Apoio do público em Alvalade

Este é um assunto sobre o qual tenho opinião formada há muito tempo, mas ontem quando estava a ver o jogo do Besiktas, lembrei-me de colocar este tópico para tentar perceber qual a sensibilidade predominante dos foristas sobre o apoio dos sócios e adeptos em Alvalade. Na minha opinião, Alvalade está muito longe de ser um campo difícil em termos de ambiente quer para as equipas adversárias quer inclusive para as equipas de arbitragem. Aquilo a que se convencionou chamar aqui no forum e noutros círculos como “os melhores adeptos do mundo”, neste capítulo não passa de uma falácia. O que acontece em Alvalade jogo após jogo, é termos uma curva que passa o jogo todo a cantar praticamente sempre ao mesmo ritmo, completamente alheada dos diferentes ritmos e momentos do jogo, tornando o apoio num acto monótono, muitas vezes pior que o próprio ritmo de alguns jogos. Não é necessário estar a fazer barulho durante os 90 minutos, é importante é “empurrar” a equipa em determinados momentos do jogo. Ontem vi isso claramente no jogo do Besiktas, não só “empurraram” a sua equipa para a recuperação como conseguiram amedrontar a equipa adversária.

Falando como ex membro (decada de 90)

A monotonia monocordica sincronizada nao mudou, apenas está maximizada na curva sul, e faz-me querer desligar a tv. Se eu fosse o Ru1 a ter que levar com aquilo.

Mas não há motivos para tal. O reportorio das diferentes claques é vasto. Para quem dedica tanto tempo e amor ao clube nao se percebe.

É como o casal que gasta 50 mil euros no casorio pra depois notarem que estao a comer em pratos de papel.

Também é verdade, não há mudança durante os 90m. Acaba por adormecer mais do que ajudar. Não sei como se resolve. :inde:

Curiosamente, acabou de passar o Grande Reportagem do futsal na ronda de apuramento em Itália. Um deles falou da final com o Braga, de que os adeptos não os terem abandonado fê-los acreditar. Isso é tipo o que aconteceu no Besiktas.

Eu até acho que se variam muito as músicas. Durante o jogo é normal puxarem 11/12 cânticos diferentes. O que me parece é que são um pouco desfasados daquilo que está a acontecer no campo.

Termos um canto contra e começarem a bater palmas compassadas não lembra a ninguém. Cantar fdp a um arbitro estrangeiro também é estranho.

Para mim nestes jogos grandes em que se quer o estádio a uma só voz tinha de se escolher os cânticos mais conhecidos (os adeptos do Real cantaram 3/4 músicas o jogo todo) e que mais empolgam e puxar nas alturas em que a equipa mais precisa.
Nestes jogos seria importante ou colocar as letras nos ecrãs ou ter membros das claques espalhados nas várias bancadas a puxar pelo resto da malta.
Na norte por vezes não se percebe bem o inicio dos cânticos e as músicas ficam com atraso.

O problema está em quem assume o comando na bancada, ponto.

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Concordo 100%. O apoio de 90 a 95% do publico é zero. ZERO. Na bancada B3 onde estou não há alma nenhuma (salvo um dois malucos soltos entre os quais me incluo) que se atreva sequer a bater palmas quando a curva sul apela a algum cantico. Nada. Tudo em silencio absoluto. E mãos quietinhas, que a pele não é para gastar. Gargantas e cordas vocais bem consevadinhas.

O estadio não mete medo a uma mosca. Nem aos adversários. Nem sequer aos arbitros. Sim, até a boa maneira portuguesa de apoiar, que não é mais do que basicamente fazer um jogo contra os arbitros (e não contra os adversários), até esse hábito aqui tem contornos… como diria… mais selectivos… ainda assim é a unica coisa que faz espevitar aquelas gargantas imaculadas.

