Força, Miúdo! Fico a torcer para que tudo se resolva pelo melhor.
E o meu Soneca já descansa entre as estrelas.
Amanhã se tiver coragem explicarei o que sucedeu. Que semana negra!
Um forte abraço
Muita força :mais:
Os meus sentimentos Miudo!!
Um grande e forte abraço, muita força!!
Isto hoje está bastante complicado. Noite mal dormida, o pouco que consegui sonhei com ele e está a ser difícil disfarçar os olhos inchados. E são diversas as vezes que dou por mim a desviar a cara de algum foco para conseguir aguentar as lágrimas.
O meu Soneca nasceu em 2000 e desde logo que foi me dado pelos meus país. Era um gato muito independente e por isso não posso dizer que tive com ele a mesma relação que tenho com uma gata, mas não deixou de ser uma ligação extremamente forte.
Fosse Verão, fosse Inverno, nunca dispensava uma manta, pois era muito friorento.
Há coisa de 5 anos começou a ter problemas de saúde: primeiro pedras no rim e depois cegueira.
Foi perdendo gradualmente a visão até ficar totalmente cego, mas nenhum veterinário descobriu as razões. Não era contudo algo grave pois não tinha perdido a coordenação e o sentido de orientação. Problemáticas eram as pedras que o levaram ao veterinário por diversas vezes. Desde que começou a comer o Urinary diet que esse problema deixou de o afectar por alguns anos.
No mês passado a minha mãe (casei-me à dois anos e achei por bem manter o animais que tinha naquela casa, onde sabia que os meus país tratariam bem e não sujeitando a uma nova residência, tendo em conta também que os visitava regularmente pois sou quase vizinho) reparou que ele voltou a ter dificuldade a urinar. Levei o logo ao hospital onde ficou internado quase uma semana. Saiu sobre tratamento e contra as expectativas teve que voltar menos de 15 dias depois.
Quando voltei ontem já sabia para o quemal. mas não quis abandonar a esperança. Inicialmente o médico, com algumas reservas, disse que se ia voltar a repetir o tratamento mas que tinha riscos e que não poderia fazer se uma terceira vez caso ele tivesse nova quebra. Operá-lo também estava fora de questão por causa da parte cardíaca (ficou algo descompensado com o último tratamento) e da idade.
Após algumas análises e “conferência” entre quase todos os médicos do hospital, voltaram a falar connosco. Disseram que os riscos eram muitos e elevados e mesmo que recuperasse, que iria voltar em poucos dias pois já era crónico.
Já tendo percebido onde queriam chegar, perguntei o que fariam se gato fosse deles, ouvindo aquilo que não queria mas que já sabia: o Soneca ficaria melhor a dormir do que a viver ( se conseguisse recuperar) sem qualidade de vida.
Posteriormente fiz as perguntas mais parvas e cujas respostas eram do meu conhecimento mas era a minha forma de aliviar a alma: se não havia nenhum milagre que se pudesse tentar, se ele iria sofrer como abate, se teria a dignidade que merecia, etc.
Pedi para despedir-me senti-me mal. Achava que era a opção menos egoísta, mas perante ele senti-me a condená-lo à morte.
Beijei-o, dei-lhe as festinhas onde mais gostava quando fez-me algo que me quebrou (só de lembrar lá vão mais umas lágrimas): virou a cabeça para mim e olhou-me fixamente nos meus olhos.
Ainda perguntaram se queria assistir mas não tive coragem. Possivelmente fiz mal, mas já só queria saber dali para explodir.
Há decisões que nunca deveríamos ter que tomar.
Foda-se ó Miudo tiveste uma coragem do ■■■■■■■.
Força. O teu amigo está agora em paz e sem as dores que o assolavam.
Felizmente o meu amigo (cão) quando partiu, fê-lo sozinho sem precisar da minha decisão. Pois não sei se teria a tua coragem apesar de saber perfeitamente que era o melhor para ele.
A vida é isto.
Grande abraço
Sinto muito [member=16720]Miúdo pela tua perda.
Tenho estado em casa com gripe e tenho desfrutado ao longo destes dias a companhia do meu yorkie que já tem 7 anos.
É uma alegria, a sua companhia. Quando leio o que os colegas têm passado com a perda dos seus amigos de 4 patas, autêntica família, ponho-me a pensar como é que reagirei à partida do meu caga tacos, este Enorme amiguinho que me está a olhar com os seus olhos meigos que me matam autenticamente…
Nem quero pensar nesse dia.
