Gelson Martins, Betinho, Palhinhas, Podence… e provavelmente ainda me esqueço de uns bons talentos que agora despontem em Alcohete.

Urge depressa encontrar uma ou 2 soluções no mercado, tentar vender a nossa maior valia (William) e depois tentar a pouco ao longa da época integrar estes jovens. E se o fizermos teremos muito boa matéria prima para lutarmos de igual para igual com o porto e o benfica em 2015/2016.

E com uma gestão cuidadosa e profissional, como BdC tem feito ao longo deste primeiro ano, porque não dar uma lição histórica ao vencer o Campeonato Nacional e gastando 2 ou 3 vezes menos que os nossos inimigos? E pela primeira vez na história utilizarmos verdeiramente a nossa fábrica como fornecedora de mais valias para o plantel.

Há um factor, que a meu ver, é muito importante para o sucesso do projecto que defendes: os adeptos estarem identificados - implica serem pacientes e cientes - com a ideia dum “Sporting em construção” durante + 2 épocas.
Quero com isto dizer que, por exemplo, não se pode querer “dar uma lição histórica ao vencer o Campeonato Nacional e gastando 2 ou 3 vezes menos que os nossos inimigos” sem, por outro lado, estar-se consciente de que é preciso tempo (aqui entra a paciência dos adeptos) para que uma equipa feita nesses pressupostos dê frutos.

A aposta tem de passar pela formação. Não de uma forma louca e lançar meia duzia de miudos numa só época. Precisamos de reforçar algumas posições mais carenciadas (um extremo e um médio ofensivo já com alguma experiencia, capaz de desiquilibrar, de ser uma mais valia) e caso não existam saídas de jogadores importantes (William ou Rojo) basta-nos apostar em dois ou três jovens da nossa Academia (JME, Iuri e Esgaio).
É desta forma que devemos encarar o futuro, apostar nos nossos jovens e apostar em contratações cirurgicas de jogadores (poucas por época) que possam ser claras mais valias.

Quero só deter-me neste parágrafo, dado que o resto do post considero maioritariamente “pacífico”.

Aquilo que temos que fazer é, no caso do William, precisamente o oposto que preconizas. Temos que o tentar segurar por mais uma ou duas épocas (at least). Obviamente que estamos necessitados (e muito) a nível financeiro, mas não creio que vendamos o William a não ser que:

a) Batam a cláusula de rescisão na mesa do Presidente.
b) Haja alguma obrigação (decorrente do fundo ao qual 40% do passe do William pertence) que nós adeptos, desconheçamos.

É evidente que é uma “faca de dois legumes” toda esta situação em volta do William. Por um lado o apelo de um encaixe histórico em termos financeiros (mesmo só com os 60% do passe) ou a manutenção de um jogador absolutamente fulcral neste Sporting.
Estou certo que (est)a direcção saberá lidar com esta questão com a seriedade que se impõe, pondo o interesse e defesa do futuro do nosso clube acima de tudo. Como tão bem têm feito até aqui. Mesmo que isso implique perder o único jogador que considero indispensável para o Sporting. Há mais alguns que fazem falta, mas William é … one of a kind.

A aposta na formação é algo que sempre me deixou particularmente orgulhoso por ser deste clube. A nossa maior bandeira é a força, qualidade e visibilidade da Academia. Made in Alcochete é uma marca que é reconhecida no estrangeiro.
Espero que a política de aposta continuada na prata da casa seja para continuar, mesmo quando já estivermos numa situação economico/financeira estável e relativamente desafogada.
Temos qualidade dentro de portas e atrevo-me a dizer que sempre teremos. Há que saber (continuar a) aproveitá-la.

Com a receita da Champions (caso o 2º lugar se concretize) e a venda de 2/3 jogadores não essenciais (Rinaudo, Labyad, Miguel Lopes, Capel, Carrillo, etc) ficamos com as contas equilibradas para a próxima época.