Mas para que tal fenomeno paranormal suceda, o arbitro deve ser muito consistente na sua tentativa de chamar, humildemente, o publico para o jogo. Não é com um erro grave numa falta a interromper um ataque perigoso ou um cartão mal mostrado logo ao inicio do jogo que lá vai. Esse truque é para os pacóvios lá da provincia. Aqui não se safa com isso. Alvalade é um palco dificil para os arbitros que querem atenção. É normal. É como atuar em Viena ou no Scala de Milão. Já se viu muita opera, e da boa, no passado. Não é com qualquer coelho sacado à padeiro da cartola que lá vai. Se fosse um mágico, o arbitro em Avalade precisa de fazer desaparecer aviões, como mínimo, para poder ser retribuido com os merecidos apupos. Felizmente os arbitros já entenderam isso há muito tempo, e têm feito o possível e o impossível para recolher o aknowledgement do publico. Mas não é fácil. Primeiro tem de ser persistente. Constante. Consistente. Mais de 75min a dar-lhe sempre com novos truques. E ai dele que tenha um deslize! Como por exemplo até dar um cartaozinho ao adversário (que entretanto, como é obvio, já vai ficandocom ciumes de tanta atenção aos da casa e nada para os convidados)… se tem esse deslize está tudo tramado e leva com um aplauso que deita logo por terra todo o belissimo trabalho que andou a lavrar o jogo todo. Só mantendo um ritmo constante, aliado à manutenção dum mau resultado até perto do fim permitirá ao arbitro verdadeiramente ser agraciado com o merecido reconhecimento… Mas aí terá de ter ainda capacidade para, num momento chave, rematar com um erro grosseiro (uma expulsão somada a um penalti duvidoso em contra por exemplo) para finalmente poder receber a chuva de insultos que tanto anseia, e respetivas guelras do estadio exaltadas durante mais do que um minuto in-tei-rinho! E isso é o máximo que consegue levar. Mas, convenhamos, tal feito só está ao alcance dos grandes artistas.

Quanto ao jogo em si e levar equipa para a frente, é o chamado efeito colateral. Se tem a sorte de ter em campo um desses artistas… poderá com sorte beneficiar desse maravilhoso efeito que leva o publico a empurrar os jogadores a marcarem um golo ou dar a volta a um resultado nuns ultimos suspiros do jogo, naquilo que é nada mais do que um tributo ao belissimo trabalho arbitro.

É por isso que a cada jogo faço votos para que a apaf nos mande um verdadeiro artista. Daqueles que fazem desaparecer aviões.

Se te incomoda tanto muda para a Sul.

Que post do Italo. :lol:

Ainda neste jogo vi gajos a baterem muitas palminhas ao CR e depois o apoio à equipa é zero. Gajos que habitualmente saem dos jogos aos 80/85 minutos.

Isso é a malta do “futebol é entretenimento” como ir ao cinema ou ao teatro. Não há nada a fazer, quanto mais comercializam e monetizam o desporto-rei, mas malta desta vai estar nos estádios.

[member=20503]Italo
:lol: :lol:

Eu não mudo para a central precisamente por isso, faz me confusão ver o jogo todo sentadinho, sem cantar nem apoiar.

Espera… se o futebol não entretenimento para quem vai aos jogos então é o quê?
Poupem-me quem quer gritar grita. Quem quer bater palmas, bate. Quem quer cantar, canta. Eu faço isso tudo quando quero e me apetece e quando não me apetece não faço. Sinceramente nem reparo se os os meus vizinhos os fazem ou não. Pago caro para ver o jogo e é para isso que lá estou.

Se não gostam do tom monocórdico das claques (concordo que são monocórdico) alguém que faça uma colecta para contratar alguns percussionistas que variem os ritmos ou que pelo menos respeitem os tempos.
Aquela cena pareça uma galera com remadores.
Se o dinheiro sobrar poderá arranjar-se um maestro, para que as claques cantem com tons e vozes diferentes, a duas, três, quatro e até cinco vozes.
Seria espectacular a equipa atacar ao som de uma Carmina Burana, ou de uma peça de Wagner. tudo semiafinado e disciplinado. :drool:

:rotfl: :rotfl:

Seria qualquer coisa, realmente :mrgreen:

Isto é que vai para aqui uma açorda!