Muita força para todos vocês.
Força Miúdo.
O meu amigo Golias já partiu há alguns anos e ainda penso nele. E vou pensar sempre, afinal de contas eles não são “animais”, são família.
Fizeste a escolha certa e o que era melhor para ele. Egoísmo seria pensares em ti e em tê-lo cá para não sofreres, sabendo que ele estaria em constante sofrimento, sem qualidade de vida e sem vontade de viver.
PS-Um abraço também para a MaxiLeoa
Arrepiante…
Um grande abraço, Miúdo. Já passei pela mesma dor, não há palavras que nos consolem, que nos confortem.
Muita força.
Para tornar o ambiente mais leve, deixo o meu Pimpão na altura carnavaleira…
[member=16720]Miúdo e [member=17860]Maxileoa antes de mais os meus sentimentos.
Ainda há uns tempos passei por isso e bem sei o que me custou, 10 anos não são 10 dias.
Como tal deixo-vos aqui este texto que repasso sempre aos meus amigos que passam por situação semelhante:
[i][b]O melhor cão do mundo…
Não é raro um dono dizer que o seu cão é o melhor do mundo. São anos de um companheirismo muito especial que só deveria terminar quando o amigo de quatro patas tem de partir. O Smith é disso exemplo e por isso este “cantinho” tem o seu nome. Muitos leitores terão certamente testemunhos idênticos com os seus animais de estimação que podem partilhar mas achei muito bonita esta historia e por isso a postei aqui.
Dizem-me que este é um texto demasiado longo para a Internet. Apenas posso dizer que é demasiado curto para contar a história do melhor cão do mundo.
“(Sei que andas por aí, oiço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí.)”, Manuel Alegre, in “Cão como nós”
Perdi o meu melhor amigo nas vésperas do Natal passado. A caminho dos 13 anos, estava já muito velho e, pior, doente. Só isso me ajuda a encarar, com uma espécie de conformação, esta separação indesejada. A 18 de Dezembro de 2007 não terá resistido a mais uma dilatação de estômago. Na manhã desse dia, quando saía para trabalhar, assaltou-me a dúvida de que ele não estaria bem. “Anda cá à dona”, disse-lhe para avaliar o seu comportamento. Avançou na minha direcção, decidido, a abanar a cauda, cabeça erguida e a olhar-me nos olhos. Pensei, com alívio, “estás bem”, fiz-lhe uma festa, e despedi-me, como sempre, em voz alta. Nunca mais o vi.
O Smith vivia comigo desde os dois meses e meio de vida. Sempre quis um pastor alemão e, finalmente, tinha o espaço e os meios. Quando o fui buscar ao criador, a ninhada estava ainda praticamente completa. Lembro-me que os cachorros se mantinham tão unidos que era difícil distingui-los. O que depois se veio a chamar Smith - em honra ao meu grupo de rock preferido, os Aerosmith - e um outro pastorinho cativaram-me a atenção. O outro tinha um ar mais vivaço, mais desembaraçado. O Smith mal levantava os olhos, tímido, assustado. Hesitei alguns minutos até que o olhar do Smith me convenceu. Como havia de me convencer toda a vida - mesmo quando, porque a educação e o treino de um cão assim o exigem, lhe dizia “não”, o admoestava com uma sacudidela de jornal, ou, punição suprema para ele, lhe chamava zangada (ou, pelo menos, a tentar parecê-lo), “cão mau, cão feio”.
O olhar constituiu, de facto, um dos aspectos nucleares da comunicação entre mim e o meu pastor. Mas não só. Ele sabia bem mostrar-me como se sentia: se estava amuado, deitava-se de costas viradas para mim ou, pura e simplesmente, ia-se embora; se estava assustado (por exemplo, com as trovoadas) fincava-se de tal modo em cima dos sofás que nada o fazia descer; se não queria comer, ficava tempos sem fim apenas a mirar a comida ou desatava a beber água; se tinha medo que eu não o levasse para férias, punha-se numa agitação descontrolada e gemia com tal intensidade que parecia estar a chorar (até comecei a evitar que ele me visse a fazer malas…); quando eu, de manhã, abria a portada do meu quarto, ele cumprimentava-me sempre com uma espécie de cantoria…
E, como qualquer cão que se preze, era um fiteiro. Em duas situações concretas esmerava-se o mais possível: quando tinha de enfrentar o dono, mais severo e menos afectivo, ou tomar comprimidos. Se o dono lhe dava uma ordem que não lhe agradava fixava-me insistentemente na esperança de eu a contrariar, ou se de um ralhete se tratava, escondia-se atrás de mim esperando assim escapar à admoestação. Quando tinha de tomar comprimidos, fazia de tudo para nos enganar - e muitas vezes com êxito -, sendo a táctica mais apurada a de fingir que os tinha engolido mas mantendo-os escondidos na boca para depois os deitar fora.