Depois é questão de irmos ao mercado buscar 2/3 jogadores “bons e baratos” na linha de Jefferson, Montero, Maurício e Slimani e subir 2/3 jogadores da equipa B. O próximo ano ainda não será para ataque ao título, mas sim para consolidar o projeto e continuar a crescer. Os desafios de uma época com competições europeias são maiores, por isso paciência, compreensão e apoio terão que ser as palavras chave para a próxima época.

Como principais prioridades estará um defesa esquerdo e dois médios

GR: Patricio e Boeck
DE: Jefferson e contratação
DD: Cédric e Esgaio
DC: Mauricio, Rojo, Dier e Semedo
MDEF: William e contratação
MC: Adrien, Martins, Vitor e Contratação
Extremos: Mané, Heldon, Wilson e Capel/Carrillo
PL: Montero, Slimani e Cissé/Betinho

Quando falo em contratação pode também ser um jovem da B, mas não vejo nenhum defesa esquerdo ou trinco com capacidade para entrar no plantel principal. Para médio centro João Mário pode ser uma alternativa.

Há que manter o bom senso e continuar a criar uma equipa, sem entrar em loucuras.

E o Chico, não entra nessas contas? :angel:

Não creio que consigamos vender o MIguel Lopes pelo preço que se pede. 10M. Que julgo (posso estar errado) ter sido o acordado com os fruteiros.
Não quero, como adepto, dar um tostão que seja a esses corruptos nojentos. Mas enquanto adepto, também reconheço que é fundamental realizar encaixe financeiro.
O Vitor e o Wilson, por mim, tinham guia de marcha. O primeiro por não ser alternativa viável (mais a mais numa época que se prevê mais exigente) e o segundo porque, como extremo, não acrescenta a qualidade necessária enquanto desiquilibrador.

Parece-me que estamos bastante carenciados de opções para as alas, no ataque.
Mané tem vindo a consolidar-se como alternativa credível, quiçá, a continuar o bom desempenho, até será titular de forma regular.
Capel ganha demasiado para aquilo que produz, Carrillo continua com a sua genial intermitência (se bem que melhorou bastante a nível defensivo) e o ainda temos o Chico. Bala de seu nome. Que é uma perfeita incógnita, dado que ainda não se percebeu i[/i] onde ele encaixa. Se a 10 se a extremo.

Enough Off-Topic.

Quanto aos miúdos da Academia, que se dê oportunidade durante a pré-época, de mostrarem a sua vontade e a sua qualidade.
Temos algumas soluções potencialmente efectivas para o plantel. Esgaio e João Mário à cabeça. Parecem-me se os mais preparados para dar já o salto na sua carreira.

Eu penso que para a epóca que vem se reforçarmos o plantel em qualidade e não perdermos jogadores nucleares ( essencialmente o william ) estaremos em condições de atacar o título.

Eu tenho sempre algum receio destes projectos. O problema do Sporting sempre foi o projecto que vai dar frutos de aqui a 3 ou 4 anos e depois como não dá nada, muda-se tudo. Foi com estas ideologias que estivémos 18 anos a chupar no dedo e agora estamos há 12 !! Um grande clube vive de resultados, de vitórias. Mais uma época a dizer que não vamos lutar pelo título pode ser muito perigoso, apesar de perceber que dado o momento que atravessamos seja algo natural infelizmente. Por demais é habituar a massa adepta a lutar … por nada. É uma situação complicada de gerir.

O Sporting não teve “ideologias”. Não como as vejo. Não com trabalho e planeamento de médio e longo prazo, com convicções, com empenho e dedicação totais ao clube ( e competência ). Os tais “daqui a 3, 4 anos” não passavam de outra coisa que desresponsabilização e fuga às exigências.

Acredito que agora seja diferente.

PS:

O problema não é a assumpção ( ou falta dela ) de uma candidatura ao título. O problema é a total e crescente falta de competitividade.