O irritante ali e que torna tudo mais monótono são os tambores, que às vezes ficam mais de 10m a martelar ao mesmo ritmo. Deviam ser ouvidos só no início dos cânticos e mesmo assim na maioria das vezes, o efeito até podia ser substituído por palmas, que até são mais contagiantes e o efeito mais harmónico com os cânticos.

Wagner é melhor nao.
Acabavam todos a procriar com as primas e irmas.
Isso é do outro lado da rua.

A palavra ritmo associada ao rufar de Alvalade não faz qualquer sentido. O gajo que “toca” aquela merd@ não tem qualquer noção de ritmo.

Hoje no Bessa estive atento a estes pormenores e subscrevo inteiramente post.
Infelizmente é muito pior, mas vamos por partes:
a) rapaz do tambor, alguém lhe tire aquela coisa da frente porque é constrangedor. Monótono e sem qualquer noção de ritmo, arranjem antes uma caixa de ritmos.
b) durante 90 minutos assistimos a um desfiar aleatório de cânticos uns a seguir aos outrossem qualquer nexo como os eventos do jogo. Alguns exemplos: o jogo está parador e canta-se “só eu sei porque não ficos em casa…”.
O árbitro expulsa o Ruben Semedo e o “Sporting é o nosso grande amor…” etc, etc.
Nada disto faz sentido.
Os ditos lideres estão de costas, nem sequer estão ver jogo pelo que os cânticos prosseguem indiferentes a tudo, até incitamentos quando o adversário marca um canto.
Este autismo poderia ser remediado se esses cavalheiros olhassem para o jogo. Talvez assim fosse possível assobiar, de vez em quando, a ambígua e habilidosa arbitragem do Fábio Vemelhíssimo. Talvez em vez de chamar caca e filhos de uma rameira aos adversários fosse possível fazê-lo em relação ao árbitro.
Um jogador é substituído e “Sporting é contigo que eu quero estar casado…” talvez fosse porreiro cantar que o Joel é um gajo bestial que deu tudo em campo, mas que agora o Bryan ainda vai dar muito mais…
Ou cantar ao Bruno César que no próximo remate vai marcar… (será que viram a bomba que ele mandou ao poste? penso que não. Estavam a pensar na próxima canção.
Cantar com força quando a equipa ataca e assobiar quando o adversário tem a bola, marca um canto ou um livre talvez não fosse má ideia. Digo eu
Claro que se fosse jogador e ouvisse pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, pum, durante 90 minutos não acertava na baliza. Mas um stacatto na marcação de um livre talvez até fosse motivador. digo eu que me limitei a bater palmas e a cantar. Mas no próximo jogo vou levar um apito.

Percebes muito de ultras está se mesmo a ver, sabes o que é um Cappo?Querias que os cappos estivessem com o megafone virados para o campo? Em relação ao tambor nem queria falar pk é preciso entrar em mais detalhes mas aqui vai… não sei se estás a falar do Directivo ou da Juve Leo mas em ambas as claques os rapazes que tocam o tambor são fantásticos, vai perguntar ao Miguel D`Almada(se não o conheceres é só um dos cappos mais respeitados da Europa e ex cappo da Juve e do Duxxi) qual o melhor “tamborista” que já conheceu e ele de certeza absoluta que te vai falar no rapaz do Directivo. Por fim…assobiar o adversário quando este tem a bola?Enfim…uma claque é para apoiar não para estar a assobiar cada vez que os adversários têm a bola.

Alvalade só não assusta porque temos aquela bodega do fosso. Se não estivesse lá aquilo, havia muitos que pensariam duas vezes antes de ir para lá gozar com a nossa cara.