Era muito inteligente este meu cão: só lhe faltava mesmo falar e ocasiões houve em que parecia mesmo que ia abrir a boca e expressar-se na linguagem dos humanos, porque na canina era exímio. Muitas foram as atitudes, os tiques, os pormenores através dos quais aprendemos, durante mais de 12 anos, a dizer um ao outro o que queríamos. Era uma relação de grande cumplicidade, criada e desenvolvida durante os anos que vivemos só os dois.
Partilhámos a vida como companheiros que éramos, sem segredos, conhecedores dos estados de alma e sentimentos um do outro. Nem de outra forma podia ser: como esconder a verdade a um cão tão dedicado e sensível como era o meu pastor? Ele tudo pressentia, parecia mestre na adivinhação. Era quase absurdamente linear o modo como as coisas se passavam: se eu estava triste, o Smith também entristecia; se eu estava doente, o Smith também adoecia; e assim por diante. Embora não de forma tão apurada, também eu, por vezes, tinha pressentimentos: passei o seu último dia de vida com um estranho mal-estar, um incómodo que não consegui definir…
A dedicação do Smith não tinha limites. Espero ter sabido corresponder. Ele era um membro da família de pleno direito e, como tal, muita coisa era decidida em sua função, desde as casas onde morámos (cheguei a mudar-me para perto dos meus pais para o poder deixar lá durante o dia e evitar que ele ficasse muitas horas sozinho) a planos de férias que o incluíam. Até o primeiro acrescento à matilha teve como objectivo principal dar ao Smith um companheiro. Se bem que havia um reverso da medalha: quando chegou o cocker, o Steve, o Smith teve de aprender, ao fim de sete anos como cão único, a partilhar tudo com um igual, não só espaço e brinquedos, mas desde logo a atenção e os afectos da dona.
Ele, porém, conformava-se com tudo o que a dona queria. E foi aceitando os outros membros da matilha - depois do cocker chegou um labrador, o Scott, e, finalmente, uma rafeira do Alentejo, a Sheila. Com cada um deles estabeleceu relações diferentes, desde um grande companheirismo com o Steve, depois substituído por uma indisfarçada preferência pelo Scott, a uma certa animosidade relativamente à Sheila - mas nunca a desafiou ostensivamente, muito menos na minha presença. Também é certo que manteve sempre os seus privilégios de primogénito e, depois, de sénior.
E como sénior foram-se multiplicando os traços de velhice (e neles fui também vendo o meu próprio envelhecimento): o pelo embranqueceu, os olhos ficaram baços, as patas traseiras fraquejaram inexoravelmente… Multiplicaram-se também os tratamentos, as operações, as corridas para hospitais veterinários… Ele, como sempre, tudo aceitava. Bastava eu dizer-lhe que assim tinha de ser. Cão bom!
Disseram-me, muitas vezes, que eu tratava o Smith como uma pessoa e não como um cão. Não é verdade. Não o tratava nem como uma pessoa nem como um cão. Tratava-o apenas como o ser especialíssimo que era, garantidamente o mais fiel e leal com o qual me cruzarei toda a minha vida. O Smith ensinou-me muito e deu-me tudo, deu-me muito mais do que eu alguma vez lhe consegui dar. Foi um privilégio ter vivido com o Smith. É uma dor estar sem ele.
Apenas sei que um dia outro pastor alemão (que a minha afilhada já baptizou de Smith Júnior) virá fazer parte da família.[/b][/i]
Cumprimentos.
[member=14303]Helio_Lion100 e [member=7455]Nightwish76 muitíssimo obrigada pela vossa força :mais:
[member=16720]Miúdo acredita que o teu Soneca estará sempre contigo. :mais:
A minha Dani faleceu há onze dias depois de 10 anos de companhia e tal como o teu Soneca “adormeceu” para não continuar a sofrer aquilo que ninguém merece sofrer.