Se há altura, na vida do nosso clube, em que é mais “fácil” que os adeptos entendam que não estamos i[/i] em condições efectivas de lutar pelo título nacional… é esta.
Só quem não se quiser lembrar da maneira como o clube estava, financeiramente, e de como o clube estava, desportivamente, é que poderá afirmar o contrário. Isto à cerca de 12 meses, ou menos, consoante o caso.

Temos a sorte de ter um timoneiro de valia, mas ainda não dobrámos o cabo das Tormentas. Não passemos do 8 ao 80 num piscar de olhos. Passos pequenos, mas firmes, é o que se exige ao clube. Memória, muita determinação e apoio é o que pede aos adeptos.
Prefiro não lutar i[/i] pelo título durante mais 2/3 anos do que comprometer o saneamento e recuperação financeira do clube. Que deve (continuar a) ser a principal batalha que enfrentamos enquanto instituição.

Eu não disse que o Sporting teve projectos que falharam. Eu quis mesmo dizer que se argumentou que havia um projecto que iria levar o Sporting aos títulos, e que demoraria 3 ou 4 anos para se concretizar. Como efectivamente não havia nada, passado esse período e como naturalmente não ganhávamos, dizia-se que agora é que era, que de aqui a 4 anos a glória chegaria.

Concordo em tudo. No entanto relembro que sempre se disse que éramos candidatos. As minhas dúvidas não vão para aquilo que penso ser o ideal neste momento, que é dar passo seguros e estabilizar o clube, mas sim para uma franja da massa associativa, que espero que não se afaste do clube se não se assumir a candidatura ao título na próxima época :great:

Nem me lembrei do nosso Chico. :inde:

O Miguel Lopes pode render mais 1M pelo empréstimo e o Rinaudo pode ser que fique em Itália pelos 5M (Hoje foi falado na CS). Depois é tentar fazer mais umas vendas para compor o Orçamento para a próxima época, com Elias e Labyad a poderem ser decisivos.

Dos miudos concordo contigo. Esgaio e João Mário estão bem lançados para fazerem parte do plantel. Depois há 3/4 jogadores que podem ter chances, como o Iuri, Fokobo e o Sambinha que conhecia mal, mas que gostei bastante de ver no jogo contra o Chaves.

Em suma o que eu queria passar é que desde os Juniores, passando pelos B’s e acabando nos emprestados temos muito boa matéria prima.

Talvez nunca estivemos tão bem abastecidos de jogadores que podem chegar à equipa A. Isso é bom. Mas o melhor era meter aproveitar o máximo nº de pérolas paras próximas 2 épocas.

Estou vendo que só assim é que o Sporting sobrevive sem contratar ninguém por mais de 3 milhões de euros.

O Sporting CP e formação são sinónimos que não vale a pena contornar. O Sporting CP dá-se MUITO bem com uma aposta clara e inequívoca na formação e tende a ter péssimos resultados sempre que recorre em demasia ao mercado. A formação é o ADN do clube e não vislumbro razão para o tentar contrariar.

De há algum tempo para cá que defendo que a gestão se deve pautar por uma aposta na formação, sendo que as contratações se devem englobar em 3 tipos de casos: 1. Posições deficitárias; 2. Negócios absolutamente imperdíveis; 3. Reforço das camadas jovens e equipas B numa perspectiva de integração de jogadores com um custo muito baixo, tendendo à valorização dos mesmos e prevenindo que, mais tarde, tenhamos posições deficitárias.

É um plano altamente sustentável em termos financeiros e desportivos. Basta ver que qualquer jogador que faça 2 ou 3 exibições mais interessantes no Sporting CP e que, de preferência, seja português e tenha andado pela formação do Sporting CP cai logo nas bocas do mundo e começa a ser associado aos tubarões europeus.

A formação do Sporting CP é garantia de qualidade e os colossos não se importam de pagar MUITO BEM quando sabem que aquilo que vão comprar é efectivamente bom.