Morro de saudades todos os dias, o vazio é incomensurável, mas sei que ela estará sempre comigo, no meu coração.
Nesta hora difícil pensa nas boas recordações e no quão feliz o Soneca te fez e o quão sortudo foste por te-lo na tua vida!!
Ânimo e lembra-te que não estás sozinho! :mais:
Também passei por isso com o meu cãozinho, [member=16720]Miúdo. Custou-me tanto. Aquela última lambidela na minha mão antes de adormecer ainda me dá um aperto cá dentro. Força.
Na altura vi este video e de certa maneira ajudou. Ainda não o consigo ver com os olhos secos, mas fica aqui.
[member=17860]Maxileoa e [member=16720]Miúdo muita força com as vossas perdas. Não sei o que isso é e espero que esse dia continue bem longe e que os meus dois companheiros felinos me possam fazer companhia por muitos e bons anos.
Mas só de pensar que o dia pode chegar, aperta o coração! Quem ama os seus animais, não consegue ficar indiferente aos vossos testemunhos.
Fica o consolo de que pelo menos os vossos animais enquanto cá estiveram foram felizes, tiveram sempre uma lar e uma família que os amasse, o conforto e a protecção que tantos e tantos milhões de outros cães e gatos por esse mundo não conseguem ter. Não interessa o tempo que cá andamos, desde que o aproveitemos de forma plena! É assim que devemos pensar em relação aos nossos amigos de 4 patas.
[member=6665]1984 muito obrigada pelo apoio :mais:
E eis que… adoptei uma gata. :lol:
Bom, não é exactamente assim mas quase. Na noite de sábado para domingo, ao regressar a casa com a namorada, esta apontou os faróis do carro para o caixote do lixo e lá estava um gatito (que descobrimos ser uma gatita) que ela nunca tinha visto lá na rua. Disse que era um bebé e que o ia chamar. O bicho estava a uns 30 metros do carro e, pelo tamanho (não é bem bebé mas não é adulto) pareceu que seria um daqueles gatos que já nunca se aproxima das pessoas. Pelo que lá soltei um “deve ser um bicho do mato. Chama-lo e ele foge já”. E eis que ela a chama e a gata desata a correr sem hesitação nenhuma em direcção ao carro e entrou por ali dentro a miar. Sorri meio amarelado e lá pensei para mim “percebes disto à brava”. Bom, a sacana da gata parecia um cão. Saltou-me para o colo, para o tablier para o banco de trás… mas muito meiga.
Entrámos para a garagem e largamos a bicha no espaço, já com o portão fechado. Definitivamente, é um cão que mia. Basta chamá-la que ela vem ter connosco e aceita todo o tipo de mimos, bem como os pede. Já com luz, verificámos que as patas brancas estavam muito limpas e que tinha as unhas cortadas. Estava esganada de fome. Ou foi abandonada ou fugiu. É extremamente meiga. Peguei nela ao colo, com o jeito de quem está habituado a cães e ela, ao fim de algum tempo, saltou para o chão. Esquecido de que os gatos não caem como os cães, tentem agarrá-la, tendo-a agarrado pela barriga o que a deve ter magoado, imagino eu. A bichana não esboçou uma dentada, nem uma patada. Um doçura tremenda…um cão que mia, como já tinha referido.
Acontece que temos um problema que pode ser sério. A gata com quem tenho interagido, na últimas semanas, é da minha namorada. A gata representa tudo aquilo porque não gosto de gatos, genericamente. Absolutamente egoísta, só mia quando tem fome e só se chega a nós quando tem frio. É, também, algo agressiva para com outras gatas, pelo que a minha namorada me disse.
Parece que o primeiro contacto, que foi hoje, não foi famoso. A Turi, que é a gata mais velha, manifestou alguma agressividade, que é natural, mas deixou de comer. A introdução tem um processo que pode ser demorado.O que para mim não é problemático, para a minha namorada está a deixá-la doente, já que eu, apesar de gostar de animais, não os “percebo” como membros da família. Gosto deles, cuido deles, não os maltrato mas não sinto a perda deles da mesma forma que muitos de vós. Mas ela está a levar isto muitíssimo a peito, preocupadíssima com a Turi, ao mesmo tempo que está apaixonada pela Eva (a gatita que apanhámos na rua).