É neste ponto de vista que acho absolutamente fulcral substituir a equipa técnica da equipa B. Colocar ali alguém que tenha verdadeiramente experiência na formação, que tenha créditos nisso, que saiba gerir o ego próprio de jogadores com 18, 19, 20, 21 anos, que os entenda, que lhes saiba dar na cabeça, que não invente, que coloque a jogar os jogadores onde têm que jogar e resolva os problemas onde têm de ser resolvidos.

Se pudermos aproveitar jogadores da formação, melhor. Isso é meio passo para nos tornarmos ‘semi-autossuficientes’.

É isso mesmo, lá fora os estrangeiros já sabem que o que vem da Academia do SCP é sinónimo de qualidade (incluíndo o Nani, o que aconteceu depois é que foi pena…), o Carlos Mané vai seguir o mesmo caminho e o Bruma… também podemos dizer que já o seguiu.

Enfim, acredito que esta oportunidade histórica irá surgir. Tenho muita pena pelo facto de o Fabrice Fokobo (corrijam-me se estiver errado), não querer renovar, enfim recusar jogar pelo Sporting, ele tem qualidade e pensei mesmo que fosse ser o sucessor do William Carvalho quando ele saísse (estava a ser adaptado a MDF). Sendo assim creio que vamos precisar de ir buscar mesmo um MDF lá fora, a não ser que o Rúben Semedo também saiba da matéria :wink: (ele também joga a MDF, acho eu). Eu infelizmente não é frequente eu ver jogos do Sporting, não sei quem está a jogar agora a MDF.

Nota:

Fabrice Fokobo chegou a Portugal na temporada passada para representar os júniores A e a equipa B, é dos Camarões.
Rúben Semedo chegou ao Sporting na temporada de 2009/2010 para representar os juvenis B (sub-16) proveniente do Futebol Benfica, onde esteve uma época e anteriormente de alguns anos no Sacavanense, onde iniciou a sua formação. Nasceu em Portugal, tem nacionalidade portuguesa e cabo-verdiana.

Rúben Semedo é para o futuro (cláusula de 45 milhões, boa exibição contra a Fiorentina na pré-época), agora o Fokobo… não deve renovar e deve sair. Parece que alguns dos melhores não querem ficar no Sporting, querem logo $$$$$, muito se deve às influências do empresário com certeza.

Alguém me pode dizer quem tem sido o titular a MDF na equipa B sff?

O Kikas faz a posição algumas vezes, mas continuo a achar que, no futuro, quem se irá afirmar nessa posição não será o Fokobo (mesmo que renove), mas o Palhinha.

Acrescenta aí uns bois amarelos (só para não nos prejudicarem)

Pelo, pouco, que tenho visto… :arrow: :arrow:

Eu falo por mim, não estou para estar eternamente à espera para ser campeão, quero ser campeão o mais rápido possível. Daí que projectos de 3/4 anos são bonitos, mas irreais. É preciso conciliar o presente na estratégia de futuro. O presidente deu a entender que seremos candidatos para o ano, com LJ já se percebeu que não é homem de aceitar este desafio sem as condições base para o sucesso do projecto. Daí que confio que teremos plantel para sermos campeões e lutaremos como pares pelo domínio do futebol português. Afinal, temos um bom presidente, um bom treinador, uma boa estrutura, fica a faltar qualidade de plantel que parece estar a ser tratado, lendo os sinais das conferências de LJ e BDC.

Resta resolver a questão dos apitadores, vamos lá ver o que isto vai dar, mas sabemos que estes são sempre obstáculos complicados.

Quanto à questão da formação, o problema não é a formação é achar que ela chega para sermos campeões, coisa que não é verdade, ela não é suficiente. Um grande clube tem necessidade de ir ao mercado contratar jogadores de qualidade que corrijam determinadas lacunas e que ofereçam determinadas questões em termos de características que possam não existir nos quadros do clube e que para o treinador têm relevância.

Achas mesmo que é jogador para substituir o William quando ele sair? Parece-me que a direção irá optar por ir ao mercado para poder substituir uma eventual saída do William este verão, em janeiro, ou no próximo verão.

Bem, de qualquer forma