Para quem já passou pela experiência de juntar um novo gato ao que já estava em casa, há alguma dica que possam dar?
Como eu já tinha dito a uns posts distantes… “Os Gatos tem a personalidade muito vincada”, é normal serem uns de uma maneira outros de outra…
Boa sorte com essa bichaninha, de certeza vais ama-la de tal maneira que ficarás a compreender quem ama os Gatos (e que acaba por ficar um pouco fanatico por estes pequenos felinos)
Tiveste uma sorte desgraçada foi ela que te adoptou (e é assim que deve de ser)… é porque ela viu em ti algo especial. Estima-a bem e será amor para sempre 8)
PS:não sei se ainda te recordas deste post…
a vida dá muitas voltas por isso é que por vezes devíamos de estar calados e guardarmos aquilo que sentimos só para nós, é que não sabemos o que o destino ainda tem terminado para nós… e por vezes temos de engolir “sapos”. Como vês o destino pregou-te esta “boa” partida… aproveita-a, o universo quer te mostrar algo com ela.
Os Gatos são misteriosos por natureza, e essa Gatinha não fugiu à regra :venia:
voltando a este assunto. Eu tive uma situação parecida com a tua com as minhas anteriores Gatas.
Uma vez de Ferias no Sul de Espanha (Malaga) levamos a nossa Gata mais velha (Lea) e quando estávamos lá, uma Gatinha bébé (Bábi) decidiu-nos adoptar como donos (tal como aconteceu contigo) essa Gatinha alem de ser muito meiguinha era muito territorial, e o grande problema foi mesmo juntarmos as 2 gatas no mesmo apartamento (de recordar que em Espanha por incrível que pareça nos aparthoteis deixam levar os animais de estimação de pequeno porte ao contrario deste atraso de pais, por isso deu para termos la as 2 gatinhas). Nós de inicio o que fazíamos era o seguinte as 2 não estavam juntas porque a Lea por ser mais velha era um pouco agressiva (essa parecia um cão de guarda), por isso íamos intercalando as gatas em cada quarto o dia todo (ou melhor 2 territórios) A Lea ficava no meu quarto (com agua, comida e tudo o que precisava) e a Bábi ficava no Quartos dos meus pais (da mesma forma com comida e agua) passavam lá o dia e só se encontravam quando estávamos na Sala à noite (Um de nós com a Bábi ao colo e a Lea à solta) ou quando partilhavam o caixote das necessidades. Isto foi assim quase ate ao fim das férias, com o passar do tempo a Lea foi aceitando e começaram as duas a cumprimentar-se quando se encontravam (roçandos os bigodes uma na outra). Sei dizer que a Viagem (cerca de 800 kms e 8 horas de carro) acabou por correr de forma calma com as 2 e acho que isso também as ajudou a irem-se habituando a sermos todos uma família.
Mas isto não quis dizer que elas se dessem sempre às mil maravilhas o resto da vida que passaram juntas, apenas ficaram “amigas” e tiveram que se adaptar uma à outra, mas por vezes aqui em casa era um reboliço quando uma delas estava com o cio e outra não… havia momentos de “Wrestling” felino que eu acabava sempre por ser o “Arbitro” a separa-las… Elas aqui em casa criaram um duplo território que um era da Lea e outro da Babi. A Lea passa a maioria do tempo no meu quarto, e a Bábi passava mais tempo no quarto da minha irmã. Mas tinham a casa toda que a partilhavam, viveram sempre juntas sem grande problemas (esporadicamente aquelas picardias a quando do Cio) durante 10 anos, ambas morreram com 11 anos separadas por 5 meses da morte uma da outra (primeiro a Lea depois a Bábi) ambas com o mesmo problema mas com finais diferentes… Cancro mamário. Foi difícil para nós como deves de calcular, foi muito tempo juntos, e nós tínhamos um carinho especial pela Bábi, mesmo pela forma como ela nos adoptou e como o destino nos Juntou, era muito meiguinha para nós. deixou muitas saudades.
Agora tenho estas 2 Gatinhas irmãs (Ketty e Romy) que foi muito fácil de as adaptar uma com a outra (e também tenho muito mais experiência com estes felinos, isso ajuda muito) convivem bem uma com a outra, são super meiguinhas e isso ajuda a criar laços fortes
*Desculpa este pequeno Testamento